Há Muito Tempo Deixei De Ser Poesia. Fui Virando Prosa, Desencadeando Prosas E Quando Vi, Não Sabia

Há muito tempo deixei de ser poesia. Fui virando prosa, desencadeando prosas e quando vi, não sabia mais traduzir as coisas simples. Viajei para uma bela ilha, onde toda tarde ia ver o por do sol na praia. Ouvia o chiar das ondas, sentia as ondas tocarem meus pés, avistava o fim da tarde lilás, ouvia as crianças brincarem e suas gargalhadas inocentes. Assistia aos surfistas e observava como cada pessoa contemplava o mar. Mas nada pude dizer a respeito. Aquele tempo que vivi naquela ilha, eu não estava em estado de poesia e todas as coisas bonitas que vi e vivi, não foram absorvidas por mim na simplicidade que acontecia, naquela época, meu estado anti-poesia não permitia. Mas o bom é que como eu vou contar hoje as histórias passadas do tempo da ilha é que importa, e meu estado hoje, graças à Deus me transporta a mesma ilha, porém com um olhar que é muito mais poesia e menos prosa.

Aline Rafaela

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Sororidade

Quando na teoria  pregamos o solidariedade entre nós mulheres, mas na prática, pregamos mesmo é nosso umbigo no centro do mundo. 

Aline Rafaela

Se hoje navego por águas tranquilas, é porque eu acreditei na promessa de calmaria após a tempestade. Eu passei um tempo doente, e minha doença atingia meu espírito. Eu fiquei fraca, tão fraca... que já não era capaz de reagir a nada. Meus olhos amarelados e sem vida gritavam por socorro, e a fraqueza do espírito me levou a fraqueza da carne. Eu dormia dezesseis horas por dia e estava sempre fatigada. Quando estamos assim, muitas pessoas aproveitam da nossa incapacidade de auto-defesa. Nessa época fui humilhada por muita gente mesquinha. Mas eu não desisti da minha cura. Hoje, quando vejo a minha disposição e energia, fico imensamente grata à Deus por me sentir viva e cheia de energia para continuar lutando. E nesse processo, reciclei a alma e o corpo. Me sinto tão leve, amada e sagrada.

Hoje sei que milagres acontecem todos os dias!

Aline Rafaela 

Notas de Celular (Começo de 2018)

Ponto Final

Uma partida sem adeus, é como morte sem sepultamento.

Lembranças de ti me vêem a mente  

E me assombram de tempos em tempos.

Na incerteza e imprevisibilidade dos caminhos, 

Sigo dando o melhor de mim, 

Às vezes lamento o tempo perdido, 

Outras vezes revolto-me com os desfechos.

Mas peço a Deus em oração, para que tudo volte aos eixos. 

Minha vida de menina se foi, 

E junto com ela a minha ingenuidade.

Vivo o tempo do porvir, 

Porque desaprendi a  momentaneidade.

No entanto, estou sempre atenta aos movimentos,

Aprendi a refletir,  ponderar e observar,

Respiro fundo antes de qualquer ação, 

Para não me precipitar.

Como dizia Allende “o primeiro amor deixa marcas indeléveis”.

A intensidade dos primeiros encontros 

Se choca com a inexperiência da juventude fugaz.

Laços interrompidos bruscamente, 

Livramentos que só reconhecemos com o tempo.

Hoje sou  mulher em transição, 

E vejo que muita coisa ficou para trás,

As promessas de amor eterno, 

Que nunca vão se realizar.

Os sonhos de uma vida a dois, 

Dois que nunca serão par

Graças à sorte e não ao azar.

Neste estado de transição em que vivo, 

Quase tudo é dor.

Dor de preparação, 

Que antecede o amadurecimento do todo.

Desconstruindo tudo, 

Para depois construir tudo de novo.

O novo é a vida florindo novamente,

É o olhar-se no espelho contente,

Sentir no corpo as marcas de cada aprendizado.

Tornar-se leve com as feridas cicatrizadas

E deixar-se criar asas ao vento da liberdade. 

O fim que acreditei ser digna, 

Nunca se concretizou.

Você me virou às costas em tempos de horror.

No entanto eu mesma fiz seu sepultamento

Levei flores àquela estação de trem, 

E finquei uma cruz onde tudo começou.

Varri as lembranças ruins, 

E joguei fora as lembranças que restou.

Não espero que erga um túmulo para mim, 

Mas se um dia isso se passar por sua cabeça,

Saiba que os meus restos já terão se dissipado ao vento. 

