A Traição Da Saravi

A traição da Saravi

A iluminação pública do poste facilitavam a visibilidade dos gestos apressados dos amantes ao tirar às roupas. O marido da Saravi abriu a porta, deu um passo para frente e outro para a direita, abriu ligeiramente as pernas para se apoiar, então viu o que fazem nos filmes adultos, mas desta vez ao vivo, bateu a catana contra a parede. O amante pego em flagrante está de boxers pretas com listras azuis, os olhos bem abertos, que denunciam desespero. O corpo da mulher expressa um panorama incompreensível, entre uma excitação que se deteora lentamente na vergonha misturada ao medo. Até aquí só se passaram 30 segundos, mas os segundos têm duração e intensidade indescritíveis com palavras.

O marido parece desnorteado, fora de si, ele só sabe que tem que decidir rapidamente o que fazer, o tempo está agindo contra ele. Ele nunca esteve em uma circunstância similar, só ouvia cenários do gênero em conversas de bares com amigos.

Num ápice, se vê com a catana apontada para o amante da esposa. Mas antes liga a luz, isso mesmo, mirou que o tal amante até deixou o relógio na mesa de cabeceira, lembrou, sobretudo, que ele não entrou à força, alguém o deixou entrar, aliás, até combinaram, deram-lhe um sinal. Ele não é o mais culpado da situação? Pois é, para ele a maior culpada era a esposa.

Por isso a adúltera deve pagar com a morte. Entretanto, lembrou também da sua amante que vive à dois quarteirões da sua casa, sensibilizou-se com o amante da sua esposa, virou a catana brilhante e afiada para esposa, mas antes a sua consciência gravitou no racional, " E o que aconteceria se eu a matasse?"-pensou ele.

Olhou para o outro lado da cabeceira, e tinha lá a foto deles de casamento, pensou com os seus botões, "Como é possível que eles façam isso logo ao lado dessa foto?".

Nada mais faz sentido, o marido sentou-se na cama, chorou com a cabeça reclinada para baixo, e sem esperar entra o vizinho na casa tentando acalmar, nesse instante o marido traído faz a coisa mais inesperada diante dos olhares estupefatos de todos, puxa a catana até a sua têmpora lateral e imprimi com pressão a catana na testa do vizinho. Agora não há testemunhas externas, e ninguem sabe da traição, os três ocultam o cadáver, e cada um vive a sua vida.

_#Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência._

~Ab Binadre WZ

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9 months ago

Mutumuou! A Fitê Marrumekane

De lá de Zavala, no povoado de Muchissine, o tempo repousa, congela quando no meio à noite mórbida, a tia Marrumekane reúne às donzelas e diz repetidamente: "minhas filhas, não permitam que a zanga vos faça por termo a vossa vida por conta de amor a um homem". Todas escutam mantendo um silêncio instrospetivo da antítese do caloroso e frio.

Eram 365 dias repetindo a mesma narrativa, sempre antes do contos à volta da fogueira.

Mas infelizmente a visão afiada e sólida da tia, tornou-se torpe e combalida, quando viu a sua relação definhar e esvair pelos dedos enfraquecidos pela idade, e comumente vendo às suas rugas sendo trocadas por seios que desafiam leis da física.

Tia Marrumekane posta à prova e as que ela sempre aconselhava vigilantes de camarote, ouvia-se nos corredores das matas de Muchissine discursos como: "queremos vê-la", e de facto viram-na implorando para que o marido não fosse, agora os ventos sopravam insolentes e indelicados, e em uma atitude ousada a tia Marrumekane pela primeira vez pensou num jeito de acabar com a dor, e quando o dia amanheceu encontrou-a deitada com os membros rijos, e não encontrou o mérito do que apregoava.

~Ab Binadre WZ

Bom dia Prezado Irmão e irmã.

Como forma de ajudar aos nossos irmãos em África, em Moçambique, concretamente na EP de Muanandou (Zambézia-Inhassunge), pedimos o vosso apoio, cá os alunos estudam em situações precárias e sem um aparato melhorado.

Bom Dia Prezado Irmão E Irmã.
Bom Dia Prezado Irmão E Irmã.
Bom Dia Prezado Irmão E Irmã.

Vimos em nome da vossa solidariedade, pedir encarecidamente, a doação do que estiver ao seu alcance.

Pastas, cadeiras, cadernos, canetas lápis.

Ou envio de valores para o seguinte terminal.

*Chave pix:*

12981802742

Banco: Nubank

Nome: Yuri Paulo Jossias Estevão Libombo

Contacto:+258844328264

E-mail: binadreabacar90@gmail.com


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Cheio de Vazios

A obra em branco é deserta e calorosa

Sementes florescem n'alvorada flores cor-rosa

O Prefácio é de flores, carícias e corações

O Epílogo é de sátiras e lamentações

Tela preta e escrita negra

Um desenho abstrato e jocoso

Tristeza engarrafada ao álcool

Só assim, Esvazio-me de mim

E encho-me de ausência

Euforia tatuada no lacrimejar da esdera da vista

Pisco algumas vezes

E os olhos dão pista

De desabotoar uma lágrima

Pois, da falsidade sabíamos uma gota

Do defeito alheio em um mar encontramos uma pata

~Ab Binadre WZ

9 months ago

Medo

Finalmente o pôr-do-sol! Lentamente a alvorada sobre a pradaria, e o silêncio suave da noite cantava para o dia dormir, enquanto a escuridão engolia o céu grisalho-azulado, o jovem moço continuava com medo, pois de manhã em uma discussão com a feiticeira da zona, por conta de uma disputa para um lugar no rio, a velha levantou a sua mão à 90°, dobrou os outros dedos deixando simplesmente o indicador e disse: -Você vai ser devorado por um crocodilo seu estúpido.

