Estóico. Era Assim Que Matteo Poderia Ser Definido. Ao Menos, Pelo Olhar Externo. Ele Se Colocava Acima

Estóico. Era assim que Matteo poderia ser definido. Ao menos, pelo olhar externo. Ele se colocava acima de tudo, acima de todos, mas não de uma forma que ele era melhor que todos, apesar de certos burbirinhos agirem como se assim ele o fizesse. Era de uma forma que era indiferente à todos. Ele continuaria agindo como se nada pudesse atingí-lo, sem jamais dar o sabor que seus conterrâneos tinham na adolescência, onde podiam zombar e abusar dele sem que ele retornasse o favor. Nunca mais seria um alvo fácil de chacota. Ele puxou discretamente a gravata depois de verificar que não havia ninguém ao seu redor. Não sabia qual era o motivo do seu nervosismo, mas seu estômago parecia dar cambalhotas de desconforto. Não era como se fosse a primeira vez que saía com Olivia, ou um primeiro encontro, mas quase sentia o peso da expectativa da cidade sobre ele.

Observou ela se aproximar com toda a confiança que sabia muitas vezes que ela apenas fingia ter. Fake it until you make it, não era? Não que Olivia fosse a garotinha insegura de muitos anos atrás, mas ninguém era perfeito daquela forma, nem mesmo Liv. "Oi," retribuiu o cumprimento, deixando que ela falasse ao contentamento do seu coração. Sempre foi assim ─ Matteo na verdade achava perfeito que ela falasse o quanto quiser e enchesse o ambiente com seus assuntos, sem que ele se sentisse desconfortável por estar mais quieto.

Matteo tinha uma pergunta, mas uma pergunta que já sabia que não teria resposta: Olivia gostava dele ou da ideia dele ser a alma gêmea dela? Seria tudo só parte do teatro da vida perfeita que Olivia levava? Ele sabia que sua vida não era tão perfeita assim como ela gostava de ostentar nas rede sociais. Mas o quão longe ela estava disposta a ir para manter as aparências? Sua mente poderia estar a mil por hora, mas sua expressão sempre estaria o mais estóica possível. Era a única forma que ele havia descoberto de não deixar ninguém ver o que estava por baixo das aparências, de mostrar qualquer outro lado dele que não fosse da vaidade, do narcissismo, do egocentrismo. "Vamos," ele ofereceu um curto sorriso, sendo aquele gesto apenas porque estava naquele lugar com Olivia. Apesar da distância entre eles dos últimos anos, ainda podia sentir um mínimo de familiaridade e conforto entre eles. Havia um resquício da amizade que tinha, pelo menos acreditava naquilo. Talvez fosse apenas otimista sobre o tipo de relacionamento que tinham.

Fazia muito tempo que ele não tinha um encontro. Tinha visto sua mãe reclamar sobre encontros horríveis mais vezes do que gostaria, como filho, na sua infância. Ela gostava de culpar a maldição, esbravejando depois de abrir mais uma garrafa de vinho o quanto estava tudo perdido, mas talvez o denominador comum de todos os encontros ruins era ela. Mesmo assim, Matteo havia aprendido o que não fazer para o encontro ser no mínimo agradável — uma palavra tão insonssa para definir o encontro quanto qualquer sentimento que pudesse aflorar naquela cidade. "Você já veio aqui?" A sua tentativa de conversa fiada parecia tão ridícula quanto a sua presença naquele restaurante. Ele sentia que se sobressaia da multidão, assim como nunca se encaixou na cidade. Além disso, a pergunta era ridícula porque era Olivia Boscarino e ela era nascida para lugares como aquele, independente de como ela havia chegado ali.

Estóico. Era Assim Que Matteo Poderia Ser Definido. Ao Menos, Pelo Olhar Externo. Ele Se Colocava Acima

Olivia respirou fundo ao se aproximar do restaurante. Seus saltos batiam com suavidade na calçada, mas o som parecia ecoar no silêncio da noite. Ela estava nervosa. E isso, para ela, era algo raro. A sensação de algo grande à sua frente, algo que ela não sabia exatamente o que seria, era ao mesmo tempo assustadora e excitante. Ela tinha ensaiado algumas vezes a forma como iria se comportar nesse encontro, mas agora, à medida que se aproximava dele, tudo parecia tão... errado. Como se ela estivesse prestes a fazer algo que não deveria. No fundo, Olivia sabia que o motivo desse encontro não era apenas uma reconciliação ou a busca por explicações. Não era sobre isso. Era sobre sentir o gosto do que nunca teve, ou o medo de que fosse tarde demais. O destino. A maldição. Tudo parecia uma grande brincadeira que ela ainda não conseguia compreender. E quando viu Matteo ali, tão rígido, tão formal com aquele terno, Olivia sentiu algo estranho se formar dentro de si. Ela conhecia aquele olhar. Aquele desconforto. Aquele jeito de se sentir desconectado de tudo ao seu redor. Ela riu baixinho consigo mesma. Matteo podia ser tão previsível, até quando tentava esconder isso.

