*Uma História Para Dormir*

*Uma História Para Dormir*

Cocei o rabo e puxei os dedos pr'as minhas narinas, claro, cheirava o óbvio, catinga ao mais alto nível. Abri a porta, meus pés descalços tocaram o chão gelado da minha casa. As gotas de chuva escorriam por minhas roupas e gotejavam no piso de mármore. Eram 23:12 minutos, tomei banho quente e quando saí, a porta estava aberta, falei com o meu Eu-lírico, "talvez eu tenha esquecido", fui a cama, e despertei pelo berro do trovão que clareou o meu quarto, e mais uma vez percebi que a porta estava aberta, arrastei uma cadeira e encostei à porta, todavia ao acordar às 6 horas a porta estava novamente entreaberta, olhei no meu lado esquerdo e tinha lá uma carta, escrita com sangue, com os seguintes dizeres:

-Porquê sempre fechas a porta? Eu gosto de te ver"....

~Ab Binadre WZ

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Se for emprego, é bom que aceites.

certainbailiffeggsvoid - Ab Normal

Quando tudo a minha volta tornou-se nublado, ví no meio ao nevoeiro a taça que espantaria o estado sequioso em que me encontrava, mas, infelizmente estava no último gole, agitei o copo e havia restado mais uns bocados de vontade, apenas haviam migalhas por baixo da mesa que da qual eu acreditava ter amor, um gatilho, um soco na boca do estômago, e uma mão cheia de terra vermelha para enterrar um coração que jaz desfalecido, porém insiste em bater, porque o meu destino é ser um grande guerreiro, embora outrora estivesse perdido algures no meio ao fogo cruzado, neguei incessantemente estar desviado, só percebi que me perdi quando me encontrei sentado no esgoto, e entre os dedos indicador e máximo uma biata que queima a tocha do alcatrão de onde onde vim, porque da tragédia nasci em tempo de paz derramando suor sobre os alicerces, para que no futuro desfrutasse no apogeu, mas agora o sal das lágrimas corrói o alicerce, porque somos um passado que é achado em cada presente nosso.

~Ab Binadre WZ

9 months ago

Medo

Finalmente o pôr-do-sol! Lentamente a alvorada sobre a pradaria, e o silêncio suave da noite cantava para o dia dormir, enquanto a escuridão engolia o céu grisalho-azulado, o jovem moço continuava com medo, pois de manhã em uma discussão com a feiticeira da zona, por conta de uma disputa para um lugar no rio, a velha levantou a sua mão à 90°, dobrou os outros dedos deixando simplesmente o indicador e disse: -Você vai ser devorado por um crocodilo seu estúpido.

Para o jovem era bem mais fácil não se fazer ao rio que nada o aconteceria, mas mesmo assim o medo ainda prevalecia aceso nas entranhas da sua consciência, o medo fervia dentro de si mesmo com aquele vento frio acariciando o pescoço e os seus pés, o jovem teve uma noite mal dormida e cheia de pensamentos vis.

Raios de sol clarearam o dia, e o pobre jovem moço saiu para levar a cara, pegou uma lata, daquelas latas que antes continham tinta para pintura de casas e depois usadas para uso doméstico, pois é, mas quando pegou a água para borrifar a sua face, viu um crocodilo sair do balde, este puxou-o para dentro da água, o jovem tentou sair mas o crocodilo estava puxar com mais força, e assim morreu o pobre moço. O crocodilo da Feiticeira cansou de esperar que o jovem moço viesse ao rio, e acabou indo, justificando que se Maomé não vai a montanha, a montanha vem à Maomé.

O laudo pericial confirmou que o jovem bateu com a cabeça num ferro, tendo este caído na sua nuca e bloqueado a sua cabeça no balde, dificultando assim a sua saída, e facilitando o afogamento.

Depois da velha descobrir que o medo é uma grande arma, hoje passaram a o fazer através dos meios de meios refinado.

Moral da história??? O quê? Não, não, esta história não tem moral, ela moraliza, porque os nossos medos são os nossos piores inimigos, o medo criou o crocodilo.

Nós precisamos matar os nossos medos.

O Medo de separar e começar de novo, e ter que viver uma relação abusiva, com um marido que se torna teu próprio assassino.

O Medo de... Enfim, paro por aquí, são tantos medos.

