#butterfly
“Faça o bem para si e acredite: ninguém vai se chatear com isso.
Negue-se a participar de coisas em que não acredita ou que simplesmente o aborrecem.
Presenteie-se com boa música, bons livros e boas conversas.
Não troque sua paz por encenação.
Não faça nada que x desagrade só para agradar aos outros.
Mas seja gentil e educado, isso reforça laços e está incluído no projeto ‘ser amigo de si mesmo’.”
— Martha Medeiros.
Sim, eu sou radical no que diz respeito ao Feminino! Pra falar sobre ele com propriedade... há que SER mulher. Pra saber o que é ser mulher, não basta conviver com uma, porque isso apenas mostra COMO É ser mulher. Há que sentir as luas dentro, não apenas saber como funciona os ciclos. Há que menstruar, não apenas conhecer sobre nosso sangue. Há que Ser água, há que Ser intensa. Falar sobre o feminino pode. Dizer que conhece mais do que Nós mulheres, ai não. Um homem pode até mesmo conhecer todo o desenho do mapa do que é feminino. Mas há que ser mulher para conhecer o território. Há que se caminhar em nossos sapatos. Há que viver nossos momentos. Há que parir, ainda que a si própria. Há que viver as dores, conhecer as alegrias, saber o que é nutrir no seio sagrado de nosso corpo. Você, como homem pode conhecer o desenho, mas quem os cria somos nós, com os pincéis de nossos cabelos trançados. Há que trilhar o caminho de nossas rendas de amor. Há que tecer a vida suavemente com os fios da teia formada por nosso útero. Há que trocar com a terra, todos os meses, a sabedoria da vida; Há que acolher as dores alheias. Há que dançar a dança da vida com a delicadeza das pétalas de rosas. Há que se Ter útero. Há que Ser Fêmea. Há que SER MULHER.
************************************************************************
*Poesia de Rose Kareemi Ponce postado em 12 de dezembro de 2015 no blog Nosso Feminino Sagrado, disponível em: http://nossosagradofeminino.blogspot.com/2015/12/sim-eu-sou-radical-no-que-diz-respeito.html?spref=pi
"Uma dose diária de loucura é o remédio pra vida" 🔥❤️🔥🔥
African Girl by Kevin Jjagwe
#flowers #inlove #mycolors
Dark flowers appreciation post
Mãe! eu volto a te ver na antiga sala onde uma noite te deixei sem fala dizendo adeus como quem vai morrer. E me viste sumir pela neblina, porque a sina das mães é esta sina: amar, cuidar, criar, depois... perder.
Perder o filho é como achar a morte. Perder o filho quando, grande e forte, já podia ampará-la e compensá-la. Mas nesse instante uma mulher bonita, sorrindo, o rouba, e a velha mãe aflita ainda se volta para abençoá-la Assim parti, e nos abençoaste. Fui esquecer o bem que me ensinaste, fui para o mundo me deseducar. E tu ficaste num silêncio frio, olhando o leito que eu deixei vazio, cantando uma cantiga de ninar. Hoje volto coberto de poeira e te encontro quietinha na cadeira, a cabeça pendida sobre o peito. Quero beijar-te a fronte, e não me atrevo. Quero acordar-te, mas não sei se devo, não sinto que me caiba este direito. O direito de dar-te este desgosto, de te mostrar nas rugas do meu rosto toda a miséria que me aconteceu. E quando vires a expressão horrível da minha máscara irreconhecível, minha voz rouca murmurar: ''Sou eu!" Eu bebi na taberna dos cretinos, eu brandi o punhal dos assassinos, eu andei pelo braço dos canalhas. Eu fui jogral em todas as comédias, eu fui vilão em todas as tragédias, eu fui covarde em todas as batalhas. Eu te esqueci: as mães são esquecidas. Vivi a vida, vivi muitas vidas, e só agora, quando chego ao fim, traído pela última esperança, e só agora quando a dor me alcança lembro quem nunca se esqueceu de mim. Não! Eu devo voltar, ser esquecido. Mas que foi? De repente ouço um ruído; a cadeira rangeu; é tarde agora! Minha mãe se levanta abrindo os braços e, me envolvendo num milhão de abraços, rendendo graças, diz: "Meu filho!", e chora. E chora e treme como fala e ri, e parece que Deus entrou aqui, em vez de o último dos condenados. E o seu pranto rolando em minha face quase é como se o Céu me perdoasse, me limpasse de todos os pecados. Mãe! Nos teus braços eu me transfiguro. Lembro que fui criança, que fui puro. Sim, tenho mãe! E esta ventura é tanta que eu compreendo o que significa: o filho é pobre, mas a mãe é rica! O filho é homem, mas a mãe é santa! Santa que eu fiz envelhecer sofrendo, mas que me beija como agradecendo toda a dor que por mim lhe foi causada. Dos mundos onde andei nada te trouxe, mas tu me olhas num olhar tão doce que, nada tendo, não te falta nada. Dia das Mães! É o dia da bondade maior que todo o mal da humanidade purificada num amor fecundo. Por mais que o homem seja um mesquinho, enquanto a Mãe cantar junto a um bercinho cantará a esperança para o mundo!
Giuseppe Ghiaroni