Ao se aproximar, um arrepio percorreu sua espinha, mas ela não deixava transparecer. Caminhava com confiança, como se estivesse desfilando, com aquele vestido preto que marcava cada curva de seu corpo. Ela tentou se manter calma, mas, ao vê-lo ali, a imagem que ela ainda tinha dele, o cara metódico, o homem que não gostava de surpresas, se chocava com a versão que ela queria entender. Ele parecia não ter mudado muito. Ainda era aquele cara distante de sete anos atrás. Havia uma barreira, uma distância que ela não sabia muito bem como atravessar de novo. “ Oi, Matteo. ” ela disse, a voz saindo mais suave do que o esperado. O sorriso vacilante que ela tentou mostrar foi sincero, mas havia alguma tensão, algo que ela não conseguia controlar. E, no fundo, ela sabia que ele perceberia isso. Mas não podia negar o nervosismo. O desconforto. O peso do momento. Ela deu um pequeno passo à frente e parou diante dele, com um olhar fixo. Aquele gesto, aquele olhar sincero... ela queria que ele soubesse que estava ali por uma razão. Uma razão que ela não sabia explicar, mas que sentia. “ Desculpe o atraso. Eu sei que você... ” ela hesitou por um instante, olhando para ele de cima a baixo. “ Você nunca foi de perder tempo, né? Mas eu sempre gostei de uma grande entrada, você deve se lembrar. ” Ela sorriu, tentando quebrar o gelo, mas as palavras soaram ainda mais sinceras do que planejava. “ Você está bonito. Não que isso seja uma novidade, você sempre fica bem em um terno. ” Ela não sabia o que esperava daquela noite. Talvez uma conversa simples. Talvez um esclarecimento. Ou talvez fosse só mais uma tentativa frustrada de buscar algo que não estava mais lá. Mas algo em seu peito dizia que, pela primeira vez em muito tempo, ela não estava com medo de tentar. “ Imagino que todos os outros já estejam lá dentro. Então... vamos entrar? ” Ela esticou a mão em sua direção. Podia estar de peito aberto a um momento mais íntimo, mas ainda era Olivia Boscarino; ela teria sua grande entrada.

Olivia Respirou Fundo Ao Se Aproximar Do Restaurante. Seus Saltos Batiam Com Suavidade Na Calçada, Mas

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1 month ago
DAVID CORENSWET BBFC
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4 months ago
CHARLES MELTON — VMAN Magazine By Blair Getz Mezibov (August 2024)
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1 month ago

Ele estava estranhamente presente no evento. Fiera dei Sensi. Era um evento estranho, um que normalmente não veria ele tão participativo. Talvez ele fosse convencido por Olivia a fazer uma aparição, em circunstâncias diferentes, mas desde seu encontro com o espelho, os rituais... Matteo não sabia mais no que acreditar. E acabava voltando ali, como se a casa de Rose pudesse lhe dar alguma resposta. Uma voz prática, curta, quase pragmática demais soou do seu lado. Quase uma ordem disfarçada de convite. Teria balbucidado se tivesse a capacidade de falar qualquer coisa.

Não podia deixar de notar como ela havia ficado mais bonita. Mesmo na adolescência, Aslihan já atraia olhares — ao menos o seu olhar. Era um garoto magrelo e estranho com a única garota que era legal com ele, obviamente ele não era exatamente imune. E ela era bonita. Nada daquilo exatamente ajudava nas sessãos de estudo que tinha com ela. Os cabelos escuros estavam repuxados para trás num familiar rabo de cavalo, e ele se lembrava de como ela também puxava os cabelos para fora do rosto enquanto estava pensando. Quando era adolescente, ele era bem familiar com o perfil da mulher, espiando entre um exercício ou outro que não conseguia entender. Agora, não fazia questão de esconder que estava olhando diretamente para ela, afinal ela estava falando com ele, apesar de que ela parecia preferir fazer qualquer coisa do que estar ao seu lado.

"Mmm," murmurou, com confusão quando sua fala retornou, antes de responder, "claro." Apesar da distância entre eles, tanto física, quanto emocional, existia uma familiaridade estranhamente reconfortante que Matteo não queria abrir mão. Não era exatamente como se soubesse o motivo deles terem se afastado. Ele tentou se manter amigável, apesar que Matteo e amicabilidade não eram exatamente sinônimos, mas sem esforço suficiente de ambas as partes, acabaram caindo no esquecimento. Não havia sentimento ruim da sua parte. Era apenas como se tivessem descobrido o quão diferente eles eram. Aslihan era muito boa para ele. Ele constantemente se sentia um completo desajustado ao redor dela. Era como se ela refletisse todas as coisas em que ele falhava miseravelmente. Ao mesmo tempo, ela não o fazia se sentir mal consigo mesmo. Não, Matteo fazia tudo aquilo dentro da sua própria mente, enquanto Asli não era nada além de agradável. Isso era, ao menos no passado. Ali, naquele momento, Aslihan não demonstrava nada além de imparcialidade, apesar que ele sentia como se tivesse voltado aos quatorze anos — estúpido demais para produzir qualquer pensamento coerente junto dela.

