"Ah, sim... O famoso questionário. Achei que não teria que responder e que eu era especial." Uma risada descontraída escapou de Anastasia. "Bem, adoro realizar esse tipo de coisa, mesmo que, no final, não vai sair com qual semideus colírio eu combinaria. Quando tinha meus treze anos, era obcecada por ler isso em revistas."
Você consegue conferir a TASK 01 aqui.
Ouviu as palavras de Kitty com um misto de gratidão e desconforto. Os ferimentos, espalhados em seu corpo, eram uma consequência da coragem que tivera, impulsionada pela bebida. Estava levemente sonolenta em decorrência da quantidade de poção, o que fazia com que as sombras, mesmo presentes, não incomodassem ela como costumavam fazer. Quase apreciava a presença da outra, independente dos sentimentos conflitantes a respeito dela. Poderia culpá-la quanto quisesse, mas sabia que tinha sido sua escolha entrar na frente dela. Olhou para Kitty com uma expressão cansada, os olhos refletindo uma tristeza que não era apenas física. O corpo parecia cada vez mais pesado, mas um suspiro escapou dela. Talvez precisasse descansar ainda mais em breve. "Eu imagino. Não são todos os dias que somos atingidos por estrelas. Para ser sincera, sequer lembro quando isso aconteceu." A memória andava confusa, o que fazia também com que os filhos de Apolo ficassem ainda mais preocupados com o estado de Anastasia. O corpo permanecia cheio de bandagens, que a faziam ficar parada, algo que odiava. Queria sentir novamente o peso da espada e ensinar os campistas mais novos a empunhá-la mais facilmente. "Por que você se importaria?" Rebateu quase automaticamente, mas permaneceu em silêncio conforme escutava ela falar. Sabia que não era a melhor das pessoas com a outra, permanecendo constantemente em um estado de defensiva perto da semideusa. Talvez fosse aquele o momento de mudar aquilo e tentar entendê-la como não tinha feito anteriormente. E, mesmo que não fosse confessar em voz alta, até mesmo ansiava saber aquilo. Queria saber o porquê aquela mente era encoberta de poeira e sombras, o que tornava ela tão especial que não conseguisse adentrar ainda mais. "Eu... Entendo. De nada." As palavras soaram hesitantes, quase estranhas nos lábios, de uma forma até mesmo nervosa. Não costumava ficar daquele jeito durante conversas, sendo a que causava aquele efeito, mas culpava mais os ferimentos daquela reação, mesmo que soubesse que não era verdade. "Então, do que estávamos falando do baile mesmo antes de todo o caos mesmo?" Tentou puxar nas lembranças, porém eram mais um borrão que formas definidas. A destra, já curada, foi até a testa, coçando suavemente. Lembrava-se que desejava respondê-la do questionamento que tinha feito.
"É difícil." Respondeu, breve e seca, suspirando para tentar conter um soluço que ameaçava irromper pela garganta. Já tinha chorado demais por Flynn e tinha decidido a não derramar mais tantas lágrimas; não durante o dia, pelo menos, enquanto tentava ser uma pessoa funcional. Era conselheira de chalé. Tinha seus treinos para fazer e poções para tomar também, além de cuidar dos irmãos e verificar os amigos. "Doeu. Também foi esquisito. Nunca pensei em ser atingida por uma estrela. Mesmo para os padrões dos semideuses, parece algo estranho." Comentou, pensando que jamais olharia as estrelas de outra forma. Sempre olharia para o céu, temendo que uma estrela caísse em sua cabeça de novo. No entanto, naquele momento estava de dia e Kitty estava na enfermaria, meio sem graça ao lado de Anastasia, sem saber exatamente o que fazer ou como agradecer. "Por que você acha que não me importaria?" Indagou, virando-se para ela, um tanto na defensiva. A visão dos curativos, no entanto, rompia os muros erguidos e a levava novamente ao estágio de vulnerabilidade. "Você foi muito legal comigo. Além disso, me salvou. Você me mandou correr e por causa disso eu pude sair e ajudar outras pessoas. É muito valente. Por isso me importo com você também." Decidiu falar, honesta em suas palavras, sem conseguir olhar diretamente para Anastasia. Por muito tempo tinha apenas repelido a filha de Afrodite, replicando o comportamento que a própria parecia ter. Sempre houve algo estranho no ar, mas até aquele momento, Kitty nunca quis investigar de maneira mais profunda. "Obrigada, Anastasia."
