O Amor, Esse Sufoco, Agora Há Pouco Era Muito, Agora, Apenas Um Sopro. Ah, Troço De Louco, Corações

O amor, esse sufoco, Agora há pouco era muito, Agora, apenas um sopro. Ah, troço de louco, Corações trocando rosas, E socos. Paulo Leminski

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1 year ago

“Te amar não é fácil, é quase o anti-amor. É muito quase como se você nem existisse, porque só o homem perfeito mereceria tanto sentimento. E eu te anulo o tempo todo dizendo para mim, repetindo para mim, o quanto você falha, o quanto você fraqueja, o quanto você se engana.” Autora - Tati Bernardi

1 year ago

VINHO.

Nesse vinho, afogam-se nossas conversas, que abortadas foram ao nascer sóbrias. Ficamos bêbados, sem medo. Um filósofo alemão disse uma certa vez: “o vinho aflora o que as pessoas têm de melhor, ou de pior.” Mas nessa altura, já não me lembro ao certo de onde era o filósofo. Era ele da Alemanha ou do buteco da esquina? Difícil dizer, talvez eu tenha acabado de inventar essa frase com meia garrafa de vinho… — Você acabou de invertar essa frase depois de meia garrafa de vinho! — Ele exclamou com uma gargalhada. — Se for isso mesmo, acho melhor pegar outra garrafa, você ainda consegue perceber quando filosofo coisas. — Eu sussurrei. — Além do mais, quero fazer filosofia mais tarde, no quarto. Dizendo algo do tipo: “Suas pernas são como o horizonte longíneo que aventureiros jamais sonharam em vislumbrar.” — Ele franziu a testa e fingiu um olhar zangado — Isso tá mais para poesia! Eu ria. — Devo pegar duas então. Uma para a filósofa e outra para a poeta. Nós rimos.

7 months ago

Breath, baby. Breath!

Respiro fundo e te beijo. Te beijo porque tu mereces ser beijado por todos os dias da tua vida. Te beijo e te cuido, porque tu me cuidas também, e porque me dediquei a cuidar-te desde o dia em que te amei. Acaricio teu rosto, te beijo outra vez nos olhos, na tua testa e me aplico em sentir o cheiro que se esconde debaixo dos teus cabelos. Toco o fim das tuas costas e noto toda a tua pele. Que bom é o aroma do ar que sai dos teus pulmões. Que suave é a tua mão que passeia pelas minhas costas e que só faz me trazer para mais perto de ti. Que sonho é tocar meus lábios nos teus e saber que sou tua, e que você me valoriza. Que satisfatório olhar para trás e ver a estrada que percorremos até aqui. Casa comigo agora mesmo, a cada minuto das nossas vidas, casa comigo, porque ando desesperada de tanto amor guardado dentro desse peito tão débil. Abraça meu corpo e me diz que o lado esquerdo do teu peito é só para mim. És minha segurança, o tesouro que guardo, minha vontade de permanecer aqui, viva e forte, construindo um caminho bonito para desenhar pegadas de mim e de ti, até que seja da estrada que ninguém tem a certeza se é fim.

9 months ago

Eu vejo você em tudo!

1 year ago

Perdoe-me, padre, pois eu pequei. Pequei ao conhecer o diabo e chamar por ele. Eu o vi, padre, olhei em seus olhos, deixe-me ser encantada por ele. Eu desejei por ele e intimamente, passei a querer que ele me desejasse também. Perdoe-me, padre, por ignorar o chamado divino, ajoelhar-me como uma santa e orar por graças, enquanto sentia-me ser abençoada pelo espírito e, ao invés disso, eu toquei-me com sofreguidão nas noites solitárias pensando em como ele me pegaria forte por trás e sussurraria as depravações que faria comigo durante as luas cheias, roubando-me a pureza, maculando-me a fé e fazendo de mim uma profana. Eu tentei, padre, manter-me casta aos olhos do pai, mas aquele cujo a intensidade no olhar que devoravam-me todas as vezes que via-me em um corredor ou outro, foi demais para mim, que nada sei, além de querê-lo dentro de mim, preenchendo-me impiedosamente, como uma vagabunda. Perdoe-me padre, por dar ouvidos ao diabo que sorria sedutoramente enquanto chamava-me de coelhinha. Coelhinha, padre, porque para ele, eu era a maldita presa, deleitando-me nas inverdades que ele segredava á mim quando acusava-me de ser ardilosa; a serpente do Éden, criando em mim a falsa sensação de ser perigosa, quando na verdade Eva era minha verdadeira face. Mas eu enganei-me, padre, enganei-me para me sustentar em uma crença que já não mais existia, e para entender que, eu acabara de me despir imoralmente libidinosa e dançar devassamente ao altar do Diabo, enquanto entregava a ele minh'alma.

— b.m


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sublimeheresia - Shall I write it in a letter?
Shall I write it in a letter?

Oh, you fill my head with pieces of a song I can't get out!

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