Fechou Os Olhos Por Um Segundo, Absorvendo As Palavras Alheias. Poderia Não Estar Tão Diferentes, Mas,

Fechou Os Olhos Por Um Segundo, Absorvendo As Palavras Alheias. Poderia Não Estar Tão Diferentes, Mas,

Fechou os olhos por um segundo, absorvendo as palavras alheias. Poderia não estar tão diferentes, mas, ainda sim, sentia os olhares, curiosos em saber como poderia uma filha de Afrodite ostentar uma cicatriz. Algo que poderia ser superficial, mas que ainda assim impactava na percepção alheia sobre quem era. Talvez não de Raynar, pelo que demonstrava, mas sim de outros campistas. Mesmo que soubesse que não deveria se preocupar com a opinião alheia, Anastasia preocupava-se até demasiadamente. Um suspiro escapou dela, quase como se estivesse cansada. O corpo continuava recuperando-se do que tinha sofrido naquela noite, sendo explícito nas bandagens que colecionava. Alguns hematomas ainda desabrochavam em suas pernas principalmente, sendo a área que tinha sofrido mais com o ataque. "Por que as coisas tem que mudar?" Não perguntava para o filho de Zeus e sequer para si mesma. Por um momento, perguntou ao próprio destino, que amarrava o mundo como ele era, que decidia quem se machucava e quem ficava impune. Deuses poderiam ser deuses, obviamente, mas os acontecimentos ainda eram punidos pelas ações que não tinham controle. A semideusa ficou em silêncio conforme o braço alheio a segurava, não esperando que aquilo fosse acabar assim. Era confortável, no entanto, uma vez que costumavam fazer aquilo frequentemente antigamente. Não tentou afastar-se ou sequer fez grandes movimentos, apenas um ou outro para que não acabasse em cima de algum ferimento mais grave.

Escutar as palavras alheias foi como levar um soco merecido. Sabia que o ex-namorado tinha razão, mas não quer dizer que era fácil escutar aquilo. Não era o tipo de pessoa que gostava de pena ou que os outros se preocupassem com ela, mas lá estava ela, lamentando por algo que já tinha acontecido. Por um momento, sentiu-se culpada, afinal tinham pessoas ainda piores que ela. Alguém tinha morrido. Ainda sim, ficava lamentando por ter sido tola e lutado com as pelúcias. "Talvez eu devesse. Vou falar para Max para colocarmos um sino em nosso chalé. Deixe Esmeralda saber onde estou." Tentou brincar para que a situação não ficasse tão pesada, mas não havia tanto humor nas suas palavras. Ficou em silêncio novamente, afundando-se um pouco mais no abraço alheio. O próprio braço desvencilhou da mão alheia, indo para as costas dele. Deslizava os dedos pela região, perdida nos próprios pensamentos e sentimentos. Mesmo que não fosse confessar em voz alta, era estranhamente reconfortante e familiar estar ali. Fazia com que pensasse mais claramente e conseguisse pensar em uma rota de o que poderia fazer para melhorar. "Obrigada, Raynar." Era estranho escutar a própria voz falar o nome dele depois de tanto tempo sem dizer, tanto que permaneceu com os olhos em lugar nenhum quando falou, sabendo que provavelmente ficaria envergonhada. Eles jamais falavam um nome um do outro, exceto em momentos íntimos. Não falá-lo naquele momento, no entanto, parecia errado. Ao mesmo que sentia-se aliviada, Anastasia sentia como se estivesse mais pesada do que nunca. Sempre houve certa expectativa que envolvia seu nome, que geralmente era carregado por uma ideia de beleza eterna e, ao mesmo tempo, uma guerreira, principalmente devido à reputação que tinha construído com a instrução de espada. Em uma noite, tudo parecia ter escorrido dela. Todas as certezas evaporaram com rapidez e continuava naquela inconstância de humores. Levantou o rosto, encarando as orbes claras alheias. "Vou melhorar em breve, acho que só... Não sei. Parece que tudo que eu era simplesmente mudou do nada." Gostava da imagem enrijecida e perfeita que carregava, mas era cansativa. Talvez fosse esse o motivo de estar vestidos mais soltos e não estar preocupando-se em passar maquiagem (além de, é claro, não suportar se olhar no espelho). "Fui derrotada de novo. Não importa quanto treino eu passei todos esses anos, sucumbi a pensamentos tolos de heroísmo e movidos a uma necessidade de me provar de alguma forma. Pelo menos, consegui ajudar alguém, mas... Eu fui derrotada." Mesmo que soubesse que provavelmente levaria outro sermão, Anastasia achou que era um bom momento de desabafar e depois fingir que nada tinha acontecido. Provavelmente nem ela nem Raynar tocariam no assunto assim que saísse daquele quarto, voltando na rotina de trocarem mais provocações do que qualquer coisa, então não tinha com o que se preocupar.