ʚ com @aguillar .
ʚ em ofurô (spa) .
Uma risada escapou dela naquela situação, mas logo ficou séria novamente. Estava acostumada com a proximidade com o semideus, então estar tão próxima enquanto permanecia concentrada enquanto passava a máscara que havia achado ali no SPA não causava nenhum estranhamento na filha de Afrodite. Talvez por terem passado tanto tempo juntos, a interação parecia completamente natural. "Fique quieto, estou terminando." A mão dela trabalhava sobre a superfície da pele, enquanto ambos estavam envolvidos pela água quente. Estava precisa daquilo, relaxando enquanto sentia as bolhas estourarem em contato com a sua pele. Só de estar na ilha parecia que o humor já tinha melhorado, uma vez que, desde os últimos acontecimentos, parecia que a cabeça parecia constantemente envolvida nos piores pensamentos possíveis. Massageava levemente o rosto do semideus, tomando cuidado com cada um dos lugares. Os lábios estavam curvados naturalmente para cima, demonstrando a leveza que o corpo dela estava experimentando. "Você não está se sentindo melhor aqui?" Uma risada escapou de Anastasia, tomada por aquele momento. Ignorava qualquer resquício do sofrimento que tinha, pensando que era um assunto para a mulher durante a noite, quando estivesse tomada pelos pesadelos. Precisava aproveitar aquele momento, porque parecia tão raro estar sentindo-se como Anastasia novamente.
# ʚ♡ɞ STARTER para @mcronnie em chalé de hera .
O chalé de Hera costumava ser vazio, principalmente porque as devotas não eram numerosas. Tinha buscado por Ronnie pelo acampamento inteiro, sabendo que provavelmente não estava em seu melhor estado. Sabia que tinha que dar algum espaço para a semideusa processar o que tinha acontecido, ainda mais a genitora alheia sendo a fonte de todo o caos que acontecia da porta para fora, mas ansiava saber o que se passava na cabeça alheia e se precisava de qualquer coisa. Assim que passou pelas portas, tentou controlar as batidas do coração aceleradas contra o peito, mas parecia que não era algo que era capaz. Os fios loiros não foram difíceis de achar, tão disruptivos dos demais. "Ei, eu estava te procurando, mas parecia que estava fugindo de mim." A brincadeira saiu de forma natural dos lábios dela, mesmo que houvesse preocupação no olhar. Sabia que a situação piorara bastante para os filhos de Hécate e, mesmo que fosse uma devota, Veronica não poderia negar as origens. Os olhos claros de Anastasia procuraram pelos de Ronnie, desejando saber um pouco mais do que não foi dito ainda. Por um momento, pensou em usar o poder, apenas para aliviar qualquer sofrimento que pudesse estar sentindo. "Fiz alguns muffins para você." Levantou a cesta, que continha alguns bolinhos de morango que tinha preparado. Obviamente não estavam perfeitos, principalmente pela falta de habilidade na cozinha, mas sabia que pelo menos um ou outro não tinha o fundo queimado, o que já era uma grande vitória para a filha de Afrodite.
Mesmo que culpasse Hécate pelo que tinha acontecido, não desejava culpar nenhum filho dela, independente de como sentia-se a respeito deles. Sabia que ninguém tinha culpa pelas ações dos pais, mas sabia que vários campistas nutriam opiniões controversas quanto aquilo. "Você deveria comer um. Estão quase bons." Ainda sim, a fala dela foi carregada de gentileza e carinho. Anastasia não sabia expressar os sentimentos muito bem, o que era irônico para uma filha de Afrodite. Sempre se questionava se era por isso que Veronica, mesmo que respondesse aos flertes e investidas de Anastasia, não parecia interessada ao mesmo tempo. "Estava trazendo algumas rosas do nosso chalé para te alegrar também, mas aí lembrei que prefere cravos. Infelizmente, não consegui achá-los por aqui." Com os ânimos tão aflorados, muito menos ansiava em roubá-los do chalé de Perséfone, acreditando que poderia ser visto como desrespeitoso de alguma forma. Colocou a cesta sobre uma pequena mesa ali no cômodo, pegando a mão dela. "Como você está depois do que aconteceu?"
