katrinexvampire:
(flashback)
Katrine sorriu, suas mãos serpenteando inocentemente a camisa de Aylla enquanto observava os dados. “Eu amo esse jogo. Todos temos uma reputação amor, uns são mais conhecido do que outros, mas todos temos.” Ela respirou, olhos treinados na mesa. “ Não, sendo sincera não procuro qualquer pessoa. Doce cisne é um modo de falar, quer dizer que eu não te considero uma ameaça. Assustar criancinhas? Não perco mais meu tempo, é tão fácil."Assentiu, ela apertou um beijo tímido no ombro de Aylla. ” Não necessariamente, eu não vou te machucar mas outros podem tentar fazer isso. Pulsos, qualquer outro lugar que passe uma veia, ate por que mesmo não sendo aparentes elas percorrem todo o seu corpo.” não precisava entrar muito em detalhes, as pessoas tinham uma ideia muito errada que vampiros só se alimentavam de uma pessoa a drenando pelo seu pescoço, apesar desse ser o local de mais fácil acesso. “ A vida pode ser cinza ate mesmo com eles em alguns momentos, quem colore sua vida é você e apenas você.” a maioria das pessoas colocava a culpa pelas coisas que davam errado na vida delas em terceiros. Mas a verdade era que cada um era responsável pela própria vida e mais ninguém. “ Posso dizer que sim, mas isso não vai acontecer. Todos a quem eu importava ou significava algo já se foram, quem eu seria agora se isso realmente fosse possível?” ela nem queria pensar em tal possibilidade, ela não seria nada e nem teria ninguém. “ Então é preguiçosa? Não me decepcione lobinha, então você supostamente gosta de investigar a vida alheia…” A ruiva lançou os dados em cima da superficie plana tirando um quatro e um seis, era um numero bom mas não o melhor. “ Eles não podem, é uma das questões dos tratados, Seelies são mais antigos seres do mundo, e como o tal eles tem algumas praticas que são muito mais antigas que os próprios shadowhunters. E nem mesmo eles querem entrar em uma guerra com Seelies.” nenhuma especie de fato queria entrar em guerra com eles, qualquer tratado era sem nenhuma duvida benéfico com seelies pois eles possuíam o jogo das palavras e o dom de dizer meias verdades, o que facilitava na hora de enganar ou dissimular suas intenções. “ Não sinta pena. Já faz muitos anos.” aquele tipo de coisa não era natural para ela, alguém a tratando como se realmente importasse mas o contato foi breve e se desfez antes mesmo que ela pudesse retribuir de alguma forma. “ Não precisa se desculpar, já passou e também não vai fazer diferença mas podemos tirar lições dessa historia e não cometer o mesmo erro novamente. Principalmente você que está entrando agora nesse mundo, não deve confiar em todos, nem mesmo na sua matilha.” era um conselho sincero, não era tipico da ruiva fazer aquilo mas o que estava sendo tipico naquela noite totalmente fora do comum. “ Toma, vamos nos divertir um pouco e não esquece se você perder, eu não queria estar na sua pele amor.” entregou os dados para ela com um sorriso as sombras do que estavam falando já tinham se dissipado, fazia muito tempo que não falava disso com ninguém.
