Quando Tudo A Minha Volta Tornou-se Nublado, Ví No Meio Ao Nevoeiro A Taça Que Espantaria O Estado

Quando tudo a minha volta tornou-se nublado, ví no meio ao nevoeiro a taça que espantaria o estado sequioso em que me encontrava, mas, infelizmente estava no último gole, agitei o copo e havia restado mais uns bocados de vontade, apenas haviam migalhas por baixo da mesa que da qual eu acreditava ter amor, um gatilho, um soco na boca do estômago, e uma mão cheia de terra vermelha para enterrar um coração que jaz desfalecido, porém insiste em bater, porque o meu destino é ser um grande guerreiro, embora outrora estivesse perdido algures no meio ao fogo cruzado, neguei incessantemente estar desviado, só percebi que me perdi quando me encontrei sentado no esgoto, e entre os dedos indicador e máximo uma biata que queima a tocha do alcatrão de onde onde vim, porque da tragédia nasci em tempo de paz derramando suor sobre os alicerces, para que no futuro desfrutasse no apogeu, mas agora o sal das lágrimas corrói o alicerce, porque somos um passado que é achado em cada presente nosso.

~Ab Binadre WZ

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O meu primeiro contacto com o Docente Napido foi na sala 1, nesse dia ele entrou de repente, e virou-se em minha direção, com semblante firme e forte fixou-me o olhar mostrando a cara cerrada, pensei com os meus botões - o que terei feito!?? - o meu coração acelerado quase em lapsos de um acidente vascular cerebral transbordava suor de dimensões fluviais, ademais, permaneceu assim por uns longos 2 minutos, eu fingia estar a olhar o meu caderno, mas ao levantar a minha cabeça reclinada pelo peso da vergonha encontrava a sua feição facial ainda fechada. Entretanto não era absolutamente nada pessoal, ele apenas estava a pensar, e em seguida questionou: " esta é a Turma do primeiro ano do curso de Línguas?".

E eu respondi dizendo: "sim!".

Soltei um suspiro de alívio, e olhei a sala toda, houve quem soltou um riso agudo, mas para mim apenas o novo estado de espírito me confortava, e me interessava agora reanimar o meu coração da aparente paragem cardíaca. E assim foi, anos com um docente sempre na paz, mas com postura de um docente mau.

Napido tinha postura de um saldado em campo de guerra, mas era apenas um doce docente de literatura.

Passado um tempo ele foi ao Brasil, e já não mais voltava com frequência à Moçambique, e do seu círculo de amigos houve quem o fez tomar um brinde de desconfiança, é, é isso, doses e mais doses de um cocktail serpenteado de rancor, e quando voltou ao Pequeno Brasil aos poucos esqueceu o caminho da Sagrada Família, porque os 4 anos valeram-lhe um coração despedaçado em 4 pedaços. O instinto de desativador de minas que havia deixado no já remoto ano de 1992 reativou-se, dois litros de combustível eram poucos, agora sim, 10 litros davam para atear fogo, fazer aquela relíquia de pessoa que valia menos que uma lenha virar fogo, queimar até ao apogeu do obstinadamente o que ela guardava nas entranhas do seu íntimo, deixando entre ele e a esposa apenas poeira do pó mofado do antigamente.

Sentou-se segurando um cigarro entre o dedo indicador e máximo, contemplando assim tudo a sua volta, e percebeu o porquê de Mandela ter perdoado quem o empurrou para cela por 27 anos, quem o castrou com martelo, mas não conseguiu perdoar a sua Esposa por um lapso de traição. Sentiu -se Pedro Mandela, mas Pedro distante da Judas e próximo de Jesus.

Moral da história

Que moral? Esta história é imoral, mas convenhamos, podemos até perdoar tudo menos o assassinato da nossa honra, e a nossa honra reside em nossa família, quando cenários similares sucedem, todos nós somos susceptíveis a cair na inércia da Zanga.

~Ab Binadre WZ

O Meu Primeiro Contacto Com O Docente Napido Foi Na Sala 1, Nesse Dia Ele Entrou De Repente, E Virou-se

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Sou uma presença neutra, inexistente aos olhos despidos.

