My love my life my all https://www.instagram.com/p/Bysix75g81m/?igshid=goo1q1ltqoi7
Martin, William
Éramos milhares e fomos reduzidos a menos da metade, éramos livres, mas fomos vítimas da leviandade, tínhamos dignidade, hombridade, e respeito, mas fomos tratados como mercadoria, dentro de um navio negreiro, assim como o povo escravo no Egito, nos fizeram um animal a ser perseguido. E essa é a maldição da metrópole, que exalta o malfeitor maldito, mata o guerreiro de alma nobre. Dos quilombos, nos restaram as favelas e da escravidão, uma falsa liberdade, um racismo disfarçado, cruel e covarde, um passado de opressão, a ingratidão da nação, à disparidade.
Estamos às margens da sociedade, tratados como escória, onde está a tão discutida igualdade? Por que somos obrigados a viver de esmolas?
Isso que fizeram com a nossa liberdade, ainda somos escravos nessa selva de pedra, padecemos de fome, de sede e de frio, destruíram nossa religião, nossa cultura, se apropriaram de nossa identidade, e de nossos corpos, e nos vendem seu deus, seus credos, os mesmos que legitimaram nosso massacre. A voz da África ecoa dentro do navio.
desejo que você tenha forças para se levantar mesmo depois do pior dia da sua vida
desejo que consiga sorrir pra vizinha, pro seu inimigo, pro cachorro da rua
desejo que mesmo que esteja destruído, ainda tenha tempo pra ouvir a dor do outro e consiga praticar empatia
desejo que mesmo que doa, prossiga a vida tendo um coração bom
desejo que mesmo que o dia tenha sido difícil, você ainda consiga ter um tempo pra marcar um sorvete com seus amigos
desejo mesmo que seja entre trancos e barrancos, que você consiga sair do lugar que se encontra agora
desejo que você enxergue a força de mil sóis dentro de você, e acredite que você é capaz de enfrentar todos e qualquer obstáculos que sua mente diz que você não consegue
desejo que você lute pelos seus sonhos, e alcance cada um deles
desejo coragem pra enfrentar a vida, e desejo simplicidade pra você conseguir enxergar que mesmo nos piores dias, mesmo nos piores momentos, ainda existem coisas boas.
“Ninguém é tão sensível. Ninguém é bruto o tempo todo. Todas as vezes que tentam me colocar num desses estereótipos eu fico angustiado, sabe? Porque não é verdade. A vida é plural e a gente é feito de vários momentos. A construção da personalidade é feita de vários momentos, dentro de impressões sobre o mundo que você tem a cada momento e antes de qualquer coisa eu tenho muito mais conflito do que certeza. Então, eu não posso me afirmar porra nenhuma.”
— Marcelo Camelo.
Paulo Marcos
assim como o universo, meu peito está sempre e expansão.
minhas galáxias se distanciam uma das outras rápido demais.
de ano-luz em ano-luz fico mais vasta.
sou de carne e osso mas sinto com a intensidade do cosmos inteiro.
meus conceitos vão além da relatividade.
nem mesmo Einstein conseguiria explicar os meus absurdos.
mandy.
o rap tem sido meu tipo de literatura favorita nos últimos meses e por conversar comigo de um jeito que os grandes autores nunca puderam, de um jeito que você nunca fez, ele me toca bem mais que as suas metáforas, bem mais que os países da Ásia, bem mais que as poesias matematicamente pensadas por homens em apartamentos com janelas grandes, mulheres chorando por partidas num filme francês, pessoas contando pessoas na esquina de ruas chiques, bares badalados. o rap conta a história da minha vizinha, do meu pai, do tio afastado da família e por ser uma reza de coragem no meio de toda a covardia, ele tem sido minha única fé. não que ele seja a única salvação, mas tem sido a única poesia que segura minhas pontas quando todo o resto não.
“Não é o orgulho falando mais alto aqui, é cansaço, é não ter a certeza se o esforço vale a pena. Quando se dá muito murro em ponta de faca a ferida sangra tanto que você desanima de tentar. E agora eu estou procurando algo que cure, que não fure, que construa, que una. A gente cansa de metades, de sofrer e de ilusões de felicidade.”
— Nanda Marques.