“Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.”
—
Clarice Lispector.
O problema é que você se apaixonou pelas minhas flores, não pelas minhas raízes. Então, quando chegou o outono, você não soube o que fazer.
— Autor desconhecido.
Me sinto árvore… Fincado ao chão criando raízes pelos ossos e veias, cada vez mais pesado e imóvel. E vejo de longe, dentre as folhas do meu cabelo, casais em.pouca distância se amando como se fosse o último dia de suas vidas. E sinto sede, cobiça, zelotipia, invídia porque árvores não amam. Amam apenas a terra que sinto gelada em meus pés. Amam o vento que se por descuido eu fechar os olhos me imagino livre a ponto de poder correr. Amo a chuva que me lava, que percorre cada átomo do meu corpo e parece levar toda a minha sujeira pra longe. Amo os pássaros que andam pelo meu pescoço e cantarolam Mozart ao pé de meu ouvido fazendo acender cada poro de minha casca como as flores se acendem na manhã de primavera. Amo as marcas e cicatrizes em meu tronco causadas por amantes sedentos em deixar registradas suas marcas e paixões, causadas por crianças que almejam no futuro voltar adultas para comentar sobre o dia em que me marcaram depois daquele piquenique. Marcas causadas por mim. Não lembro o quando, nem o porquê e nem o como. Árvores não amam e nem escrevem. Floreiam.
O Caffè Florian, em Veneza, 1965. Prefixos.
No turbilhão da modernidade, o ser humano se desfaz,
Fragmentos de alma espalhados, sem tempo para lamentos.
A sociedade exige sorrisos, produtividade a qualquer custo,
Enquanto a saúde mental se esvai, silenciosa e invisível.
O coração, uma máquina desgastada, bate sem compasso,
E a mente, um labirinto de pensamentos não resolvidos.
Não há espaço para lágrimas, nem para a dor que consome,
Apenas a máscara de bem-estar, imposta pelo mundo.
Cada dia é uma batalha, uma corrida contra o tempo,
Onde o descanso é um luxo, e a paz, uma miragem distante.
O ser humano moderno, quebrado e desfacelado,
Segue em frente, sem entender o porquê de sua destruição.
E assim, na busca incessante por aceitação e sucesso,
Perde-se a essência, a conexão com o próprio ser.
A sociedade aplaude a produtividade, ignora o sofrimento,
E o ser humano, solitário, se perde em meio ao caos.
Que um dia, a humanidade possa despertar,
E valorizar a saúde mental, a paz interior.
Que o ser humano possa encontrar tempo para chorar,
E reconstruir-se, peça por peça, em um mundo mais compassivo.
The Shining Around the World
Sou o espaço vazio entre o que eu gostaria de ser e o que eu lutei pra não ser. https://www.instagram.com/p/BuaMoq5gRXu/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1pgiporfl9l2n
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“Quando você ler essas palavras talvez eu não esteja mais aqui. Talvez você ouça a minha voz, embargada, em silêncio. Sim, a memória preserva um som que só as lembranças mais bonitas conseguem ecoar. Eu vou estar em algum lugar entre aqui e Paris. Provavelmente em Paris. Lá é mais fácil sofrer– tomando um chá de camomille às dez da manhã, entre um bonjour e um je t´aime – sem soar estranho, sem parecer arrogante. Nas malas levarei algumas camisas dobradas, alguns poemas incompletos, aquela foto sua em preto e branco que você nunca me deu e a certeza de que tudo o que escrevi até ontem foi para que hoje o dia nascesse mais colorido e a noite dormisse mais sonhada. Queria poder te amar além das palavras, além destas palavras.”
— Eu me chamo Antônio.
A culpa não é sempre de quem parte e ficar não é sinônimo de amor.
Motivando. (via motivando)