@silencehq
ʚ com @kittybt .
ʚ em terraços .
"Kitty Cat." A voz saiu cantarolada, já afetada pelas inúmeras margaritas que tinha tomado a luz das estrelas (ou o que eram para ser as estrelas). Fazia tempo que não via a filha de Hades, mais precisamente quando estava internada com os ferimentos terríveis no corpo após tentar protegê-la durante o ataque das furiosas pelúcias. Quando levantou, percebeu que talvez tivesse tomado até demais, mas não importava-se com aquilo: precisa de algo que lhe fizesse aproveitar o que tinha acontecido sem nenhuma preocupação. "Deveríamos fazer algo juntas enquanto estamos aqui. Aqui no resort, digo." Um sorriso alcoolizado, mas devidadamente alegre, apareceu nos lábios dela. Sentia-se energizada.
“Só mais alguns minutos, reclamão.” A provocação saiu levemente dos lábios, deixando o lado cômico tomar conta por alguns segundos. Quando sentiu os dedos nele, no entanto, ficou em silêncio, paralisada pelo movimento. A respiração, agindo com a surpresa que parecia envolvê-la naquele momento. Não que já não tivesse recebido qualquer carinho de Santiago, mas parecia algo novo acontecer quando não estavam enrolados um no outro, tentando não ser invadidos pelos mesmos pesadelos. As palavras que estava prestes a dizer, mais uma brincadeira, ficaram presas dentro de si, perdidas em um limbo de dúvidas e inseguranças. Enquanto estava imóvel, sentia o calor a invadindo de uma forma diferente do que estava acostumada, irradiando dele em uma forma que poderia definir quase como dourada. Ao perceber aquilo, no entanto, percebeu que a mente estava engatinhando aos poucos até o dele, estabelecendo a conexão que tanto conhecia e que já havia feito tantas vezes. Geralmente, utilizava para verificar se aqueles que se importava estavam bem e o que poderia fazer para confortá-los em algum momento desagradável. Encostada em Santiago, parecia que o calor incitava a mente ir em busca de compreensão através do outro, o que não apreciava. A ponte foi fechada antes mesmo de ser concluída, ficando levemente aborrecida consigo mesma. O que pensava que estava fazendo? Ainda mais com Santiago. Quanto mais pensava em uma probabilidade absurda, mais chances poderia de machucá-lo de forma consciente. O que poderia fazer de melhor era acreditar que o que tinham era o suficiente para ela. “Ártico?” A voz saiu surpresa e levemente ofegante. O coração também parecia estar um pouco mais acelerado e, mesmo que mentisse para si mesma que não sabia da origem, conhecia o que lhe causava aquilo. Permanecia assustada demais para sequer pensar sobre aquilo, no entanto, então permanecia resguardando dentro de uma parte afastada da mente para que não a assombrasse com possibilidades. “Parece uma ótima ideia, Santi. Adoraria ver isso.” Jamais tinha visto sequer algo parecido com a aurora boreal. Mesmo que não tivesse mais certeza se um dia aquele terror acabaria, era bom pensar em um futuro em que poderiam viver experiências juntos. Os olhos fecharam-se novamente, tentando pensar em qual lugar agradava mais. Havia tanto sonhos interrompidos, tantas perguntas que procurava respostas... O primeiro lugar que ansiava ir era para Los Angeles novamente. Talvez tomar um sorvete onde costumava ir com o pai, sentir o sol queimar na pele e, talvez, atribuir novas memórias à cidade. Los Angeles, no entanto, era o palco dos pesadelos, então não sabia se sequer seria capaz de voltar lá novamente. “Depois de irmos para o Ártico...” Começou, um sorriso aparecendo nos lábios de Anastasia, pensando já em um itinerário para ser realizado. “França, mais especificamente Paris." A resposta saiu hesitante, não querendo assustá-lo de alguma forma. Talvez fosse uma resposta estúpida, de qualquer forma. “Eu estava pensando em ir embora, enfrentar a vida novamente. Estive pensando em começar a vender meus romances.” A cabeça levantou-se do ombro alheio de forma hesitante enquanto encarava os olhos claros do semideus, que quase fez com que soltasse uma risada por conta da máscara que secava na pele alheia. "Eu sei que parece bobeira, mas... Não sei, ando pensando que não quero ser somente uma semideusa. Talvez eu anseie por algo a mais."
