Amores Para Quem Escrevo Agora. Será Que é Pedir Muito Desejar Voltar Ao Passado? Há Momentos Tão

Amores para quem escrevo agora. Será que é pedir muito desejar voltar ao passado? Há momentos tão marcantes em nossas vidas que desejamos voltar no tempo para senti-los novamente, ou nos sentirmos como em determinado momento ou acontecimento, ou fase da vida gente. Cada fase tem um tom, um cheiro, uma energia, uma vibração, pessoas, músicas. Meus amores, vocês podem argumentar que novas fases virão, que o caminho para o novo deve estar livre, eu sei. Mas é pecado isso? Embora eu saiba que o novo está por vir com sua unicidade. A unicidade de outro momento se foi, e a vida se faz tão breve! Demoramos tanto a perceber sua brevidade e delicadeza... Se pudesse ter ontem a consciência que tenho hoje... ah, quantos pôr do sol a mais eu não teria visto? Quanto beijos a mais não teria dado? Quantas insignificâncias eu não teria perdoado? Meus amores, eu nem cheguei aos 30 e já falo do passado como uma velha saudosista no auge dos  seus 70  anos. Ah, mas quantos abraços mais demorados eu não teria dado? Quantas risadas despreocupadas? Quantos olhares não teria fitado mais intensamente? Quantos gatos teria adotado anteriormente? Ah... quantas, quantas... quantas vidas são necessárias para aprendermos a lição? Quantos tombos ainda estão previstos na caminhada? Qual de vós vai me eleger para ser sua namorada? Meus amores, isso é tudo que sinto. Isso é tudo que sou, uma parte saudade, outra parte amor. Mas sempre em partes, que só fazem sentido num mosaico colorido. Que é quando junto as peças me percebo inteira, porém deslocada, eloquente, mas sem certeza. 

Ah... Meus amores! O que quero de vós senão tê-los por perto, certos de que compreendes minhas particulares insanidades.

Aline Rafaela

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Eu acho o seguinte... - todos nós  aqui nesse planeta estamos numa jornada. E é um mistério. Quem sabe quem vai acabar com quem e onde? Certo? Mas é triste perder um amigo. Porque tipo assim. Essa é a coisa mais difícil de aparecer.

Eu Acho O Seguinte... - Todos Nós  aqui Nesse Planeta Estamos Numa Jornada. E é Um Mistério. Quem

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Amor sem fim

Bela sempre gostou de dormir depois de observar o céu. As estrelas parecem sinalizar alguma coisa. Acalmar o coração. Fortalecer as ideias. Quando ela olha para o céu da sua janela, há sempre uma estrela que chama mais a atenção. E é aquela estrela que dá o recado. Ela fecha os olhos e sente no coração uma voz mansa a dizer; “vai dar tudo certo preta, você não está sozinha! Paciência!”.

É para as estrelas também que ela pede proteção para o seu amado. Há vidas eles amam. E a cada vida esse amor amadurece. Não tem como duvidar que eles viveram outras vidas juntos. Ela o sente no coração como se sente a um irmão. Um irmão de alma. E ele a sente no coração com a ternura que as almas afins sentem uma pelas outras.

Há anos os dois não estão mais juntos. Há anos eles não se veem.  Mas ela nunca deixou de pensar nele, muito menos ele nela. Outro dia Bela abriu sua caixa de e mail e leu: “Quantas vezes você me visitou em sonhos... ora sorrindo, ora calada. Um amor assim não é em vão. Nós ainda vamos nos reencontrar”.

Bela leu o e mail e pôs a  imaginar a visita onírica ao seu amado. Ela aparecia para ele como uma deusa. Toda de amarelo. Colares e braceletes de ouro, tiara enfeitando a cabeça. Flutuando, sorrindo, beijando seu rosto e desaparecendo subitamente. Outras vezes ela aparecia calada, apenas observando-o, séria. Quando Kako aproximava ela desaparecia. Pensou: “das vezes que o visitei calada devia estar angustiada. Pedindo por ajuda talvez”.