Andaram em silêncio para a frente da fila. Observava-a pelo canto do olho, como anteriormente o fazia, sempre que achava que ela não notava. A proximidade que criaram durante os anos era... Excêntrica. Por um lado, o que os aproximou havia sido a ajuda que ela lhe dava nas matérias, como uma professora diligente, porém era muito mais atenciosa com a sua dificuldade de compreensão do que seus próprios professores. Por outro lado, Matteo podia ficar escutando-a falar por horas, sobre qualquer outro assunto, assistindo envolto desde jovem o cometa que ela era. No auge dos seus quatorze anos, entretanto, ele não tinha desenvoltura o suficiente para sequer entender a atração, ou fazer algo sobre isso e, quando eles se afastara, ele definitivamente não tinha maturidade emocional suficiente para ir atrás e entender o que aconteceu. Ele deixou-a ir, sem brigas e sem esforços. Com o passar dos anos, pensou menos e menos no que poderia ter feito errado, aceitando o acontecimento apenas como fatos da vida. Agora, anos depois, talvez ele devesse ter se arrependido, tentado entender melhor o que houve, ou simplesmente não tê-la deixado ir com facilidade. Mas não podia fazer nada sobre.

Ele Estava Estranhamente Presente No Evento. Fiera Dei Sensi. Era Um Evento Estranho, Um Que Normalmente

@khdpontos

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óculos kinect

com @thematteobianchi

Ela lembrava. Lembrava dele pequeno, franzino, com o olhar perdido sobre o caderno de matemática e os dedos tamborilando a mesa como se pudessem evocar a resposta certa. Aslihan tinha doze anos quando começou a ajudar Matteo com os deveres — uma tarefa voluntária que aceitou mais por teimosia do que por vocação. Mas havia algo nele que a fazia permanecer: uma doçura tímida, uma necessidade de aprovação, um desejo sutil de ser visto que ecoava fundo nela. Naquela época, ele olhava para ela como se ela fosse feita de ouro e palavras sábias, como se não fosse possível errar na presença dela. Ela não sabia do crush. Matteo era muito sutil ou ela muito desatenta. Mas era um afeto silencioso, inofensivo, quase puro demais pra incomodá-la. Aos quinze, ele parou de pedir ajuda. Passou a malhar, arranjou novos amigos, descobriu uma autoconfiança que não incluía mais lições de casa nem tardes com ela. Aslihan não se surpreendeu. Só confirmou, mais uma vez, que as pessoas gostavam dela enquanto precisavam dela. Depois? Sumiam. Matteo foi só mais um. Era essa a visão que ela tinha da relação dos dois. Agora, vê-lo em Khadel, ambos adultos, ela não sabia mais se tinha alguma mágoa. Talvez fosse só... indiferença. Uma camada fria que cobria um incômodo antigo e que ela preferia não cutucar.

Aslihan tinha ido à Fiera dei Sensi no impulso de fazer algo novo. Nos últimos tempos, vinha tentando sair do próprio casulo, mas optando por continuar sozinha. Caminhava entre as instalações tecnológicas, as salas que misturavam aromas e sons, os sorrisos dos casais, a animação dos jovens que aproveitavam o momento para flertar, as crianças que se divertiam com as novidades, e tudo parecia mais colorido — menos para ela. E foi aí que viu a sala do Óculos Kinect. Uma das experiências mais faladas do evento. Uma imersão sensorial, uma viagem completa. Ela não resistiria. Mas a fila... estava impossível. E claro, como tudo em Khadel agora, os reencarnados tinham prioridade quando estavam em duplas. O incentivo ao amor pairava sobre a cidade como uma névoa adocicada, sufocante, mas que poderia ser muito útil agora. Ela olhou em volta. Procurou um rosto conhecido entre os nove. Qualquer um. Mas só viu ele. Matteo. "Não", pensou, cruzando os braços. "Qualquer um, menos ele." Virou o rosto, seguiu andando devagar, tentando encontrar outro par. Ninguém. Ninguém ali que pudesse ajudá-la a furar a fila e garantir a experiência. A irritação queimou devagar dentro dela. Até que respirou fundo.

