princessznlda:
uma parte dentro de si não aceita o medo . outra , porém , sente o desespero fluir por cada partícula de seu âmago quando não mais reconhece o que é emoção sua . é um porre perder o controle de seu dom ; em um momento já não tem mais filtro de quem ou o quê . apenas absorve tal qual uma esponja empática , cuja cabeça lateja e a vista escurece mais do que quer admitir . não fosse seu orgulho demasiado , de certo que iria buscar por alguma das irmãs ou um amigo . porém , ah , zelda é complicada ’ pra cacete e prefere provar a si mesma que consegue resolver sozinha . você não ouviu o que disseram ? não é ’ pra sair , merda . explode em uma onda de torpor e fúria , o grito mais alto do que gostaria e desejaria . ah , que se foda . vai e banca o idiota , vicent . aposto que vai ser o primeiro a se foder .
foda - se o que tinham dito , ele simplesmente não conseguia ficar naquele lugar cheio de pessoas desesperadas ou a beira de um surto sem se tornar parte daquilo . e ele não queria se tornar . a verdade é que preferiria se foder a ter que se render a emoções negativas como o medo e o pavor . ousa dizer que , se não fosse a forma que nota quando zelda se torna pálida , ele já estaria longe dali . mas então ele faz o extremo oposto . “ você está igual uma folha de papel . ” dita ao se aproximar , as mãos a segurando pelo rosto ao que olha para os lados . todos estão focados em suas próprias brigas para notarem os dois ali . “ porra , o que houve com você ? ” há uma estranha preocupação na voz , tal qual nem mesmo ele reconhece . “ shit . não vou sair e te deixar desse jeito . respire fundo . ”
princessznlda:
dentre tantas coisas que passam por sua cabeça , suplicar por ajuda de vicent não é uma delas . se demonstrar fraqueza é desta forma que será vista e , porra , prefere ficar perdida em meio a escuridão momentânea de seus olhos a ter que ouvi-lo falar consigo em um tom de dó . não estou pálida , deixa de ser estúpido . rangiu entre dentes ao sentir o toque dele em seu rosto , a reação imediata é se defender ao tentar empurra-lo . ei , o que você está fazendo ? não preciso de ajuda , porra . don’t worry about me, okay? i’m fucking fine. mas então se segura nele com certa firmeza , sentindo-o em sua pele ao que respira fundo . alívio talvez ? você não precisa ficar , mas… obrigada . não sorri ou atenua o tom arisco , zelda somente julga que seu toque agora suave que peregrinou ao dorso da mão dele responda . vamos sair dessa merda . mudei de ideia . o problema é que não enxerga nada com tinidez : é semelhante a uma sombra sob os olhos . se duvidar os dormitórios estão vazios .
ele nunca seria o cara babaca que a veria exatamente daquela forma e fingiria não ligar , não se importar . zelda poderia agir da forma que preferir , mas vicent não a largaria — mesmo quando a garota tenta o empurrar . “ você está pálida , pare de tentar me afastar . ” recita , quase a prendendo contra si . a ação de fato só se desfaz ( levemente ) quando a ver segurando em si . “ não precisa fingir que está tudo bem quando não está . ” sussurra contra aquele ouvindo , ousando acariciar a derme macia — um ato que poderia parecer quase de rebeldia ao invés de cuidado , quando mencionado os dois . “ quer sair zelda ? tem certeza ? podemos ficar . ” a voz dele acaba sendo baixo , contraste claro ao pandemonio a volta de ambos , mas não liga . apenas se concentra em firmar-se junto a zelda . “ vem , acho que sei um caminho até lá . ”
se paciência era uma virtude , ele não a tinha . na verdade , nem ao menos boa memória possuía . por esse motivo , precisava admitir que todo o medo que sentira após a festa já havia sido apagado e substituído por muitos pensamentos inúteis e fúteis ! e que se foda o resto , afinal a sua vida ali , parecia muito mais importante do que lidar com o que os outros sofrem . mas , mesmo assim , não quer dizer que na calada da noite não sinta o calafrio que sentiu naquele dia , ou que não repararia quando se tem um livro que parecia até ter sangue vazando a sua frente . “ isso daí é bem intenso . o que está lendo ? ”
Elliot pensou no que seus pais fariam? Estava claro que até mesmo a Ordem estava apreensiva com o ocorrido, prender um aluno do primeiro ano por conta do que aconteceu era desespero desmedido. E a pergunta que ressoava em sua mente era: Onde estava Merlin? A magia das trevas não estava banida? Por isso o Dubois se debruçava sobre a mesa na biblioteca, os livros? Todos os títulos que encontrou sobre magia das trevas, tinha um desenho feito a mão livre em uma folha de caderno do desenho pintado a sangue nas paredes, esperava encontrar em algum daqueles livros mais a cerca daquele símbolo. Só notou a presença de muse quando viu a sombra dele projetada a frente, em cima de alguns dos livros. Elliot ajeitou a postura antes de dizer. “Olá, posso ajudar de alguma forma?”
