Aparentemente a morte está de olho na presença de HUNTER QUALLEY. Quando o vôo 317 caiu, HUNTER tinha apenas 21 anos e a floresta reconhece como a RAPOSA. Atualmente ele está com 36 anos e é conhecido como ATOR E INFLUENCER DIGITAL, algo esperado considerando a reputação marcada por ser TRAIÇOEIRO, embora também seja ADAPTÁVEL. Ele decidiu SAIR de Hanover depois do resgate. A floresta lhe deseja boa sorte e tome cuidado com a morte, ou não!
sobre.
a história se inicia em um berço de ouro repleto de privilégios. filho de um politico renomado, hunter qualley sempre teve bom e do melhor, nunca precisando se preocupar com nada em sua vida além do que poderia pedir aos seus pais no dia seguinte. dono de uma atuação impecável, era graças a ela que conseguia manipular todos ao seu redor, nunca tendo uma resposta negativa para o seu lado.
desde pequeno, hunter tinha um talento nato para enganar quem se aproximasse. professores, colegas, até mesmo os próprios pais caiam sobre suas palavras bonitas e bem articuladas, mesmo quando estas eram envolvidas em mentiras sujas e jogos psicológicos. era carismático, inteligente, e — como ele próprio dizia — irresistível demais para se preocupar com moralidade.
tinha apenas 21 anos quando o acidente ocorreu. era apenas um estudante de relações internacionais quando foi dado como morto por parentes e amigos.
entretanto, quando todos foram encontrados, havia algo de diferente em hunter. seu olhar sombrio, misturava loucura, serenidade e algo mais que escondeu a sete chaves. e então, ele usou tudo ao seu favor. utilizava dos holofotes como sua casa: contava a história ao mundo de uma fome comovente, mas havia algo de estranho na forma como evitava certos detalhes. existia algo nas entrelinhas, no silêncio que surgia quando o nome de certos colegas desaparecidos era citado.
não demorou muito para que se tornasse uma figura pública. muito menos para que observassem o potencial que sempre existiu e, logo, hollywood o chamou.
hoje, hunter qualley é um ator em ascensão. bonito e articulado, com um olhar que sabe exatamente como transparecer suas emoções. sua história de superação vende não só ingressos, como produtos. mas ainda assim, pouco se fala com é difícil a convivência nos bastidores. hunter se esconde e as vezes é como se ele ainda estivesse na floresta, jogando o mesmo jogo de sobrevivência — só que agora, com figurinos caros e luzes artificiais.
—— PLATONIC CONNECTIONS. ❜
melhores amigos: de uma forma inexplicável, hunter e char 001 haviam se tornados amigos ainda na infância. é claro que não conseguem se entender em tudo, principalmente devido a forma que hunter age na maioria das vezes, mas eles tinham bons momentos antes do avião cair, saiam juntos e se divertiam. atualmente é char 001 que coloca o mínimo juízo na mente do homem, o fazendo tentar ser minimamente decente.
confidentes: embora hunter faça de tudo para não admitir, existia uma cobrança em cima de si antes do avião cair. os pais queriam que ele seguisse algo que ele não queria e ele se sentia a ponto de explodir. foi char 002 que o viu a beira do colapso dias antes do acidente. char 002 é a pessoa que hunter mais evita, com medo de que o assunto venha à tona e demonstre suas fraquezas.
amizade secreta: hunter e char 003 não possuíam nada em comum, por isso ninguém esperava que poderiam ser amigos, mas eles eram. não sabem explicar como ou porquê, mas houve uma conexão que os mantiveram juntos até os dias atuais.
influência positiva: muse 004 é a pessoa que influenciava hunter a ser um pouco menos insuportável na floresta. pode ser chamado de salvador da pátria, considerando que permaneceu vivo durante toda a estadia.
enemies to friends: hunter e muse 005 se odiaram a primeira vista. não conseguiam entender se foi a diferença na personalidade, as atitudes ou a forma que falavam um com o outro. mas algo na convivência e na forma em que eram obrigados a lidar com a presença transformou toda a raiva e o rancor em amizade. atualmente, não se veem mais em pé de guerra como estiveram no passado, se tornando uma espécie de porto seguro nas adversidades da vida. | @morgcncassie
—— ROMANTIC CONNECTIONS. ❜
ex-namorada: hunter e muse 006 namoraram por um certo período, o problema é que a divergência de opiniões e personalidades culminou no término de ambos. mesmo assim, não é incomum que acabem juntos em um momento ou outro. | @adalznd
one night stand: hunter e muse 007 ficaram uma vez após o resgate de avião, quando o homem estava começando sua carreira de ator. não foi nada muito além, até mesmo porque hunter estava saindo da cidade e, desde então, não se viram mais.