Ela podia simplesmente pedir. Ser direta. Objetiva. Não ia morrer por isso. Além do mais, se eles fossem almas gêmeas? Não que ela estivesse disposta, mas parecia uma boa desculpa para se aproximar. Só estou fazendo isso por conta da maldição. Caminhou até ele, passos firmes, olhar decidido, ainda que por dentro cada parte de si gritasse que era uma péssima ideia. Parou ao lado dele, braços cruzados, e falou com a voz mais prática que conseguiu reunir: — A fila do Óculos Kinect tá enorme. Reencarnados têm prioridade quando estamos em pares. Você vem comigo? — Nenhum "oi", nenhum rodeio, nenhum sorriso. Só um convite seco, direto e impessoal. A forma mais segura que encontrou de se proteger da lembrança de um menino que, um dia, a olhava como se ela fosse feita de luz. Ela não era. Nunca foi. E não estava ali pra reviver ilusões. Estava ali pra ver baleias flutuando, sentir o vento no rosto numa montanha-russa digital, fugir de zumbis ou dançar num show que nunca viu. E, se pra isso precisasse dele, que fosse.

Closed Starter

@khdpontos


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4 months ago

Não podia deixar de notar como ela havia ficado mais bonita. Mesmo na adolescência, Neslihan já atraia olhares — ao menos o seu olhar. Era um garoto magrelo e estranho com a única garota que era legal com ele, obviamente ele não era exatamente imune. E ela era bonita. Nada daquilo exatamente ajudava nas sessãos de estudo que tinha com ela. Os cabelos escuros estavam repuxados para trás num familiar rabo de cavalo, e ele se lembrava de como ela também puxava os cabelos para fora do rosto enquanto estava pensando. Quando era adolescente, ele era bem familiar com o perfil da mulher, espiando entre um exercício ou outro que não conseguia entender. Agora, não fazia questão de esconder que estava olhando diretamente para ela, afinal só haviam os dois naquela quadra.

"Nes," cumprimentou despojadamente. Apesar da distância entre eles, tanto física, quanto emocional, o apelido rolava dos seus lábios com facilidade e uma familiaridade estranhamente reconfortante. Não era exatamente como se soubesse o motivo deles terem se afastado. Não havia sentimento ruim da sua parte. Era apenas como se tivessem descobrido o quão diferente eles eram. Neslihan era muito boa para ele, no sentido que ela havia sido uma das poucas pessoas a ser gentil e amigável, de ter diversas vezes se colocado entre os tiros dados para ele. Ao mesmo tempo, ela era muito melhor que ele em tudo. Havia mais financeiramente, materialmente, emocionalmente, em seu raciocínio. Ele constantemente se sentia um completo desajustado ao redor dela. Era como se ela refletisse todas as coisas em que ele falhava miseravelmente. Ao mesmo tempo, ela não o fazia se sentir mal consigo mesmo. Não, Matteo fazia tudo aquilo dentro da sua própria mente, enquanto Nes não era nada além de agradável. Quando Matteo finalmente começou a não se sentir tanto o patinho feio... Ela já estava distante. Seu ego talvez tivesse ficado um pouco ferido de nunca poder ter mostrado seu outro lado, mas não havia ressentimentos da sua parte. Só não sabia se havia algum da parte dela, do motivo que poderia ter levado ao seu afastamento. "Não venho há algum tempo," falou, notando que não era exatamente a verdade e, junto dela, se sentia compelido a falar a verdade, mesmo que não viesse com naturalidade, "na verdade, não venho faz alguns anos." Sentiu o rosto aquecer levemente com o fato que as palavras rolavam com mais facilidade do que gostaria. O sentimento de familiaridade ao redor dela, como se tivessem estacionado no tempo. Talvez Matteo precisasse de passar algum tempo fora da academia e com um outro ser humano porque aquela carência para alguém que não lhe dava atenção num período de quase treze anos deveria ser deprimente.

"Aceito a companhia," ele disse, deixando a própria sacola cair próxima dela com a raquete também repousada no chão enquanto se curvava sobre as pernas num aquecimento rápido, "mesmo que já sabemos que vai ganhar, não é?" Suas habilidade com a raquete poderia ter melhorado, mas nada se comparava com todo o treino que ela havia tido durante anos. Para Matteo, aquele esporte era um passatempo na sua rotina que ainda o mantinha ativo, mas ele achava que era mais que aquilo para ela. "Como—como você está?" Perguntou de forma hesitante, mas inocente. Não queria pular para o assunto da maldição, da cachoeira, nem que havia visto ela com Camilo no restaurante. Ele queria ver se o senso de familiaridade que sentia era apenas coisa da sua imaginação ou se ainda existia alguma camaradagem entre eles.