“Acho que eu deveria sentir medo da sua experiência ou te considerar uma professora?” Ela sentia o corpo um pouco mais quente pelos toques casuais e simples, não eram nada demais mas ela sentia certo prazer com aquilo, uma parte sua quase se sentindo feliz por não ser qualquer pessoa para outra. “Mas talvez eu seja uma ameaça. Eu não tive uma vida tão longa para me enjoar de coisas bobas e fúteis então vou continuar sendo uma louca nas ruas de Moscou” Deu uma leve risada que se cessou ao sentir os lábios da outra em sua pele, não pode evitar dar um longo suspiro. “O... o que está... fazendo?” Murmurou um pouco sem jeito, talvez tivesse gostado mais do que devia daquilo e talvez quisesse mais, pelos deuses parecia uma adolescente. Assentiu as palavras alheias, tomaria cuidado não só por si mesma mas porque precisava se quisesse proteger os outros. Mas algo lhe chamou atenção a outra parecia um pouco aberta em lhe ajudar como se de alguma forma se importasse, mas deveria ser coisa de sua cabeça, talvez desejasse mais carinho do que tinha. Quem colore sua vida é você e apenas você, Aylla repetiu mentalmente e guardaria aquelas sabias palavras, ninguém nunca havia lhe dito algo assim, sempre culpava o destino por suas mazelas mas a outra tinha razão, quem fazia sua felicidade era ela e se a quisesse teria que ir atrás e não esperar que os outros o fizessem. “ Talvez fosse devesse tentar ser um pouco mais que só uma vampira, talvez se apegar a alguém mesmo que essa pessoa não fique para sempre em sua vida, talvez fosse possa ter alguns momentos humanos, os maios toscos que quiser, posso ser a primeira a te dar isso, se desejar” Era uma boa oferta e não sairia perdendo, pelo contrario. “ Jamais! Eu adoro o que faço e gosto de bons desafios, eu não investigo a vida alheia apenas aqueles que precisam ser investigados, gosto da arte da descoberta, talvez eu seja bastante curiosa e prefiro ser surpreendida” Deixou um sorriso brotar nos lábios ao se recordar dessa parte sua que nunca mudaria mesmo sendo loba ou humana, tinha tentado fugir de quem era mas não podia, talvez devesse voltar pro oficio, nunca seria a mesma de antes mas se essa ainda era sua paixão então deveria voltar a ser detetive . “Não é muito justo, ninguém deveria ter tanto poder assim.” Deu de ombros, ela tinha medo deles mas não poderia deixar que as coisas permanecessem como eram se pudesse impedir o faria sem pensar duas vezes. “Não sinto pena, você é extremamente forte e isso me faz te admirar, eu só quero que saiba que eu me importo não importa a quantos anos atrás aconteceu, eu adoraria arrancar a garganta de quem fez isso.” Deu uma leve risada mas sem deixar que suas palavras perdessem a verdade. “Mas isso não vai me deixar sozinha no final?” Disse um pouco curiosa, talvez fosse assim que a outra levava a vida mas Aylla não, ela tinha uma necessidade de ter pessoas ao seu lado, pessoas que pudesse chamar de família e sinceramente apenas Kaspar possuía sua total confiança. “Eu estou com medo” Mordeu o lábio e pegou os dados disposta a tornar aquela noite um pouco melhor para as duas, jogando os objetos sobre a mesa e sentia o coração bater forte com cada girada que os dados davam enfim caindo um cinco e um três, ela tremeu as bases só de pensar no que a outra lhe pediria para fazer então preferiu arriscar. “Olha que tal a gente pular a parte dos micos e fazer o que realmente queremos” Murmurou deslizando as mãos entre a curva do pescoço alheio e tirando os fios loiro depositando um beijo no local.
shcxwolf:
Suspirou ao olhar o celular e se levantou, começando a soltar seus cabelos e tirar os sapatos de salto. - Sabe, eu nunca pensei que ver um namorado vampiro seria mais complicado do que ver um humano, parece que o Isaac sempre tem alguma coisa para fazer com o Guilhermo, ou para o Guilhermo, acho que ele devia começar a namorar o mestre dele. - Rolou levemente os olhos, estava falando sobre o outro como seu namorado novamente, mas ainda nem haviam acordado isso, talvez fizesse aquilo para sentir que ainda havia algo normal em sua vida. - Desculpe, mas o que você queria falar?
Aylla se ajeitou na cama fitando a outra com um sorriso travesso e curioso. - Então eu acho que tenho sorte por não ter nenhum - brincou, contendo o riso em uma mordida no lábio, ela sabia que não podia caçoar da outra, sabia o quanto relacionamentos eram complicados mas talvez fosse mais fácil apenas tornar toda aquela tensão em uma brincadeira, Aylla era boa nisso. - Olha eu acho que é possível eles namorarem você já viu como o Guilhermo é gato? - deu uma piscadela tentando se recordar do que queria conversar mas não era nada importante para a loira e sim pra Aylla, ela estava pensando em voltar a ser detive mas poderia falar disso outra hora. - Nada, sua vida amorosa parece mais interessante, quer dizer eu não sei como consegue se dar bem com um vampiro, eles são tão... insuportavelmente uns filhos da puta, sem ofensa.