A expressão fechada segurava o revirar dos olhos, um sentimento crescendo no peito que misturava os dois opostos de uma escala pré-estabelecida. A raiva de si, por não saber colocar em palavras a resposta que parecia clara em sua mente. A frustração dela em não seguir adiante, não pegar para si o papel de tentar resolver aquela rusga entre eles. E era um absurdo pensar daquela maneira, como se pudessem adivinhar o que passava em sua cabeça só olhando nos olhos. Você esconde muito, filho de Zeus. A realidade caindo naquele nicho com a mesma facilidade com que outras explicações surgiam. Esconder ou não saber? Colocar um filtro tão confuso quando suas demonstrações de falta de controle nas luzes ao redor do pescoço. O baile o provocava, à distância, cutucando em lugares que não gostava de ser perturbado. Tanto tinha feito, tanto tinha ido além dos limites, e tanto tinha conseguido de dor de cabeça ao analisar cada um daqueles desvios de caráter. Raynar se pegava em conflito, o passado com o presente. O que tinha feito para garantir a sobrevivência com a esperança de que continuar sobrevivendo talvez não seja mais a palavra ideal. Anastasia tinha um pezinho nisso, assim como seu grupo da missão em busca da poção de Asclépio. Daquele com lágrimas nos olhos e da garota insistente de olhos azuis. Não se apegue, siga sem ninguém. E sua mão enroscava no cabelo macio da ex, envolvida pelo calor da feminina que pousava por cima.

Dois pesos, duas medidas. Tudo provocado pela criação de pais divinos com tantos erros quanto os mortais. Era hipocrisia colocar-se em tão alto lugar na cadeia de poder e cometer os mesmos desvios daqueles que desconsideravam na maior parte do tempo. Humanos. Descartáveis até a segunda página, quando eram excelentes em suas características e os deuses se enamoravam. Distrações de uma vida sem fim. “ 🗲 ━━ ◤ Você não mudou. ◢ Começou de cima, ainda sentado na cama e olhando para baixo (grande surpresa!), o polegar acariciando a lateral da mão entrelaçada de Anastasia. “ 🗲 ━━ ◤ Mas mudou. ◢ O rosto virou uma careta imediatamente. Falar em forma de enigmas eram tão fora de personagem. Expressar era tão difícil. Raynar soltou um resmungo audível ao desistir de tentar ser o racional, caindo para trás na cama. Escorregou para baixo, entrou mais nos cobertos e passou o braço por baixo, encaixando-a contra o peito. Só assim pegou a mão de novo, os dedos brincando no ar, na posição em que estavam erguidas. Olhar o teto riscado de negro acalmava. Seu poder criando veios escuros na tinta branca, descendo pelos pilares de mármore que enfeitavam cada canto do largo ambiente. “ 🗲 ━━ ◤ Você não está desfigurada, Anastasia. Seu rosto permanece o mesmo, com a cicatriz por formar. A mudança não é absurda. ◢ Sensibilidade? Eles tinham compartilhado a cama vezes demais para que algo assim ficasse no caminho. Quando ela perguntava sua opinião, não era buscando a cobertura açucarada de uma mentirinha inofensiva. “ 🗲 ━━ ◤ Essa incerteza só vai piorar se não encarar logo, de frente. Ver por você mesma o que foi lhe dado e, a partir daí, criar um plano para superar. Não ver não impede que ninguém mais veja. Pretende seguir a linha de Afrodite com aquelas roupas? De tirar os "defeitos"? Vai esconder como Quasímodo? Você sabe qual é a resposta certa e eu garanto, não é minimamente tão assustadora quanto pensa. ◢ Virou o rosto para pressionar os lábios na linha dos cabelos de Anastasia, logo acima da testa. Aquele tinha sido um discurso duro, mas necessário (em suas concepções). Seu braço a apertou com mais força, reassegurando. “ 🗲 ━━ ◤Você ainda é linda, firecracker. ◢

More Posts from Ncstya and Others

1 year ago
"Estou Aqui Para Isso." Um Sorriso Travesso Apareceu Nos Lábios Dela, Beliscando A Pele Dele De Leve
"Estou Aqui Para Isso." Um Sorriso Travesso Apareceu Nos Lábios Dela, Beliscando A Pele Dele De Leve

"Estou aqui para isso." Um sorriso travesso apareceu nos lábios dela, beliscando a pele dele de leve em uma pequena provocação, mas permitiu que ele tomasse sua mão. A verdade é que jamais permitiria que alguém ficasse desconfortável ou desagradável no baile da própria mãe, mesmo que soubesse que era quase impossível, considerando a benção temporária concedida pela deusa. "Sempre tem essa chance, mas seria incrível produzir um monte de votos falsos apenas para afagar nossos próprios egos. Ninguém se importa tanto com o resultado mesmo... E que minha mãe não me escute falando isso." Olhou em volta, como se pudesse sentir o julgamento da mãe escutando a própria filha confessando um crime que, com certeza, realizaria. Sabia, no entanto, que não desejava tanto assim para ter esse esforço, afinal não era mais uma adolescente desesperada por atenção. Mesmo que ainda apreciasse excessivamente os olhares que recebia dos outros, já tinha passado da época que achava que era tudo que importava. Talvez tivesse acontecido muita coisa na sua vida para que colocasse outras prioridades ao invés de futilidades (mas, sim, elas também importavam). "E, sim, você está belo demais para que desperdice de forma tão banal." Devolveu o flerte com naturalidade, os olhos brilhando com aquilo. Para Anastasia, nunca foi uma pessoa que ficava envergonhada com elogios ou sequer hesitante. Sabia que era bonita e as roupas dadas pela mãe apenas ressaltavam sua personalidade. "Está virando poeta, Archie? Mas pode continuar falando, estou gostando do rumo disso." Uma risada saiu dela, jogando o cabelo, que naquele ponto já tinha se desfeito do penteado que fez anteriormente. Aceitou o braço alheio, escutando as palavras a respeito do que poderiam planejar ali para frente. Nunca tinha se arriscado na cozinha, principalmente por medo de acabar estragando as unhas, que frequentemente estavam em alguma nail art mirabolante que fez pensando nas roupas que utilizaria na semana (tudo planejado cuidadosamente, é claro). Era um momento que estava explorando novas coisas, no entanto, já que não se permitiu a vida inteira sair do Acampamento Meio-Sangue, impulsionada pelo medo que sentia. "Não prometo que serei perfeita no começo, mas prometo que vou me dedicar para isso." Assim como tinha feito com a espada. Não era alguém que desistia facilmente quando colocava algo em mente, independente do que fosse. "Eu te aviso quando estiver morrendo de vontade de doce, o que me diz?" Talvez fosse no próximo dia, mas não falaria isso para o semideus. "Por onde você acha melhor começarmos?"