Não Podia Deixar De Notar Como Ela Havia Ficado Mais Bonita. Mesmo Na Adolescência, Neslihan Já Atraia

antes mesmo que os primeiros raios solares rasgassem o véu da madrugada , neslihan já percorria o caminho até o pequeno complexo esportivo , a raquete equilibrada entre os dedos . o aroma fresco da grama recém aparada , meticulosamente ajustada aos padrões internacionais , impregnava seus sentidos , oferecendo um instante fugaz de alívio . mas nem mesmo aquele perfume familiar conseguia dissipar por completo a sensação de exaustão latente , o peso dos dias recentes transformando-a em um animal ferido , perdido na escuridão de uma floresta desconhecida . retirou o cardigã , sentindo o arrepio escalar-lhe os braços sob a brisa cortante da alvorada , após depositar a bolsa junto à rede — um ritual já automático — , com as raquetes extras . por vezes , dependendo do humor , estourava as cordas de poliamida com a força desmedida de seus golpes , como se o próprio equipamento carregasse consigo a frustração acumulada , então sempre trazia as excedentes . com os cabelos firmemente presos no alto da cabeça e os nervos tensionados , não desperdiçou tempo com aquecimentos triviais . a corrida ao redor da villa , antes de ceder à tentação de pegar o carro e dirigir até ali , fora mais do que suficiente para preparar os músculos . seu único objetivo era derrotar a máquina lançadora — um adversário silencioso , preciso e incansável . e assim , a mulher se perdia nos movimentos meticulosamente calculados , os golpes ressoando contra as cordas tensionadas da raquete , canalizando a exasperação que lhe queimava por dentro . o tempo se tornava irrelevante , a única certeza era o alívio sutil que se insinuava em seus ombros , a rigidez gradualmente cedendo enquanto sua mente se libertava das inquietações que , dia após dia , pareciam se entranhar mais fundo em seu consciente .

um sorriso despontou quando sua memória a transportou para o instante em que segurou uma raquete pela primeira vez — uma das muitas exigências paternas . dentre todas , talvez aquela fosse uma das poucas que ainda preservava com apreço , mesmo que , na época , as cordas fossem de tripa natural , um material que agora se recusava a sequer ponderar . o cenho se franziu ao recordar os treinos extenuantes , excessivos para uma criança sem qualquer ambição profissional no esporte , mas menos que a perfeição jamais fora aceito sob o teto dos şahverdi , então se tornou a norma . a respiração adquiriu uma cadência melancólica ao lembrar dos dias em que tinha companhia – uma companhia que ia além da miríade de treinadores cuja simples presença a fazia desejar nunca mais encará-los . matteo surgiu em sua mente como um relâmpago — um vestígio confuso em sua mente com a forma como tudo havia se desfeito , em meio ao caos infernal no qual ela era a personagem principal .

com o suor escorrendo por cada poro de sua pele , sacudiu as memórias com um último golpe certeiro na bola final lançada pela máquina . levando as mãos à cintura , puxou o ar límpido da manhã para dentro dos pulmões exaustos , contando mentalmente até dez . na última expiração , foi arrancada de seu momento de trégua por uma voz masculina . por um breve instante , sentiu a alma sair do corpo , como se sua própria lembrança tivesse evocado matteo em carne e osso à sua frente . com a destra pousada sobre o coração acelerado , inclinou levemente o quadril e esboçou um sorriso contido — um reflexo de algo reprimido há muito tempo , ou talvez apenas até o momento em que todos foram tragados pelo mistério que pairava sobre khadel como um véu espectral , quando sua rotina meticulosamente planejada começou a ruir . ❝ ei , teo . ❞ o apelido escapava com naturalidade , como se treze anos não tivessem se esgueirado entre eles sem quase nenhuma palavra trocada . enquanto caminhava até a bolsa deixada ao pé da rede , procurando pela garrafa d’água , seus olhos captaram um detalhe que fez o pequeno sorriso persistir , a raquete que pendia das mãos dele , os adesivos no cabo denunciando sua familiaridade . ❝ nunca te vi por aqui antes… mas suponho que nossos horários se diferem na maior parte dos dias . ❞ ergueu uma sobrancelha , indicando com o olhar o objeto desgastado entre os dedos masculinos . ❝ veio jogar sozinho ou aceita companhia ? ❞ a pergunta carregava o mesmo tom melancólico das lembranças que há pouco enevoaram seus pensamentos . ❝ eu poderia usar um adversário mais desafiador . ❞

Antes Mesmo Que Os Primeiros Raios Solares Rasgassem O Véu Da Madrugada , Neslihan Já Percorria O Caminho

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1 month ago

Matteo: Hm vi. Podemos ir sim. Te encontro lá?

Matteo: Mando uma mensagem mais perto para a gente combinar.

Olivia: Acho que nada além do que quase todo mundo sabe. E eu não sei qual o critério dessa coisa de reencarnação. Tipo, a gente volta toda vez tendo a mesma personalidade ou cada reencarnação muda?

