Ele Deu Uma Risada Sem Graça Com A Pequena Impressão Dela E Um Haltere. Pasqualina Na Academia Havia

Ele deu uma risada sem graça com a pequena impressão dela e um haltere. Pasqualina na academia havia sido provavelmente só uma miragem que um dia ele havia visto. Ele prometeu ajudá-la, mas ela nunca aparecia — sempre muito ocupada com o grupo das jasmines, margaridas, ou sabe-se o quê? Eles eram tão diferentes. "Scarlet?" Ele repetiu, com o levantar de sobrancelha, e observando o corpo dela se fechar ao falar da outra. Matteo não era do tipo que gostava de se meter no assunto dos outros, mas o jeito que Lina agia ao nome da outra lhe parecia... estranho. Normalmente, Scarlett não era uma pessoa muito... agradável, mas o que ele via não era desprezo. Era um certo tipo de agitação diferente. "Parece ter sido agradável, Lina. Bem, a gente certamente vai se ver por ai."

Ele Deu Uma Risada Sem Graça Com A Pequena Impressão Dela E Um Haltere. Pasqualina Na Academia Havia

ENCERRADO ( @khdpontos )

Movimentou a cabeça no mesmo ritmo em que as palavras saíam dos lábios de Matteo, os olhos levemente arregalados devido ao teor da frase, mas logo a expressão se desmanchou nos lábios curvados, segurando uma risada. Achou engraçado a forma como ele tinha escolhido uma palavra não ofensiva, somente por ser ela a sua interlocutora, talvez imaginasse que Lina se dissolveria em um monte de açúcar ao escutar um palavrão. "Acho que no hospital você teria ainda mais tempo livre, não? Ia ficar completamente sem treinar e tudo..." Ao mencionar o treino, simulou um movimento de musculação, como se flexionasse um halter.

Movimentou A Cabeça No Mesmo Ritmo Em Que As Palavras Saíam Dos Lábios De Matteo, Os Olhos Levemente

"Um duelo? Com facas? Meu Deus..." Ficou imaginando a cena em sua mente e ficou alguns segundos em silêncio, a cabeça levemente inclinada enquanto imaginava Matteo duelando como um espadachim. "Fico feliz que não tenha sido nada grave e, ah, eu fui com...com a Scarlet." A mudança de expressão foi evidente, ao mencionar a ruiva as sobrancelhas se curvaram e os braços se cruzaram. "Nós tivemos que tomar um chá e jantar com a senhora Castellani, ela tinha o pingente da Julieta e...Bom, foi bem agradável conhecer a senhorinha, ela não nos chamou para um duelo nem nada disso." Apesar das palavras doces, sua expressão era contraditória, ficava séria e defensiva toda vez que recordava do beijo que trocara com a menina malvada de Khadel.

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3 months ago

Matteo achou estranho que a única coisa que havia perguntado a ela havia sido ignorada. Não era como se fossem amigos. Ela havia escolhido a popularidade, aos olhos dele, e nunca se atreveria a andar com o menino esquisito, o filho da empregada. Aquela missão, aquela história mirabolante, era a única coisa que os conectavam agora. Mas não podia simplesmente virar as costas e ignorá-la. Ao menos, a empregada havia lhe dado um pouco de educação que não parecia existir com os super ricos daquela cidade. "Eu ajudo o treino de algumas pessoas como personal, às vezes," ele disse, "mas hoje eu estava só no meu," quando ele foi interrompido. "Ah, sim. De vez em quando ─ meu treino é diversificado. Mas pediram para eu substituir o seu professor que não pode vir. Vamos?"

Matteo Achou Estranho Que A única Coisa Que Havia Perguntado A Ela Havia Sido Ignorada. Não Era Como

Para Graziella, toda aquela coisa de dar um passo para o mesmo lado e continuar atrapalhando o caminho do outro era coisa de filme, simplesmente porque apenas passaria direto, sem se importar com quem estivesse a sua frente, provavelmente sendo um dos motivos de lhe acharem tão fria. No entanto, era um pouco difícil fazer isso com Matteo, quando ele era maior que si em vários sentidos. A pergunta também não ajudava muito e tudo o que a mulher fez foi suspirar e fingir que não tinha escutado, mas erguendo a cabeça para fitá-lo. "Você trabalha por aqui ou só malha? Eu tenho aula de muay thai, mas nunca fiz, estava apenas querendo dar uns socos. Você faz?"

Para Graziella, Toda Aquela Coisa De Dar Um Passo Para O Mesmo Lado E Continuar Atrapalhando O Caminho

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4 months ago
Headcanons

headcanons

A rotina matinal dele é sagrada. Acorda sempre no mesmo horário, independentemente do dia. Antes de qualquer coisa, bebe um copo d’água gelada e faz alongamentos. Se alguém interrompe esse ritual, ele passa o dia inteiro se sentindo esquisito.