Cada elogio de Anastasia era como uma agulha rompendo-lhe a pele: não eram suficientes para realmente o fazer sangrar e, por muito que doessem um pouquinho, Santiago tinha esperanças de que o ajudassem a desenvolver uma casca mais grossa. Seu rostinho bonito se manteve neutro, cuidadoso o suficiente para não revelar as emoções que mantinha sob a superfície quando o assunto era ela. Tinha uma política própria para lidar com situações como aquela: se não endereçasse as pequenas migalhas, não seria pego desejando por mais. ʿ Me avise quando eu puder tirar esse treco, eu tô me sentindo o Clayface. ʾ Foi só o que pediu, deixando que todo o restante passasse nas entrelinhas. O apoiar do rosto delicado em seu ombro o fez fechar os olhos por um par de segundos, toda a sua concentração dedicada a manter a respiração regular. Era tão pequeno, tão pouco, e ainda assim era suficiente para o fazer esquecer que lá fora no mundo havia medo, havia incerteza, havia pesar. Se permitiu entrelaçar os dedos em seus cabelos, uma carícia gentil na base da nuca, como se na intenção de dissolver cada nó de tensão. Mesmo quando Nastya voltou a falar, manteve as pálpebras cerradas, com medo de que seus olhos revelassem demais. Ainda tinha muito que ver no mundo mas, diferente da filha de Afrodite, aos poucos já o havia começado a explorar. Tinha tanto do que já havia visto que a queria mostrar, e tantas experiências novas que com ela queria dividir. ʿ Vamos para o Ártico. ʾ Foi a resposta que lhe veio à ponta da língua, a dando como fato. ʿ Meu pai tem um puta fenômeno nomeado em sua homenagem. Quero ver qual é. ʾ Acrescentou em vias de explicação, imaginando a silhueta feminina ao seu lado recortada contra as luzes da aurora. Stas sabia do gelo e do vento que corriam em suas veias, da boa relação que tinha com Bóreas, e entenderia como poucas pessoas a importância que dava ao lugar. ʿ E você, para onde quer ir quando tudo isso acabar ? ʾ Foi sua vez de questionar, com cautela para não se incluir nos planos – talvez ela encontrasse alguém melhor com quem dividi-los até lá.
Eram amigos, e estavam tão próximos que ela poderia sentir o bater de seu coração. Eram amigos, e estavam sonhando com um futuro que só fazia sentido se tivessem um ao outro. Eram amigos, e aquilo lhe bastava. Tinha que bastar.