~Ab Binadre WZ


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Violência baseada no Homem

Um jovem aparentemente calmo fez-se ao carro que fazia o troço Recamba-Mucupia, todos estávamos parados, mas no decorrer da viagem percebi que ele ostentava uma malcriadez abominavelmente calculada à detalhe para caprichar a grande dose do líbido que pulula a sua lascívia.

Ele aproximou-se e abraçou-me pelo abdômen para garantir o equilíbrio naquele sobe-desce dos solavancos que se estendem da AquaPesca aos Abreus, era escusa, mas de nada valia insurgir-me, sentia desconforto, mas de nada valia perpetuar gélido rancor.

Ele não tirou palavra alguma, sequer saudou, apenas se esparramou por cima de mim, em instantes arrastando para cima vagarosamente a minha camisa de linho, mas eu bloqueei-o, seguidamente desculpou-se, entretanto depois de um tempo flexionou a perna à minha como se quisesse interlaçá-las às minhas, olhei-o, mas ele fingiu estar atento à grande mata nas laterais da estrada, e por mais que eu quisesse me impôr, os seus músculos e a sua altura eram ameaçadoras, por isso preferi suportar a respiração quente e morna que ele exalava abraçar desconfortavelmente o meu pescoço.

Pasmem-se! -ainda estávamos a passar Mussama - e o caminho ainda era longo [...].

(...) Sinto o pênis retezado nas minhas nadegas, o movimento encosta-afasta acompanhava o balançar leve do autocarro, facilitando assim as suas intenções. Ele mostra não perceber, enquanto finge estar mergulhado em pensamentos.

Ele acarecia-me com delicadeza, sem chamar a menor atenção, não é recíproco mas o sodomazoquismo que está perpetuado no seu consciente põe nele convicção da possibilidade de cedência da minha parte, porém sei com todas palavras que estou a ser alvo de um fratterismo ao céu aberto.

Finalmente em Mucupia, desço em frente à Macanjí, embora a paragem final está à 20 metros, tornarava-se distante, prefiro caminhar que continuar a aturar o abominável, ademais para o meu espanto o jovem olhou-me e mostrou-me a palma da mão e de seguida o indicador, como quem diz " espere-me alí", ignorei, contudo enquanto andava alguém riu-se das minhas calças, preocupado olhei-as, porah!! Às minhas calças pretas estavam brancas em lugares identificados, peguei, e era nada mais que algo estranho como ranho, branco como

lanho... [...]

Sinto-me imundo quando relembro, sinto-me subalterno e o meu corpo se tornou objecto de dúvida, vêm em mim a percepção de que a posteriori homens fortes irão parar em matas, e calculosamente violar sem piedade homens fracos até a morte, pois é, cenários como o de uma rasteira no beco escuro, deitado de barriga, uma catana afiada no pescoço, e só Deus para nós acudir...

~Ab Binadre WZ


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Persona Non Grata

Vi-te saindo da relação devagar, depois de não responderes uma mensagem, quando dei por mim, eram 6 mensagens não respondidas, na 7 mensagem, respondeste, mas foram poucas palavras mal-ditas, como se a minha mensagem te causasse irritação e respondesses simplesmente por eu ter sido o que já não era.

Fui ao WhatsApp e vi-te On, mas não era comigo com quem conversavas, e foi nos pequenos detalhes em pistas, que percebi que já havia te perdido. Então hoje eu percebo que o interesse se foi junto com a importância que eu tinha para ti. E que a segunda parte do nosso romance havia chegado, e nela eu era menos que figurante, valendo menos que uma porta, e se fosse em Moçambique eu seria a versão masculina de Lurdes e tu Liloca. Porque não somos os mesmos de ontem, não seremos os mesmos amanhã. E infelizmente, o tempo não espera, e o que era tão meu perdeu-se por aí no meio ao caminho, pois na verdade não estávamos andando na mesma direção, ademais o sentimento agora é só meu, e tu podes estar também apaixonada mas não é por mim.

~Ab Binadre WZ


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AFINAL, A PRIMEIRA ESPOSA DE ADÃO NÃO FOI EVA?