—— NEGATIVE CONNECTIONS. ❜
rivais: muse 008 e hunter almejavam as mesmas coisas e por isso, viviam competindo na adolescência até a maturidade, se detestando completamente. atualmente não conversam a longos anos, mas não há duvidas que os sentimentos permaneceriam iguais. | @thcroww
inimigos: muse 009 achava hunter insuportável, o que fazia sentido na situação que se encontravam. viviam brigando e discutindo, sem nunca chegar a soluções viáveis.
se hunter era irritante por natureza, com adalind ele o fazia por prazer. nada mais divertido do que a ver com aquele rosto todo sério para si, pronta para xinga-lo a qualquer momento daquela conversa. ❛ se cuidar de mim, você pode até me acertar. quem sabe eu não ligue. ❜ acaba deixando a provocação no ar, enquanto se esticava para caminhar até ela. se podia entender de uma coisa, era como deixa-la brava pelo simples. se tratando de ada, as coisas eram ainda mais fáceis. quem sabe, a história pregressa entre os dois ajudasse, ou talvez, só poderia ser a pessoa mais difícil de lidar dali. votava nos dois. mas em principal votava em que talvez, não fosse uma pessoa tão ruim assim, afinal ela ainda estava do seu lado. ❛ eu sei reconhecer meus defeitos. isso me faz uma pessoa muito boa. ❜ ou um idiota consciente. quem saberia?
o corpo permanece perto ao dela mesmo após jogar a água. sente o momento o qual adalind é atingida com a água e pode sorrir com divertimento. ❛ oito anos e meio, docinho . ❜ entretanto a maior diversão é ser atingido de volta. a pele desnuda do tórax arrepia e hunter volta a ataca-la com a água, em uma reação instantânea aquela brincadeira. aquele momento, não mantinha a casca azeda que sempre possuía, era só ele sendo quem pretendia ser em segredo e nada mais. ❛ só eu fiz isso? ❜ mas agora, quando adalind joga água contra si, ele se aproxima e a segura, deixando o braço alheio preso contra sua mão. o homem deixa uma carícia no local, certa pressão ao sentir a pele alheia. ❛ um salmão gigante... posso resolver depois. ❜ não, ele não podia. mas não se importava em mentir mais um pouco do usual. ali, pelo menos não fazia mal a ninguém. ❛ para o baile? ❜ o olhar curioso estampa seus olhos. ❛ essa é sua maneira de me convidar? ❜
a dualidade que hunter trazia para si a irritava profundamente — por um lado, sorria com as coisas idiotas que ele dizia e tentava protegê-lo assim como fazia com todos aqueles com quem se importava; por outro, adalind sentia que precisava de grande força para alinhar seus chakras e não querer acertar um soco em hunter. esses sentimentos pareciam ter aflorado desde que caíram na floresta. “ você tem muita sorte, isso sim. por eu não querer acertar seu pé com essa lança. sabe, sem querer, querendo. ” respondeu com o bom humor que puxou de seu interior. a careta para o apelido brega era de divertimento. bom saber que algumas pessoas não mudaram ou perderam seus costumes por estarem ali. de certa forma, ficava grata por tê-lo ali, pois era como ter um pedaço de casa, de sua vida normal naquele inferno. “ sabe, eu só não acho que você é um idiota completo porque você reconhece que é um chato. ” o balançar de ombros foi leve, um falso desdém que ela não tinha por ele. chega a olhá-lo após o leve baque, irritada por ter sua concentração interrompida.
“ cala a … ” parou ao sentir a água gelada em contato com seu corpo, dando um grito abafado de surpresa. “ você tem quantos anos? oito?! ” cravou a lança no chão ao seu lado, cruzando os braços com uma expressão de seriedade antes de erguer a perna direita num movimento rápido, jogando água nele. sorriu, quase travessa, e se virou de costas para ele, vendo que sua possível pesca havia fugido. “ que porra… ah, olha só o que você fez! ” virou-se novamente para ele, jogando mais água no rapaz, apesar de saber que tinha sua parcela de culpa naquelas águas agitadas. “ você me deve um salmão gigante, qualley! ” planejava levar aquilo para o baile, contribuir para não comerem apenas frutas e raízes. “ mas eu aceito uma companhia irritante para o baile como pedido de desculpas. ” sugeriu casual, apesar do nervosismo. era um baile no meio da floresta, com sobreviventes de um desastre como convidados, mas ainda assim era um baile e adalind não era lá muito habilidosa com eventos desse nível.