shcxwolf:
Ela riu baixo e negou com a cabeça. - Eu castraria o Isaac com certeza. - Disse dando levemente de ombros e riu, dando um baixo suspiro. - É que tipo ele não era um vampiro quando me apaixonei por ele Aylla. - Explicou, dando outro suspiro. - Ele era um mundano, uma das pessoas mais doces que já conheci e tenho a sensação que nunca vou saber quem fez isso com ele e que nunca vou parar de me culpar, porque seja lá quem foi, fez isso pra me atingir. - Deu uma pequena pausa e negou com a cabeça. - Prometi protegê-lo e não consegui. - Ela assumiu, se ajeitando na cama, olhando a amiga.
Aylla se aproximou da mesma segurou seus ombros e deu um sorriso gentil - Não foi sua culpa, olha quando ele decidiu ficar com você ele assumiu os riscos, você achar que valeria a pena nunca ter o conhecido? Eu passei pela mesma coisa, fui transformada por um cara que queria atingir meu amigo, mas não foi culpa dele, nem minha, essas coisas só aconteceram e se você se permitir pode tirar proveito delas, se não vai deixar que seja lá quem fez isso ganhe - Suspirava como se falasse aquilo não só pra Elaena mas pra si mesma - Se vocês se amam vão conseguir ficar juntos, independente dos obstáculos e ainda que não eu acho que você tem que aproveitar o momento, sentimentos são feitos pra ser vividos não importa quando tempo ele vai durar - Seu tom era carinhoso, a outra tinha lhe ajudado a se acostumar com a licantropia, tinha tornado o quartel mais parecido com sua casa e ela desejava que a mesma fosse feliz, se pudesse ajudar o faria. - Eu acho, não sou especialista nisso, acho que me dou melhor cuidando de um coração no sentido literal - Ela ria tentando aliviar a tensão.
Aylla não gostava de estar naquele lugar, se sentia desconfortável e uma parte sua sentia pena daquelas pessoas, ela sabia que nem todas estavam alí por que queriam mas era tão ruim, tão ruim que ela não entendia como alguém poderia viver daquela forma, sinceramente ela tinha sorte, sim não foi uma vida fácil e não seria mas não se tratava disso realmente, ela teve pais que a amava, teve carinho, todo o apoio do mundo e amigos que poderia levar pro resto da vida, em sua memória pelo menos. - Sem sentimentos, por favor, só desligue - Murmurava pra si mesmo e então podia abrir os olhos novamente, ela não gostava de apagar sua humanidade mas tornaria o trabalho mais fácil.
Deixou que Leonid entrasse e fizesse o que tinha que fazer, ela estava mais como um suporte, era nova em casos de submundanos então preferia que fosse assim. - Eu vou dar uma olhada lá em cima - Sussurou quase apenas movendo os lábios, em passos calmos e lentos para não fazer barulho, afinal a escada estava tão decadente que rangia mesmo com todo cuidado que tinha. Sem demorar muito chegava ao corredor, erguia a arma na altura do ombro e apontava para a primeira porta, por sorte ou não, não havia ninguém, respirou fundo sentido o peso do nervosismo apertar seu coração. Não havia nada alí de interessante, o quarto tinha vários entulhos e... um grito escapou dos lábios da mesma ainda que abafado pela mão livre, do nada sair algumas ratazanas e não que fosse fresca mas ela estava com muita adrenalina e qualquer barulho a perturbava. Esperava que Leo não tivesse escutado ou até mesmo o Ogro. Tratou de ir aos outros quarto, neste tinha um mural, cheio de fotos e era até um pouco impressionante para toda a bagunça alí, a ruiva chegava mais perto e podia ver que eram fotos do juíz, alguns jornais e documentos de um caso. Pressionou os lábios antes de descer o mais rápido possível para falar com o shadowhunter, se esbarrando com o mesmo. - Desculpa, bom eu achei algumas coisas estranhas lá em cima, pode nós dar pista do que está acontecendo, o motivo do assassinato apesar de eu não achar que isso vá mudar algo - Encolheu os ombros a feição se tornando um tanto horrorizada, ela não conseguia entender porque tanto ódio, porque ser tão monstruoso. - Eu... eu preciso de um tempo - Balbuciou se afastando, ela sentia que ia vomitar e provavelmente o faria, se não tivesse escutado um barulho vindo do segundo andar. - Temos... temos que subir eu não olhei tudo - Murmurou tentando se recompor.