Quebraram-se no meu consciente a meganarrativa limiar de um começo do mundo baseado no romance de Adão e Eva ao ler a Torah (livros dos Judeus) e outros textos assírios-babilónicos e hebraicos, pasmem-se! Como Adão poderia ter tido outra mulher? Acontece que, antes da Eva, havia a Lilith, que tal como Adão, foi também criada do pó e não da costela, o que a fez, praticamente, sentir-se no mesmo nível de Adão, a sua infração foi a de não se submeter às vontades de Adão, ela disputava a igualdade de género, ela não admitia ficar de baixo durante às relações sexuais. Eles discutiam tanto, até que um dia enquanto dormiam, Lilith disse: " porquê devo deitar-me embaixo de ti? Porquê devo abrir-me sob teu corpo? Porquê ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita do pó e por isso sou tão igual a ti." Adão retrucou: " Eu não me vou deitar abaixo de ti, apenas por cima. Pois você está apta apenas para estar na posição inferior, enquanto eu sou um ser superior." Lilith respondeu: " Nós somos iguais um ao outro, considerando que ambos fomos criados a partir da terra." Mas eles não deram ouvidos um ao outro. Quando Lilith percebeu isso, ele pronunciou o nome Inefável e voou para o ar. Adão orou ao seu Criador: " Soberano do universo! A mulher que você me deu fugiu!" Ao mesmo tempo Deus enviou três anjos para trazê-la de volta. Os três anjos foram, insistiram para que ela voltasse e ameaçaram afogá-la, porém ela se recusou a voltar, sendo assim condenada por Deus a perder cem filhos por dia. Desde então, para proteger os recém nascidos da influência de Lilith, seria necessário colocar amuletos com o nome dos três anjos Snvi, Sinsvi e Smnglof.

No versículo 23 do capítulo 2 de Gênesis diz: "Finalmente!" , exclamou o homem (Adão). "Esta sim é osso dos meus ossos, e carne da minha carne! Será chamada 'mulher', porque foi tirada do 'homem'". - Gênesis 2:23

As palavras de Adão mostram que Deus finalmente criou uma mulher submissa a Adão, e *essa sim*, mostra que houve uma *"essa não"* que precedeu *"essa sim"*, portanto, a Eva, seria a segunda criação feminina de Deus, reforçando a ideia de que realmente houve outra mulher antes de Eva.

Entretanto, a complexidade que gravita em torno do mito é enorme e, cheia de imprecisões. Contudo há aquí algo claro, ela está ligada à desejos, a sensualidade, a igualdade de genero, e feminismo, o que invoca a possibilidade de se suprimido a Lilith das narrativas para a perpetuação de uma visão patriarcal na sociedade.

~Ab Binadre WZ

O meu primeiro contacto com o Docente Napido foi na sala 1, nesse dia ele entrou de repente, e virou-se em minha direção, com semblante firme e forte fixou-me o olhar mostrando a cara cerrada, pensei com os meus botões - o que terei feito!?? - o meu coração acelerado quase em lapsos de um acidente vascular cerebral transbordava suor de dimensões fluviais, ademais, permaneceu assim por uns longos 2 minutos, eu fingia estar a olhar o meu caderno, mas ao levantar a minha cabeça reclinada pelo peso da vergonha encontrava a sua feição facial ainda fechada. Entretanto não era absolutamente nada pessoal, ele apenas estava a pensar, e em seguida questionou: " esta é a Turma do primeiro ano do curso de Línguas?".

E eu respondi dizendo: "sim!".

Soltei um suspiro de alívio, e olhei a sala toda, houve quem soltou um riso agudo, mas para mim apenas o novo estado de espírito me confortava, e me interessava agora reanimar o meu coração da aparente paragem cardíaca. E assim foi, anos com um docente sempre na paz, mas com postura de um docente mau.

Napido tinha postura de um saldado em campo de guerra, mas era apenas um doce docente de literatura.

Passado um tempo ele foi ao Brasil, e já não mais voltava com frequência à Moçambique, e do seu círculo de amigos houve quem o fez tomar um brinde de desconfiança, é, é isso, doses e mais doses de um cocktail serpenteado de rancor, e quando voltou ao Pequeno Brasil aos poucos esqueceu o caminho da Sagrada Família, porque os 4 anos valeram-lhe um coração despedaçado em 4 pedaços. O instinto de desativador de minas que havia deixado no já remoto ano de 1992 reativou-se, dois litros de combustível eram poucos, agora sim, 10 litros davam para atear fogo, fazer aquela relíquia de pessoa que valia menos que uma lenha virar fogo, queimar até ao apogeu do obstinadamente o que ela guardava nas entranhas do seu íntimo, deixando entre ele e a esposa apenas poeira do pó mofado do antigamente.