ㅤ。ㅤㅤㅤArchibald não estranhou a aproximação de Anastasia e demonstrou isso quando abriu o blazer para que ela tivesse mais liberdade para realizar as mudanças necessárias. Deixando os ombros caírem, ele agradecia em silêncio pela ajuda da semideusa, pois não era a primeira vez naquela noite que ele havia travado uma batalha para manter aquela peça peculiar, ou saia, como ele havia nomeado, no lugar exato, sem que descesse e causasse um desarranjo em sua imagem. "Tal mãe, tal filha. Obrigado." O filho de Deméter puxou a mão da semideusa, beijando-lhe o dorso em seguida. Aquele era um cumprimento repetitivo, mas que Archibald fazia questão de demonstrar sempre que podia, uma assinatura ao seu comportamento naturalmente carregado de charme e flertes. "Pensei na ideia de também fazer uma sabotagem, algo bem colegial, ensino médio, mas estou correndo do perigo e acabar levando uma flechada no traseiro por alguma travessura não me parece um jeito divertido de terminar a noite." Riu, levando as duas mãos aos bolsos, girando sob os próprios pés em seguida. "Um homem nestas vestes se arriscaria a tanto?" Archie não costumava expor o próprio ego, mas naquelas circunstâncias, aproveitando o momento oportuno, ele tentaria tê-lo amaciado, enquanto fazia o mesmo com a filha de Afrodite. "Já falei o quão linda você está? Afrodite mais uma vez mostrando que sempre terá um forte favoritismo com os próprios filhos. Ana, você não precisa de vitória alguma, sabe que é vencedora apenas por existir." O sorriso assumia um tom malicioso, convencido, típico quando ele queria flertar sem se preocupar com consequências. "Eu adoraria tê-la em minha humilde cozinha. Preparada para ser induzida a amar culinária, principalmente, a confeitaria? Assumo logo de cara que sou perfeccionista e, principalmente da filha da deusa do amor, eu espero nada menos que perfeição em nossas criações." Aproximando-se para oferecer o braço para que ela pegasse, o semideus meneou a cabeça, o mais galante que poderia agir naquele momento. "O chalé quatro está com as portas abertas sempre. Apareça sempre que quiser. Você será a minha nova pupila!"


Tags
1 year ago
"Ah, Sim... O Famoso Questionário. Achei Que Não Teria Que Responder E Que Eu Era Especial." Uma Risada

"Ah, sim... O famoso questionário. Achei que não teria que responder e que eu era especial." Uma risada descontraída escapou de Anastasia. "Bem, adoro realizar esse tipo de coisa, mesmo que, no final, não vai sair com qual semideus colírio eu combinaria. Quando tinha meus treze anos, era obcecada por ler isso em revistas."

Você consegue conferir a TASK 01 aqui.


Tags
1 year ago

Por um momento, teve vontade de rir daquela situação. A própria oferenda estava em mãos quando escutou as palavras alheias, pensando que, mesmo que tivesse sofrendo com as opiniões a respeito dos Filhos da Magia, não ligava nenhum pouco para o sofrimento alheio. "Oh, que coitadinha. Vai chorar?" A voz dela saiu com sarcasmo, revirando-se na órbita. Não sabia exatamente o que era, mas, desde que tinha colocado os olhos em Natalia, tinha a odiado. Havia algo inerte naquela personalidade gentil e, na opinião de Anastasia, burra, que fazia com que trouxesse o pior comportamento possível da filha de Afrodite. Era bem diferente do que trazia para Kitty, que tratava com mais indiferença do que grosseria. Não poupava o sarcasmo em direção a outra, já cansada daquela conversa que sequer tinha começado. "Você acha que sou preconceituosa nesse nível?" Os olhos dela foram como estacas de gelo em direção a ela, repletas de uma frieza destinada apenas aqueles que Anastasia nutria certo desprezo. Sabia que a raiva era injustificada, mas aquele sentimento continuava pungente dentro de si, algo que não conseguia se livrar tão facilmente. Um suspiro escapou dela, conforme analisava a outra dos pés à cabeça lentamente. Sinceramente, sentia até mesmo um pouco de pena da outra achar que realmente se importava com Flynn a ponto de acusá-la de matar alguém. É claro que tinha sido uma grande perda, mas tinha mais o que pensar e achava mais preocupante do que triste a morte do campista. Não ficaria sofrendo por alguém que sequer conhecia tão bem. "Vamos deixar uma coisa bem clara aqui: meu desgosto por você não tem nenhuma relação com qualquer status ou cargo que você carrega aqui." Podia ser várias coisas, mas preconceituosa não estava entre essas características e recusava-se que até mesmo a filha de Hécate tivesse essa impressão dela. "Por que você só não manda essa galera que está te acusando isso se fuder, se está te incomodando tanto?" Era o que faria. Desde que recebeu a cicatriz no rosto, tem recebido olhares curiosos e muitos reprovadores, como se tivesse feito algo errado além de proteger os outros campistas. Para esses, Anastasia retornava com uma expressão de morte, que com certeza era o suficiente para lembrá-los que não se mexia com a filha de Afrodite. Mesmo que tivesse um rosto belo (o que duvidava, naquele momento), era uma pessoa que poderia se tornar perigosa caso pisassem em algum calo dela.