há poucas coisas que vicent realmente fica concentrado , que sejam dignas de sua atenção . isso incluí porém , pedidos acerca de comida aos quais ele sempre fazia questão de recordar muito bem . o pedido de tiana havia sido claro : quiabos para uma receita . mas não é como se tivesse toda a atenção do mundo quando tem a irmã ao seu lado . “ você não gosta de ser comum ? ” recita calmamente com uma risada . vicent separa as coisas que precisa com leveza , olhando para a irmã de rabo de olho . ele também não gostava de ser ou se sentir comum . odiava a sensação que estava sendo igual a todos ali , que não tinha nada de especial . era como se sentisse um vazio em seu peito diante a situações tão ordinárias . “ são só pessoas em mercado , anne . ” tenta agir como se nada tivesse errado , mesmo sabendo que na calada da noite aquilo entraria na sua cabeça e não sairia tão cedo . “ quiabos ! por isso eu tenho que vir , viu ? tomar conta da minha irmã desatenta . ”
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Algum mercado
“O que mamãe pediu mesmo?” Indagou para Vicent, já esquecendo-se completamente do pedido de Tiana. A verdade era que o lugar a distraía, tantas verduras, frutas e opções que ficava perdida, consequentemente esquecendo-se do pedido da mãe. “Eu não gosto de mercados, sabia?” Resmungou para o irmão mais velho, os braços cruzados no peito enquanto um suspiro saía de seus lábios. “Isso faz com que eu me sinta tão… comum.” Disse a palavra com certo desdém, um arrepio percorrendo todo seu corpo. “Olha só ao redor, parecem pessoas comuns.” O que Anne queria dizer é que todas as pessoas ali eram diferentes do que estava habituada, porque vivia na escola ou no restaurante e bares, sem nunca prestar atenção de fato as pessoas mais velhas ou a vida comum, sem nunca realmente pensar que as pessoas por vezes gostavam ( precisavam ) de fazer coisas corriqueiras como compras de mercado. Vivendo em uma bolha, Anne Marie nunca olhou muito além. “Ah, nabos!” Proferiu com felicidade ao se lembrar, virando-se novamente para o irmão, confusa. “Ou quiabos? Eu realmente não lembro.”