Para o jovem era bem mais fácil não se fazer ao rio que nada o aconteceria, mas mesmo assim o medo ainda prevalecia aceso nas entranhas da sua consciência, o medo fervia dentro de si mesmo com aquele vento frio acariciando o pescoço e os seus pés, o jovem teve uma noite mal dormida e cheia de pensamentos vis.

Raios de sol clarearam o dia, e o pobre jovem moço saiu para levar a cara, pegou uma lata, daquelas latas que antes continham tinta para pintura de casas e depois usadas para uso doméstico, pois é, mas quando pegou a água para borrifar a sua face, viu um crocodilo sair do balde, este puxou-o para dentro da água, o jovem tentou sair mas o crocodilo estava puxar com mais força, e assim morreu o pobre moço. O crocodilo da Feiticeira cansou de esperar que o jovem moço viesse ao rio, e acabou indo, justificando que se Maomé não vai a montanha, a montanha vem à Maomé.

O laudo pericial confirmou que o jovem bateu com a cabeça num ferro, tendo este caído na sua nuca e bloqueado a sua cabeça no balde, dificultando assim a sua saída, e facilitando o afogamento.

Depois da velha descobrir que o medo é uma grande arma, hoje passaram a o fazer através dos meios de meios refinado.

Moral da história??? O quê? Não, não, esta história não tem moral, ela moraliza, porque os nossos medos são os nossos piores inimigos, o medo criou o crocodilo.

Nós precisamos matar os nossos medos.

O Medo de separar e começar de novo, e ter que viver uma relação abusiva, com um marido que se torna teu próprio assassino.

O Medo de... Enfim, paro por aquí, são tantos medos.

~Ab Binadre WZ


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*Uma História Para Dormir*

Cocei o rabo e puxei os dedos pr'as minhas narinas, claro, cheirava o óbvio, catinga ao mais alto nível. Abri a porta, meus pés descalços tocaram o chão gelado da minha casa. As gotas de chuva escorriam por minhas roupas e gotejavam no piso de mármore. Eram 23:12 minutos, tomei banho quente e quando saí, a porta estava aberta, falei com o meu Eu-lírico, "talvez eu tenha esquecido", fui a cama, e despertei pelo berro do trovão que clareou o meu quarto, e mais uma vez percebi que a porta estava aberta, arrastei uma cadeira e encostei à porta, todavia ao acordar às 6 horas a porta estava novamente entreaberta, olhei no meu lado esquerdo e tinha lá uma carta, escrita com sangue, com os seguintes dizeres:

-Porquê sempre fechas a porta? Eu gosto de te ver"....

~Ab Binadre WZ

Persona Non Grata

Vi-te saindo da relação devagar, depois de não responderes uma mensagem, quando dei por mim, eram 6 mensagens não respondidas, na 7 mensagem, respondeste, mas foram poucas palavras mal-ditas, como se a minha mensagem te causasse irritação e respondesses simplesmente por eu ter sido o que já não era.

Fui ao WhatsApp e vi-te On, mas não era comigo com quem conversavas, e foi nos pequenos detalhes em pistas, que percebi que já havia te perdido. Então hoje eu percebo que o interesse se foi junto com a importância que eu tinha para ti. E que a segunda parte do nosso romance havia chegado, e nela eu era menos que figurante, valendo menos que uma porta, e se fosse em Moçambique eu seria a versão masculina de Lurdes e tu Liloca. Porque não somos os mesmos de ontem, não seremos os mesmos amanhã. E infelizmente, o tempo não espera, e o que era tão meu perdeu-se por aí no meio ao caminho, pois na verdade não estávamos andando na mesma direção, ademais o sentimento agora é só meu, e tu podes estar também apaixonada mas não é por mim.

~Ab Binadre WZ


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*Uma História Para Dormir*

Cocei o rabo e puxei os dedos pr'as minhas narinas, claro, cheirava o óbvio, catinga ao mais alto nível. Abri a porta, meus pés descalços tocaram o chão gelado da minha casa. As gotas de chuva escorriam por minhas roupas e gotejavam no piso de mármore. Eram 23:12 minutos, tomei banho quente e quando saí, a porta estava aberta, falei com o meu Eu-lírico, "talvez eu tenha esquecido", fui a cama, e despertei pelo berro do trovão que clareou o meu quarto, e mais uma vez percebi que a porta estava aberta, arrastei uma cadeira e encostei à porta, todavia ao acordar às 6 horas a porta estava novamente entreaberta, olhei no meu lado esquerdo e tinha lá uma carta, escrita com sangue, com os seguintes dizeres:

-Porquê sempre fechas a porta? Eu gosto de te ver"....

~Ab Binadre WZ

Sou uma pessoa pessoa nua aos olhos despidos.

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