A Menina Forte

A menina forte

Gosto do jeito dela Da naturalidade de me contar os sentimentos mais intensos de uma maneira simples, Da abertura espiritual e da paz interna que transmite aos seres esteriores. Suas fragilidades não são mascaradas e isso é prova de uma força inigualável, Postura rara, admirável. Calma e sensível, Espinha ereta e corpo longícuo: É um conjunto de elementos que demonstram sua força, mas ela não faz força pra isso ~simplesmente é~

Keroll (18/08/15).

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Setembro

Setembro

O tempo muda

muda a estação

A vida nos empurra para a transição

Da inércia do inverno

Para o calor do verão

Que nos coloca em movimento

E o verbo desabrocha

Ensina-nos a ser mais como rosas

Lançamos luz no passado frio

E escolhemos florir na coragem

Na passagem

De um tempo cinza para outro

Aceitamos o novo

Aprofundamos a visão

Mergulhamos no mar imenso

Da nossa própria solidão

E nos sentimos fortes inteiras,

À nossa maneira

Sorrimos à toa,

Debochamos do que passou

Nos reconhecemos transitórias

Nos descobrimos notórias

Em cada verso, cada pensamento, cada momento

Setembro tem disso

É ritualístico, tem cor amarela

Recebe a primavera

Faz florir onde antes não havia possibilidade

Setembro tem essa personalidade

Por trazer a primavera traz a esperança

Por ser esperança nos embala na dança

Nos prepara para o renascimento

Tempo de fins e recomeços

Novos começos de luz e amor

Onde fatalmente buscamos ser mais

Como flor.

Aline Rafaela Lelis


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Árvores troncudas

São como as mães

Que se autossustentam

Do solo sagrado

Da terra abundante

Da sabedoria da espera

Intuição de quem gera

A vida na terra

E espera paciente

O fruto crescer

E o amor geminar

Aline Rafaela Lelis

Buscando forças das entranhas

Sigo dando o melhor de mim

Tem dias que sou aconchego

Calmaria 

Chá de alecrim

Noutros dias

Bate tristeza

Sufoca as dúvidas

Tenho pena de mim

Porém não esqueço

Das palavras de um 

Sábio aprendiz

Dizendo-me com seus olhos verdes

Arregalados

Para eu não desistir

A estrada é estreita

O caminhar é árduo

Mas lembra-te menina

Que você é trampolim

Pense nas meninas 

E nos meninos

Que virão depois de ti

Eles saberão

A partir do seu legado

De tudo que é possível

Construir

Aline Rafaela Lelis


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Embora muito próxima, ela sempre me pareceu indecifrável. Do tipo de pessoa que não se pode esperar muito. Ela me entristece nas pequenas coisas. Na ausência da escuta e na frieza dos gestos. Abraçá-la é semelhante a tocar um estranho. Diferentemente do abraço que cura, seus braços não são envolventes e não dizem nada além de boa educação. Essa falta de calor, essa contenção dos sentidos por si só magoa. Uma bobagem… Porque abraços aconchegantes é comum entre mim e outras pessoas. Mas penso que o afeto entre irmãs deveria ser condição mínima para cristalizar os laços. 

Aline Rafaela

Olhinhos amendoados

Olhinhos amendoados

Sempre foi tão bonitinha

Desde pequeninha a pregar peças

Se esconde e salta da moita

Assusta quem passa na calçada

Corre, grita e dança

Um cisquinho a perambular

De esquina em esquina,

Casa de vó casa de mãe

Olhinhos amendoados

Observa o movimento

Planeja suas travessuras

De menina-moleque-feliz

Não se importa com os gritos

Abstrai tudo e vai brincar

Sempre rindo, sempre esperta

Malandragem que fala

Alfinete que espeta

Risada que contagia, é tudo brincadeira

Pra quê levar a vida tão à sério?

Olhinhos de amêndoas atentos

Menina das perninhas de graveto

Negra Cabeleira ao vento

Lá vai aqueles olhinhos descendo e subindo o morro

Empurrando a bike ou correndo de cachorro

Olhinhos amendoados te conheço já faz um bocado

Ora desperta amor,

Ora esse amor vai pro ralo

Mas olhinhos amendoados

Só vim dizer

Obrigado!

Para A.L.

Aline Rafaela Lelis

Será que o amor não é tão-somente vontade de amar?

Fabrício Carpinejar

Praça, damasco, coreto

O centro da vila pacata

Em movimento lento

Há onze anos já foi palco

Do primeiro amor

Há um ano serviu apenas

Para endurecer corações machucados

Há poucos meses virou cenário

De um filme em preto e branco.

A vila, hoje cidade

Anda em círculo na existência

E dessa roda eu desviei

Meus pensamentos e lembranças

Um salto me levou

Para outras rodas existenciais

E lá não tem espaço para lembranças vis

Lá estou em trânsito

Com gente indo e vindo.

Onde me encontro agora

Tudo tem mais equilíbrio

E o passado é só uma velha roupa colorida.

Aline Rafaela Lelis

Art By  Morganemgl

Art by  Morganemgl

"Descartei a ideia de me referir aos ciúmes dos homens, por que os há de muitos tipos e com frequência não têm nada a ver com o amor, mas com o poder, a autoridade e o conceito de honra. A honra masculina costuma depender da virtude das mulheres; isso explica tantas formas de repressão que elas sofrem por culpa do ego de algum macho próximo".

ALLENDE, Isabel. Amor. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013. p. 103

você não precisa estar pronto para falar sobre dores, expor feridas.  respeite seu tempo, as flores vão brotar das suas cicatrizes. 

cr.

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