Olivia: Porque se for a mesma essência, eu me identifico mais com a Rose do que a Kimberly.

Olivia: Mas, ei, chéri, viu que o instagram da cidade falou sobre uma Feira dos Sentidos?

Olivia: É só depois do ritual, mas tá afim de ir? Podemos conversar mais sobre isso lá.


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3 months ago

antes do evento﹔pós group chat

jardins da rose com @neslihvns

No fundo, Matteo sabia que era maluquice. Era difícil de acreditar em coisas como maldição, ou almas gêmeas, ou como aquela história se entrelaçava com eles de qualquer forma. E, dentre eles, claro que Neslihan seria a mais cética. Ela sempre foi muito lógica e tinha a mania irritante de estar sempre certa (normalmente estava), e ele duvidava que ela acreditaria em algo maior que ela em qualquer momento. Porém, o que ele não imaginava era ela utilizando dos mesmos argumentos que todo mundo jogava na cara dele — não ela. Ele não era a pessoa mais esperta do mundo, mas sabia muito bem quando zombavam dele. Era isso o que mais o incomodava. O fato dela ter jogado na conversa, tão casualmente, em frente a todo mundo.

Ele havia ido para um dos muitos lugares na cidade em homenagem à Rose. Ironicamente, era um lugar que ele ia muito com Neslihan quando mais jovens, e agora apesar do sentimento conflitante em relação à antiga amiga, ele ainda gostava de ir la para espairecer. Achou que estava sozinho no lugar, mas um farfalhar das folhas indicava que alguém estava saindo ou chegando (ou talvez se escondendo como ele adoraria fazer).

Antes Do Evento﹔pós Group Chat

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2 months ago

sms ✉ olivia & matteo

Matteo: Você sabe qual objeto você vai pegar no ritual?


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1 month ago
Inside The Wardrobe: Fieri Dei Sensi.
Inside The Wardrobe: Fieri Dei Sensi.
Inside The Wardrobe: Fieri Dei Sensi.
Inside The Wardrobe: Fieri Dei Sensi.
Inside The Wardrobe: Fieri Dei Sensi.
Inside The Wardrobe: Fieri Dei Sensi.
Inside The Wardrobe: Fieri Dei Sensi.
Inside The Wardrobe: Fieri Dei Sensi.
Inside The Wardrobe: Fieri Dei Sensi.

inside the wardrobe: fieri dei sensi.

Clean shirt, new shoes And I don't know where I am goin' to

@khdpontos


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4 months ago

Ele olhou ao redor enquanto entravam no recinto e ouvia apontar que não havia curtido o local como merecia. Novamente, se sentiu incrivelmente ciente de como não se encaixava. Não conseguia entender numa forma de curtir o local como merecia. Tudo parecia exarcebar a riqueza dos residentes de Khadel. Matteo não conseguia se identificar com o local. Era como tirar um peixe d'água e esperar que ele nade no ar. Eles foram escoltados até uma das mesas no salão de jantar, mas Matteo quase desejou ter perguntado se poderiam sentar na parte externa. Talvez o ar e a vegetação ao redor o fizesse se sentir menos deslocado, como se pudesse fingir que o encontro não aconteceia naquele restaurante (como se a enorme quantidade de talheres na mesa não denunciasse o problema). O retorno da pergunta não o surpreendeu, mas o fato de ter sido quase retórica sim. Talvez fosse muito ter esperado uma completa trégua. Olivia nunca foi uma pessoa passiva ou que desviava de um desafio, e Matteo poderia ser um grande desafio.

