O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.
Fernando Pessoa
Brazilian Retreat, Rio de Janeiro,
Andre Mellone Interior Design,
Andrade Morettin Arquitetos
Reza. Entrega teu coração à Mãe e abençoa Faz de teu coração morada do sagrado Usa de tuas mãos para abençoar Faz tua luz brilhar nos caminhos escuros Acolhe. Entrega tuas mãos ao serviço da paz Faz da tua vida um manifesto ao Amor Usa teus braços para aquecer os enfermos Faz de teus passos medicina Ama. Entrega teu amor em cesta florida Faz de teu sorriso curativo Usa teus dons para sanar almas Faz de tua vida estrela Brilha e ilumina.
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*Poesia de Rose Kareemi Ponce postado em 12 de dezembro de 2015 no blog Nosso Feminino Sagrado, disponível em: http://nossosagradofeminino.blogspot.com/search?updated-max=2020-06-19T09:39:00-07:00&max-results=5
O ordinário do cotidiano nos rouba o olhar sobre as belezas da vida.
Desde que nos mudamos para um bairro próximo da praia escolhemos ir e voltar do trabalho pela Avenida Litorânea a fim de contemplar o belo cenário que ela proporciona.
O mar... ah, aquele mar... (Nosso mar não é azul ou verde, mas tem sua beleza particular). A larga faixa de areia, navios no horizonte, dias de sol, dias nublados, dunas cobertas de vegetação, dias de chuva, dias de céu azul, vez ou outra – nuvens, pôr do sol, kitesurfers, caminhantes... todos os dias um cenário pleno de belezas.
Mas, quase dois anos se passaram e toda a beleza se tornou ordinária.
Os olhos que antes a enxergavam, agora apenas a veem.
O mar tornou-se apenas um mar.
Porém, vez ou outra ele se revolta e se agita reclamando a atenção que antes a ele se dedicara e, diga-se de passagem, muito merecida.
Nestes dias ele se torna extraordinário e avança como se quisesse alcançar a Avenida e seduz os olhares transeuntes com seu balé de ondas. E vence.
Nestes dias - e em dias seguintes - os olhos voltam a enxergar a plenitude da beleza escolhida para contemplar e o mar reina com toda a sua majestade até que os olhos se esvaiam novamente pelo comum.
E fica-nos o desafio cotidiano de esforçarmo-nos a não esperar para contemplar o extraordinário e dedicarmo-nos a apreciar todos os dias o implícito no ordinário, porque lá nossos olhares reencontrarão muitas belezas.
Por: Tereza Cantanhêde
(imagens: acervo pessoal)
Black Bat Flower
(tacca chantrieri)
“Faça o bem para si e acredite: ninguém vai se chatear com isso.
Negue-se a participar de coisas em que não acredita ou que simplesmente o aborrecem.
Presenteie-se com boa música, bons livros e boas conversas.
Não troque sua paz por encenação.
Não faça nada que x desagrade só para agradar aos outros.
Mas seja gentil e educado, isso reforça laços e está incluído no projeto ‘ser amigo de si mesmo’.”
— Martha Medeiros.