Abel era aparência e não Essência

O dia está muito quente, de longe consegue-se ver o calor criando vapor no alcatrão, aliado a um vento morto e uma textura diferente no céu.

Por cima do alcatrão Abel vem numa mota andando à 80 a 120 por hora, suor abafado vindo do seu corpo deixa marcas indubitáveis da sua passagem pelo local. […]

Um carro colidiu à motorizada onde vinha o Abel, uma mulher na passadeira para peões deu um grito agudo. Transeuntes e ciclistas, caídos ao chão pelo despiste fazem reinar um silêncio surdo na via, alguns pasmos e outros calmos, parece que o tempo parou, todos esperam entender o que aconteceu, mas Abel continuou posto ao alcatrão quente, desmaiado.

O alcatrão preto não conseguiu escurecer a mancha de sangue espalhada em frente ao carro, que da cabaça do Abel ensopava-se pela roupa desaguando nos pés.

Abel está como sempre com um aprumo rigoroso, bem engomado, um fato limpo e caro.

Do chão para o hospital Abel é levado, ele está numa maca envolto à um médico, e três enfermeiros, alguém precisa despí-lo para posterior observação, e nada mais que uma enfermeira que com uma tesoura corta a camisa, e depois descalça os sapatos, pasmem-se! O sapato é "pier Cardin", mas às peúgas estão mais esburacadas que um coador, nesse instante Abel murmurou ainda sonolento, expressando dificuldades nos seus gestos, justificando o motivo das peúgas estarem rotas e sujas, entretanto o médico o cala. A enfermeira continua com o seu trabalho, contudo, parece que Abel está a oferecer resistência, embora com o braço fraturado tenta impedir que lhe seja tirado a calça, aperta às pernas e segura o botão, mas o esforço foi em vão, a enfermeira consegui com ajuda dos demais tirar a calça, e mais uma novidade, a boxer do homem parecia que esteve em zona de combate na Ucrânia sob fogo cruzado de tantos buracos que ela tinha.

Moral da história? não! caro leitor, esta história é e sempre será imoral, porque ela desMORALiza, porque no mundo somos assim, alguns aparentemente boas pessoas mas com o interior diabólico, outros com aparência questionável, mas com o coração onde os anjos saltam. Então, essa história é imoral e sem moral, e continuará assim até que exterior seja o reflexo do interior.

~Ab Binadre WZ


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A vida Cobra

Nós somos os mortos no futuro, e os mortos de hoje foram os vivos no passado. Os mortos do futuro somos nós no presente.

Somos amanhã corpos imóveis sendo carregados para um velório, pessoas chorando, e flores para criar aura colorida no funeral, seremos pó e o tempo soprará a nossa existência até das mentes dos entes, deixaremos de fazer falta, às pessoas se adaptarão sem nós .

Não se ensoberbece!

Nós somos os nossos Pais no futuro, e eles são filhos no passado, portanto nós somos aquela desavença do futuro com os nossos filhos na inversão que hoje fazes para os seus pais. Somos o pai presente no presente sendo presenteado por filhos presentes no futuro.

Cuide bem de seus pais!! Repito, Cuide bem de seus pais!

Nós somos o doente no futuro com o fígado que já não metaboliza os nutrientes, porque este é o fígado do adolescente de hoje que excede no álcool, e em alimentos ácidos.

Todos morremos, mas não aprece a sua morte!

Os empregados do futuro são desempregados e frustrados no presente andando de um lado para o outro sem esperança de um emprego.

Ninguém nasce trabalhando!!

Os Intelectuais de hoje foram em tempos pessoas ignorantes, tudo têm seu tempo e seu contexto.

Muita humildade!

É tudo Karma, é tudo uma questão de Equilíbrio Cósmico.

~Ab Binadre WZ


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Sinto falta de uma ausência que não se ausentou

vazio

às vezes eu sinto a minha falta.