Por Um Momento, Teve Vontade De Rir Daquela Situação. A Própria Oferenda Estava Em Mãos Quando Escutou

"you don't see anything. nothing's happening. just go about your business."

local de oferendas com @ncstya ,

      ໋      "Se veio até aqui para desferir acusações ou teorias, por favor, dê meia volta." O tom de voz calmo e ensaiado, enquanto ela se mantinha rígida, sem se dar ao trabalho de reconhecer quem quer que fosse. Os olhos fixos na fogueira apagada, enquanto em mãos trazia um pequeno buquê de flores que mais cedo havia encontrado em uma clareira bosque adentro. Não era costume realizar oferendas, mas tomada pelo sentimento de insatisfação, Natalia viu necessidade para tal ato. Talvez, a mãe surgisse e explicasse os significados dos pesadelos. Talvez. "Você não me viu aqui, nada está acontecendo. Por favor…" Sem Aidan em seu encalço, ela se tornava um alvo exposto. Era ruim entregar-se à dependência, mas não negava que a presença do amigo lhe evitava estresse — com ele por perto, nenhum semideus ousava chegar perto. "Eu sei o que andam falando por aí, sei que acusam a todos que praticam magia," suspirou, levando a mão livre para o rosto, esfregando a ponta dos dedos contra a testa. "Mas não é sensato também acusar sem prova alguma. Eu estou cansada de ouvir que eu sou suspeita de ter matado um dos meus melhores amigos…" Ao olhar para o lado, Natalia reconheceu o rosto harmonioso da filha de Afrodite, aliviando a própria expressão enfurecida logo depois. "Se quiser ficar aí, que fique. Só… Não faça essas perguntas. Eu não aguento mais…"

"you Don't See Anything. Nothing's Happening. Just Go About Your Business."

Tags
1 year ago
# ʚ♡ɞ  STARTER Para @deathpoiscn Em Pista De Dança .

# ʚ♡ɞ  STARTER para @deathpoiscn em pista de dança .

Estava terminando uma taça de martini assim que percebeu a silhueta do homem passando próximo o suficiente para que segurasse o braço alheio sem nenhuma hesitação. Colocou a taça vazia junto com um dos autômatos que passavam por eles, um sorriso já presente nos lábios de Anastasia. Estava dando um tempo depois de dançar tanto, mas talvez repensasse aquela decisão, principalmente depois de beber mais um pouco. "Achou que conseguiria me evitar por muito mais tempo, Josh Weaving?" Havia uma brincadeira presente no tom de voz dela. Sabia que a maioria dos campistas evitavam estar próximos a ele, principalmente depois do que alegam que aconteceu. Jamais tinha acreditado naquilo, já que tinham se conhecido muito antes daquela bagunça. Mesmo que tivesse feito, a semideusa continuaria defendendo ele, para ser sincera. Costumava ser muito leal, principalmente quando era com aqueles que se aproximava naquele nível. Anastasia largou o braço dele, mesmo que houvesse ainda uma expressão provocativa em seu rosto, tão típico dela. "Você está me devendo um drink e uma dança a partir de agora, porque... Sei lá, eu quero." Deu de ombros, não pensando em nenhuma desculpa plausível para aquilo. Talvez por ter uma personalidade mimada incorrigível, não acreditava que havia um motivo sequer para recusar que passassem apenas alguns minutos juntos. Valorizava muito a presença alheia, principalmente depois do que havia passado tanto tempo atrás.

# ʚ♡ɞ  STARTER Para @deathpoiscn Em Pista De Dança .

Tags
1 year ago
JESSICA ALEXANDER Behind The Scenes For Tiffany & Co.
JESSICA ALEXANDER Behind The Scenes For Tiffany & Co.
JESSICA ALEXANDER Behind The Scenes For Tiffany & Co.
JESSICA ALEXANDER Behind The Scenes For Tiffany & Co.

JESSICA ALEXANDER behind the scenes for Tiffany & Co.