O céu escuro é um dos mistérios mais lindos para Bela. Quando ela caminha à noite pelas ruas estreitas de pedra sabão sempre olha para o alto. Gosta de contemplar o mistério. Pensa “como teria vivido às pessoas que habitaram este lugar há exatos 200 ou 300 anos?” A história a fascina. Bela sempre viveu no mundo da lua, tem dificuldade de lidar com a realidade objetiva. Vive sonhando. Acredita em portais, em espíritos e magia. Para ela existem mundos diversos, e quem tem o “dom” acaba vendo coisas que estão além da nossa realidade. Criaturas de outros mundos para ela circulam entre nós, e os mundos paralelos estão aí, para quem pode vê-los.

Bela sabe que seu amor não tem fim e que vai muito além da cultura. Por isso ela acredita no amor como uma força capaz de transmutar toda dor. Ela sabe que os finais são muito melhores que os contos de fadas, que o “viveram felizes para sempre” na verdade é: “então eles aprenderam a amar um ao outro incondicionalmente, e foram libertos para todo sempre do apego. Evoluindo pelo amor, suas almas enfim, se elevaram e eles viraram luz para todo sempre!”

Aline Rafaela


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O leito de dor é um campo de ensinamentos sublimes e luminosos. Nele, a alma exausta vai estimando no corpo a função de uma túnica. Tudo o que se refira à vestimenta vai perdendo, consequentemente, de importância. Persevera, contudo, a nossa realidade espiritual.

Emmanuel (Espírito). Paulo e Estevão: episódios históricos do cristianismo primitivo: romance/ ditado pelo espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 40. Ed. - Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2004. p. 156

Fazia tanto tempo que eu não sentia nos olhos de um homem um olhar de interesse para dentro, para a alma. Estava tão acostumada com o desejo lascivo, a libido espontânea, o gozar de alívio, sem intenção de afeto; que quando vi nos olhos daquele homem tamanha afinidade e empatia eu não soube o que fazer, muito menos o que pensar. Eu passei do ponto em que a compreensão da afetividade obedece a uma regra social, institucional e ideológica. Não, não tenho tempo de fantasiar historinhas românticas. Definitivamente não há nada a fazer a respeito daquele olhar. A não ser esperar e ver o que o Universo preparou desse encontro. Seja lá o que o destino reservou, é sempre bom lembrar que todas as coisas tem seu próprio tempo. 

Aline Rafaela 

(Primeiro texto pensando nele)

Buscando forças das entranhas

Sigo dando o melhor de mim

Tem dias que sou aconchego

Calmaria 

Chá de alecrim

Noutros dias

Bate tristeza

Sufoca as dúvidas

Tenho pena de mim

Porém não esqueço

Das palavras de um 

Sábio aprendiz

Dizendo-me com seus olhos verdes

Arregalados

Para eu não desistir

A estrada é estreita

O caminhar é árduo

Mas lembra-te menina

Que você é trampolim

Pense nas meninas 

E nos meninos

Que virão depois de ti

Eles saberão

A partir do seu legado

De tudo que é possível

Construir

Aline Rafaela Lelis


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Acho que, com os anos, as nossas energias de observação diminuem, junto com o olfato, o tato, a visão e a energia vital, e a nossa percepção vai se apagando na distração e nos afazeres. Perdemos a amplitude da infância, que nos faz perceber os detalhes puros e a enormidade das coisas.

Mata, Vanessa da. A filha das flores. São paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 13.

Poeminha Sereno

Tem tristeza que não vale a pena,

E passado que não vale um poema.

Aline Rafaela

Coragem e acreditar no que sente. Porque quando a sua luz começar a brilhar muitos virão tentar te ofuscar. Portanto, não seja a primeira a se sabotar.

Criola (Grafiteira)

Quando a minha alma se afastou de mim, perdi-me em labirintos de pensamentos confusos e sem fim. Meu corpo se enfraqueceu e todo o senso de proteção que eu tinha se foi. Passei a viver desprotegida como se eu fosse uma tartaruga sem casco, que diante do perigo, não pudesse se esconder. Fiquei durante anos assim, nua, enfrentando o inverno gelado despida de dignidade.