De mim não sobrará um sopro 

Você jamais irá me alcançar,

Não deixarei um rastro sequer,

Que é para você não me encontrar.

Aline Rafaela Lelis

Three Little Birds

Meu velho me diz  com tanta certeza para eu ter calma e caminhar devagar. Ele diz como se quisesse me alertar para algo maior, para um nível de consciência mais elevado, que só adquirimos com o tempo. Quando me sinto um tanto que desesperada e com medo do futuro, ele chega de mansinho e me diz daquele jeito de quem tem certeza, que tudo vai dar pé. E enquanto meu velho fala, eu observo seus olhinhos serenos e sinto neles tanta verdade, que eu mesma já me convenci que dar certo é a minha única opção. 

Aline Rafaela


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Olhinhos amendoados

Olhinhos amendoados

Sempre foi tão bonitinha

Desde pequeninha a pregar peças

Se esconde e salta da moita

Assusta quem passa na calçada

Corre, grita e dança

Um cisquinho a perambular

De esquina em esquina,

Casa de vó casa de mãe

Olhinhos amendoados

Observa o movimento

Planeja suas travessuras

De menina-moleque-feliz

Não se importa com os gritos

Abstrai tudo e vai brincar

Sempre rindo, sempre esperta

Malandragem que fala

Alfinete que espeta

Risada que contagia, é tudo brincadeira

Pra quê levar a vida tão à sério?

Olhinhos de amêndoas atentos

Menina das perninhas de graveto

Negra Cabeleira ao vento

Lá vai aqueles olhinhos descendo e subindo o morro

Empurrando a bike ou correndo de cachorro

Olhinhos amendoados te conheço já faz um bocado

Ora desperta amor,

Ora esse amor vai pro ralo

Mas olhinhos amendoados

Só vim dizer

Obrigado!

Para A.L.

Aline Rafaela Lelis

Amores para quem escrevo agora. Será que é pedir muito desejar voltar ao passado? Há momentos tão marcantes em nossas vidas que desejamos voltar no tempo para senti-los novamente, ou nos sentirmos como em determinado momento ou acontecimento, ou fase da vida gente. Cada fase tem um tom, um cheiro, uma energia, uma vibração, pessoas, músicas. Meus amores, vocês podem argumentar que novas fases virão, que o caminho para o novo deve estar livre, eu sei. Mas é pecado isso? Embora eu saiba que o novo está por vir com sua unicidade. A unicidade de outro momento se foi, e a vida se faz tão breve! Demoramos tanto a perceber sua brevidade e delicadeza... Se pudesse ter ontem a consciência que tenho hoje... ah, quantos pôr do sol a mais eu não teria visto? Quanto beijos a mais não teria dado? Quantas insignificâncias eu não teria perdoado? Meus amores, eu nem cheguei aos 30 e já falo do passado como uma velha saudosista no auge dos  seus 70  anos. Ah, mas quantos abraços mais demorados eu não teria dado? Quantas risadas despreocupadas? Quantos olhares não teria fitado mais intensamente? Quantos gatos teria adotado anteriormente? Ah... quantas, quantas... quantas vidas são necessárias para aprendermos a lição? Quantos tombos ainda estão previstos na caminhada? Qual de vós vai me eleger para ser sua namorada? Meus amores, isso é tudo que sinto. Isso é tudo que sou, uma parte saudade, outra parte amor. Mas sempre em partes, que só fazem sentido num mosaico colorido. Que é quando junto as peças me percebo inteira, porém deslocada, eloquente, mas sem certeza. 

Ah... Meus amores! O que quero de vós senão tê-los por perto, certos de que compreendes minhas particulares insanidades.

Aline Rafaela

Eu acho o seguinte... - todos nós  aqui nesse planeta estamos numa jornada. E é um mistério. Quem sabe quem vai acabar com quem e onde? Certo? Mas é triste perder um amigo. Porque tipo assim. Essa é a coisa mais difícil de aparecer.

Eu Acho O Seguinte... - Todos Nós  aqui Nesse Planeta Estamos Numa Jornada. E é Um Mistério. Quem

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Sossega, Coração!

Sossega, coração!

  • buquessaofloresmortas-evy
    buquessaofloresmortas-evy liked this · 8 years ago
  • fidelidadeaalmaeosegredo
    fidelidadeaalmaeosegredo reblogged this · 8 years ago
fidelidadeaalmaeosegredo - Preserve a Alma
Preserve a Alma

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