Tags
1 year ago
"Na Verdade, Não. Mentira Não é Um Sentimento Exatamente, Mas Posso Sentir A Pessoa Nervosa. O Coração
"Na Verdade, Não. Mentira Não é Um Sentimento Exatamente, Mas Posso Sentir A Pessoa Nervosa. O Coração

"Na verdade, não. Mentira não é um sentimento exatamente, mas posso sentir a pessoa nervosa. O coração acelerado, as mão suando... Toda essa combinação consigo sentir. Posso supor que seja por conta de uma mentira, mas não consigo afirmar. Pode ser outras coisas, como uma dor de barriga." Deu de ombros, já que não sabia se desejava saber aquilo, de qualquer forma. Era mais fácil viver com as mentiras do que saber quando alguém não estava lhe falando a verdade. Algumas mentiras eram feitas para não serem descobertas, mesmo que pensasse que talvez Kitty estivesse chateada excessivamente com a cena que tinha visto. Desejava questionar a semideusa sobre o que se tratava, se estavam tendo algum envolvimento romântico profundo, mas, ao mesmo tempo, achava que era melhor não saber. Era mais por um anseio de saber uma fofoca do que alguma preocupação real, então manteve os lábios fechados enquanto escutava a outra falar. Não era muito do seu feito, mas talvez o álcool estivesse dando uma percepção maior do que deveria fazer. Estava prestes a respondê-la que não a odiava, apenas não gostava de mistérios. A semideusa, para Anastasia, era um dos maiores mistérios que existiam para ela. Por que aquilo acontecia somente com Kitty e não com outros? O que era aquela camada de poeira e escuridão que protegia ela dos poderes de Anastasia? Havia tanto que não sabia e gostaria de descobrir, então ser desgostosa com a filha de Hades era mais fácil do que confessar que gostaria de conhecê-la mais para que pudesse compreender quem era. Para ser sincera, até mesmo ficava assustada com aquilo. Antes, achava impossível alguém resistir às conexões mentais que realizava, porém, de alguma forma, a mente alheia parecia nutrida das próprias defensas que impedem que isso aconteça.

As palavras morreram antes que pudesse falá-las quando escutou o grito vindo de algum lugar não tão longe. Não demorou muito para que o caos se instaurasse e o coração de Anastasia começasse a bater aceleradamente contra o peito, deixando com que não soubesse exatamente o que deveria fazer. O fogo não demorou para que começasse a tomar conta do pavilhão, assim como os bichinhos de pelúcia que marchavam em direção das duas. A mão de Anastasia foi para a pulseira dourada entalhada com flores, puxando-a para que a espada, Sharp Beauty, se revelasse para que trabalhasse contra aquelas criaturas. Estava enjoada, é verdade, além dos sentidos estarem bagunçados pelo excesso de álcool que estava em seu sangue. Tinha sido tola novamente, acreditando que nada ruim aconteceria. Por algumas horas, enganou-se pensando que, finalmente, teriam um momento de felicidade e leveza, no qual poderia dançar, beber e festejar. A vida de semideuses, no entanto, não era marcada por momentos felizes e aquilo era exposto sem piedade para todos aqueles que, como a filha de Afrodite, foram ingênuos em acreditar. Não poderia permitir que pagassem por pecados que não tinham sido eles que tinham cometido. As pelúcias, que anteriormente eram adoráveis, marchavam perto delas e, tomada por um instinto de proteção, colocou-se entre elas e Kitty. A memória do pai tomou conta de Anastasia, que quase caiu de joelhos, pedindo que arrancassem aquilo dela. Havia mais a ser feito do que sentir pena de si mesma. Ela não permitiria que tirassem a vida de mais alguém, ainda mais quando ansiava conhecer a pessoa. Segurou o rosto dela por um segundo, a mão macia de Anastasia tocando a pele alheia, obrigando que os olhos se encontrassem o suficiente para que a filha de Hades visse a seriedade por trás dos olhos claros. Não saberia se conseguiria, mas daria a vantagem para Kitty. "Preciso que você vá e ajude as outras pessoas, Kitty." Não saberia se aguentaria por muito mais tempo segurar o enjoo que parecia subir em decorrência do coração que queria decolar do peito. Mesmo que não fosse corajosa, faria o suficiente para que os outros conseguissem escapar daquele caos.

Com a arma em mãos, Anastasia encarou as pelúcias, pronta para enfrentá-las.

FINALIZADO.

"Não!" Exclamou, a voz mais aguda e alta do que de costume, sem desejar que Anastasia soubesse que estava mal por causa de um homem. O último homem a partir seu coração tinha sido há praticamente dez anos. E depois havia ficado de coração partido por Stevie, mas sofrer por uma mulher que tinha sido uma amiga se configurava como uma sensação diferente no peito. Novamente sentia o coração apertado e pesado, com algo desconfortável se instalando na garganta. Tentou não focar no que estava acontecendo ali tão próximo, não quando já havia presenciado uma cena semelhante antes. Não havia desculpas. Tinha sido apenas uma tola, por isso queria apenas beber todas e se afogar em álcool. Tentou sorrir com as palavras de Anastasia, uma tentativa mal sucedida e vergonhosa. "Mentiras não valem a pena, por isso os seus poderes são incríveis. É possível saber quando alguém está mentindo? Não sei muito sobre os seus poderes." Apenas de que terminou com meu irmão por causa deles, pensou. Era próxima o bastante de Sasha para saber alguns pequenos detalhes de seus relacionamentos, de maneira que sabia porque o namoro com Anastasia tinha chegado ao fim. Não que Kitty a considerasse companhia perfeita para o irmão, mas tinha arrasado seu coração vê-lo mal. Sentia que deveria nutrir algum desafeto com ela por isso, mas estava ali, terminando seu segundo drink, incapaz de se afastar um centímetro sequer, mesmo que em seu interior houvesse ainda certa vontade de destruir a festa. "Seus poderes são muito interessantes, Anastasia, você é interes... Ah, meu estômago. É verdade!" Kitty deixou seu drink não finalizado de lado e deixou-se ser arrastada para longe dali, para longe o bastante para que não pudesse ver Aidan e Mary tão juntos. Ela sequer conseguia vê-los pela vista de dança. Portanto engoliu em seco e acompanhou Nastya, grata pela loira naquele momento.