❛ sabe, docinho. ❜ quem olhasse hunter daquela forma, poderia pensar que se tratava de um stalker ou talvez um maluco a porta de adalind. não um ator renomado de cinema ou alguém que milhares matariam para ficar algumas horas por perto. o homem estava encostado na parede, ao lado da porta onde sabia que ela iria entrar. não era um perseguidor, só tinha informantes eficientes. ❛ quanto mais eu penso, mais acho estranho que nossos quartos sejam um do lado do outro nesse hotel gigante. ❜ insinua de uma forma ainda implícita enquanto enxerga a porta de seu próprio quarto a passos de distância da dela. como se houvessem programado aquilo, como se tudo fosse uma obra do destino. ❛ quem diria que sentiria tanta falta de mim assim? ❜ a provocação dança nos lábios de hunter, rindo divertido a situação. coincidência ou não, pouco importava aquele momento, seu interesse era a presença de outra coisa a sua frente. ou melhor, pessoa.
@adalznd
não espera receber o empurrão enquanto está em pé observando as pessoas a sua volta, tentando entender porque se esforçam tanto. se fossem para serem achados ou morrerem, iria acontecer da mesma forma. até mesmo aquela festa era a coisa mais idiota que já havia presenciado. hunter está pronto para xingar quando vê quem é a garota a sua frente, mas ser cassandra não o impede de segura-la pelo punho, afastando-a de se corpo. ❛ que merda é essa? ❜ hunter não tenta segurar a risada sem humor, observando-a de cima abaixo, tratando a garota como uma figura inofensiva. ela não teria tamanho ou força para machuca-lo. seria impossível. ❛ você ficou louca, cassandra? ❜ aproveita a distância que ela manteve para se afastar ainda mais. a palavra ajudar entra no seu corpo como um filete de eletricidade. ❛ não vou brincar de casinha com vocês. ❜ é capaz de cuspir as palavras. o homem não mede esforços para voltar a proximidade com cassandra, rindo sem humor diante a toda a farsa que eles criavam sozinhos ali. ❛ você quer que eu ajude nessa bobagem de baile? não estamos na porra do ensino médio. ❜
a cólera não combina com a essência sublime de cassandra . é uma criatura serena por natureza , um quão prudente em demasia . mas , quiçá , a privação de sono e a carência do remédio , tão precioso , afete diretamente na concepção de equilíbrio . não discerne em pleno juízo quando ou porquê, mas em algum momento... simplesmente perde a paciência. não tem dúvida de que ele abusa da boa vontade , ultrapassa o limite entre o tolerável e o intragável . então , em um segundo , a calmaria se esvai e a brutalidade — até então desconhecida — é flagrante no impelir das mãos sobre o peito de qualley . não é característico a essência peçonhenta , a discórdia não apetece o arbítrio de quem preza pelo mínimo de calmaria . deixa de ser abusado , cara . todo mundo aqui está ajudando , porra . vociferou entre dentes , de tal forma que endurece o maxilar e expele o ar em um suspiro irritadiço . depois , quando se dá conta do próprio delírio , aumenta a distância ao apontar para a cabana . se não quer ajudar por que você não... vai embora , gostaria de dizer . percebe tão logo que é a abstinência enevoando o senso de escrúpulo , dando brechas para a postura animalesca e arredia . não é tão difícil colaborar .
