“Não te liguei mais, porque ouvir sua voz nunca mais será como ouvir a sua voz. Não te escrevo porque nada mais tem o tamanho do que eu quero dizer. Nenhum sentimento chega perto do sentimento. Nenhum ódio ou saudade ou desespero é do tamanho do que eu sinto e que não tem nome. Não sei o nome porque isso que eu sinto agora chegou antes de eu saber o que é. Acabou antes do verbo. Ficou tudo no passado antes de ser qualquer coisa.”
— Tati Bernardi.
assim como o universo, meu peito está sempre e expansão.
minhas galáxias se distanciam uma das outras rápido demais.
de ano-luz em ano-luz fico mais vasta.
sou de carne e osso mas sinto com a intensidade do cosmos inteiro.
meus conceitos vão além da relatividade.
nem mesmo Einstein conseguiria explicar os meus absurdos.
mandy.
Venho tendo aqueles malditos sentimentos de novo, K.
aquele desconforto horrível dentro da minha própria pele. a vontade de ser qualquer coisa que não seja eu, é gigantesca.
você sabe, eu lutei muito pra chegar até aqui. pra ser quem eu me tornei. mas, de repente, uma bola de neve me trouxe novamente ao mesmo ponto de partida.
eu quero fugir de mim mesma à todo momento e afastar de todo mundo que chega perto demais [sinto como se fosse tóxica].
a vontade de permanecer deitada, o dia todo, nasceu dentro de mim novamente. junto com aquele desejo imbecil de me ferir pra ver se de fato ainda sou real. pra ver se consigo sentir qualquer coisa que não seja isso.
as crises que haviam desaparecido, estão cada vez mais frequentes.
no meio disso tudo, não consigo enxergar ninguém. ninguém que de fato se importe. e pra ser bem justa nem sei se eu me importo com isso.
tudo voltou a me ferir de maneira arrebatadora e cruel.
os poemas, voltaram a ser tristes.
[o amarelo, tem se tornado preto].
e a vontade de falar com as pessoas, se reduziu à zero.
eu não sei se consigo sair dessa novamente, K. uma vez já é uma vitória em tanto, e sei que sabe disso.
ninguém sabe dos fantasmas que vem me visitar tarde da noite. ou ainda das dores que gritam nos meus ouvidos às três horas da tarde.
eu não sei por quanto tempo eu vou aguentar sentir tudo isso.
eu tento permanecer boa. e por Deus, é a única coisa que peço todo dia antes de dormir.
eu tento permanecer intacta aos olhos de quem me vê. e ninguém faz a mínima ideia do quanto isso tem doído.
eu sei, dias melhores virão, eu acredito fielmente neles. só não sei se estarei aqui para vê-los.
o desconforto de ser [ou não ser] não cabe mais no meu peito.
e talvez seja por isso que ele escorre por essas linhas agora.
meu corpo grita o tempo todo, cada hora de uma forma diferente, pedindo um pouco de arrego. [paz]
mas o peso de tudo que carrego se tornou tanto, que às vezes
ou quase sempre
nem dá pra respirar.
“Não é o orgulho falando mais alto aqui, é cansaço, é não ter a certeza se o esforço vale a pena. Quando se dá muito murro em ponta de faca a ferida sangra tanto que você desanima de tentar. E agora eu estou procurando algo que cure, que não fure, que construa, que una. A gente cansa de metades, de sofrer e de ilusões de felicidade.”
— Nanda Marques.
“Não me diga o que devo fazer, não me venha com palavras prontas, não me venha com sentimentos baratos. Isso não me afeta, nem um pouco. Não sou nenhum coração de gelo, ou algo parecido. Abro-me aos poucos, e me fecho a cada pancada. Não pensou que fosse tão complexo assim, não é? E nesse mundo de pessoas patéticas, acho que não me entregarei assim tão fácil. Não pense que me desarmo fácil, demoro bastante antes de me entregar completamente. Já passei por algumas situações, sei que nem todo mundo é igual, mas essa é a questão, cada um tem jeito diferente de magoar as pessoas e depois de algumas decepções aprendi que não posso confiar em qualquer um que chega, afinal, nem sei quanto tempo a pessoa vai ficar. Já vivi bastante pra saber como me cuidar.”
— Márcio Vabo. & Chrislayne Lima.
A pior parte do rompimento, é quando os corpos ainda estão próximos
William Martin
Saudade é âncora ou bússola? Te apoia ou te guia? Saudade é direção ou fuga? Te mostra o caminho ou te afasta da realidade? Saudade é dispersão ou refúgio? Te separa ou te acolhe? Saudade é arrependimento ou satisfação? Te trás remorso ou prazer? Saudade é memória ou dor? Você senti necessidade ou desespero? Saudade é emoção ou compreensão? Você é ego ou desejo?
“Repassando: eu nunca me apaixono, eu não boto fé em garotas, elas são umas dissimuladas e eu sou cínico a respeito do amor. Já testei essa coisa algumas vezes e concluí em todas elas que o processo envolve muito mais sofrimento, mentiras e desilusão do que a poetização inicial consegue supor.”
— Gabito Nunes.
“Tenho que procurar até em palavras de dicionário o quão você vale pra mim. Você é tão indescritível. Preciso confessar que nunca pensei que encontraria, mas encontrei. Encontrei você que me faz rir na madrugada, aguenta minhas piadas chatas, você é o alguém que eu precisava que me amasse mesmo tomando metade da cama e se desatando do nosso nó(s) no meio de uma conchinha. Você é aquela ventania repentina que cai tão bem, ao mesmo tempo você é a estrela que mais brilha na minha noite. Eu juro que tento não embaraçar minhas palavras mas é impossível não me perder em você antes de terminar de falar. Você me deixa fora de mim com tanto sentimento que tenho pra te oferecer. Antes que eu me perca de novo, saiba que eu gosto tanto das pintinhas que você tem espalhadas pelo corpo e seu jeito de me deixar sem jeito quando me encara; amo esses olhos tão pequenos mas que teêm o poder tão grande de me envergonhar. Você não sabe, mas ganho o dia vendo esse teu sorriso, e me sinto com a missão cumprida quando eu sou o motivo dele. Com parágrafo final, quero dizer: obrigada por estar me fazendo feliz como nunca ninguém fez e por ter uma paciência de Jó. Ah, quase eu ia esquecendo! Você é tão linda, não me canso de olhar. E mais importante ainda: eu não canso de amar você.”
— Jéssica Alves.