"Você está certa, vai ser bom para o meu estômago." Sob as sombras de uma árvore grande, ainda iluminadas pelas luzes do baile, Kitty balançou sua cabeça em negativa. "Estou me sentindo estranha. Está tudo meio esquisito." Sentia como se todos os seu órgãos tivessem decidido protestar ao mesmo tempo. O coração doía, o estômago parecia embolado e os pulmões não davam conta de respirar o suficiente. Ela não sabia se era pela bebida, por Aidan, ou algo mais. Talvez tudo ao mesmo tempo, deixando com a sensação pesada no corpo inteiro, um pouco nervosa. Silenciosamente, agradecia pela mão de Anastasia ainda a sua, que parecia mantê-la presa à realidade e evitar qualquer surto. A mão quente e os dedos finos pareciam o bastante para prender seus pés ao chão, por isso decidiu focar nela e em seus segredos. Uma oportunidade que não iria se repetir, Kitty tinha certeza. Deveria aproveitar a sua chance, deixando de lado todos os nós da cabeça, deixando para depois os problemas com os quais deveria lidar. "Por que nunca gostou de mim?" Indagou, de forma direta, por fim soltando os dedos dela. "Eu sempre senti isso. Desde quando namorava o Sasha, sempre pareceu não gostar muito de mim. Mas está sendo legal agora, então não consigo entender bem." Kitty não tinha certeza se era realmente a verdade, mas era a forma como se sentia, como sempre tinha se sentido com relação a Anastasia. Temorosa por se aproximar, envolta em uma camada estranha de sentimentos poucos amistosos.

"Não!" Exclamou, A Voz Mais Aguda E Alta Do Que De Costume, Sem Desejar Que Anastasia Soubesse Que Estava

Tags
1 year ago
JESSICA ALEXANDER Via Instagram
JESSICA ALEXANDER Via Instagram
JESSICA ALEXANDER Via Instagram
JESSICA ALEXANDER Via Instagram
JESSICA ALEXANDER Via Instagram

JESSICA ALEXANDER via Instagram


Tags
1 year ago
Inclinou O Tronco, Ignorando Por Um Momento A Existência Da Cicatriz No Rosto. Mesmo Que Soubesse Que
Inclinou O Tronco, Ignorando Por Um Momento A Existência Da Cicatriz No Rosto. Mesmo Que Soubesse Que

Inclinou o tronco, ignorando por um momento a existência da cicatriz no rosto. Mesmo que soubesse que permanecesse lá, Anastasia estava fazendo o seu máximo para não pensar a respeito dela. Isso até o olhar do Aidan cair sobre ela, o que fez com que se irritasse ainda mais. Não era uma pessoa desagradável, pelo menos acreditava nisso, mas tinha um temperamento forte, principalmente quando não conseguia o que queria. A garganta fechou por um segundo, pensando que talvez todos pensassem que o rosto dela estava sendo destruído. Assim como o semideus, tinha recebido diversos olhares, mas não atreveu entrar nas mentes para identificar sentimentos. Só as probabilidades já a deixavam enjoada. "Você vai fazer o que eu te pedir, então? Posso ser insistente e me aproveitar disso." Os olhos brilhavam provocativamente, mas Anastasia sabia que não teria coragem de fazer qualquer coisa com alguém que odiasse, como era o caso dele. Depois do baile, quando teve que afastar Kitty para que não visse a ceninha dele, o desgosto tinha apenas aumentado. Não via o apelo em Aidan, sendo apenas mais um homem com small dick energy. "Eu nunca começo pela parte boa, querido." Conectou com a mente dele facilmente, não sentindo nenhuma resistência no laço formado. Através dele, explorou levemente os sentimentos que o atravessavam, por simples curiosidade, mas logo começou a enviar informações. Não sabia exatamente o que ele pensaria, mas pensou nas cores e na sensação de medo, da mais pura forma. Intenso demais, mas não que fizesse com que ele saísse correndo. Era o tipo que te plantava no lugar, sem saber o que fazer ou que não conseguisse pensar muito bem. Observava com atenção as reações alheias.

Todo arrumadinho? Aidan estava destruído. Não dormiu bem nos últimos dias, a barba já estava mais aparente no rosto, não havia sentido fome e tão pouco desejo de fazer seus gracejos por aí. Ainda possuía o aspecto físico que adquiriu no dia do baile, é claro, mas sentia-se um saco de batatas perante o mundo. A voz de Anastacia atraiu sua atenção, um olhar de pesar ao ferimento que se encontrava no rosto da semideusa e que, de forma reduzida, ele também possuía. Soltou um riso, um tanto sem graça, e desviou o olhar. "Gostei da modéstia, cupidinho." Respondeu passando a mão pelo rosto, buscando despertar do sono repentino que o atingia naquele momento. A cicatriz sendo esticada na pele, uma fisgada incômoda. "Todos sabem que eu tenho um probleminha com a sua laia. Não entendo o motivo da sua surpresa." E de fato, a familiaridade de Aidan com os filhos de Afrodite era motivo de piada no chalé cinco, já que era um pedido fluir desyes semideuses que o filho de Ares, mesmo relutante, obedecia como um cão fiel. Características herdadas do pai, talvez, mas que lhe rendeu muitos momentos cômicos pelo acampamento. Consentiu com a cabeça, levantando-se do banco para tornar a se aproximar dela. "Vamos começar pela parte boa ou vamos pela parte péssima de novo?"