"O que você espera, Olivia?" Matteo perguntou entre um suspiro cansado. Ela estava o colocando num lugar ainda mais desconfortável pressionando-o. Ele estava disposto a passar por cima do seu desconforto, fingir que era inexistente e, talvez em algum momento, ele realmente começasse a acreditar que era. Porém, talvez fosse a atitude dela de que tudo girava ao seu redor, ela não poderia deixar o seu desconforto passar batido. Não sabia se era uma avaliação justa, mas sentia-se como um animal retraído em sua jaula, com a dona forçando-o a sair. "Um sorriso e um pedido de desculpas, e tudo voltaria a ser como era antes?" Ele continuou, com notável dificuldade em colocar as palavras para fora. Seu tom era baixo e ríspido, como quem não gostaria de estar falando coisas do tipo. Não deveriam estar falando dos seus gostos atuais, seus sonhos e desejos? Não deveriam estar vendo se eram um possível par e poderiam se apaixonar? Matteo sabia que antes de tudo eles precisariam falar do passado entre eles, mas teria preferido que ela o tivesse feito sem que ele fosse o alvo da provocação. "Bem, desculpa se eu não sou um dos seus admiradores. Se eu não me desdobro para deixá-la feliz." As palavras haviam saído mais rápido do que conseguiu pensar, tropeçando pelos lábios, mas não se arrependeu no fim. Talvez pudesse ter sido um pouco mais gentil na sua escolha, porém até aquele momento Olivia estava conduzindo toda a situação e ele só estava seguindo, deixando-a guiar como se ele fosse um vira-lata. Ele precisava ter alguma agência também sobre a situação. "Eu vim aqui porque eu concordo que precisamos conversar. Porque eu não sou mais o pirralho de vinte e um anos com medo de encarar algumas coisas." Apesar que agora havia um número de coisas diferentes em que ele preferiria não encarar, mas preferiu não levantar aquele ponto. Tinha certeza que o acontecimento da cachoeira ainda era uma situação com muitas perspectivas, e algumas possivelmente ele não estava pronto para lidar com elas. "Eu não estou confortável. É isso que você queria ouvir?" Ele levantou uma sobrancelha em resposta ao tom de desafio. Com qualquer outra pessoa, Matteo provavelmente não seria tão brusco, mas no fundo ele ainda tinha um sentimento de familiaridade com ela e queria que ela o visse novamente pela pessoa que era e não quem ele fingia ser. Se ela o visse por quem era, talvez aqueles comentários infeliz fossem deixá-do de lado e as farpas não precisariam ser trocadas. "O fato de eu saber que a conversa precisa acontecer não torna nada disso mais... Confortável para mim. Se isso te incomoda, então realmente, a solução é irmos embora," finalmente, ele respirou fundo e soltou um suspiro. "Agora, você está disposta a deixar com que eu lide com meu próprio desconforto sem que isso seja uma preocupação sua ou vamos ter que ir embora?" Agora era a vez dela. Matteo havia tomado a decisão de estar ali. Era uma decisão que o colocava numa posição desconfortável, de vulnerabilidade, mas era a decisão que ele havia tomado e lidaria com ela. Se Liv queria alguém que estivesse ali com um sorriso no rosto e palavras doces... Ela havia escolhido a pessoa errada.

Ele Olhou Ao Redor Enquanto Entravam No Recinto E Ouvia Apontar Que Não Havia Curtido O Local Como Merecia.

Ela observou Matteo com atenção, captando cada mínimo detalhe. O jeito como ele puxou a gravata de forma discreta, achando que ninguém estava olhando. O cumprimento curto, o sorriso ensaiado — Matteo nunca foi de excessos, e isso não havia mudado. Mas Olivia percebia mais do que ele imaginava. O nervosismo, o desconforto, estavam ali. Ele podia tentar esconder, mas ela ainda se lembrava de algumas de suas táticas. Quando ele disse “vamos”, Olivia sentiu algo dentro de si se contrair. Ele estava ali, mas será que realmente queria estar? Ele parecia distante, fechado em sua própria fortaleza. Por um momento, ela se perguntou se era assim que Matteo se sentia o tempo todo. Perdido dentro de si mesmo. Talvez estivesse tão absorta em manter as aparências de um relacionamento perfeito que não notou as coisas que realmente importavam sobre ele.

Ela respirou fundo e manteve o sorriso, mesmo que tivesse vontade de provocar. Era o que sempre fazia quando se sentia fora de controle — transformava tudo em um jogo. Mas dessa vez, não parecia certo. Dessa vez, Matteo não era só um rosto bonito ou uma distração passageira. Ele era a pessoa que ela não conseguiu esquecer, por mais que tentasse. A pergunta a pegou de surpresa. Não que o conteúdo fosse algo absurdo, mas a tentativa genuína de conversa para preencher o silêncio partindo dele era algo notável. Ela riu baixinho, sem pressa. — Já, sim. Mas vim a trabalho, para gravar e divulgar o restaurante no meu instagram, então não curti como o lugar merece. — Decidiu não dizer em voz alta que também esperava ter um encontro romântico ali, algum dia. E, honestamente, meses atrás quando o restaurante inaugurou, ela jamais imaginou que seria com Matteo, mas estava feliz por sua escolha, e por ele ter aceitado.

Ela inclinou levemente a cabeça, estudando-o. Ele parecia desconfortável naquele lugar, e isso a fez sentir um pequeno aperto no peito. Matteo nunca gostou de estar onde não se encaixava. — Mas e você? — Ela perguntou, suavizando o tom e esboçando um sorriso torto. — Porque, sinceramente, você parece odiar estar aqui. E não sei se é o lugar ou a companhia. — Seu olhar era desafiador, mas não cruel. Apenas honesto. Se ele ia se fechar, Olivia ao menos queria saber se ele teria coragem de admitir. Ela deslizou os dedos pelo próprio braço, uma mania antiga que voltava quando estava pensativa. Matteo sempre foi um mistério para ela, e talvez fosse isso que a fazia querer entender. Será que ele ainda era o mesmo garoto que guardava tudo para si? Ou havia algo nele que ela não via? Olhando para ele agora, Olivia sentia que algo estava diferente. Mas não sabia dizer se era nele… ou nela mesma. — Mas, honestamente, espero que seja o lugar, porque posso tentar fazer algo a respeito. Mas, se for a companhia... Bem, receio não ter uma solução a não ser irmos embora.

