O Apreço Pela Jornada é Uma Questão De Sobrevivência. É Preciso Gostar Do Eu, Topar Se Arrepender,

O apreço pela jornada é uma questão de sobrevivência. É preciso gostar do eu, topar se arrepender, ver orgulho na caminhada por si só. Sabe, não dá pra ter tristeza muito longa, nem alegria de mentira. Há tempo e há vida.

MAGALHÃES, Mallu. Documentário Turnê Vem. 2017-2018.

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“Se cada um é um universo. Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro.”

— Djonga.

A vida humana se destina a findarmos as misérias da existência material. A sociedade contemporânea está tentando colocar fim nessas misérias mediante o progresso material. Entretanto, é visível a todos que, apesar do vasto progresso material, a sociedade humana não está em paz.

Bhaktivedana Swami Prabhupada, A. C. Em busca do verdadeiro Eu. São Paulo: Book Trust, 2016. p.27.  

Rain Has Fallen On The Poem

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Por quem os sinos dobram?

“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.

John Donne

Olha moço, com todo o respeito que tenho pela sua pessoa, o seu caso de amor é uma história de esperança. Gostar de quem não gosta da gente é no mínimo insanidade. Mas acontece. E pelo que vejo, você espera pacientemente por essa moça. Isso é bonito. Quem dera eu tivesse alguém para pensar. Tenho andado cética em relação ao amor e construído barreiras que impedem qualquer um de buscar meus olhos. No fundo, queria ser essa moça, que é amada em silêncio e nem te leva em consideração. O amor silencioso é o mais belo. É aquele que espera o tempo da pessoa amada, não importando que esse tempo seja eterno. E eu moço, embora não ame ninguém, tenho aprendido a gostar de mim, mais do que convém. 

Para F. L. 

Aline Rafaela 

Notas sobre uma reunião de trabalho

O que me irrita nela não é o cabelo que nasce do meio certinho da testa em formato “v”. Nem o scarpin que ela usa desnecessariamente todos os dias para ir trabalhar. Não, ela não é advogada ou juíza. Talvez até quisesse ser. O que me incomoda nela, não é a maneira como ela conversa com a filha e o marido ao telefone: “Oi filhinha! Como foi a aula de espanhol?”, “Amor, comprou o livro do Percy Jackson para nossa filhinha?”.

O que me irrita nela, não é ela em si. Sou eu e as memórias que tenho de mulheres como ela.

Algumas mulheres brancas me remetem à opressão, à decepção de ainda criança entender que algumas mulheres, que só pela cor (branca), cabelos (lisos e loiros) e corpo (magro) serão ouvidas e gentilmente tratadas, e, de quebra, essas mulheres trazem consigo um relativo poder de fala, de imposição através do corpo, de olhos desdenhosos cheios de vantagem e desprezo por outras mulheres diferentes dela.

A mulher a quem me refiro traz na atitude, a branquitude vestida de sonsa e a vantagem de ser branca vestida de vítima. A razão eloquente proveniente da fala mansa e gestos que dão a entender nas entrelinhas “não gosto de ser contrariada”, e o olhar fuzilante quando nota na outra (mulher/alteridade),  postura, competência e autoridade.

Nesse momento é que a atitude (branquitude) da mulher dá lugar à fragilidade que tem todo ser em vantagem de poder, o medo de um dia ter que dividir esse poder e aceitar que ela não é, nunca foi e nunca será o centro do mundo.

Aline Rafaela Lelis 


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No começo minhas demonstrações eram constantes queria conquistá-la, e queria que você conquistasse-me. Buscávamos paixão! Fui feliz nos pequenos toques, nos passeios, no primeiro beijo, ainda que naquele tempo a dúvida dos problemas jogasse contra, e mais forte, questões maternas... Estivemos juntos em turbulência. Aprendi logo cedo sua pior característica, a menina é volúvel, e sob muitas mentiras, escondeu muitas verdades, algo que me machucou até o fim, mas o que diminuiu para ela, passou para mim. Ao lado dos bons momentos haviam os ruins, embora os últimos me deixassem confuso, não me fizeram deixar de gostar de ti, apenas diminuir as demonstrações de afeto, pois sempre fui de remoer, enquanto você de esquecer! Nos momentos que me pedia beijos apaixonados, respondia com beijos anestesiados, porque a dúvida havia agora passado por dentro de mim. Gostaria que você tivesse sido minha primeira namorada, a primeira a que pudesse nomear com tal palavras, gostaria que tivesse sido a primeira mulher da minha vida. Ainda assim feliz! Por ser a primeira por quem me apaixonei, a primeira a quem amei, a única a quem entreguei tais palavras, e a única à quem no meu coração aconcheguei. Se algum dia me apaixonar novamente, claro, só poderá ser diferente. Embora por comparação infantil, espere igualá-la atipicamente, ou talvez não mais apaixone-me, e as que passarem, deixarão poucas marcas, rasamente. Machucou escutar: Tudo têm um fim, não há como permanecer eternamente... Dito ao léu... Eu teria ficado para sempre contigo, se me pedisse sorrindo...

Autor desconhecido.

Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.

Martin Luther King

Não é que eu queira vingança. Eu apenas quero justiça. Te encontrar daqui uns tempos, um ou dois anos talvez. Eu linda, vestida de ouro, pele reluzente, cabelos macios e um sorriso branco. Quero sim estar impecável. E quero que me veja com meu novo amor. Não, não pense nele. Pense em mim, meu novo amor sou eu. E quando me ver assim lindamente leve e radiante, quero que veja a mim novamente. Doce, suave e paciente. Quero que sinta essa Oxum, que hoje navega sobre águas calmas. Quero que me veja e me reconheça, e quem sabe possa você sentir lá no fundo amor. Me deixa ir com meu amor próprio e com o amor do meu novo companheiro. E se pergunte onde foi que tudo acabou. Quero que saiba só de olhar; que para “nós” não haverá mais chance, e sinta o que eu senti quando você disse disse é o fim. Que a sua consciência do fim o faça ir na lua e voltar por um segundo. Depois vá tomar uma bebida forte e continuar fingindo que eu não faço falta na sua vida pelo resto dos seus dias. 

Aline Rafaela 

(Fragmentos em papel toalha, Out/2016)

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