Todo Arrumadinho? Aidan Estava Destruído. Não Dormiu Bem Nos últimos Dias, A Barba Já Estava Mais

Tags
1 year ago
# ʚ♡ɞ  STARTER Para @misshcrror Em Mesas Decoradas .

# ʚ♡ɞ  STARTER para @misshcrror em mesas decoradas .

A oportunidade apareceu e Anastasia era muito fofoqueira. Os olhos captaram a figura de Yasemin e, antes que ela decidisse que não queria mais ficar sentada, sentou-se ao lado dela com um pratinho bem servido. Se quisesse beber bastante, teria também que equilibrar com comida e muita água, que colocou ao lado do prato. Um sorriso apareceu nos lábios dela, já que tinha presenciado o selinho que tinha acontecido no palco. Lembrou claramente do momento que estava na conexão com Joseph e sentiu as emoções que estavam percorrendo o homem naquele momento. A filha de Afrodite sempre torceria pelo que o melhor amigo desejava, então era de se esperar que estava prestes a ser filha da sua mãe. "Que gracinha você e o Joseph. Sério, adoráveis mesmo." Os lábios ostentavam um sorriso doce, como quem desejasse saber mais. É óbvio que também conversaria futuramente com o semideus sobre aquele assunto, ele só tinha sorte de Anastasia ter encontrado a ruiva primeiro. Pegou uma batata com um garfo, mastigando lentamente e engolindo. "Quando vão começar a namorar?" Não ligava de ser intrometida, mas realmente estava curiosa para saber como Yasemin sentia-se a respeito dele nos dias atuais. Sabia que havia algumas complicações envolvidas, principalmente pelo passado que compartilhavam (não sabia se já haviam conversado a respeito daquilo), mas desejava a felicidade para ambos.

# ʚ♡ɞ  STARTER Para @misshcrror Em Mesas Decoradas .

Tags
11 months ago
O Cenho Franziu-se Quase Automaticamente Assim Que Ele Levantou. A Preocupação Em Relação Ao Outro

O cenho franziu-se quase automaticamente assim que ele levantou. A preocupação em relação ao outro foi a primeira coisa que veio em sua mente. Por força do hábito, permitiu que as garras se movessem em direção à mente alheia, tentando estabelecer a conexão a que já estava acostumada. Diferente de anteriormente, fazia intencionalmente, buscando procurar resposta para as perguntas que começavam a aparecer estampadas na sua expressão. Por mais que tentasse focar, no entanto, sentia-se caindo em um limbo sem ter algo para se segurar. Era como se a cabeça alheia não fosse nada além de uma imensidão vazia. Os sentimentos que flutuavam para Anastasia combinavam-se com a mais pura confusão, uma vez que não entendia o que estava acontecendo e as tentativas de buscar mais sobre estavam sendo frustradas. Pensou em ir atrás do amigo para verificar se estava bem, mas alguma coisa a manteve no lugar. Talvez ele estivesse procurando distância de Anastasia, mas por que ele faria isso? A probabilidade fez com que ficasse enjoada por um segundo. Tinha ido longe demais? Os planos que estavam fazendo, as ideias que tiveram juntos... Para Santiago, podiam não ter algum significado relevante e, por isso, tinha levantado sem nenhuma hesitação. Era difícil para Anastasia, no entanto, aceitar aquilo. Mesmo que acreditasse que o amor que sentia fosse platônico e agarrava-se naquilo para que não permitisse que se tornasse algo que pudesse perder, não deixou de olhar para a água quente sem ter certeza do que fazer.

Abriu os lábios, pensando em se desculpar, já que tinha sido uma ideia tola sequer perguntar sobre aquilo. Sentia-se pequena, de alguma forma, então apenas assentiu quando falou a respeito de tirar a máscara. Sabia que tinha mais que Santiago não contava, mas não ousou desviar o olhar enquanto movimentava a água com os dedos, fingindo brincar com ela como se não se importasse. Para Anastasia, era difícil se não importar, movida constantemente pelas suas emoções. Havia uma parte dela relacionada com a mágoa, mesmo que não ousasse falar aquilo. Seria injusto com o amigo sequer manter aquele sentimento negativo, já que não era culpa dele. Nem sabia o porquê ao certo estava chateada. Não é como se ele tivesse feito algo errado. "Certo." Limitou-se em uma simples palavra, esperando que Santiago não notasse a própria mudança de comportamento. Droga, sentia-se ridícula com aquela situação, uma adolescente emburrava que não estava entendendo o que estava acontecendo consigo mesma. Fazia tempo que não conseguia ler um ambiente. Afundou-se um pouco mais na água, evitando o contato visual.

