Mãe limpou meu peito com borracha em sonho. Mãe sabe tanta coisa! Ela me vê triste e quer ajudar. Não sabendo como se aproximar, ela vai até meus sonhos para dizer que, se ela pudesse apagava as minhas dores com borracha branca. Só para nunca mais ver o meu semblante triste.
As mães são sempre tão divinas! O nosso primeiro contato com Deus é através das nossas mães. Ainda me lembro do dia em que a minha me levou a pé no hospital para uma consulta e, na volta, na hora de subir o morro, me sentia indisposta, idade pouca, febre latente, desejava em pensamentos ser carregada. Olhava para mãe e via seus olhos cansados, via o cansaço impregnado na sua alma. Mas mesmo assim mãe leu meus pensamentos. Ela suspirou bem fundo, como se tivesse pedindo a Deus força e me pegou no colo.
No momento que deitei a minha cabeça sobre os seus ombros, era como se tivesse abraçado Deus, seus braços me acolhiam num calor confortável, não havia lugar melhor no mundo para estar naquele momento.
Cochilei até chegar ao topo extenso do morro.
Quando chegamos ela me colocou no chão e perguntou se eu me sentia melhor. Balancei a cabeça em sinal positivo. Ela deu um sorriso de alívio.
Amor de mãe é incondicional e profundo. Não cessa com a ingratidão dos filhos, é sempre doação e fé.
A fé de que um dia nós filhos e filhas possamos entender que cada gesto delas é um sacrifício de si mesmas para o nosso bem.
Amor de mãe é um ato de fé e esperança na humanidade.
Aline Rafaela
I’m starting to edit down some of the drone footage that @elinoto got while we were in Fiji and New Zealand. So far I’m finding the footage cumbersome but I’m hoping it gets easier as I figure out the workflow.
This is a tiny clip from Fiji that I made for today’s weekly diversion.
- Sandy Noto
Location: Fiji
As flores que nascem do meu peito querem ver luz, querem desabrochar, querem ser vistas. A serenidade dos seus olhos, seu amor e dedicação regaram minhas sementes, e hoje sou rosa amarela enfeitando e perfumando tudo. Um jardim bem cuidado traz paz àqueles que por lá passam desapercebidos, atraídos pela beleza da natureza. Ser natureza, transcender e desapegar. Temos exercitado isso constantemente, eu me desapego de tudo, dos meus medos, meus preconceitos e tempos vividos. Abro caminho para o novo e reinvento o passado vivido. Você simplesmente deixa acontecer e me olha sereno. Ah, seu olhar me percebe de outro mundo. Atingimos outro nível de realidade para viver a real daquilo que escondemos de nós mesmos. E nossos pensamentos absortos em sensibilidade captam cada energia que nos aparece para mostrar que tudo está na ordem apesar de nossas incertezas. E dessa troca algo bonito acontece com nós dois e meu coração transborda, porque apesar de tudo não deixou se embrutecer.
Aline Rafaela
(Escrito em 2014)
Estou vivendo de poesia, daquelas que falam de amor e de dor, daquelas que me lembram de ti. Poesias são como pão para mim, alimenta o que de mais profundo carrego no peito. Quase chego a lembrar da minha alma desnuda, antes de virar gente, antes de me perder na loucura de ser alguém na vida.
Estou vivendo de poesia meu amor, acompanhando a calma dos dias, as paisagens serranas, o vento que sopra frio aliviando o calor.
Estou vivendo de poesia, é tanta calma no coração que a minha pressão anda meio baixa. Como se meu chakra tivesse se alinhando ao ritmo do Eu sou. Estou ficando lenta e nunca fiz tanta coisa como nesse momento de lentidão. Também tenho aprendido a gratidão.
Estou vivendo de poesia, descobrindo meu ritmo, meu lugar, minhas raízes. Eu durmo despreocupada em plena tarde. Respeito meu tempo de maturar, se tu me visse assim, tu não ia acreditar na calma que carrego nos olhos, sabe todo aquele ódio? Deixei queimar nas ondas do mar sagrado.
