Fidelidadeaalmaeosegredo - Preserve A Alma

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Solidão não se cura com companhia humana. Solidão se cura com contato com a realidade - entendendo que vocês não precisam das pessoas. Por fim vocês conseguem apreciar os outros porque não precisam deles.

MELLO, Anthony de. Redescobrindo a vida: desperte para a realidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. p. 116

Árvores troncudas

São como as mães

Que se autossustentam

Do solo sagrado

Da terra abundante

Da sabedoria da espera

Intuição de quem gera

A vida na terra

E espera paciente

O fruto crescer

E o amor geminar

Aline Rafaela Lelis

“Ano Passado Eu Morri, Mas Esse Ano Eu Não Morro. “

“Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro. “

Quanto mais te leio, mais gosto de você.

Quanto mais convívio, quanto mais perto, mais distante estou da expectativa de que um dia você seja tudo que sempre sonhei.

Você é o que é e isso é fascinante.

Talvez seja o primeiro amante que eu vivo do que é real. E o real se apresenta como se bastasse em si mesmo. Quando eu lidava com expectativas, nunca era suficiente.

Hoje eu me basto e você, assim do jeito real e verdadeiro que se apresenta, também.

Acho que comecei a abalar as estruturas do amor romântico dentro de mim e tenho descoberto o quão lindo é amar em liberdade.

Aline Rafaela


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Será que o amor não é tão-somente vontade de amar?

Fabrício Carpinejar

Sol quente bate nos olhos

Bate a vontade daquele mar

O Rio me olha, sorrio para o Rio

Às margens caminho pra qualquer lugar

Aline Rafaela Lelis

Carta à Maria

Maria, hoje foi mais um daqueles dias, que a gente tá com a cabeça no futuro e acaba esquecendo nosso presente duro. Sabe esses dias em que a gente foca na vida que devia ser e esquecemos da vida que temos? Para mim todo dia tem sido assim! Me disseram que nossos pensamentos criam nossa realidade. Eu juro que essa não é a realidade que pensei para mim há cinco anos atrás! Fui otimista, fiz tudo conforme manda o protocolo. Estudei as possibilidades, fiz um cronograma, coloquei no papel as metas, agi para alcançar os objetivos e morri na praia. Sem dinheiro e sem amor. Mas Maria, eu acreditei na ilusão de que estava no controle. Mas se somos responsáveis por tudo que acontece conosco. Como criei essa realidade? E agora, nesse exato momento, como estou criando o meu futuro? Eu não faço ideia. Não sei mais no que acreditar. Estamos no controle ou não estamos? Só sei que essas experiências me fazem pensar que não. Não estamos no controle, não da forma que gostaríamos de estar. Estamos num caminho, seguindo uma direção, uma estrada que converge para Luz. Estamos aprendendo a ser melhores. Não vivemos o que queremos, mas o que precisamos e merecemos. A ideia é aprender o amor. Estamos todos aprendendo a amar incondicionalmente. Mas olha a loucura que o mundo se encontra! Manter a sanidade é um luxo, não enlouquecer é um privilégio, seguir até o final, suportando todos os pesos, medos, decepções é só para os fortes. De vez em quando eu duvido da minha fortaleza, e juro que suplico por moleza. Mas a vida não é oba oba. A vida não é uma série de televisão. Não é diversão. Não é o que a gente vê no GNT ou OFF. A vida de quem é perfeita como na televisão? Quem come aquelas comidas e viaja para lugares incríveis que a gente nem nunca ouviu falar? Meu Deus quanta loucura! O que vejo na real é tanta miséria, gente sem dinheiro para o pão. Crianças com fome de sobremesa, olhos grandes olhando para o cornetto da jovem que passa do lado de lá do ponto. A mãe tentando distrair e a criança arrisca a pedir. A mãe lamenta, dinheiro contado, e lá se vai mais um desejo simples não realizado.