xyllxxd:
Aylla tentava conter a risada levando a mão a boca, não achava que o amigo ficaria tão embaraçado, ela tinha que parar de fazer isso… até parece, estava no sangue, era alguém livre demais e não podia deixar de ressaltar que gostava de causar aqueles efeitos, fazia tempo que não conhecia alguém assim, algo que parecia despertar algum tipo de cuidado com o outro, Leo precisava aprender um pouco mais sobre a vida, não precisa ser tão cauteloso com ela. - Não tem problema olhar, não vou te bater - Movia as pernas de forma descontraída, as vezes era melhor ser assim do que a polícia seria, aqueles casos eram exaustantes e nada melhor que algum tipo de “distração” não prejudicial. - Que bom, não gostaria de te ver machucado por minha causa - Dizia com um certo pequeno sorriso, havia um peso em suas palavras, odiava ser a causa de algo ruim e não estava acostumada a ter aquela atenção, proteção, tinha passado a vida tendo que se cuidar sozinha, tinha se acostumado a ser assim e agora com Leonid a ajudando, bom teria que se acostumar. Sacudia a cabeça distraída com os pensamentos e então pegava a calça com um sorriso sem graça, a vida na alcatéia estava a deixando desacostumada, até porque as outras espécies não aceitavam tão fácil toda aquela liberdade e vida mais “selvagem” e descontraída, lobos eram intensos de todas as formas então as vezes eram um pouco desajeitados quando se tratava de controle, não sabiam a hora de parar. De qualquer forma Ay tinha entendido o recado silencioso do outro e assim que o mesmo virava vestia a outra peça de roupa, arrumando o resto dos acessórios como a arma que voltava a ficar no suporte em sua coxa. - O que tá olhando? - Resmugava semicerrando os olhos e rosnando pro feiticeiro, certo gostava de olhos sobre si mas não quando estes tinha algum tipo de repúdio, não conseguia entender aquele tipo de pessoa, o pior era que aquilo havia em seus dois mundos, os do mundanos e os da sombras, era horrível saber que o preconceito estava tão presente nos humanos daquela forma, a vida se tratava de mais do que apenas rótulos, pelo menos para a ruiva.
De fundo era possível escutar algumas tosses, aquela insinuação foi um tanto inesperada e a detetive havia se engasgado com o próprio ar. - Como é? - o tom fora um pouco mais alto, incrédula com o warlock, talvez passar aquele tempo com Leonid a fez esquecer dos preconceitos que havia até mesmo nos submundanos, qual era o problema de um shadowhunter andar com uma loba? Ela estava um pouco embaraçada pelo simples motivo de que não tinha boas recordações de quando era chamada daquela forma por alguém mas pior ainda por alguém achar que era errado ela se envolver com alguém que não era da sua espécie, por acaso a existência do amor implicava com um DNA? Porque ela tinha sangue de demônio e ele de anjo? Aylla podia explodir de raiva como de costume, suas respiração estava acelerada junto com os batimentos e ela segurou com toda a força os punhos para não mata aquele desgraçado, provavelmente a única coisa que a acalmou foi a risada de Leo, ela sentia um alívio tremendo por ele ter levado aquilo de alguma forma como uma brincadeirinha. - Namorada? Acho que ele não é tão sortudo assim - Relaxava o corpo se jogando contra a parede com cuidado, ela era cabeça quente e sorte que o amigo não tinha perdido o juízo também, afinal porque levar as coisas tão a sério? Aquilo nunca aconteceria mesmo, não exatamente porque Leonid não poderia lhe conquistar de alguma forma, ele era muitas coisas que ela gostava mas relacionamentos tão fortes não era algo que ela queria agora, Aylla se entregava de corpo e alma aquelas coisas e agora como lobo podia ser bem pior. Respirou fundo apenas observando a cena a sua frente com um pouco de animação, Leonid sabia ameaçar alguém fácil, ela por outro lado precisava de um pouco mais, afinal ela conseguiu por medo em alguém? Riu fraco com os próprios pensamentos antes de sentir o celular vibrar no bolso e verificar que era um dos parceiros de polícia. - Eu vou deixar os dois homens resolverem isso, se precisar só chamar amorzinho - Ela dava dois tapinhas no ombro do shadowhunter e ria brincando com a ideia absurda do feiticeiro então ia para fora, atendendo a chamada para saber se tinham novidades, nada que ela já não soubesse.