“ é claro que eu tenho certeza . ” é o que responde em tons amigáveis enquanto conta mais uma vez as maçãs . quinn pensava que era quem ! duvidando de sua capacidade ! sinceramente ? poderia até usar um bico diante aquele questionamento , mas o guarda para dramas posteriores . “ mas ainda não acabei , vem cá . eu tenho um charme , ó . ” é então que retira os complementos daquele recheio de sua geladeira . a verdade era que aquela era uma receita da família que havia roubado do livro de sua mãe ainda pequeno . “ seu nariz é pequenininho demais pra ser Pinóquio, queen . ” um sorriso doce surge , rindo para ela em certa cumplicidade . “ você não confia na receita de tiana d’orleans ? wow ! vou contar para ela . ” sussurra como se fosse uma ameaça , afinal sua mãe odiava que falassem mal de sua comida ! era um crime ! “ então você vai montar é ? mr . hiccup merece o que to fazendo , poxa . to até usando um pouco dos meus dons . e cê sabe que não faço por qualquer um . ”
⠀⠀⠀𓂃 🌺 você tem certeza que tem maçã o suficiente ? espia por cima do ombro do mais velho todo o processo , desde o corte das maçãs ao preparo da massa da torta . não é como se fosse ficar em silêncio , poxa . a técnica de descascar as maçãs é tão primordial o quanto cozinhar em sua humilde opinião . acho que vai ficar um espaço vazio aqui , olha ! pelo amor de deus , não seja mesquinho . ’ cê acha que eu tenho nariz de pinóquio? não sou mentirosa . o dedo indicador pressiona a costela direita do homem , empurrando-o alguns poucos milímetros para trás com a palma da mão esquerda pressionada contra o ombro . estou falando sério , vince ! isso está muito , muito pobre em maçãs ! suspirou de forma teatral e demasiado dramática , tomando lugar na bancada de mármore ao lado quando se ajeita ali . ’ pra alguém que sabe cozinhar , você é péssimo montando isso aí . o mr. hiccup merece bem mais!
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Preencha o juramento antes de continuar: em nome da Excalibur, VICENT ARTHUR D’ORLEANS em seus VINTE E DOIS anos, jura seguir o legado de TIANA E NAVEEN durante a sua estadia na Academia dos Legados. Com a sabedoria concedida a ele, deve se manter caminho da luz enquanto conclui o MÓDULO II. Com a bondade tocada em seu coração, recebe CRIATIVIDADE e não se permite ser corrompido por EGOISMO. Por último, é deixado um corte na mão de JAN LUIS CASTELLANOS como prova de seu comprometimento com a luz.
name: vicent arthur d'orleans. nickname: vince, vi, art. parents: tiana and naveen. gender: masculino. age: vinte e dois. occupation: auxiliar de chef height: 1,80 cm. birth date: 22 de novembro. zodiac sign: sargitário orientation: bissexual. blood type: b-
história:
vicent nunca teve problemas em crescer . nascer em berço de ouro havia trazido vantagens para si , mesmo que tiana nunca houvesse deixado que filhos crescessem sem saber o valor do dinheiro . talvez , essa fosse a grande diferença entre os pais . mesmo que de alguma maneira , tais opostos conseguissem se completar , tiana sempre fora mais rígida que naveen ( o qual , particularmente , raramente estava presente graças aos seus álbuns de sucesso ou tempo necessário para ser uma mente criativa ) . o engraçado , é que mesmo com as cobranças , foi a tiana que vicent se apegou no final das contas , afinal como se apegar a alguém que não lhe dá atenção ?
de certa forma , em meio aos 4 filhos , vicent nunca se sentiu importante o bastante . como poderia ? não tinha a glória dos mais velhos ou os mimos do mais novo . era o limbo do tanto faz ! então enquanto os pais estavam ocupados fazendo o que bem entendiam , vicent estava fugindo sem que ninguém percebesse e tornando as coisas mais interessantes para si . castigo , bar do pai , tudo parecia mais interessante do que estar em casa e ser mais um filho certinho .
durante anos , vicent aproveitou da forma que passava despercebido para que pudesse fazer as merdas que preferia , visitar onde queria ir . tudo que aprendeu , nada havia tido influência dos pais — tirando , é claro , a forma que conseguia cozinhar bem , mas isso era apenas um hobby , algo que usava quando nada mais dava certo e , de fato , bem menos autodestrutivo que o resto .
