obrigado por deixar eu me apaixonar por você, sei que não fez por querer, mas fez, e o que conta é o corpo indo dormir querendo saber das músicas que você anda ouvindo, e tá tudo bem, pois um novo nome nos pensamentos tem feito os dias mais leves, me deixando ver formas de animais em nuvens que até outro dia eram apenas nuvens, mesmo que a paixão seja coisa minha. aliás, acho ótimo que seja somente minha, ela faz um par perfeito com a solidão, é lindo o encontro, as duas passam a noite brincando de fazer poesia. e todas, absolutamente todas, são para você.
"O indivíduo bem equilibrado é insano"
Perdoe-me, padre, pois eu pequei. Pequei ao conhecer o diabo e chamar por ele. Eu o vi, padre, olhei em seus olhos, deixe-me ser encantada por ele. Eu desejei por ele e intimamente, passei a querer que ele me desejasse também. Perdoe-me, padre, por ignorar o chamado divino, ajoelhar-me como uma santa e orar por graças, enquanto sentia-me ser abençoada pelo espírito e, ao invés disso, eu toquei-me com sofreguidão nas noites solitárias pensando em como ele me pegaria forte por trás e sussurraria as depravações que faria comigo durante as luas cheias, roubando-me a pureza, maculando-me a fé e fazendo de mim uma profana. Eu tentei, padre, manter-me casta aos olhos do pai, mas aquele cujo a intensidade no olhar que devoravam-me todas as vezes que via-me em um corredor ou outro, foi demais para mim, que nada sei, além de querê-lo dentro de mim, preenchendo-me impiedosamente, como uma vagabunda. Perdoe-me padre, por dar ouvidos ao diabo que sorria sedutoramente enquanto chamava-me de coelhinha. Coelhinha, padre, porque para ele, eu era a maldita presa, deleitando-me nas inverdades que ele segredava á mim quando acusava-me de ser ardilosa; a serpente do Éden, criando em mim a falsa sensação de ser perigosa, quando na verdade Eva era minha verdadeira face. Mas eu enganei-me, padre, enganei-me para me sustentar em uma crença que já não mais existia, e para entender que, eu acabara de me despir imoralmente libidinosa e dançar devassamente ao altar do Diabo, enquanto entregava a ele minh'alma.
— b.m
lembra da ultima vez que a gente discutiu? as vezes tenho uns lapsos, porque entre todas, se você me perguntar como e porquê começou, eu não lembro. e não porquê não me importo, é que naquele momento, tem algo te puxando pra longe e eu me desespero. sinto de forma genuína, nós gritamos um com o outro, mas ninguém ouve. nossos corações estão se afastando, e isso dói. — eu sei, disse que não faria isso novamente, mas estou aqui me lamentando como um herói que não conseguiu salvar o mundo, mas era eu quem precisava ser salvo.
Oh, you fill my head with pieces of a song I can't get out!
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