Estou vivendo de poesia. Meu mundo hoje tem mais harmonia. Respeito meus processos, estou ficando cada dia mais ligada aos sinais, minhas mãos pedem por pincéis e tintas. A energia mais feminina da artista que habita em mim posso senti-la como uma criança que cheira a flor e se encanta. Agora tudo está num compasso perfeito de um mantra.
Tenho vivido de poesia, cada detalhe é motivo para agradecer, cada vivência é oportunidade para crescer. Sinto o doce da vida e também aprendi a saborear o amargo. Hoje, o gosto amargo não significa estrago.
SÓ, estou plena! Vivendo de poesia. A poesia do meu corpo livre, da minha cabeça cheia de saúde. Dos anjos que sinto a minha volta. Da prosperidade que bate a minha porta.
A poesia do que eu vivo porque estou aprendendo a viver a vida assim. Vivendo feito papel ao vento, feito rio que segue lento contornando as margens no seu tempo, no seu ritmo, o Rio sabe que alcança o mar.
Nessa poesia que vivo, como é bom escrever serena, sob a luz de um celular, esperando o sono chegar para quando amanhecer ir trabalhar.
E no meu coração só luz!
Aline Rafaela Lelis
Odair José
via Natitun
Ir de encontro a si mesma é transcender-se.
Eu transcendo e me transformo.
Tomo para mim as formas mais bonitas e sinceras.
Hoje amanheço flor.
Amanhã anoiteço amor.
Quero florir a cada suspiro calmo entre um abraço e outro.
Quero ver as coisas retomarem sua ordem sem pressa.
Cada coisa no seu lugar como tem que ser.
E minha vida vai florindo a cada passo que dou em direção a mim mesma.
Aline Rafaela
(Escrito em 2014)
Praça, damasco, coreto
O centro da vila pacata
Em movimento lento
Há onze anos já foi palco
Do primeiro amor
Há um ano serviu apenas
Para endurecer corações machucados
Há poucos meses virou cenário
De um filme em preto e branco.
A vila, hoje cidade
Anda em círculo na existência
E dessa roda eu desviei
Meus pensamentos e lembranças
Um salto me levou
Para outras rodas existenciais
E lá não tem espaço para lembranças vis
Lá estou em trânsito
Com gente indo e vindo.
Onde me encontro agora
Tudo tem mais equilíbrio
E o passado é só uma velha roupa colorida.
Aline Rafaela Lelis
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A energia necessária para realizar nossos desejos não pode fluir livremente se ficarmos obcecados com os resultados materiais determinados por nós. Sempre que pedir alguma coisa, tenha em mente um bem maior. Depois, desapegue-se e deixe Deus fazer Sua parte.
PRAAGH, James Van. O despertar da intuição: desenvolvendo seu sexto sentido. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. p. 160.
Sossega, coração!
Somos sujeitos com tantos desejos. Dos mais sublimes aos mais vis. Meus desejos são nobres (a maioria das vezes). Desejo de viagem, de conhecer o mundo. Ásia, África, América do Norte. Também desejo ser doutora, atriz, modelo e cantora. De vez em quando minha intenção de bondade entra em colapso. Questiono Deus, me falta a fé, chuto o balde. Mas são momentos apenas, passam e em instantes eu me reformulo novamente e tomo o caminho estreito, a estrada direita. Com o passar dos anos vou compreendendo que a vida é sofrimento e, aprender a viver é aprender a sofrer. Só quando aprendemos a lidar com a dor é que alcançamos a felicidade.
Tanto desejo às vezes causa desgaste. A avidez para vivê-los é a causa das nossas ansiedades. Queremos que tudo aconteça agora, casa, carro, filhos, casamento, família, sucesso e dinheiro. O reino da terra faz a gente criar muitas ilusões, faz a gente se perder de nós mesmos, distanciar dos nossos propósitos mais elevados, nos faz perder a trilha do bem para entrar na corrida dos vícios mais vulgares. Uma corrida maluca para o inferno. Inferno que fazemos em nós mesmos e à nossa volta.
Aline Rafaela Lelis