entretanto , pôde sentir sua única saída ser roubada de si quando recebeu o dom de cura através de alimento . sentia - se obrigado a usar o que mais amava como um tipo de arma , esperança para outros — e isso fodia tudo . vicent então parou de cozinhar por um longo período , se recusando a fazer o que queria até dominar os poderes .
a falta de uma saída saudável para suas crises junto a necessidade de fazer algo culminou em um período que seus pais não se orgulham de sua vida . vicent saia todos os dias para o castigo , provando de algumas drogas que nunca ousou contar para a família , bebendo bebidas suspeitas e enganando pessoas a troco de dinheiro . afinal , uma sopa que curava tudo ! quem não iria desejar uma solução para todos os problemas ? sua ideia fora genial ao desembolsar uma pequena quantia para conseguir rios de dinheiro .
mas tudo tem um final e este veio quando a mãe descobriu de seu segredo . talvez , colocar ele para trabalhar não fosse uma ideia revolucionária , mas vicent era obrigado a 3 noites da semana ser um escravo auxiliar no restaurante da família , assim , na mente da mãe , dando o devido valor as coisas que importam e parando de agir como um total estúpido .
personalidade:
por mais que tenha feito merdas para caralho na vida, vicent não é mais um estúpido . é um cara divertido , mas que beira a um idiota as vezes . cabeça dura mas trata - se de um amigo confortável para ter , que irá estar sempre ao lado quando precisar . gosta de flertar , sair pra baladas para beber e se divertir a noite toda. tem um senso de lealdade inestimável com quem se importa e irá proteger os que ama acima de tudo . tem um grande complexo familiar ( daddy issues ) e detesta tudo que é citado do pai por acreditar que ele não se importa o bastante com a família — inclusive é isso que tenta fazer no lugar do progenitor , sendo extremamente protetor com os irmãos mesmo que seja o segundo mais novo .
curiosidades:
apesar de negar até a morte , é extremamente fã de filmes de romances , sendo que até mesmo começou a pagar uma lampflix diferente da família para evitar que fosse descoberto .
quando criança , adotou por alguns dias um coelho que foi utilizado para uma receita de tiana . desde então morre de medo de comidas excêntricas que a mãe faz em seu restaurante de luxo por puro trauma !
quando está bravo , utiliza de toda sua raiva para fazer pães ! caso dê certo , estará mais calmo no final do processo . se não . . . bem , é só ele comer um que se sentirá bem mais calmo e com paz interior .
sofreu bullying quando era mais novo . piadas com os pais sendo sapos eram constantes e ele se defendia brigando . depois de um tempo , elas pararam .
varias vezes teve crises de vergonha após ver o pai cantar , evitando a todo custo as situações e fugindo automaticamente !
eleanzr:
Estava degustando alguns canapés, antes que seu estômago reclamasse, quando ouviu Vicent e, imediatamente, girou o calcanhar, olhos arregalados. “Onde?” Era uma pergunta boba, claro, porque, se soubesse onde estava, não estaria perdido, mas se tivesse uma ideia, poderiam tentar encontrar. “Que banco?” Questionou, e as sobrancelhas soergueram. Não havia sido um convite, muito provavelmente, mas usou a deixa dos braços abertos para aproximar-se dele e lhe abraçar. Deu alguns tapinhas em seu ombro, tentando consolá-lo, mas se afastou ao ouvir. “Eu acho que ela dançaria até se estivesse de moletom.” Falou, numa voz doce, o olhando com certo afeto. Ela adorava Vicent e ver seu esforço em agradar sua melhor amiga o tornava ainda mais adorável em sua visão. “Mas posso te ajudar a encontrar o paletó, ou pegar outro. Acho que o Theo ou o Jason devem ter algo no dormitório deles, podemos roubar e ninguém descobriria.” Sugeriu, seriamente, mas entendia se ele não quisesse.
