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Aqui chove e nesse momento a oportunidade que eu queria era espalhar meus longos cabelos na sua cama, deitada no seu ombro e o Ășnico barulho a ouvir seria o estalar dos nossos beijos terminados em sorrisos.
Prazer, Bia!
âĂ que eu sempre fui assim, corri antes de aprender a andar e acabei atropelando tudo. Tenho essa mania chata de querer o que nĂŁo posso ter e de oferecer tudo que eu tenho pra dar e Ă© por isso que na maioria das vezes, eu termino aos cacos. E ainda me dou o trabalho de ajuntar todos os pedacinhos, nĂŁo por pensar em mim, mas por mais uma vez pensar nos outros, para ninguĂ©m pisar e acabar se machucando.â
â Bianca Menezes. Â
Quando se sabe do valor que se tem, perde-se o peso das opiniÔes alheias, não estou falando de altivez, mas sim de se relacionar bem consigo.
âMinha alma tem o peso da luz. Tem o peso da mĂșsica. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausĂȘncia. E a lĂĄgrima que nĂŁo se chorou. Tem o imaterial peso da solidĂŁo no meio de outros.â
â
Clarice Lispector.
Depois que eu aprendi a trabalhar o melhor em mim, nĂŁo pedi mais a ninguĂ©m o mĂnimo que eu jĂĄ conseguia me oferecer.
â Ruan Guimar
âAcaba ficando difĂcil acreditar em algo quando o seu coração Ă© partido inĂșmeras vezes.â
â Roma, 1994.Â
Comics
Prenderam os indĂgenas e os negros, jogaram os pobres nos guetos;
Os inocentes na cela trocaram a paz pela guerra;
Desembarcaram as caravelas do terror e do medo, trouxeram suas bagagens, seu Ăłdio e seu preconceito;
Negros, no navio negreiro se espremiam, mama Ăfrica, Luanda, Angola, aonde estĂŁo seus filhos?
No oceano bravil, sem lenço, sem documento, escravos da maldade, reféns do sofrimento, lamento;
No canto do guerreiro, de forma hostil, preso no peito no cativeiro;
Lågrimas de sangue, sentimento de revolta, homens, crianças, mulheres mortos pelas costas; julgados à revelia, só a morte por sentença, caçados como bichos entre as matas das aldeias.
Sem defesa, subjulgados pela natureza, ferimento Ă flor da pele pĂ”e Ă prova a resistĂȘncia;
No corte do chicote, tirania, covardia, o amargo das lembranças, saudades da famĂlia. RepĂșdio Ă existĂȘncia, presos no prĂłprio pensamento, a alma sufocada dilacera o entendimento; castiga, maltrata, bate, judia, se nĂŁo fosse a traição, os negros aqui, nĂŁo estariam. Diziam os guerreiros no momento de amargura: - SunsĂȘ pode me prender, mas a minha alma, nunca! Na fria madrugada eu vi negro chorar, e os corpos de nossos irmĂŁos a correnteza levar, no vai-e-vem das ondas agitadas pelo vento, naufragaram os sonhos e os mais nobres sentimentos, lamentos, inexpremĂveis gemidos, e nossos ancestrais sobrevivendo Ă beira do martĂrio. O imperativo desabou, num lual desconhecido, a voz da Ăfrica ecoava dentro de um navio!
âĂ muito relaxante, sabe? Se dar bem com uma pessoa, conversar, fazer piadas bobas e loucas e nĂŁo querer nem dormir porque aĂ vocĂȘ fica sem ver a pessoa e vocĂȘ nĂŁo quer isso.â
â Orange Is The New Black