Não suporta bagunça, mas vive perdendo as coisas. Seu apartamento é impecável, mas seu senso de organização é caótico. Óculos de sol, chaves e carteira somem constantemente, e ele já ficou paranoico achando que estava sendo roubado, quando na verdade tinha colocado tudo na geladeira sem perceber.

Adora frutas, mas detesta cortá-las. Bananas são sua escolha porque não precisa de faca, e maçãs são comidas inteiras, sem fatiar.

Tem um diário digital que nunca leu duas vezes. Escreve notas sobre seus pensamentos no celular, mas nunca tem coragem de reler, com medo de encarar seus sentimentos.

Odeia quando falham com ele, mas vive cancelando planos. Tem uma necessidade profunda de estabilidade emocional, mas ironicamente, quando sente que algo está ficando sério demais, é ele quem desaparece.

Evita restaurantes chiques. Prefere lugares pequenos e discretos. Tem um café favorito onde ninguém o reconhece e sempre pede o mesmo café preto forte.

Anda sempre de fones de ouvido mesmo sem música tocando, só para evitar conversas aleatórias.

Odeia a ideia de envelhecer. Cada novo fio de cabelo branco é arrancado no mesmo instante em que ele percebe.

Gosta de jogos de tabuleiro, mas joga para ganhar. Monopoly já destruiu amizades suas.

Tem medo de pequenos espaços. Elevadores o deixam desconfortável, e ele prefere sempre escadas, alegando que é para se exercitar.

Detesta ser surpreendido com abraços. Não sabe reagir e fica tenso, mas se alguém que ele confia o abraça devagar, ele relaxa e, às vezes, até fecha os olhos, aproveitando o momento.

A primeira vez que viu uma foto dele viralizar, sentiu pavor. Achou que iam zoá-lo como na escola, e demorou para entender que era admiração e desejo.

Escuta podcasts de autoajuda e motivação, mas nunca admite para ninguém.

Sempre responde mensagens mentalmente, mas esquece de responder de verdade, o que faz parecer que ele ignora as pessoas.

Gosta de perfumes amadeirados, mas tem um cheiro favorito que é absurdamente doce e que nunca admite para ninguém.

( @khdpontos )


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4 months ago
O Prefeito De Khadel Se Sente Honrado Em Ter [ MATTEO BIANCHI ] Como Morador De Sua Excêntrica Cidadezinha.
O Prefeito De Khadel Se Sente Honrado Em Ter [ MATTEO BIANCHI ] Como Morador De Sua Excêntrica Cidadezinha.

O prefeito de Khadel se sente honrado em ter [ MATTEO BIANCHI ] como morador de sua excêntrica cidadezinha. Aos seus [ 29 ] anos, ele é bastante conhecido pelos vizinhos como [ CROSSFITEIRO ]. Dizem que ele se parece com [ CHARLES MELTON ], mas é apenas um [ MODELO E INFLUENCER FITNESS ]. A ausência do amor em sua vida, deixou [ TEO ] um pouco [ EXIGENTE ] e [ EGOCÊNTRICO ], mas não lhe atormentou o suficiente para deixar de ser [ DETERMINADO] e [ LEAL ]. Esperamos que ele encontre a sua alma gêmea, quebre a maldição da cidade e consiga ser feliz!

triggers ─ menções de bullying, transtornos de aprendizagem e déficit de atenção

Giulia Bianchi queria mudar a vida da sua família. Mas um erro – ou talvez uma tentativa desesperada de sentir algo – mudou a dela primeiro. Nativa de Khadel, a maldição estava sempre presente, mas assim como sonhava em elevar o status social e financeiro da sua família, sonhava em; sentir algo como lia nos livros e via nos filmes. Claramente, a tentativa havia sido inútil. Qualquer faísca que pudesse ter achado que sentia na noite anterior havia se esvaído no amanhecer e, por sorte, o homem foi embora da cidade. Giulia, que também esperava que iria embora da cidade no começo do ano letivo para a universidade de Roma, foi pega de surpresa com os enjôos constantes, o cansaço excessivo, e não pode ignorar os sinais do iminente desastre nos seus planos.

Como todos na cidade, Matteo não era fruto do amor. Ele era uma inconveniência na história dos Bianchi. Por mais que Giulia tivesse decidido manter e cuidar do filho, não podia deixar de ser lembrada de tudo que não havia alcançado por conta da criança. Seus pais também haviam sido decepcionados pelo que acreditavam que seria o futuro brilhante da filha, mas os Bianchi acreditavam em cumprir o seu papel e assumir as consequências dos seus erros. Matteo era a consequência. 