❛ você está com uma cara péssima. ❜ há uma tênue que separa as provocações de uma singela preocupação. anos atrás, teria levado um soco na cara por um simples comentário como aquele e teria sido muito merecido. não sabe o que mudou, quando mudo e o porquê. mas havia acontecido e, agora, de alguma maneira, hunter havia iniciado a se preocupar verdadeiramente com cassandra, ao ponto de mandar mensagens de textos (o que era de uma forma óbvia, função da sua agente e não sua). ❛ vim te buscar para um passeio. ou sequestro, o que achar melhor. ❜ tem que segurar a própria língua para não fazer piadas sobre cadeia, mas busca ser forte naquele momento. não quer parecer um idiota completo, mesmo ela sabendo que ele já era um. ❛ só para constar, você não tem escolhas. então entra no carro. se eu tenho que ficar de cárcere nessa cidade, vai ter que me aturar. ❜
@morgcncassie
o maior problema que possuem ali é que hunter não é apenas um otário, como também é impulsivo e inconsistente. ele não mede forças para conseguir o que quer, principalmente se estão o contrariando. cassandra não é o tipo de pessoa que lhe põe medo, muito menos que lhe passa alguma autoridade. e por isso se garante que não é o tipo de mulher que faria com que o homem fizesse algo ali. ❛ eu sirvo para muitas coisas, cassandra. posso até te mostrar se pedir direito. ❜ a principio deseja provocar e irritar. sente falta das brigas, intrigas e desavenças que possuía na faculdade simplesmente por existir. ❛ se não sirvo para nada, porque está aqui implorando meu auxilio? ❜ nunca havia sido alguém de boa índole, todos sabiam que era um desgraçado e mesmo assim seguiam seus desejos, não era sua culpa. ❛ já que não está aqui pra falar dessa merda de baile, ganhou um ponto no meu conceito. está de parabéns. ❜ até mesmo as palmas são batidas de uma forma atuada. sempre soube que era um ator nato, nascido para telas, não havia como se esconder. ❛ que tal ir encher a paciência de outro?! porra, cassandra. só tem eu nessa merda de floresta?! ❜ bagunça os cabelos, irritado. é óbvio que ele não colaborava por própria escolha. por que ela tinha que vir tirar sua paciência? ❛ bancar o enfermo. então deveria quebrar a porra da perna, não é? que aí você me daria um momento de paz. ❜
a carência de um juízo apurado fê-la perder o rumo . a cólera transparece , nítida e tangível , no cintilar das írises ante o dilatar perante a ousadia de lhe segurar . é de sua essência pacificar e acalentar — além de ser o tipo que separa , não quem provoca uma discórdia . embora não seja a opção mais adequada para intitular , afinal o filho da puta ali é hunter qualley . quem quer sobreviver às custas de terceiros e , pior ainda , esbanja daquela personalidade pútrida que lhe causa calafrios . reconhece uma criatura mentecapta quando está diante de uma ; o próprio reflexo daquilo que jaz em sua psiquê . o riso , destituído de rejúbilo , ressoa diante o puxar do punho de forma arredia . não quer chamar atenção para a cena estúpida — ninguém precisa de um viés de discórdia em meio a tanta perturbação . você só não quer admitir que não serve ' pra porra nenhuma . as palavras cáusticas sibilam em uma pronúncia pausada , quase impecável , não fosse o tremular do corpo que explode em adrenalina . quem falou sobre baile ? não espera que ele , um tremendo narcisista , fosse compreender a importância do acolhimento de terceiros . é ? ah , mas você adora ser um folgado . quer tudo de mão beijada . não o conhece além da insignificância de um nome ; este que lhe incita repugnância e certo asco palatável . e você não está numa porra de casa de repouso ' pra bancar o enfermo .
❛ aquela árvore está se movendo ou é impressão minha? ❜ sopra contra o ar da noite que cai em seu corpo. as coisas pareciam fora do lugar, como se algo o tomasse a cabeça e controlasse seu corpo sem que pudesse interferir. o coração acelerado, vítima do chá que ingeriu a pouco. ❛ essas coisas não deveriam acontecer, você sabe. ❜ olha fixamente, os olhos sem ousar se mexerem para que visse libby. de alguma forma, hunter sabia que ela estava ali, não precisava de confirmação. ❛ alguma coisa está errada aqui. ❜
@livsuzuki
após anos trabalhando com atuação, hunter possui um costume lidar com mentiras e histórias criadas e facilmente manipuladas. ele era bom até demais em explanar falsidades, algo que se tornou prática em seu dia a dia. na maior parte do tempo, era incompreensível a ele que outras pessoas fossem incapazes de manipular a verdade para seu próprio beneficio. pensar em como poderiam ser tão inúteis era algo que não saia de sua mente. ❛ vocês tem que aprender a responder o que eles querem de uma maneira bonita. ❜ mesmo depois de anos, nunca havia dito uma palavra errada. hunter era consistente em sua história e mesmo assim deixava repórteres com sorriso no rosto. ❛ não foi nada fácil na floresta, mas eu não sei de nada. não foi culpa minha o que aconteceu com ethan e nem o que aconteceu com o delegado. eles eram boas pessoas. os admirava. ❜ apresenta uma atuação porca e suja que com certeza não lhe daria um oscar, mas o tirou da prisão. a única coisa que ainda o incomodava é o cárcere privado naquela cidade. ❛ você realmente está acreditando em uma teoria da conspiração, nicholas? não esperava isso de você. ❜ tenta segurar a risada mas é incapaz. hunter se surpreende como todos tratam aquilo como se fossem parte de uma seita, quando o que aconteceu foi simples. fizeram o que fizeram para sobreviver, nada mais. ❛ pensei que teria aprendido depois de todos esses anos. ❜
open starter, timeline atual - pós acidente.
