Curate, connect, and discover
pare de viver para os outros e comece a viver por você.
eu te registrei na minha alma para que eu pudesse me lembrar sempre do seu sorriso.
você me enfeitiçou feito sereia e pescador.
a sensação de poder tocar teus lábios é o meu desejo diário.
teu corpo, um templo que eu não me canso de admirar.
eu me lembro de tantas coisas sobre nós,
menos da mais importante:
que você também me quebrou e acabou indo embora.
não se recebe mais amor. não importa o quanto se doe ao mundo.
existe uma contagem regressiva num trem de ida para o fim dos tempos e tudo que fazemos é chorar.
jogar uma alma inocente, num mundo imprudente e displacente de empatia foi a pior escolha do destino.
e escolher viver com isso piora a cada manhã.
almas são corrompidas de tristeza pela ingratidão,
e continuar tentando salvar quem não procura uma cura acaba transformando esperança em amargura.
então, quem pôs os planetas em minhas mãos? elas já não aguentam mais, calejadas, seguram a anos o peso de viver - o peso de não pertencer.
- porque o mundo e você é um relacionamento unilateral, amor.
pobre criança, tanto quis se encaixar,
só pra no final perceber que nem sequer fazia parte daquele quebra-cabeça.
e eu me odeio.
e eu quero socar meu rosto.
e eu poderia bater inúmeras vezes minha cabeça contra a parede.
e a raiva é crescente dentro de mim.
e eu quero chorar.
e eu só consigo pensar que tudo isso é culpa minha.
por que, céus, a quem mais eu posso culpar pela minha infelicidade?
deveria ser eu quem controla minha vida e minhas emoções, não um sentimento estúpido que nem deveria existir.
então você chora,
mas escondido
e baixo.
no seu recanto, encolhida no canto da sua própria cama, por dentro sangrando, mas ainda aguentando.
calada.
Às vezes eu fico pensando... será que realmente existem coisas pelo qual, devemos lutar?
Ou a luta em si te atrai para continuar tentando, mesmo sendo inútil?
Será que existe mesmo uma vida sem lutas? Ou a gente investaria uma, só pela subexistência...