Nascido no ápice do inverno, Teo era um bebê adorável. Apesar de não ter sido exatamente desejado, não deixava de ser uma criança encantadora, com bochechas tão redondas quanto o restante do corpo, e a pele levemente mais escura que lembrava o pai, desaparecido da vida de Giulia. Ela até tentou procurá-lo nos primeiros meses, mas não teve muito sucesso, com a família toda dele indo para fora de Khadel. Por mais que a criança não fosse parecida com os Bianchi, ele seria puramente Bianchi por fim.

Logo nos primeiros anos de vida, Teo começou a mostrar sinais de desajustamento e dificuldade de aprendizagem. Demorou mais para andar e falar que outras crianças. Não mostrava os mesmos sinais de desenvolvimento nas idades corretas. Giulia não conseguia passar tanto tempo quanto deveria com o filho, precisando trabalhar em mais de um emprego para que pudessem ter o mínimo de conforto. Definitivamente não conseguia ir com tanta frequência aos terapeutas e psicólogos infantis indicados seu causar um déficit no orçamento deles por meses.

Já no primário, não conseguia ficar parado por muito tempo para a classe, sendo constantemente enviado para a diretoria. Logo, ficou alto demais para sua idade, com os braços parecendo pesados demais para o seu controle. As roupas surradas e normalmente num tamanho menor que ele não ajudava nada para que ele se ajustasse com os colegas. Crianças podem ser francas demais, no limite do malicioso, e os comentários maldosos nunca lhes foram poupados. 

A cada ano que passava, as brincadeiras se tornavam cada vez mais maldosas. Por mais que Matteo se mantivesse calado, na dele, e sem perturbar ninguém além da sua mãe, que constantemente tinha que atender as reuniões relacionadas às suas dificuldades escolares, ele era um alvo fácil. Não revidava, escutava calado, e isso só fazia com que as outras crianças se aproveitassem mais. 

Foi numa surra particularmente dolorosa aos quinze anos que fez com que Matteo se jogasse com tudo na academia. Havia começado porque ele queria se defender. Mas, à medida que ele começou a se exercitar, Matteo descobriu coisas que nunca tivera antes: disciplina, determinação e um propósito. Nunca havia sentido como se estivesse no mundo para fazer nada, nunca se sentiu bom em nada, mas, de repente, havia encontrado algo em que se sentia capaz. E, com o tempo, as mudanças na sua aparência física se tornavam visíveis, assim como a mudança de atitude dos outros em relação a ele. 

Com isso, cada vez ele queria experimentar mais, ele queria ser melhor, mais desejado, mais bem tratado. Já não sabia se ele fazia isso porque desprezava os outros, ou porque desesperadamente precisava da aprovação dos outros. Talvez fosse culpa da maldição que não os deixasse sentir amor de verdade.

Ele foi encontrado pelas fotos e vídeos desengonçados de treino que postava e convidado a fazer alguns trabalhos de modelo, no final da adolescência. Um determinado ensaio que fez aos vinte e um anos se tornou viral, fazendo com que Matteo deixasse de ser um modelo qualquer para ser uma sensação da noite para o dia. Seu instagram explodiu e ele não sabia muito bem o que fazer, tendo que pedir ajuda de outros para conseguir administrar aquela nova vida.

Quem vê Matteo nas redes sociais encontra um modelo impecável, moldado à perfeição. Mas aqueles que ousam atravessar sua fachada cuidadosamente construída descobrem que a superfície é apenas um escudo — e que por trás dele há muito mais do que apenas um corpo esculpido. Aqueles que se atrevem a atravessar a fachada, são recebidos com uma assertividade mordaz que beira ao rude. Aos que são ainda mais atrevidos e decidem forçar o seu caminho para a vida dele, conhecem um lado muito diferente do egocêntrico narcisista que se importa apenas com a sua imagem física e descobrem um Matteo leal e dedicado, que só nunca aprendeu a confiar em alguém num nível profundo.


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2 months ago

Matteo: Eu não sei nada deles, Liv. E importa?

Matteo: E se a gente não tiver nada a ver com eles?

Olivia: Você diz nós dois como um par, certo? Se for, eu topo!

Olivia: Eu gosto do pente da Rose ou do broche da Kimberly. Você se identifica com os objetos do Jack ou do Edward?


