Sou trinta passos para trás e duas curvas antes da próxima queda. Vezenquando a vida dói sem ponto final. Vezenquando essa dor vem num rompante entre desatinos da rotina e conclusões precipitadas. Deixo o sentir entrar como se não soubesse as consequências. Eu viro as costas para o vazio mesmo sabendo que é tudo o que vai restar. Pediria perdão se a voz não soasse melancólica. Pediria alento se parecesse correto. Lembro aquela da Elis dizendo sobre ser só, mas já sou. Sou só quando as luzes se apagam. Sou só quando penso em rascunhos às duas e meia da manhã. Um tanto de palavras me soam bonitas. os dedos desenham histórias, então eu mergulho, creio, até sorrio vez ou outra porque sentir tem desses momentos em que você se encontra ciente e amena. Gosto quando as palavras se encaixam entre meus anseios, ainda que haja peso. É bem verdade que em algum momento o mundo irromperá no meu peito, então eu viro pó. Existem horas que o ar falta nos pulmões sem motivo aparente, momentos inoportunos. Apenas direi que lateja como se não houvesse para onde ir. Vezenquando penso que fui feita para doer, mas aceitar seria demasiadamente triste. Eu sou a dor que ecoa nos espaços da costela enquanto lá fora faz nove graus. Sou erro que desce dos cílios e se perde na ponta dos dedos.
G.
“Uma vez me perguntaram o porquê de eu gostar tanto de escrever. De primeira não soube o que responder, não era algo em que eu já havia parado para pensar. Mas, se alguém me perguntasse nesse momento, não precisaria pensar duas vezes para responder. Eu escrevo porque me sinto leve, posso expor meus sentimentos, os que me atormentam e os que me deixam feliz. Escrevo porque eu posso ser quem eu realmente sou, sem me preocupar com nada. Escrevo porque tenho sentimentos tão intensos dentro de mim, que não sei direito onde colocá-los. É um turbilhão de sentimentos que me consomem e que eu, por muitas vezes, não consigo lidar. Escrevo porque é nas palavras que me encontro. Escrevo porque dessa forma, posso deixar um pedacinho de mim no mundo e encontrar alguém que se identifique com ele.”
— Refletizadora.
“ Covardia é quem chega de mansinho, vai logo ocupando um espaço no nosso coração, doma os nossos medos e, todas às vezes em que pensamos em dar um passo para trás, esse alguém segura nossa mão e nos faz darmos um passo á frente. Então, esse alguém vai embora, sem ao menos dizer adeus, sem ao menos dizer o porquê do sumiço. ”
Fonte: livro: para a vida e para o amor, uma boa conversa por favor.
“Sempre gostei mais do silêncio do que do barulho. Sempre gostei de estar só com pessoas queridas do que no meio da multidão. Sempre gostei mais do amor do que da paixão. Sempre gostei de fazer aquilo que quero e não o que querem que eu faça. Sempre gostei de ser eu, sem me preocupar com o pensamento dos outros. Quem gosta se aproxima, quem não gosta critica.”
— Caio Augusto Leite.
#meupoema minha vida, minha essência esse sou eu. https://www.instagram.com/p/B2WthDUAWHKj_F_Npzc5lsNzkovv3s8U3letsA0/?igshid=1qkyeeyo6khkx
Uma supernova em ação. Maravilhas que me maravilham.
“Quando você ler essas palavras talvez eu não esteja mais aqui. Talvez você ouça a minha voz, embargada, em silêncio. Sim, a memória preserva um som que só as lembranças mais bonitas conseguem ecoar. Eu vou estar em algum lugar entre aqui e Paris. Provavelmente em Paris. Lá é mais fácil sofrer– tomando um chá de camomille às dez da manhã, entre um bonjour e um je t´aime – sem soar estranho, sem parecer arrogante. Nas malas levarei algumas camisas dobradas, alguns poemas incompletos, aquela foto sua em preto e branco que você nunca me deu e a certeza de que tudo o que escrevi até ontem foi para que hoje o dia nascesse mais colorido e a noite dormisse mais sonhada. Queria poder te amar além das palavras, além destas palavras.”
— Eu me chamo Antônio.
Oi, meu querido eu.
Como tem passado? Você tem se cuidado devidamente? Você tem se priorizado? Ou continua a sacrificar-se pelos outros? Bondade é um ato sublime mas deve ser usado em equilíbrio. Sim, até mesmo os bons sentimentos devem estar equilibrados. Todo extremo é oposto da paz que você busca.
Você já se permitiu descansar? Relaxar um pouco? Abrir aquele vinho que tanto gosta e se permitir sentir o prazer da sua própria companhia? Já notou o quão prazerosa ela é?
Já se olhou no espelho com olhos amorosos e notou o quanto seus traços são únicos? O quanto o brilho desses olhos podem irradiar luz àqueles a sua volta? O quanto a sua risada é música aos ouvidos daqueles que te amam?
Essas cobranças desnecessárias em seus ombros só tornam mais pesado o fluir do rio que te leva ao oceano da vida. Descarte todos essas cargas, elas não te levarão a lugar nenhum.
Você saiu para ver o por-do-sol nesses últimos dias? Ouvir o canto dos pássaros, contemplar as estrelas e seus mistérios? Quantas coisas você fez que te fazem se sentir plenamente vivo? Ou continua no piloto automático?
Quantas vezes essa semana fechou seus olhos em silêncio e sentiu a sua presença? Conectou-se ao Todo e agradeceu? Esses singelos momentos podem mudar todo o seu dia. Quiça, sua vida.
Permita-se. Sinta. Viva.
Com amor,
Seu eu.
@cartasparaviolet