Maria, a vida aqui me aterroriza, estou desconectada com a minha alma, vim para uma missão nobre, todos nós viemos, mas estou distraída demais tentando ter sucesso, tentando não ficar para atrás. Tentando alcançar meus colegas doutores. Não tenho coragem de voltar para mim e aceitar a minha simplicidade. Fiz esse tal de Instagram e parece que todo mundo está fazendo algo importante. Minha vida simples parece tão desinteressante. Estou vivendo como uma morta-viva. Meu coração está um gelo, e nem é o frio do inverno que deixa meu peito gelado. É falta de abraço. Falta de acalanto, de olhar nos olhos, de fazer cafuné e deitar no colo. Tudo que eu sempre quis foi poder pagar meu próprio aluguel, criar gatos, pintar quadros, cantarolar manhãs, fazer biscoitos, bolos, fumar um cigarro e conversar com quem faz questão. Olha para mim agora Maria! Não sei quem sou, estou competindo com quem? Estou tentando ser sucesso para quem? Por que ando partida? Olhar que não seduz, corpo que se arrasta, medo que paralisa, sorriso que disfarça dor. Para quem são os livros que leio? Qual foi a última vez que habitei a mim? Quando deixei de ser eu? Quando ergui uma barreira entre mim os braços calorosos dos meus progenitores? Quem são as pessoas a minha volta? Quantas delas já não estão como eu? Mortas! O que fazer para acender a chama? Correr o perigo natural de quem se permite viver? Como devo proceder, o que devo abandonar?

Maria, hoje foi mais um desses dias de coração frio, mente apavorada, olhos buscando cor, peito pedindo calor.

Mas Maria, passei na Igreja e acendi uma vela, fiz uma prece e estou esperando o milagre. O que me deixa de pé, é que eu ainda acredito em milagres.

Aline Rafaela Lelis

Nota de Celular- escrito em 25 de julho de 2019

Embora muito próxima, ela sempre me pareceu indecifrável. Do tipo de pessoa que não se pode esperar muito. Ela me entristece nas pequenas coisas. Na ausência da escuta e na frieza dos gestos. Abraçá-la é semelhante a tocar um estranho. Diferentemente do abraço que cura, seus braços não são envolventes e não dizem nada além de boa educação. Essa falta de calor, essa contenção dos sentidos por si só magoa. Uma bobagem… Porque abraços aconchegantes é comum entre mim e outras pessoas. Mas penso que o afeto entre irmãs deveria ser condição mínima para cristalizar os laços. 

Aline Rafaela

Odair José

Odair José

via Natitun

image

Seu toque cura feridas de vidas.

Suas mãos conduzem meu corpo

ao prazer mais sublime do toque,

Que ecoa em gemidos e sussurros,

Compondo um batuque rítmico.

Dos pêlos em festa, dos órgãos em dança, da cabeça em transe.

Da transa, do ajuste, do acordo implícito.

Acordo como se tivesse viajado

Para uma galáxia distante,

Para um mundo de instantes.

Viagem que transcende as dores,

Os horrores, as memórias de outrora.

Volto com outra energia

Com calma nos olhos

Vontade de desaprender

Coração aberto para receber (Seu amor)

Cabeça aberta para dialogar com clareza,

Desaprendo conceitos

E aprendo a receber sua energia

Que cura cada pedacinho antes em dor,

Que me diz que a vida precisa de calor,

Que aponta o meu lado criativo

E meus ovários fazem festa

Me encontro no encanto,

Na beleza de uma mandala

Na poesia dos meus contos

Na beleza dos meus gestos

Onde me (re) descubro mulher

Feminina

Leão sendo domado pela mulher e pela menina.

Corrente eletrizante me corta a espinha

Despertando meu corpo inteiro em volúpia

Espinha se contorcendo na cama,

Como cobra procurando abrigo no vão das rochas.

Você me endeusa e reconhece minhas fraquezas,

Me concede humanidade no corpo que vc diz deusa.

Sobre os meus pés você bate cabeça,

Respeita meu corpo como um templo,

E meus sentimentos como um mantra sagrado

No meio disso tudo eu relaxo

E me calo.

Desperto.

Me abro.

Desabrocho em flor.

Me espalho em rosas.

Enfeito o mundo.

Abraço o todo.

Respiro fundo.

Recebo.

Agradeço.

E transmuto toda memória

Em puro amor.

Aline Rafaela Lelis

18 de outubro de 2018

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