A retomada de assunto fez com que a mente precisasse diminuir a velocidade com que trabalhava naquele momento. "Sim, acho que talvez acabe morando por lá se não acabar surtando de paranoia." Uma risada saiu dela, mesmo que não estivesse sendo preenchida pelo humor que normalmente tinha. Mesmo que estivesse tentando fingir que tudo estava normal, não se sentia daquela maneira. Parecia que uma parte de si estava pressionando o peito e tornava incapaz sequer de respirar corretamente. A mágoa talvez tivesse tomando, aos poucos, o lugar do que era aquela leveza que estava sentindo anteriormente. Se um dia morasse em Paris, Anastasia gostaria de seguir o sonho que tinha abandonado por medo. Estava cansada de temer o amanhã ou o dia depois. Hecate, mesmo que de forma involuntária e cruel, tinha mostrado para a semideusa um lado que tinha prontamente evitado. Não queria recuar mais e fingir que estava completamente feliz. Amava o Acampamento, mas fazia tempo que queria mais do que simplesmente lutar para sobreviver. A vida inteira foi assim. Queria poesia e músicas de romance e dançar embaixo da chuva e rir até que a barriga doesse e tudo mais que fizesse com que se sentisse viva. Quando estava encostada no amigo, comentando sobre um futuro que poderia existir dentre uma das outras milhões de possibilidades, os anseios se tornaram mais palpáveis por um momento do que apenas ilusões que a mente produzia. Ao escutar o outro comentar sobre não ser capaz de deixar o lugar, os olhos finalmente levantaram-se para o semideus. "Você também, sabe? Talvez você não se imagine em outro lugar, porque, no final, não tinha para o que voltar." A sugestão saiu dos lábios antes que pudesse falar e arrependeu-se imediatamente assim que as palavras escaparam.

O Cenho Franziu-se Quase Automaticamente Assim Que Ele Levantou. A Preocupação Em Relação Ao Outro
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

De súbito sentiu que precisava de espaço, de distância, de ar. A proximidade entre os dois pareceu sufocá-lo, como se o pesar de seu coração tornasse difícil de respirar. Lá estava, o lembrete do qual tanto fugia, e que seu melhor fazia para ignorar sempre que vinha à superfície. Talvez fosse a maneira como Anastasia o olhava, talvez fosse a conversa sobre um futuro que ao mesmo tempo o incluía – não sabia o que o havia causado, só o que sabia era que precisava o fazer parar. Afastou-se sem maiores avisos, saltando para fora do ofurô que dividiam como se a água estivesse fervendo, tateando em busca do roupão e o cruzando diante do peito. Ali manteve sua mão na esperança de se controlar. Não era real, lembrou a si mesmo pelo que devia ser a milionésima vez, e ainda assim era como se pudesse sentir a rocha a se espalhar. Chegara demasiado perto de outra maneira que não a literal, e a maldição de Afrodite o veio cobrar.

ʿ Vou lavar a máscara. ʾ Foi a explicação meia-boca que a ofereceu, dando-lhe as costas em direção a pia para que ela não o pudesse encarar. Cada palavra não dita estampava seu rosto, como se em um idioma que só ele entendia ao olhar no espelho. Há muito deixara de esperar que alguém o fosse capaz de decifrar. Deixou que a água gelada acalmasse seus ânimos em contraste mas, onde segundos antes suas peles se haviam tocado, jurava ainda sentir o calor a se alastrar.

Não sabia como preencher o silêncio quando havia tanto que queria e não podia falar. Quando por fim voltou-se para ela, o fez pelas beiradas, sentando-se na cadeira porque manter-se longe era a melhor resposta que tinha a dar. Talvez tornasse seus planos mais fáceis, afinal: menos uma pessoa a deixar para trás quando o Acampamento fosse só uma lembrança. Sabia, de maneira irrevogável, que ela havia nascido para coisa melhor que aquele lugar. ʿ Um romance escrito Paris seria uma história e tanto. ʾ Comentou em reverência, o coração empedrado por não o poder protagonizar. ʿ Não é bobeira. ʾ A assegurou, e foi preciso fazer um esforço consciente para não estender a mão e a tocar. Não sabia a consolar de outra maneira, e as palavras pareciam quase vazias em comparação. ʿ Você merece mais do que isso. ʾ A assegurou, gesticulando de maneira ampla a indicar tudo o que os cercava, incluindo no placar não só os joguinhos divinos que os haviam trazido até ali, mas a si mesmo. ʿ Já eu não consigo me ver em outro lugar. ʾ Confessou, e havia certa vergonha na fala: já o havia tentado antes, e não fora capaz de sustentar. Saíra em suas andanças, era verdade, mas sempre havia encontrado conforto em ter um lugar para o qual voltar. De maneira trágica, o Acampamento era o mais próximo que alguma vez tivera de um lar. Talvez fosse aquele o pior de seus impasses: nada mais queria do que ganhar o mundo, mas duvidava da própria capacidade de o encarar.

Ainda não precisavam confrontar aquela e outras verdades. Por ora, caminhavam ombro a ombro rumo à encruzilhada da vida, de onde diferentes estradas os iriam levar.


Tags
Loading...
End of content
No more pages to load
  • ncstya
    ncstya reblogged this · 11 months ago
  • zeusraynar
    zeusraynar reblogged this · 1 year ago
  • ncstya
    ncstya reblogged this · 1 year ago
  • zeusraynar
    zeusraynar reblogged this · 1 year ago
  • ncstya
    ncstya reblogged this · 1 year ago
  • zeusraynar
    zeusraynar reblogged this · 1 year ago
  • ncstya
    ncstya reblogged this · 1 year ago
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .
♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

don't wanna hide it ...the 𝘮𝘢𝘨𝘯𝘦𝘵 in my heart !

188 posts

Explore Tumblr Blog
Search Through Tumblr Tags