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4 months ago

Starter fechado para @christopherd-amato

Casa comune

Como era de praxe, Matteo havia chegado ao seu habitat natural, porém mais tarde do que o seu usual. Normalmente, gostava de pegar a academia o mais vazia possível, o que lhe dava mais chances de criar conteúdo para ter durante outros momentos em que estivesse muito ocupado, mas com outros compromissos em sua agenda, ele teria que se virar com o que tinha. Uma academia cheia, beirando ao claustrofóbico, tudo porque parecia que tinha um grupo desnecessário causando o alvoroço ao invés de se exercitar. Reconheceu brevemente o semblante de Christopher no centro do grupo, quando uma das moças deu um passo para trás, num gesto exagerado e uma risada falsa que vazia seus ouvidos doerem. Ele tinha uma breve noção do que poderia estar acontecendo, Christopher sendo uma das pessoas que também foi até a cachoeira, levado por algum que nenhum deles sabia explicar. Ele não tinha muito a dizer sobre o homem. Eles tinham a mesma idade e ele era amigo do cara que mais odiava ele na cidade inteira. Seu conhecimento acabava ali.

Se antes ele tinha uma suspeita sobre o motivo do alvoroço, foi confirmado quando ouviu uma das garotas mencionar a maldição e, depois de um longo suspiro, Matteo se virou para o grupo. "Ei, Christopher," ele chamou atenção do homem, "está pronto para começar?" Não era exatamente do seu feitio salvar quase desconhecidos, mas ele sentia na pele o quão chato era a atenção que recebiam por causa da maldição. Poderia estar errado. Poderia ser que Christopher adorava a atenção. Ele era muito amigo de Camilo então não iria desconsiderar que ele tinham aquilo em comum.

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4 months ago

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Evento beneficente para os animais na Trattoria Sofia

O evento beneficente para resgate e adoção de animais era uma das coisas que Matteo não se importava de ajudar. Afinal, animais era melhor que a maioria das pessoas. Mas ao ver um pôster seu, sem camisa, segurando alguns dos filhotes disponíveis para adoção, assim que entrou na Trattoria, sentiu seu rosto aquecer e começou a questionar o porque estava ali. Já havia feito a sua parte e poderia ajudar financeiramente sem ter que estar ali presente. Ele já tinha toda a atenção que precisava sem ter que ver um segundo pôster seu, numa posição diferente, e dessa vez com gatos.

Deus, quantos outros pôsters ainda teria ali?

Pegou uma taça de champanhe do garçom que passava segurando uma travessa, mais para ter algo para manter-se ocupado do que pelo desejo de beber, afinal se ele fosse beber toda vez que estivesse desconfortável, acabaria álcoolatra e teria que dizer adeus ao corpo esculpido pelas longas horas de treino e disciplina. Avistou, mais distante um terceiro e, aparentemente, último pôster, mas para sua infelicidade também avistou a última pessoa que gostaria de ver.

Sua última (infeliz) interação com Camilo havia sido naquele dia fatídico na cascata. Para sua felicidade, seus caminhos eram completamente diferentes e não havia interceções nos seu dia a dia. Então, ele não precisava ficar escutando Camilo fazendo piada com tudo que fazia, ou deixava de fazer. Abaixou a cabeça e tentou virar o mais rápido possível para não estar no campo de visão do outro. O que menos precisavam era causar uma cena, ou um assassinato.

Starter Fechado Para @miloricci

( @khdpontos )