“ eu não sei onde ! ” recita em um choramingo bobo de um ser um pouco alterado . veja , ele conhece quinn , sabe que ela vai dançar consigo não importa onde esteja . mas ! ele queria estar bonito , para ela . “ eu acho que foi no jardim , mas nellie ! eu perdi . quando voltei não estava mais lá . ” bem , caso se esforçasse mais um pouco , acabaria chorando igual um idiota . por isso o abraço havia sido uma boa deixa . vicent se mantém calmo , mas aproveita do conforto sem julgamento que ela lhe proporcionou . “ até de moletom ? e será que ela tiraria umas fotos junto com moletom ? ” ah , aquilo era , sem dúvidas , vergonhoso . mas ele não se importava . confiava em eleanor de uma maneira idiota , talvez por ser o maior fã dela ? talvez ! mas algo em si sabia que ela iria o ajudar , principalmente porque era a quinn que ele queria impressionar . “ um plano de roubo . . . acho que podemos conseguir se fizermos tudo rapido e discreto . ”
sinceramente , quando entra naquele restaurante não espera que possa ver o que viu . veja , ele nem iria entrar ali ! porque entrar em um restaurante quando era dono de um ? mas estava longe de casa e com fome . a questão é que : o que era pra ser uma experiência gastronômica rapidamente se torna uma experiência de vida ! não sabe o que é mais rápido de se fazer , se é a risada que forma ou o celular que automaticamente surge na mão para tirar uma foto . “ qual foi , cê tá incrível assim . uma gracinha de roupa ! ” registra pelo menos 4 fotos seguidas da situação , deixando a risada formar em seu rosto . “ cê sabe que eu tenho meu próprio restaurante né ? preciso de uma oferta maior pra ficar de bico fechado . ”
⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ Sim, ela estava de uniforme. Sim, tinha sido obrigada pela bisavó a ficar no caixa de uma das unidades como castigo por ter faltado uma semana no trabalho sem dar explicação alguma. E não, ela não esperava ter de ver rostos tão conhecidos assim para ela naquele meio tempo. Por isso, quando Vicent entrou no Grandy’s (ela tendo escolhido o mais longe da Academia possível, mas parecia que seu plano não tinha dado certo), congelou atrás do balcão, procurando por soluções para não ser vista. Não tinha como simplesmente abaixar atrás do balcão, era a única funcionária no caixa ali e sabia que chamaria mais atenção do que queria. Além disso, não podia sair correndo. Sua única opção era aceitar a situação, resolvendo-a da melhor forma possível, da forma que sempre conseguia a maioria das coisas que precisava: comprando as pessoas. Não sabia nem mesmo se ele havia a reconhecido, mas já começou a falar. “Se você manter sua boca fechada sobre essa situação, eu te dou um ano de Grandy’s de graça. E eu vou saber se trair o acordo.”, o olhar era sério, e se ele não aceitasse, já tinha medo de ter que dar adeus para sua reputação.
・ .˳⁺⁎ @garotodopao
sinceramente , muitos diriam que vicent reclamava de barriga cheia e isso era a verdade . em momento algum os pais fizeram algo erro , o deixaram de lado ou qualquer coisa que justificasse todas as merdas que fizera durante o crescimento . talvez , fosse só um lado rebelde sem causa , mas ter tudo a mão justificava aquilo : ele não tinha um pedido . e por mais que pensasse tanto , não havia nada em sua mente que ele quisesse — ou pelo menos que admitisse querer , afinal , tantas coisas escondidas ainda remoíam seu peito. “ não sei se tenho algo para pedir . ” recita tranquilamente , observando aquela espada a sua frente . era um fato : ela era bonita . mas a grandiosidade que a contornava talvez parecesse um quão assustadora . “ e você ? já tem seu pedido separado ? ”
˙ ˖ ※ Eram poucas as coisas que poderiam quebrar a máscara de imparcialidade que Wang Lei criava para si. Era quase impossível ficar inabalável quando se estava na Ordem de Merlin. Como alguém que queria ser o futuro chefe dos defensores da Távora Redonda, só estar na presença do Rei Arthur já era uma grande honra e estar naquele lugar deixava o Li extasiado. Viu tudo que precisava ver, absorvendo todos os detalhes e todos os livros que lhe interessavam, mas sua parada mais prolongada foi na Excalibur. Encarava a lâmina como se fosse algo irreal e sagrado que havia acabado por se materializado na sua frente. Por certos momentos teve um breve deslumbre do seu futuro, jurando para aquela mesma espada e para o rei sua lealdade a coroa. Isso logo foi interrompido por passos ao seu lado, que fez o dragão dos Li abrir os olhos em um suspiro. “O que você vai pedir?” Questionou com um sorriso simpático. O que normalmente usava em interações públicas e sociais como aquela, poupando as pessoas do seu humor péssimo.
