Amor e desamor fazem parte de uma só face. Aquele por quem sofri é minha metade. Aquele que me amparou só vou deixar saudade. Neste jogo não existe culpado. A vida é que é cheia de surpresas e como nós reagimos não pode ser julgado. Cada um sabe de si. Cada um deveria saber sobre si. E ter consciência que nossas escolhas desencadeiam em fardos e fatos que só nós sentiremos na pele como lidar. No entanto, para que nossa breve vida valha a pena. O amor deve absorver em luz qualquer sentença.
Aline Rafaela
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Quando na teoria pregamos o solidariedade entre nós mulheres, mas na prática, pregamos mesmo é nosso umbigo no centro do mundo.
Aline Rafaela
Uma lição de amor chamada MEG. <3
Esse moço, que igual a tantos moços. Me chama de “preta”, me chama de “sua”. Mas só quando quer ou convém. Não pergunta se estou bem ou como tenho passado. Não quer saber o que me faz sorrir, o que me dá prazer... Ele só sabe dele. Ele só vive para ele.
Ahhh esse moço... que como tantos moços, gostam na verdade de outros moços.
Aline Rafaela Lelis
Olhinhos amendoados
Sempre foi tão bonitinha
Desde pequeninha a pregar peças
Se esconde e salta da moita
Assusta quem passa na calçada
Corre, grita e dança
Um cisquinho a perambular
De esquina em esquina,
Casa de vó casa de mãe
Olhinhos amendoados
Observa o movimento
Planeja suas travessuras
De menina-moleque-feliz
Não se importa com os gritos
Abstrai tudo e vai brincar
Sempre rindo, sempre esperta
Malandragem que fala
Alfinete que espeta
Risada que contagia, é tudo brincadeira
Pra quê levar a vida tão à sério?
Olhinhos de amêndoas atentos
Menina das perninhas de graveto
Negra Cabeleira ao vento
Lá vai aqueles olhinhos descendo e subindo o morro
Empurrando a bike ou correndo de cachorro
Olhinhos amendoados te conheço já faz um bocado
Ora desperta amor,
Ora esse amor vai pro ralo
Mas olhinhos amendoados
Só vim dizer
Obrigado!
Para A.L.
Aline Rafaela Lelis
“You may not control all the events that happen to you, but you can decide not to be reduced by them.”
— Maya Angelou
Estou vivendo de poesia, daquelas que falam de amor e de dor, daquelas que me lembram de ti. Poesias são como pão para mim, alimenta o que de mais profundo carrego no peito. Quase chego a lembrar da minha alma desnuda, antes de virar gente, antes de me perder na loucura de ser alguém na vida.
Estou vivendo de poesia meu amor, acompanhando a calma dos dias, as paisagens serranas, o vento que sopra frio aliviando o calor.
Estou vivendo de poesia, é tanta calma no coração que a minha pressão anda meio baixa. Como se meu chakra tivesse se alinhando ao ritmo do Eu sou. Estou ficando lenta e nunca fiz tanta coisa como nesse momento de lentidão. Também tenho aprendido a gratidão.
Estou vivendo de poesia, descobrindo meu ritmo, meu lugar, minhas raízes. Eu durmo despreocupada em plena tarde. Respeito meu tempo de maturar, se tu me visse assim, tu não ia acreditar na calma que carrego nos olhos, sabe todo aquele ódio? Deixei queimar nas ondas do mar sagrado.
Estou vivendo de poesia. Meu mundo hoje tem mais harmonia. Respeito meus processos, estou ficando cada dia mais ligada aos sinais, minhas mãos pedem por pincéis e tintas. A energia mais feminina da artista que habita em mim posso senti-la como uma criança que cheira a flor e se encanta. Agora tudo está num compasso perfeito de um mantra.
Tenho vivido de poesia, cada detalhe é motivo para agradecer, cada vivência é oportunidade para crescer. Sinto o doce da vida e também aprendi a saborear o amargo. Hoje, o gosto amargo não significa estrago.
SÓ, estou plena! Vivendo de poesia. A poesia do meu corpo livre, da minha cabeça cheia de saúde. Dos anjos que sinto a minha volta. Da prosperidade que bate a minha porta.
A poesia do que eu vivo porque estou aprendendo a viver a vida assim. Vivendo feito papel ao vento, feito rio que segue lento contornando as margens no seu tempo, no seu ritmo, o Rio sabe que alcança o mar.
Nessa poesia que vivo, como é bom escrever serena, sob a luz de um celular, esperando o sono chegar para quando amanhecer ir trabalhar.
E no meu coração só luz!
Aline Rafaela Lelis
O leito de dor é um campo de ensinamentos sublimes e luminosos. Nele, a alma exausta vai estimando no corpo a função de uma túnica. Tudo o que se refira à vestimenta vai perdendo, consequentemente, de importância. Persevera, contudo, a nossa realidade espiritual.
Emmanuel (Espírito). Paulo e Estevão: episódios históricos do cristianismo primitivo: romance/ ditado pelo espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 40. Ed. - Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2004. p. 156
O que acham que a maioria das pessoas está fazendo na vida? Impressionando os outros, nada mais. Fazendo de tudo para não serem criticadas. Buscando aceitação. Fico me perguntando quantos seres humanos não estão obcecados com isso, vinte e quatro horas por dia, de forma consciente ou não. A consequência? Pouquíssimas pessoas vivem de fato.
MELLO, Anthony de. Redescobrindo a vida: desperte para a realidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. p.117.