9 months ago

Medo

Finalmente o pôr-do-sol! Lentamente a alvorada sobre a pradaria, e o silêncio suave da noite cantava para o dia dormir, enquanto a escuridão engolia o céu grisalho-azulado, o jovem moço continuava com medo, pois de manhã em uma discussão com a feiticeira da zona, por conta de uma disputa para um lugar no rio, a velha levantou a sua mão à 90°, dobrou os outros dedos deixando simplesmente o indicador e disse: -Você vai ser devorado por um crocodilo seu estúpido.

Para o jovem era bem mais fácil não se fazer ao rio que nada o aconteceria, mas mesmo assim o medo ainda prevalecia aceso nas entranhas da sua consciência, o medo fervia dentro de si mesmo com aquele vento frio acariciando o pescoço e os seus pés, o jovem teve uma noite mal dormida e cheia de pensamentos vis.

Raios de sol clarearam o dia, e o pobre jovem moço saiu para levar a cara, pegou uma lata, daquelas latas que antes continham tinta para pintura de casas e depois usadas para uso doméstico, pois é, mas quando pegou a água para borrifar a sua face, viu um crocodilo sair do balde, este puxou-o para dentro da água, o jovem tentou sair mas o crocodilo estava puxar com mais força, e assim morreu o pobre moço. O crocodilo da Feiticeira cansou de esperar que o jovem moço viesse ao rio, e acabou indo, justificando que se Maomé não vai a montanha, a montanha vem à Maomé.

O laudo pericial confirmou que o jovem bateu com a cabeça num ferro, tendo este caído na sua nuca e bloqueado a sua cabeça no balde, dificultando assim a sua saída, e facilitando o afogamento.

Depois da velha descobrir que o medo é uma grande arma, hoje passaram a o fazer através dos meios de meios refinado.

Moral da história??? O quê? Não, não, esta história não tem moral, ela moraliza, porque os nossos medos são os nossos piores inimigos, o medo criou o crocodilo.

Nós precisamos matar os nossos medos.

O Medo de separar e começar de novo, e ter que viver uma relação abusiva, com um marido que se torna teu próprio assassino.

O Medo de... Enfim, paro por aquí, são tantos medos.

~Ab Binadre WZ


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Persona Non Grata

Vi-te saindo da relação devagar, depois de não responderes uma mensagem, quando dei por mim, eram 6 mensagens não respondidas, na 7 mensagem, respondeste, mas foram poucas palavras mal-ditas, como se a minha mensagem te causasse irritação e respondesses simplesmente por eu ter sido o que já não era.

Fui ao WhatsApp e vi-te On, mas não era comigo com quem conversavas, e foi nos pequenos detalhes em pistas, que percebi que já havia te perdido. Então hoje eu percebo que o interesse se foi junto com a importância que eu tinha para ti. E que a segunda parte do nosso romance havia chegado, e nela eu era menos que figurante, valendo menos que uma porta, e se fosse em Moçambique eu seria a versão masculina de Lurdes e tu Liloca. Porque não somos os mesmos de ontem, não seremos os mesmos amanhã. E infelizmente, o tempo não espera, e o que era tão meu perdeu-se por aí no meio ao caminho, pois na verdade não estávamos andando na mesma direção, ademais o sentimento agora é só meu, e tu podes estar também apaixonada mas não é por mim.

~Ab Binadre WZ


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Violência baseada no Homem

Um jovem aparentemente calmo fez-se ao carro que fazia o troço Recamba-Mucupia, todos estávamos parados, mas no decorrer da viagem percebi que ele ostentava uma malcriadez abominavelmente calculada à detalhe para caprichar a grande dose do líbido que pulula a sua lascívia.

Ele aproximou-se e abraçou-me pelo abdômen para garantir o equilíbrio naquele sobe-desce dos solavancos que se estendem da AquaPesca aos Abreus, era escusa, mas de nada valia insurgir-me, sentia desconforto, mas de nada valia perpetuar gélido rancor.

Ele não tirou palavra alguma, sequer saudou, apenas se esparramou por cima de mim, em instantes arrastando para cima vagarosamente a minha camisa de linho, mas eu bloqueei-o, seguidamente desculpou-se, entretanto depois de um tempo flexionou a perna à minha como se quisesse interlaçá-las às minhas, olhei-o, mas ele fingiu estar atento à grande mata nas laterais da estrada, e por mais que eu quisesse me impôr, os seus músculos e a sua altura eram ameaçadoras, por isso preferi suportar a respiração quente e morna que ele exalava abraçar desconfortavelmente o meu pescoço.