Assim que Leo saia da loja ela pegava o papel com o endereço escrito, um sorriso de deboche se formando em seus lábios porque era bem a cara de um Ogro viver em um lugar tão ruim como aquele, ela sentia o estômago protestar só de lembrar do cheiro que o homem tinha. - Sei exatamente onde é mas… - Ela se afastava um pouco com certa malícia e balançava a chave que havia pego sem permissão do mesmo, as mãos eram delicadas o bastante para passarem despercebidas pelo toque, bom pelo menos quando controlava a temperatura quente que tinha. - Eu dirijo - Deu de ombros, esperando que o outro não ficasse irritado e se ficasse bom seria só uma vez. Em poucos minutos, talvez por dirigir mais rápido do que devia, era uma ótima motorista e sabia disso mas as vezes precisava ser precisa e rápida em perseguições. Assim que chegavam ao local, parava um pouco distante, poderiam ter uma boa visão do local e tinham a vantagem de pegar o assassino de surpresa. - Precisamos verificar o perímetro, vamos nos separar, se precisar de ajuda tenta me chamar - Dizia não como uma ordem mas uma aviso então saindo do carro, a mão no revólver e os olhos mais fixos em qualquer movimento, precisaria se concentrar um pouco mais daquela vez, deixar seus instintos a frente. Ela ia na frente parando na porta e sussurava apontando pra Leo entrar. - Primeiro as damas. -
Leo ria, negando com a cabeça quando Aylla pegava as suas chaves, de fato não havia percebido, estava intenso demais depois da ação que havia ocorrido dentro do Baú do Caçador, mas também, não protestou de nenhuma maneira, se ela sabia como chegar no local é o que importava, afinal o carro era do instituto e não seu - Sem problemas, sem problemas - dizia com uma risada leve, entrando logo no carro e aguardando para ser guiado ao local pela policial.
Os dois podiam observar, conforme o veículo cruzava as ruas de Moscow, a paisagem ia se alterando, a cidade antiga ficava para trás e partiam para as periferias, o que cresceu em volta, mais aberto mais espaçado e muitas vezes, mais sujo. Os minutos se passaram, as rodas rodaram e a dupla havia chegado em seu destino, um dos piores bairros para se viver em Moscow inteira, Golyanovo. Descendo do veículo já viam mendigos, prostitutas, drogados, basicamente o pior tipo de gente da cidade, eram mundanos e Downworlders, em plena luz do dia, numa cena surreal. Os dois ignoravam as figuras, assim como essas pareciam ignora-los, mesmo em se tratar de uma ruiva com cachos em fogo e um caçador da sombras coberto de Runas
-Pensei que nunca ia dizer - respondia sorrindo para Aylla, entrando na brincadeira, enquanto desenhava uma runa na mão, “Anti-Fogo” e então “Fogo”, as ativando nessa ordem, fazendo com que a mão direita se tornasse uma bola de fogo. Tocando a maçaneta, ele derretia o trinco da porta e a abria lentamente, entrando logo em seguida. Punho fechado, instintos a postos, ele passava pela sala. A casa do ogro parecia realmente um pântano, por fora, no jardim, havia um vazamento do esgoto, deixando o gramado molhado e fedorento, a cara em si, de madeira velha e carcomida parecia quase metade de um tronco de árvore deformada no meio da vizinhança e dentro dela, se por fora já não fosse bonito, era pior ainda, com um cheiro podrido, as janelas velhas cobertas por cortinas sujas e rasgadas, os móveis cobertos de poeira, resto de comida e outras substâncias não identificáveis a primeira vista. Leo continuava a andar, olhando atentamente, após a sala, a cozinha estava vazia também, havia uma pilha de ossos num canto, de tantas formas e tamanho que pareciam até ser humanos ou de qualquer animal, restos de carne podre, lixo e muitas moscas por todos os cantos. O seguinte comodo que ele passava parecia ser uma oficina completa com instrumentos primitivos, como se tivessem sido feitos alí mesmo de madeira e pedras lascadas, além de dentes de animais, inclusive sobre a bancada havia algo esférico sobre um pedestal, iluminando com a mão em chamas Leo identificava