Os dedos tamborilaram a lateral da taça que ostentava na destra, as unhas promovendo um som fino. Ficou pensativa por um segundo, mas sabia que as ofensas ao Sr. D. poderiam ser levadas ao extremo. "Exatamente, eu não consigo saber sobre a sua mente. Mesmo que você seja transparente, de acordo com você, eu não tenho como ter certeza. Não acha isso torturante?" Era isso que constantemente parecia perseguir a filha de Afrodite, a ideia de que não conseguia ler alguém. É claro que sentia-se excessivamente em Crepúsculo, maltratando a pobre da garota porque não conseguia ler sua mente (ou seus sentimentos, nesse caso, mas tinha bastante similaridade), mas continuava incomodando-se com aquilo. Bem, pelo menos não tratava ela como se estivesse fedendo. Se fosse confessar, a outra sempre tinha um aroma envolvendo dela que era único e bom, mas seria estranho comentar aquilo, mesmo que o álcool começasse a fazer efeito. "Beba. Em algum momento, vai parar de sentir que é forte e vai começar a achar gostoso." Piscou para a mulher, uma vez que já estava acostumada com o gosto de álcool. Era o tipo de pessoa que, todas as sextas-feiras, delicia-se com um vinho no final da tarde para comemorar a finalização de uma semana. Ultimamente, a rotina andava um pouco bagunçada com os últimos acontecimentos, mas definitivamente ainda apreciava esses momentos sozinha. "Esse é um mojito. Rum, suco de limão, água com gás, gelo, açúcar e folhas de hortelã. Achei que gostaria de algo diferente." A sobrancelha arqueou-se suavemente, como se insinuasse que, no fundo, a escolha tinha sido de Kitty. Aproximou-se da outra o suficiente para que pudesse estender a mão e bater as taças. "Cheers, minha querida Kitty Cat." O canto dos lábios se curvou para cima em um sorriso.
"Não entendo nada sobre vinhos. Seria vergonhoso ganhar um castigo ou maldição por conta disso." Ainda que não achasse justo. Como iria saber sobre vinhos suaves e secos? Parecia um tipo de conhecimento muito específico. E os conhecimentos específicos de Kitty se resumiam a assuntos que não eram agradáveis para a maioria, considerados mórbidos demais. De qualquer maneira, decidiu que não queria o vinho suave mais. Talvez o provasse em outra oportunidade. O comentário de Anastasia tirou a atenção de Kitty sobre vinhos, que balançou a cabeça de leve. "Você não tem como saber sobre a minha mente, mas acho que não é tão difícil de adivinhar." As pessoas sempre falavam sobre como a filha de Hades era fácil de ler, com os sentimentos sempre claros em suas expressões e na forma de agir. Não conseguia não ser autêntica e honesta em suas maneiras, portanto era fácil que todos ao redor soubessem como estava se sentindo. Kitty olhou com atenção quando ela pediu mojito, com mais atenção ainda quando fora colocado a sua frente. Verde, quase reluzente, parecendo delicioso. Kitty pegou o copo com certa desconfiança, imediatamente sentindo o cheiro de álcool na bebida. A filha de Hades deu um gole mínimo, o gosto forte de rum e limão explodindo em sua boca e queimando a garganta, deixando um rastro de fogo por onde descia. Kitty deixou o copo de lado e torceu o nariz, fechando os olhos enquanto as sobrancelhas escuras se uniam. "Pelos deuses, Anastasia, isso é bem... forte." Um eufemismo, porque ainda sentia os lábios arderem. "Qual o nome? Acho que nunca experimentei desse. Caipirinha?" Era a sua sugestão, visto o limão. Caipirinha era uma das poucas que conhecia pelo nome, visto um amigo brasileiro que tinha no acampamento.
A voz de Anastasia Lee se manteve suave e amável, um reflexo da sua personalidade gentil e sensível. Ela observava Veronica com um misto de curiosidade e satisfação, o calor do sol e a proximidade dela tornando o momento ainda mais especial. "Sabe, Ronnie, eu realmente aprecio esses pequenos momentos de normalidade no meio de toda a confusão." Deixou que um sorriso leve se formasse em seus lábios, mas, por dentro, ainda era invadida pelos recentes acontecimentos. Havia tanto que ainda desejava apagar da memória, mas sabia que era algo impossível de pedir. Se fechasse os olhos por tempo demais, a dor dos ataques voltavam a assombrá-la como se jamais fosse capaz de superar novamente. Talvez fosse incapaz de seguir a vida como fazia antigamente. Aquilo a assustava mais do que qualquer coisa. A filha de Afrodite observou a forma como Veronica manuseava o protetor solar com uma graça descontraída e não pôde deixar de admirar a semideusa por um momento. Mesmo que jamais tivessem algo e o relacionamento fosse baseado em provocações, Anastasia reconhecia a beleza alheia até mesmo nas pequenas ações. "E sobre a marquinha…" Continuou, com um toque de malícia na voz. "Bem, não posso negar que você tem um talento especial para tornar esses momentos ainda mais interessantes." Anastasia ajustou a posição para se acomodar mais confortavelmente enquanto Veronica aplicava o protetor solar. O gesto foi mais do que um simples favor; era um símbolo de um desejo mais profundo de manter a conexão e a leveza, mesmo quando as coisas pareciam estar um pouco fora de controle. Ela balançou a cabeça, distraída, ao ouvir a sugestão de que poderia retribuir mais tarde. "Pode contar com isso e, quem sabe, eu não encontre uma maneira ainda mais divertida de retribuir." Um sorriso provocativo decorava os lábios rosados. O calor envolvia ela como uma manta confortável, proporcionando um breve escape da agitação e das preocupações que normalmente cercavam seus dias no acampamento.