Pasmem-se! -ainda estávamos a passar Mussama - e o caminho ainda era longo [...].

(...) Sinto o pênis retezado nas minhas nadegas, o movimento encosta-afasta acompanhava o balançar leve do autocarro, facilitando assim as suas intenções. Ele mostra não perceber, enquanto finge estar mergulhado em pensamentos.

Ele acarecia-me com delicadeza, sem chamar a menor atenção, não é recíproco mas o sodomazoquismo que está perpetuado no seu consciente põe nele convicção da possibilidade de cedência da minha parte, porém sei com todas palavras que estou a ser alvo de um fratterismo ao céu aberto.

Finalmente em Mucupia, desço em frente à Macanjí, embora a paragem final está à 20 metros, tornarava-se distante, prefiro caminhar que continuar a aturar o abominável, ademais para o meu espanto o jovem olhou-me e mostrou-me a palma da mão e de seguida o indicador, como quem diz " espere-me alí", ignorei, contudo enquanto andava alguém riu-se das minhas calças, preocupado olhei-as, porah!! Às minhas calças pretas estavam brancas em lugares identificados, peguei, e era nada mais que algo estranho como ranho, branco como

lanho... [...]

Sinto-me imundo quando relembro, sinto-me subalterno e o meu corpo se tornou objecto de dúvida, vêm em mim a percepção de que a posteriori homens fortes irão parar em matas, e calculosamente violar sem piedade homens fracos até a morte, pois é, cenários como o de uma rasteira no beco escuro, deitado de barriga, uma catana afiada no pescoço, e só Deus para nós acudir...

~Ab Binadre WZ


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9 months ago

Mutumuou! A Fitê Marrumekane

De lá de Zavala, no povoado de Muchissine, o tempo repousa, congela quando no meio à noite mórbida, a tia Marrumekane reúne às donzelas e diz repetidamente: "minhas filhas, não permitam que a zanga vos faça por termo a vossa vida por conta de amor a um homem". Todas escutam mantendo um silêncio instrospetivo da antítese do caloroso e frio.

Eram 365 dias repetindo a mesma narrativa, sempre antes do contos à volta da fogueira.

Mas infelizmente a visão afiada e sólida da tia, tornou-se torpe e combalida, quando viu a sua relação definhar e esvair pelos dedos enfraquecidos pela idade, e comumente vendo às suas rugas sendo trocadas por seios que desafiam leis da física.

Tia Marrumekane posta à prova e as que ela sempre aconselhava vigilantes de camarote, ouvia-se nos corredores das matas de Muchissine discursos como: "queremos vê-la", e de facto viram-na implorando para que o marido não fosse, agora os ventos sopravam insolentes e indelicados, e em uma atitude ousada a tia Marrumekane pela primeira vez pensou num jeito de acabar com a dor, e quando o dia amanheceu encontrou-a deitada com os membros rijos, e não encontrou o mérito do que apregoava.

~Ab Binadre WZ

Bom dia Prezado Irmão e irmã.

Como forma de ajudar aos nossos irmãos em África, em Moçambique, concretamente na EP de Muanandou (Zambézia-Inhassunge), pedimos o vosso apoio, cá os alunos estudam em situações precárias e sem um aparato melhorado.

Bom Dia Prezado Irmão E Irmã.
Bom Dia Prezado Irmão E Irmã.
Bom Dia Prezado Irmão E Irmã.

Vimos em nome da vossa solidariedade, pedir encarecidamente, a doação do que estiver ao seu alcance.

Pastas, cadeiras, cadernos, canetas lápis.

Ou envio de valores para o seguinte terminal.

*Chave pix:*

12981802742

Banco: Nubank

Nome: Yuri Paulo Jossias Estevão Libombo

Contacto:+258844328264

E-mail: binadreabacar90@gmail.com


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  • certainbailiffeggsvoid
    certainbailiffeggsvoid liked this · 2 years ago
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Sou uma pessoa pessoa nua aos olhos despidos.

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