Ela Observou Matteo Com Atenção, Captando Cada Mínimo Detalhe. O Jeito Como Ele Puxou A Gravata De

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3 months ago

Ele levantou uma sobrancelha, sem respondê-la. A forma como Helena falava com ele não parecia deixar aberto a muitas interpretações. Ou, talvez, ele não estivesse tão disposto a isso. A crença dos dois eram tão destoantes que apenas acrescentavam a pilha de ínumeras diferenças entre eles. Como água e óleo. Se o ensaio que haviam feito juntos havia feito parecer que eles eram do mesmo mundo, Matteo achava que tinha a confirmação que não poderia estar mais enganado. E não por causa do status de celebridade ou nada desse tipo, eles apenas essencialmente viam as coisas de formas diferentes. "Não," respondeu resoluto, "assim como você, assim que o sentimento ruim apareceu, eu também fui embora." O gosto amargo da forma como as coisas haviam sido com Olivia voltava a tona no assunto, e talvez tivesse partilhado mais do que devesse ou gostaria. "Porque é assim que eu escuto o que você disse, Helena." Era quase acusatório. Como ela podia falar que o amor não existia se, ao primeiro sinal, fugia? E se o amor não fosse só uma série de obstáculos a serem superados? Filmes, séries e livros fantasiosos não pareciam a melhor fonte para acreditar no que era o amor, já que até eles podiam criar aquelas artes, sem ter sentido nada do que mimetizavam. "Você diz que não quer sentir esse tipo de sentimentos, mas o amor não é só flores, não é?" Levantou a sobrancelha, indagando ela com um pouco de desafio. "Mas você não quis ficar para descobrir," deu de ombros. Não iria brigar por uma crença. "O que exatamente minha rede social mostra que eu amo, Helena? Eu mesmo?" Soltou com uma risada baixa, algo que era raramente acontecia. Ele achava difícil ver algo além dele mesmo na sua rede e o que endossava, o que fazia parecer um grande narcissista. "Mas, para te responder, eu amo ter a capacidade de fazer o que eu gosto, todos os dias. E, se isso é o que minha rede social mostra, que seja." Não se importava se sua resposta o fazia parecer ainda mais superficial. Aquela conversa havia provado que ele ainda não estava pronto para ser vulnerável com alguém que era mais distante dele.

Ele Levantou Uma Sobrancelha, Sem Respondê-la. A Forma Como Helena Falava Com Ele Não Parecia Deixar

Era engraçado como Helena conseguia ver a vida como poço de cor e esperança, enquanto a própria vida poderia ser descrita como sem cor ou tempero. O amor pelas pessoas sempre era enevoado pelo asco e pela raiva, enquanto o desejo por bens e fama só cresciam. Talvez fosse aquilo que a fizera crescer tanto, não tinha nada para deixar para trás, não havia amor ou laços fortes o suficiente para a prender em qualquer canto. "Não me diga que nunca sentiu isso? Um sentimento indevido que aparece do nada, quase como se a sua história com a pessoa fosse apagada..." tentou explicar, mas era profundo demais. Helena se apaixonou algumas vezes na vida e ainda assim não conseguia entender como aquela repulsa aparecia tão rápido, ignorando o carinho e o companheirismo que antes existia, quase que a impedia de olhar para a pessoa novamente. 

A mulher preferiu se calar novamente, sorvendo as ultimas gotas de bebida em seu copo de uma vez antes de pedir mais um. Aquilo estava ficando pessoal demais para o seu gosto... Seu olhar desviou para a multidão novamente engolindo seco antes de voltar para ele "Tão arduamente que já me feri o suficiente para saber que não quero sentir esses tipos de sentimentos por quem me importo" havia magoa em sua voz, uma dor que não poderia ser explicada sem ser por experiencias que marcavam sua alma tão profundamente que talvez ela nunca cicatrizasse. "Pelo jeito que fala parece que nunca tentou realmente amar alguém né?" perguntou na lata para ver se saia do foco daquela conversa. Odiava falar das próprias experiencias, porque isso abria portas para reviver as coisas que queria deixar mais do que escondidas. "Mas me diga, o que você ama Matteo? Verdadeiramente falando. Duvido que seja só o que sua rede social mostra..."

Era Engraçado Como Helena Conseguia Ver A Vida Como Poço De Cor E Esperança, Enquanto A Própria Vida

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