Veronica era uma mulher da Califórnia, isso significava que o verão, calor, sol e praia eram, de todas as melhores formas, parte de si. O acampamento não estava nem de longe oferecendo aquele tipo de praia, aquele verão delicioso que viviam antigamente; animado, divertido, pacífico... Então, quando a oportunidade de apenas se deliciar no sol, com boa companhia, apareceu, recusar parecia um crime. Notou o olhar de @Nastya sobre si e a olhou de volta, um sorriso aberto e uma piscadela enquanto abaixava o celular de sua mão e espera a pelo que fosse que ela precisasse, de si. O pedido a fez rir divertida, antes de mudar sua expressão para uma mistura de malícia e divertimento. ❛ claro que posso. ❜ Concordou com uma voz mais macia que cetim, e moveu se para mais perto da outra, o olhar percorrendo o rosto dela a medida que um sorriso se canto se formava. ❛ adoro ajudar a deixar marquinhas. ❜ brincou com a dualidade do significado de marquinha, deixando no ar se dizia ou não apenas do bronzeado. Ronnie pegou o tubo de protetor e se levantou para se sentar atrás dela, riu rouco com o pedido de que fizesse lentamente e concordou. ❛ Do jeitinho que você quiser, pretty. ❜ Afastou os fios macios do cabelo alheio para frente dos ombros dela, para evitar sujar enquanto começava a tarefa. ❛ depois você pode me retribuir, não? ❜ Não teve pressa para o fazer, aproveitou para transformar o carinho em uma massagem, e o fazer da maneira mais satisfatória para a outra, que pudesse. Em parte, pelo prazer da provocação, da tensão entre elas, em outra, uma tentativa de ajudá-la a relaxar. As mudanças dos últimos dias tornaram a vida dos filhos de Afrodite, em uma grande bagunça. Quando pedia o fim da perseguição aos filhos de Hécate, não era isso que queria dizer.
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Fixou o olhar na figura conhecida que, sim, poderia estar um pouco mais embaçada que o normal devido à quantidade de álcool que tinha ingerido naquelas horas, mas ainda era distinta aquelas que conhecia, parecendo se destacar dentre a multidão. Aproximou-se sem nenhuma hesitação, sabendo que não teria problema com a aparição repentina de Anastasia. A batida que tocava era animada o suficiente para que os campistas ao seu redor estivessem se movimentando o suficiente para que fosse um trabalho mais árduo caminhar entre eles, tentando afastá-los o máximo que conseguia. Assim que se aproximou o suficiente, um sorriso fácil apareceu nos lábios dela, impulsionado pelas bebidas que tinha tomado anteriormente. Quem diria que drinks rosas e doces como bala poderiam fazê-la esquecer rapidamente o efeito que poderiam ter sobre ela? Presunçosamente, jogou os braços ao redor do homem, agradecida pelos pensamentos que normalmente teria estarem fora de sua cabeça. Precisava esquecer as preocupações um pouco. "Foi uma batalha chegar até você. Quase derrubaram um drink verde horroroso no meu vestido. Tenho certeza que Afrodite arrancaria a mão de quem fizesse isso." Os olhos azuis fitaram o rosto alheio, pensando se havia bastante tempo que encontrara ele pela última vez. Sabia que não fazia, mas parecia, o que era o suficiente. "Agora você vai dançar comigo e não tem opção."