o objeto, era a cabeça do Juiz,coma expressão de desespero e dor ainda estampado no rosto sujo de sangue e outras impurezas que lembravam as que haviam no local. No pedestal havia apenas uma palavra “inimigo”, um claro sinal do que poderia acontecer se falhassem. Leo deu meia volta, passou pelos outros dois cômodos que haviam ali, ao menos no primeiro andar e estavam sem nada, se não alguns caixotes e outros moveis sujos e um banheiro imundo e nojento demais para se descrever com palavras. Leo se aproximava de Aylla novamente -Primeiro andar limpo, mas achei a cabeça do Juiz. Ele…empalhou ela - dizia desconfortável
leonid-zherdev:
Leo ouvia as palavras da Lobisomem com atenção, forçando um pequeno sorriso sem jeito, não havia muito o que falar sobre o irmão mais velho, era o culpado por muita coisa que havia ocorrido ali, tinha o mesmo problema com Vampiros e Feiticeiros, todos tinham sido prejudicados pelo Shadowhunter maligino, não havia muito o que fazer - Na verdade estamos investigando a situação inteira sobre quem machucou os submundanos, se souber de algo, seria uma boa ajuda… mas quanto a quem te transformou em Lobisomem, posso te ajudar, afinal, seja quem for, quebrou os acordos - dizia calmo, analisando as próprias informações que falava, tentando não falar nada a mais do que devia
A base dos Lobos brilhava sob a luz do luar, era como ele realmente imaginava, é claro, suas mãos repousavam sobre as suas lâminas só de ouvir, mesmo na distância, os rosnados de submundanos incomodados pelo cheiro de Shadowhunter - Acho melhor isso do que os seus planos originais do que você se meter em encrenca depois, não acha? E… eu sei o que é uma continência - não era tão introvertido ao instituto, sair para as ruas e ver mundanos realizando o gesto não era incomum - E ai, já pensou em alguma desculpa para a sua Alpha?
- Sinto muito, tudo que eu tinha pra dizer foi dito para shadowhunter Nikolaj no interrogatório - encolhia os ombros, queria poder ser mais útil naquela situação mas não tinha como mal conhecia aquele mundo e não poderia por a mão no fogo por seu antigo líder. - Eu gostaria muito... eu... reconheci ele por uma marca no braço... lembra uma runa... sei que ele já matou muita gente inclusive pessoas que eu amava - suspirou falando com certa dificuldade por se lembrar de tais informações, tais informações que eram contidas um pouco já que não sabia se podia realmente confiar no mesmo. - Só não posso falar disso agora... lobos são movidos por emoções e já estou bastante alterada - ria um pouco tentando esconder os sentimentos negativos que tinha, lobos tem seus sentimentos ampliados e mais sensíveis o que só dificulta o controle.
A luz da lua era agradável na opinião de Aylla, era como fosse apaixonante e a puxasse para ceder aos caprichos da mesma para que se transforma-se em um animal mas então vinha a parte mais difícil, a luta pelo seu eu e as vezes era tormentador. - Eu sei me cuidar... só tenho que aprender algumas coisas a mais... e desculpe, não quis ofender, é só, não sei o quanto sabe sobre pessoas como eu era... já ouvi alguns shadowhunter desprezando os mundanos e por isso não tem contados com os mesmos, até porque são guerreiros... quer dizer parecem que nem tem vida fora do instituto - não se via presa a sua matilha daquela forma, seguiria seus propósitos, faria o que tivesse que fazer. - Nenhuma... mas Elaena tem mais coisa pra se preocupar agora mas se ela perguntar vou contar a verdade... não vou falar de você já que isso pode causar problemas... só acho que se ela vai ser minha Alfa quero que confie em mim.
v-forvioletta:
Violetta deixou o irmão na mesa que compartilhavam e caminhou para o banheiro nos fundos do bar. Estava cheio o bar e quando alcançou o banheiro estava tão distraída que esbarrou em alguém na porta. “Me desculpe.” Falou recuperando o equilíbrio e olhando para a ruiva a sua frente, um pouco menor e mais nova que si. “Não te machuquei, machuquei?” Mas via que ela estava bem.