A cidade estava imóvel naquela hora do dia em que até os sons pareciam conter a respiração. Era madrugada e Nicholas estava observando o túmulo de Ethan. Não havia ninguém por perto ou pelo menos era o que ele pensava, até ouvir passos leves sobre a brita. Ele não se virou. Apenas acendeu o isqueiro e deixou a chama acender por nada, por hábito. Sentiu MUSE se aproximando ao lado dele e ele não falou por um tempo. — Parece que não vão parar de nos perguntar as mesmas coisas. — A voz disse, neutra, sem nome, sem peso. — Como se repetir a pergunta fizesse a resposta mudar. — Nicholas passou a mão no rosto. O cansaço começava a parecer parte de sua pele. — Eles querem uma história que caiba no que sabem do mundo e tenho a desconfiança de que logo estaremos como ele. — Apontou para a lápide do antigo colega agora morto. — O delegado não merecia aquilo. — Era mais uma constatação do que um julgamento. — Mas acho que isso é só o começo.
hunter pouco acreditava naquela bobagem que havia acontecido noites passadas. espíritos eram coisas que adolescentes acreditavam, não adultos funcionais. ainda achava que aquele cara tinha fingido tudo por atenção. é o mínimo que parecia diante toda a situação. estavam presos a tempo o bastante para que alguns sentissem falta da mamãe e do papai e causassem todo aquele show para serem paparicados. idiotas dos completos. ❛ você não vai acreditar nessa palhaçada, não é? ❜ a cara é franzida ao que ouve tais falas, se ouvisse alguém mais dar razão aquela história preferia acabar na selva sozinho do que se manter naquela casa. ❛ estava na cara que era fingimento e não obra de espíritos vingativos. ❜ revira os olhos porque mais idiota que um baile, era acreditar que um espírito vivia no sótão só porque acharam um corpo lá. hunter não estava nem um pouco preparado para viver com pessoas tão inocentes assim. ❛ quando eu sair daqui eu vou contar a todos como algumas pessoas se fizeram de doidas só porque era conveniente. a gente só tá preso no caralho de uma floresta, não em um filme de terror. ❜
open starter, timeline passada.
Angelina saiu ainda era cedinho da cabana. O céu parecia um pouco menos fechado, o que, para Angelina, já era uma vitória. Sentou-se em uma pedra úmida próxima ao lago, onde a névoa ainda se agarrava às bordas da floresta. Olhou ao redor antes suspirar. — Tá... então agora fantasmas e espíritos brincalhões fazem parte do cronograma. — Murmurou para si, com um meio sorriso que era mais cansaço do que sarcasmo. — A gente tá há dias sem comer direito, dormindo mal no meio de uma cabana podre e a explicação mais lógica que as pessoas encontram é espírito brincalhão. — Ela sabia que todos estavam se agarrando ao que podiam: distrações, rituais, teorias malucas. O ar estava mais denso mesmo, ela não podia negar. Mas ainda assim, sua mente gritava por lógica. Aquilo era trauma, medo coletivo. Uma brincadeira mal colocada no meio do cansaço e da fome. Por isso nem percebeu quando MUSE se aproximou, a ouvindo falar sozinha enquanto tentava encontrar um pouco de razão naquela loucura. — Eu juro que vou escrever um artigo sobre histeria coletiva se a gente sair dessa, mas até lá vou anotar o cardápio. Entrada: berries da floresta. Prato principal: urso flambado ao desespero. E sobremesa: teorias conspiratórias. — Ela riu de leve, não zombando, mas tentando aliviar o peso. Sabia que zombar da dor dos outros não adiantava, mas às vezes o humor duvidoso era a única âncora possível e até então achava que estava sozinha.
𝑤𝘩𝑦 𝑑𝑜 𝑤𝑒 𝐚𝐥𝐰𝐚𝐲𝐬 𝑔𝑜𝑡𝑡𝑎 𝑟𝑢𝑛 𝑎𝑤𝑎𝑦.ᐣ 𝐡𝐮𝐧𝐭𝐞𝐫 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐥𝐞𝐲 , 𝑡𝘩𝑖𝑟𝑡𝑦-𝑠𝑖𝑥⠀,⠀ 𝐟𝐨𝐱⠀.
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