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4 months ago

Foram sete anos. Matteo gostaria de pensar que ele não era a mesma pessoa que sete anos atrás, mas a sua mente ultra focada em um único objetivo poderia ter deixado ele tão alheio em outros assuntos, e assim não tendo evoluído tanto quanto imaginava ou gostaria. Não podia julgar todos que o consideravam um grande obtuso, porque se fosse honesto consigo mesmo, parecia que a única coisa aonde ele realmente fazia um progresso tangível era no tamanho do seu bíceps. Mas faria alguma diferença? Se desse abertura ou não as pessoas ao seu redor, tudo acabaria da mesma forma. Exatamente daquela forma em que se encontravam, reconectando após anos de um momento decisivo. Ao menos, como lidava com tudo aquilo lhe poupava da vergonha que estava sentindo naquele momento. Não parecia ter sido a intenção, mas não sentiu que a alfinetada havia sido menos mordaz pela falta de intenção. Às vezes as palavras poderia doer mesmo quando bem intencionadas, ainda mais quando eram verdadeiras. Afastar Olivia havia sido uma intenção deliberada, mas ao mesmo tempo um reflexo automático do sentimento de repulsa interno. Como ela, ele também não soube lidar com aquilo. Ousaria dizer que se sentisse aquilo naquele momento, continuaria sem saber lidar. Talvez não se escondesse, mas talvez sua resposta seria tão rudimentar quanto dava para todas as outras pessoas. Talvez se ele conseguisse tratá-la como qualquer outra pessoa seu desconforto seria apaziguado, afinal, Matteo não se importava com os outros. Mas se importava com Liv. "É..." Concordou, levando uma mão para trás da nuca num gesto de desconforto. Aquela conversa era certamente mais esmagadora que todos os cem kilos que podia levantar em um agachamento. As palavras que estavam engasgadas em sua garganta teimavam em não sair. Nunca havia sido bom com as palavras. "Eu também deveria ter ido conversar com você," Matteo não conseguia perceber se o som meio entrecortado era apenas um figmento da sua imaginação, que não conseguia consciliar com as palavras que saiam da sua boca ou se realmente soava esganiçado porque não acreditava que estava falando aquilo. Ou ainda pior, não conseguia falar aquelas palavras com facilidade. Nunca foi o seu forte. "Você acredita naquilo?" Matteo perguntou incisivamente, mesmo que deixasse o significado pairar entre eles. Falar exatamente sobre o que se referia talvez deixasse as coisas reais demais. Porém, deveria ser esse o motivo para que ela depois de tanto tempo voltasse a sua atmosfera, não era? Olivia e Matteo eram quase como água e óleo, mesmo que o feed curado do instagram pudesse fazê-los parecer almas gêmeas e as aparências físicas fosse significantes, eles eram muito diferentes. Ela era aberta e espontânea, poderia até ser uma fachada, mas Liv gostava da atenção. Enquanto para Matteo, a atenção era quase um fardo. Ele tinha que manter o interesse alheio para o seu próprio bem financeiro, mas como os outros testavam sua paciência. Mesmo com as suas respostas ríspidas ele não conseguia paz. Apesar de opostos, isso não queria dizer que não pudessem... ser algo. O que quer que aquele algo fosse. Ou foram. Ainda não sabia bem definir. Tudo havia sido infinitamente mais fácil quando eram um acordo de benefício mútuo.

Foram Sete Anos. Matteo Gostaria De Pensar Que Ele Não Era A Mesma Pessoa Que Sete Anos Atrás, Mas

Observou o gesto de Matteo – sempre no controle, sempre metódico. Mas agora, a Olivia que se encontrava diante dele não era mais a mesma, e ela sentia uma estranha mistura de nostalgia e frustração ao encará-lo. Ele continuava com a sua aparência imutável, mas havia algo nos seus olhos que ela reconhecia: o desconforto, a sensação de que ele estava tentando se esconder de alguma coisa, ou de alguém – neste caso, dela. Ela se forçou a desviar o olhar por um instante. Precisava encontrar palavras, mas elas estavam presas em sua garganta. O simples “é bom vê-la novamente” a atingiu de forma inesperada. Aquilo parecia tão... vazio. Por um momento, Olivia quase quis revidar. Dizer algo frio, como fazia com os outros, mas uma parte dela queria que fosse diferente agora. E ela pensou se ele estava esperando por isso. Olhou para ele novamente, com mais intensidade, buscando alguma resposta nas expressões contidas dele. “Então...?” Ele tentava puxar a conversa, mas parecia distante, desconectado, e isso a incomodava. Ela respirou fundo. “ Eu sei que não fui fácil de lidar. ” disse ela, as palavras saindo mais suaves do que imaginara, a voz baixa torcendo para que apenas ele pudesse ouvi-la. “ Aquela coisa toda, a mensagem fria e impessoal, o término... Eu deveria ter sido mais honesta com você. ” Não que ele tenha sido, também, ela pensou. Sentiu o peso das palavras, como se um peso tivesse sido tirado de seu peito. “ Acho que ambos fomos imaturos naquela época. Fui impulsiva, não pensei nas consequências, e você... foi distante, como sempre. ” Olivia baixou os olhos por um momento, observando os próprios dedos se entrelaçarem entre si. Um ato de nervosismo que não era comum vê-la reproduzindo, sempre tão autêntica e confiante. Não queria que sua vulnerabilidade transparecesse demais, então ergueu o rosto novamente. “ Eu sei que não foi certo, mas acredite, naquela época, eu não sabia o que fazer. Não sabia como lidar com tudo o que estava acontecendo dentro de mim. ” Ainda soava enigmática, incerta se deveria se abrir tanto com ele, ali em público, na primeira conversa, sem sequer saber se ele sentia o mesmo arrependimento por suas ações. Dessa vez, o seu olhar era firme, como a Olivia cheia de si que todos conheciam. “ Eu só queria que você soubesse que... eu lamento. Lamento como terminei tudo, lamento como agi. Eu não deveria ter feito aquilo, nem daquela forma. ” Havia uma sinceridade em suas palavras, um lado dela que não costumava deixar transparecer. E, céus, como ela torcia para que ele dissesse algo semelhante. Que também se arrependia de como respondeu àquela mensagem, que concordava que o término foi abrupto e, quem sabe, os dois não merecessem uma segunda chance.