Sentou-se segurando um cigarro entre o dedo indicador e máximo, contemplando assim tudo a sua volta, e percebeu o porquê de Mandela ter perdoado quem o empurrou para cela por 27 anos, quem o castrou com martelo, mas não conseguiu perdoar a sua Esposa por um lapso de traição. Sentiu -se Pedro Mandela, mas Pedro distante da Judas e próximo de Jesus.

Moral da história

Que moral? Esta história é imoral, mas convenhamos, podemos até perdoar tudo menos o assassinato da nossa honra, e a nossa honra reside em nossa família, quando cenários similares sucedem, todos nós somos susceptíveis a cair na inércia da Zanga.

~Ab Binadre WZ

O Meu Primeiro Contacto Com O Docente Napido Foi Na Sala 1, Nesse Dia Ele Entrou De Repente, E Virou-se

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Cheio de Vazios

A obra em branco é deserta e calorosa

Sementes florescem n'alvorada flores cor-rosa

O Prefácio é de flores, carícias e corações

O Epílogo é de sátiras e lamentações

Tela preta e escrita negra

Um desenho abstrato e jocoso

Tristeza engarrafada ao álcool

Só assim, Esvazio-me de mim

E encho-me de ausência

Euforia tatuada no lacrimejar da esdera da vista

Pisco algumas vezes

E os olhos dão pista

De desabotoar uma lágrima

Pois, da falsidade sabíamos uma gota

Do defeito alheio em um mar encontramos uma pata

~Ab Binadre WZ

O meu primeiro contacto com o Docente Napido foi na sala 1, nesse dia ele entrou de repente, e virou-se em minha direção, com semblante firme e forte fixou-me o olhar mostrando a cara cerrada, pensei com os meus botões - o que terei feito!?? - o meu coração acelerado quase em lapsos de um acidente vascular cerebral transbordava suor de dimensões fluviais, ademais, permaneceu assim por uns longos 2 minutos, eu fingia estar a olhar o meu caderno, mas ao levantar a minha cabeça reclinada pelo peso da vergonha encontrava a sua feição facial ainda fechada. Entretanto não era absolutamente nada pessoal, ele apenas estava a pensar, e em seguida questionou: " esta é a Turma do primeiro ano do curso de Línguas?".

E eu respondi dizendo: "sim!".

Soltei um suspiro de alívio, e olhei a sala toda, houve quem soltou um riso agudo, mas para mim apenas o novo estado de espírito me confortava, e me interessava agora reanimar o meu coração da aparente paragem cardíaca. E assim foi, anos com um docente sempre na paz, mas com postura de um docente mau.

Napido tinha postura de um saldado em campo de guerra, mas era apenas um doce docente de literatura.

Passado um tempo ele foi ao Brasil, e já não mais voltava com frequência à Moçambique, e do seu círculo de amigos houve quem o fez tomar um brinde de desconfiança, é, é isso, doses e mais doses de um cocktail serpenteado de rancor, e quando voltou ao Pequeno Brasil aos poucos esqueceu o caminho da Sagrada Família, porque os 4 anos valeram-lhe um coração despedaçado em 4 pedaços. O instinto de desativador de minas que havia deixado no já remoto ano de 1992 reativou-se, dois litros de combustível eram poucos, agora sim, 10 litros davam para atear fogo, fazer aquela relíquia de pessoa que valia menos que uma lenha virar fogo, queimar até ao apogeu do obstinadamente o que ela guardava nas entranhas do seu íntimo, deixando entre ele e a esposa apenas poeira do pó mofado do antigamente.

Sentou-se segurando um cigarro entre o dedo indicador e máximo, contemplando assim tudo a sua volta, e percebeu o porquê de Mandela ter perdoado quem o empurrou para cela por 27 anos, quem o castrou com martelo, mas não conseguiu perdoar a sua Esposa por um lapso de traição. Sentiu -se Pedro Mandela, mas Pedro distante da Judas e próximo de Jesus.

Moral da história

Que moral? Esta história é imoral, mas convenhamos, podemos até perdoar tudo menos o assassinato da nossa honra, e a nossa honra reside em nossa família, quando cenários similares sucedem, todos nós somos susceptíveis a cair na inércia da Zanga.

~Ab Binadre WZ

O Meu Primeiro Contacto Com O Docente Napido Foi Na Sala 1, Nesse Dia Ele Entrou De Repente, E Virou-se

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Sou uma pessoa pessoa nua aos olhos despidos.

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