Para os xamãs, quando isso acontece, quer dizer que a nossa alma tomou um susto. E era exatamente assim que eu me sentia, assustada, porém, sem reação.

No caminho encontrei muitas pessoas dispostas a sangrar as feridas ainda expostas. E elas cutucaram cada lesão num tom sádico, sem compaixão ou misericórdia. É incrível como as pessoas diante da fraqueza das outras, constroem suas fortalezas. Pura vaidade, e de certa maneira a pior fraqueza de todas.

Encontrar a minha alma-essência, que hoje não está mais perdida, mas sim escondida, é o que tem lentamente me movimentado. Sinto o meu coração bater de modo automático, assim como a minha respiração, que inspira qualquer coisa parecida com ar. Os meus olhos há muito tempo  não veem nada de novo. Meu tato já não sabe mais o que é desejo, ou prazer, vive com medo do porvir. Estou em estado de flor, aquela florzinha murcha que precisa de cuidados para não morrer.

Todos nós viemos ao mundo despreparados. Para o espetáculo que é a vida não há ensaio. A peça se desenrola sem uma passada de roteiro breve, quando nascemos, já caímos no palco como personagens principais, diante de uma plateia que nos aguarda ansiosas.

Culpei-me muito por não saber como reagir diante de um público desconhecido. Eu sorria sem graça me perguntando lá no fundo se havia agradado aqueles expectadores.

Agradar é um verbo perigoso. Quando era criança fui ensinada a não dizer o que eu penso para agradar as pessoas. Aprendi também, que mulheres devem ser polidas, bem comportadas, cozinhar bem e principalmente agradar o sexo oposto.

Na infância a gente aprende subliminarmente tanta coisa inútil! Nessa época já começamos a nos distanciar de nós para tornarmos quem não somos. Eu resisti muito, resisti anos para não me perder, mas chegou um tempo que a minha fé era pouca, e eu fiquei feito louca, perdida na multidão.  Hoje em dia penso que sou digna de sentir meu coração vivo novamente. Sou merecedora de amor e de pessoas caridosas e cheias de luz à minha volta.

Para me encontrar não meço esforços. Distancio-me aos poucos de tudo aquilo que não sou. Gradativamente consigo adentrar a minha floresta sagrada. E é lá o lugar de reencontros. Topar de frente comigo mesma é questão de tempo. E, quando isso acontecer, quero abraçar-me demoradamente e tocar cada pedacinho de mim, me sentir amada e desejada. Feliz e lisonjeada com tanta auto dedicação.

Há pessoas que também se sentem flores, mas ficam à mercê dos outros para serem regadas e cuidadas. Eu estou cuidando do meu jardim já faz um tempo, observo tranquila e orgulhosa cada sementinha que cresce lenta. Sigo paciente (na maioria das vezes), certa de que não vai demorar para o meu jardim florir todo. Então, muitas flores irão me enfeitar, e meu perfume vai se espalhar pelos quatro cantos. Perfume de dor e pranto, mas também perfume superação, de amor próprio, de amadurecimento e de felicidade transbordante.

De tempos em tempos, precisamos parar para cuidar de nós mesmos e nos ver mais como terra, como água, como luz e como vento. Deixar que os mistérios tomem conta do coração e entender que viver ultrapassa todo o entendimento.

Aline Rafaela

O amor que eu acreditei ser um atalho, era um desvio planejado, obra do acaso, escolha imatura de uma juventude que se diz adulta, mas que quer mesmo é viver fantasias alimentadas na adolescência, sem nenhuma clemência pela razão sufocada no peso da existência não explicada e desacreditada. Atalhos e desvios fazem parte de uma só jornada, e não importa a idade, sempre haverá sensações de busca, de perda, abandono, lugar errado e vivências pela metade. 

Aline Rafaela 

fidelidadeaalmaeosegredo - Preserve a Alma
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