Observou O Gesto De Matteo – Sempre No Controle, Sempre Metódico. Mas Agora, A Olivia Que Se Encontrava

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4 months ago

Deu um sorriso de satisfação ao ouvi-lo dizer que aquele era seu inferno pessoal. Não havia sido a sua intenção, porém Matteo deveria se parabenizar todas as vezes que acidentalmente destruía o humor de Camilo. Não que fosse difícil. Sua mera existência parecia encher o saco do outro. O sentimento era mútuo, mas ao contrário de Camilo, ele não saia do seu caminho para atormentá-lo, como sentia que seu nêmesis fazia. Parte dele achava que Camilo se divertia com aquilo, assim como as crianças que adoravam fazer bullying no passado. Então poderia ser que o que ele dizia ali era apenas para atingi-lo e não se importava com as imagens. Porém, se tivesse a mínima chance de que ele realmente estivesse incomodado, Matteo passaria o resto da noite ao lado de uma das fotos. Encarou o champanhe em sua mão, tentado a virá-lo de uma só vez, mas se bebesse todas às vezes que Milo enchesse seu saco, estaria em Sodoma na depravação, onde Camilo Ricci era o prefeito. Ao contrário do outro, Matteo era muito disciplinado para cair naquela tentação. A sua disciplina era o que havia ajudado-o a chegar aonde havia chegado e conquistar o que tinha. As pessoas como Camilo tinham tudo, desde sempre, então era fácil acreditar que o mundo devia algo a eles. Não podiam ser mais diferentes. "Bem, Camilo, você não precisa ficar aqui. Pode fazer sua generosa contribuição e ir pular a cerca de alguma mulher casada," alfinetou, apesar de não ser nada além da realidade.

Naquele instante, Matteo adoraria ter alguns pontos a menos no QI para sequer perceber que o homem falava com ele. Seria tão mais fácil ignorá-lo. Matteo forçou um sorriso, questionando-se poderia ignorá-lo de alguma forma, mas Camilo sabia muito bem como fazer sua presença ser impossível de desconsider. Se soubesse que Camilo estava envolvido de alguma forma com aquele evento, ele teria mandado enfiar o contrato em um lugar desagradável, mas em nenhuma das suas negociações, o que ele admitia não foram muitas já que a maior parte do que fez havia sido sem nenhuma forma de pagamento, ele desconfiou que Camilo estava envolvido com isso. Afinal, a única coisa pela qual o homem se importava era ele mesmo. 'Vira-lata são os que mais causam comoção'. Era ridículo que as palavras de Camilo pudessem o afetar quando ele detestava o homem. Se tinham uma personificação de tudo que Matteo não gostaria de ser, era Camilo. Libertinagem vestido em ternos que valiam mais que o salário anual da sua mãe, falta de senso comum e uma capacidade de irritar provavelmente até o mais calmo entre os residentes de Khadel. Por que alguém iria querer ser como Camilo? A única coisa que poderia pensar era pelo dinheiro, mas a maioria dos residentes em Khadel eram bem afortunados e aos que não eram, como ele... Existiam certas coisas que o dinheiro não comprava e o seu caráter era uma delas. Mas as palavras dele eram como agulhas perfurando seus ouvidos, um lembrete que ele nunca se encaixou e, não importava o quanto mudasse, não se encaixaria. Apesar de entender e sua mente inquieta está sempre numa velocidade máxima, ele não conseguia pensar em nada para responder. Chegou a abrir a boca para falar algo, mas não tinha uma resposta ácida como seu oponente. Esse não era seu forte. Mas seu forte poderia ser apenas ser melhor que Camilo. Nada iria enfurecê-lo mais se ele não engajasse. "Mudar seu comportamento? Não sabia que você conseguia ter um comportamento diferente de um adolescente com tesão." Distrair, divergir, mudar o assunto como se tivesse desinteressado.