pstriton:
“Minha irmã diria que existe maluco para tudo.” deu de ombros. Não sabia qual era o problema com Naveen, mas, por si só, não gostava muito das músicas alheias; bem, exceto quando estava bêbado, embora o Patrick bêbado não pudesse ter muitas opiniões sobre coisas sérias. Só que a seu ver, por experiência própria, se um filho não queria ter tanto contato com o pai ou descartava seus feitos, é porque havia algo de errado com a pessoa, tirava isso por si com sua relação inexistente com seus pais.
Mas não podia deixar de ficar encantado com a ideia de Tiana cozinhando com seus filhos ainda tão pequenos. Mesmo que tentasse esconder, seria difícil disfarçar o pequeno sorriso que brincava em seus lábios. Era uma imagem mental muito adorável. “Isso é adorável, claro que conta como cozinhar, ainda mais para alguém com tão pouca idade.” concordou, assentindo. Quando era tão pequeno assim, não podia nem chegar perto da cozinha. Imaginava às vezes qual seria seu futuro se tivesse descoberto bem mais jovem aquele amor pela culinária. Pat bufou um riso silencioso e assentiu, sim, a chefe sabia como ser exigente com a comida servida ali, mas se o próprio filho dizia que estava bom, já era algo, não? “Vocês são parentes, devem ter pelo menos um paladar meio parecido. Se você diz que está bom, eu escolho me agarrar a esperança de que ela vai gostar.”
“ de fato existe . ” em sinceridade ? se incomoda um quanto com aquela frase , mesmo não sendo fã ou sequer goste de qualquer coisa que envolva o pai . mas ele pode criticar sua familia , os outros não ! afinal naveen nunca tinha feito nada para si além de ser ausente a sua maneira — o qual tiana também fazia , mas vicent havia escolhido ignorar . a verdade é que o daddy issues eram apenas uma maneira idiota de bota a culpa em alguém pela falta que ele sentia de ter os dois pais presentes . cozinhar com tiana as vezes nem ao menos havia passado perto do que precisava . mas ele evitava pra caralho pensar naquilo porque sempre fazia merda quando pensava . “ é um talento natural , sabe ? ” brinca com o outro como se não fosse dedicado o bastante para passar noites acordados apenas para acertar uma receita . a verdade era a seguinte : sempre fora perfeccionista demais . e isso acabava consigo . “ não sei , a gente discordou em muitas coisas já , sabe ? mas isso daqui . . . não sei se há muito o que discordar . ”
“ qual foi marc , não vai beber isso que eu fiz especialmente para você ? ” a voz sai de forma calma de sua boca . em suas mãos há um copo de algo indecifrável , mas que particularmente tem um gosto muito bom . não era somente de bebidas disponíveis que se fazia um baile , essa era sua principal lógica . por isso , o cantil em sua roupa estava consideravelmente cheio quando entrou ali . “ eu juro , não tem nada suspeito aqui . ” recita mais uma vez , esticando o copo para ele . utiliza então de sua maior arma : os olhos doces e inocentes de quem não faria mal a uma mosca . “ confia em mim , vai . please ? nos conhecemos desde o útero de nossas mães . ”
@marclabouff