Não podia dizer que não tinha levado um susto com o encontro do corpo da outra no seu, as coisas estavam tão intensas ultimamente que Aylla riu um pouco da situação, sua vida não tinha mudado tanto aparentemente. Assim que conseguiu equilíbrio analisou a morena, era uma shadowhunter, esperava que fosse uma das amigáveis como Leonid. - Tá tudo bem, não quebrei nada, talvez só ganhe um galo - deu uma piscadela divertida levando uma das mãos a cabeça que havia batido em algo, não era nada comparado as dores que já havia sentido durante toda a vida como detetive. - Mas e você? Eu sei que não parecê mas sou bem forte - sinalizou pro próprio corpo, se bem analisando parecia tão delicado que a tornava quase inofensiva aos olhos mas isso estava longe de ser verdade. - Mas vem cá, me diz uma coisa, você é sempre desastrada assim? - o sorriso não sai dos lábios, sentia que nada nem ninguém conseguiria tira-lo aquela noite.
kaxpar-m:
Ele sabia que não deveria aparecer sem ser convidado, e não iria se não houvesse uma razão forte para procurar Aylla. Mas foi apenas um golpe de sorte ele conseguir a informação de que precisava, a única vez em que não estava pensando em si mesmo, tentava dizer para si mesmo que tudo ficaria bem, com ele, com a amiga e parceira de trabalho, mas tudo o que queria fazer era mandar tudo para o inferno. Em sua cabeça giravam preocupações, como ela estava se adaptando, quando ela voltaria, se ela o culpava de alguma forma pelo que tinha acontecido. Agora teria que explicar como a tinha encontrado, como tinha acesso aquele mundo que para ela agora era totalmente dela. Depois de algumas informações, ele cehgou ao balcão da loja, a voz já bem conhecida ressoou nos seus ouvidos, será que ela poderia sentir a angustia que vinha com as batidas de seu coração? Ele podia sentir isso, mesmo quando ele lentamente se aproximava dela. “ Ayla… como tem passado?”ele disse suavemente os olhos postos nos dela.
Assim que inclinava a cabeça e os olhos capturavam os azuis do amigo, Aylla cambaleava pra trás. Desde o acidente na policia que quase a levara a morte tinha se a afastado do cargo como detetive, não queria machucar ninguém muito menos ter que explicar os comportamentos estranhos, além do que precisava conhecer o novo mundo ao qual pertencia. Mas Kaspar, aquele homem tinha sido seu parceiro de trabalho e mais que isso, era uma das poucas pessoas próximas que tinha e fora o único na noite em que fora condenada com a mordida de um lobisomem. E naquele momento ver alguém conhecido era tudo que mais queria, não conseguindo conter o impulso de abraçar o mesmo, era bom sentir algum cheiro familiar. Podia escutar as batidas do seu coração, ele parecia nervoso? Preocupado? Não sabia dizer.
“Kaspar me desculpe por sumir” murmurou antes de cair em si e se afastar um tanto preocupada com a situação em que se encontravam. “Co... como?... O que faz aqui?”sentia que soara grossa mas na verdade apenas estava confusa, como um mundano poderia estar alí? A não ser que... “Meu deus! Você também é um submundano? Escondeu isso de mim esse tempo todo?” dizia indignada.
Tartarus: What's your personal hell?
Aceitar a morte, talvez tenha sido por isso que me tornei detetive eu lido com a mesma todos os dias e as vezes torna mais fácil viver, não é algo saudável eu sei mas quando eu perdi meus pais eu passei a ter essa necessidade de ter alguém ao meu lado seja lá como fosse mas ao mesmo tempo eu morro de medo de acabar perdendo essa pessoa de alguma forma, por esse motivo eu vivo como se fosse perder todos a minha volta no dia seguinte mas as vezes é horrível e as vezes a ideia de estar sozinha se torna meu pior inferno.
Aylla Xerazade 25 eyers werewolf I'M DO WHAT I WANT, SAY WHAT YOU SAY.
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