Deu Um Sorriso De Satisfação Ao Ouvi-lo Dizer Que Aquele Era Seu Inferno Pessoal. Não Havia Sido A

camilo levava pouquíssimas coisas a sério: seu guarda roupa, e o cuidado com os animais. era por isso que adentrava o local ajustando seu terno impecável, pronto para fazer valer as próximas horas naquele evento. uma coisa havia aprendido: havia burocracia demais na benfeitoria. ele tinha dinheiro suficiente para resolver inúmeros problemas; mas sempre haveriam obstáculos no meio do caminho. e por obstáculos, é claro, referia-se à corrupção terrivelmente enraizada em qualquer meio. era um dos motivos, afinal, de apreciar o controle sobre a própria fazenda, visto que tudo ali era de fato em prol dos animais resgatados. infelizmente, camilo não podia comportar todos os animais do mundo no local, e para ajudar os tantos outros fora de seu alcance, não podia se dar ao luxo de uma abordagem simplista e ingenuamente otimista. um grande evento, repleto de pessoas importantes e reconhecido pela mídia, era a melhor maneira de exigir uma prestação de contas por parte dos órgãos envolvidos. ricci sabia que no final, certa parte do valor arrecadado jamais atingiria o objetivo final e nobre — mas assim, pelo menos, podia garantir que a maioria o faria.

a organização não fora de sua exclusiva responsabilidade, embora estivesse envolvido no evento desde o começo. especialmente com as mais recentes descobertas, devia admitir que fora mais relapso do que gostaria nas últimas semanas. prometeu a si mesmo que compensaria ao garantir o sucesso daquele evento. ao parar diante do pôster ridículo em tamanho desconfortável, quase se arrependeu da promessa. com as mãos no bolso, encarou a foto, incomodado. o que aquele idiota tinha a ver com o evento? quem tomou a decisão? “alina” camilo chamou a jovem organizadora, que tirou os olhos de sua prancheta por meio segundo. “o que essa foto está fazendo na parede?” ela pareceu mais confusa que o homem, antes de explicar que matteo era praticamente o garoto propaganda de todo o evento, além é claro do próprio ricci. ainda o relembrou que havia alinhado os detalhes da campanha com camilo há vários dias. ele torceu o nariz ao se recordar que alina o havia ligado justamente no fatídico dia da cascata, em que ele simplesmente não conseguira prestar atenção em nada além do ocorrido. ‘você só disse ‘tanto faz, alina, escolha o que for melhor pra campanha’. bom, o melhor é ele. batemos um ótimo número nas redes sociais e as doações foram significativas.’ camilo revirou os olhos. o melhor é ele. aquele idiota tinha que se enfiar em mais um assunto seu? matteo podia ter ajudado na arrecadação virtual, mas eram os contatos de camilo que faziam as doações substanciais. alina atendeu alguém no celular e saiu andando, bem a tempo de camilo avistar a última pessoa que gostaria de ver.

“isso aqui está dolorosamente parecido com meu inferno pessoal.” disse, apontando para as diversas versões do homem espalhadas pelo recinto. particularmente, a foto com o gato o fazia querer arrancar os olhos fora. “e se for uma amostra grátis do que me espera lá embaixo, talvez seja melhor começar a mudar meu comportamento.” enquanto falava, aceitou uma garrafa de champanhe que lhe fora oferecida. “por mais que eu vá ter pesadelos com essas poses ridículas, admito que você foi uma boa escolha, sabia? vira-latas são os que mais causam comoção mesmo” o sorriso nada combinava com o tom áspero e os dizeres rudes. “ah, desculpa. acho que pra entender sarcasmo é preciso de um QI um pouco mais alto. não se preocupe, na próxima vez que eu te insultar, farei num nível compreensível a uma criança de cinco anos”

Camilo Levava Pouquíssimas Coisas A Sério: Seu Guarda Roupa, E O Cuidado Com Os Animais. Era Por Isso

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4 months ago

Estava andando em direção à Casa Comune para pegar a vespa esquecida na noite fatídica. Ainda sentia que estava andando numa nuvem, assistindo uma versão da história do qual ele era um espectator e personagem principal de alguma forma estranha. Não sabia o que sentir ou o que fazer, apenas deixava que seus pés o guiasse enquanto a mente vagava. Talvez pudesse formar um plano. Talvez fosse ouvir a voz novamente, ou tivesse outro sinal de onde precisava ir... E, de certa forma, o teve quando mãos pequenas e suaves se fecharam sob o seu bíceps de forma ágil e antes que ele percebesse, estava sendo raptado de maneira incomum. Demorou um tempo para perceber quem era o autor de tal ato curioso. Gianna era o grande enigma da cidade. Era fácil apostar que ela podia ser a alma gêmea deles ─ isso é, se acreditasse na história da maldição. Ela era a única peça da qual eles não sabiam muito, então era fácil imaginar que ela se encaixava, muito mais do que pensar em qualquer um daqueles com quem havia passado por ele a vida inteira. Não deveria sentir algo tão forte por sua alma gêmea que deveria ter percebido se ela estivesse ao seu redor o tempo todo? Mas era impossível que a Gianna fosse a alma gêmea de todos, então era um castelo de cartas. Matteo abriu a boca para protestar, porque ele certamente não era o culpado de estarem na cachoeira, certamente não precisava pagar por nada, e estava tão perdido quanto ela em toda a história. Matteo adoraria conseguir entender toda aquela história, mas ele era apenas uma das peças do quebra-cabeça e, se dependesse dos outros, duvidava que iriam para qualquer lugar. Porém, notou que o teatro dela havia atraído mais olhares do que ele gostaria e toda aquela história já atraia mais atenção do que ele gostava. Ao contrário do que poderia parecer, influencer era apenas um título e um trabalho. Matteo preferia ser deixado em paz. Levantou uma sobrancelha, vendo a performance que ela parecia colocar não apenas para ele. "E o que exatamente você esperava?" Perguntou com uma leve curiosidade pela forrasteira enquanto seus olhos viajavam pelo local. Não ia ali há anos... Ele não podia comer nada naquele lugar. Seria péssimo para a sua rotina de treinos. Mas não ganharia nada discutindo com a mulher. E, dessa forma, poderia também matar alguma curiosidade que toda a cidade nutria pela novata.

Estava Andando Em Direção à Casa Comune Para Pegar A Vespa Esquecida Na Noite Fatídica. Ainda Sentia

❛ para : @thematteobianchi . ❛ ambientação : dolce freddo gelateria .

Havia uma regra silenciosa que Gianna estava seguindo à risca desde aquela noite inusitada compartilhada, que era intervir na vida dos que a acompanharam da maneira mais caótica possível. Mas, naquele momento, ela se via diante de um dilema. Os donos da Pensione haviam estendido um convite dos proprietários da Dolce Freddo, um encontro pensado para adoçar a tarde dela e de uma de suas possíveis almas gêmeas, porém sem tempo algum para elaborar uma maneira certa de tentar qualquer um dos nove, cogitou simplesmente aparecer sozinha e fingir que um deles a havia deixado esperando. A verdade era que, com os anos na Polizia – mesmo sem ter sido oficialmente parte da força –, ela havia aprendido a abdicar de quase todo açúcar como parte do condicionamento. Os treinos começaram logo em seguida, como algo que ela fazia às escondidas, mas logo se tornaram parte de sua rotina, uma chave que a inseriu no círculo dos oficiais. E seu paladar, antes inclinado ao doce, agora preferia o ácido – como seu humor, mas ainda assim, não poderia perder a oportunidade de provar o famoso gelato di mandarino, que prometia ser divino, nem as balas de lemoncella e mirtillo rosso, sabores que a transportavam diretamente à infância.

Sem outra opção se não seguir com o plano de se passar por uma alma sem par, rumou para a gelateria, o caminho já gravado em sua mente, quando, ao se aproximar da fachada repleta de cores suaves, mas chamativas, avistou Matteo Bianchi. E, como se uma lâmpada acendesse em sua mente, soube exatamente o que fazer. Das suas observações na cascata, Matteo parecia o patinho feio do grupo – e não no sentido literal, é claro. Pelo contrário, parecia que ela havia entrado para um seleto clube da beleza de Khadel naquela iniciação. Mas, diferente dos demais, ele se mantinha isolado, mais reticente até mesmo do que Aaron, embora corresse o rumor de que seu único contato mais próximo fosse com o tal lobo solitário – Gianna parecia ter quebrado aquela barreira rápido demais. O detalhe que a intrigava, além da apatia instigante, era a relação com a musa, um fato sussurrado por toda parte. Oh, sim, aquela era a oportunidade perfeita, seria um prazer contornar a disposição taciturna do influencer.

Cortando a distância entre eles com passos quase felinos, fechou ambas as palmas sobre o antebraço masculino e, sem cerimônia, puxou-o em direção à porta decorada. ⸺ Matteo Bianchi, pensei que ia me abandonar e me deixar desolada pela sua ausência . — dramatizou em um sussurro teatral, mais alto do que se falasse normalmente, contando com o elemento surpresa. Francamente? A Montalbano não se importava se ele protestasse, a atenção de toda Khadel já estava sobre eles, e aquilo precisava valer de alguma coisa. Aproximou-se, o tom ligeiramente mais baixo, apenas para que ele ouvisse. ⸺ Considere esse o seu pagamento por terem me arrastado para aquela cachoeira no meio da noite . — uma piscadela pontuou a frase antes que ela se afastasse o suficiente para ser socialmente aceitável ao passarem pelo limiar colorido. ⸺ Hm, wow, não era bem isso que eu estava esperando . — o olhar passeou pelo interior em genuína curiosidade e surpresa, a Freddo parecia um mini cenário saído direto de A Fantástica Fábrica de Chocolates, se ela fosse uma fábrica de gelati.

@khdpontos


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