em Praia Grande Jardim Anhanguera https://www.instagram.com/p/CEQZST-nTnF_Lz79AzwlEtnMnhQZwGPdWEDENE0/?igshid=j2mkbk5yi9zj
Viva! https://www.instagram.com/p/B44qwPkgrbDCf0NflEgpRXnMqf6rfHXokFrEqo0/?igshid=byj1ynbiktzn
“É difícil encontrar quem diz o que pensa, assim, sem rodeios ou disfarces amigáveis. Pensar, apesar de simples, não é um exercício feito para todos. E dizer o que pensa - não o que parece ser conveniente - é um trabalho árduo para poucos. O mundo parece se calar diante do próprio mundo. Opiniões contrárias não são bem vindas, e por isso também não são expostas. Eles querem que você pense igual, sem questionar o porquê. Ou melhor: Eles querem que você não pense, assim jamais questionará nada. Quem tenta gritar para as flores quando centenas gritam para as montanhas é passado despercebido, é passado como louco, é passado pro passado. A gente perdeu uma capacidade essencial: Ouvir. E não me refiro apenas ao que está a nossa volta, como as buzinas dos carros ou os o barulho do mar. Eu me refiro a escutar o que, na maioria das vezes, sequer tem algum barulho. Como escutar o ruído baixinho enquanto trovões bombardeiam o céu. E o ruído somos nós mesmos, enquanto os trovões são todos aqueles nos privam de sermos o que somos. Por isso, chega. Chega de se excluir. Chega de dizer que está suficiente, quando na verdade está uma porcaria. Chega de sorrir amarelo pros tapas na cara sem piedade. Chega de esconder o rosto por vergonha, a alma por pudor e a voz por educação. Não deixemos que nos calem com panos cobertos de falsidade. Diga o que precisa quando achar preciso. Não balance a cabeça concordando com tudo, porque discordar também é um direito seu. E ter opinião própria é um direito de todos.”
— Capitule.
“Desisto de você, mas não desisto de nós. Desisto da pessoa que você se tornou. Desisto do que esse sentimento me fez tornar. Desisto do “você” antes do “eu” em qualquer hipótese. Desisto dessas tentativas sempre falhas. Desisto de passar noites em claro, tentando descobrir onde foi que errei. Desisto de acreditar que o erro foi meu. Desisto até dessa esperança que me mantém. Desisto desse seu olhar que sempre enxergou o supérfluo e cegou-se diante ao necessário. Desisto desses seus pés que te guiaram para longe daqui, e que não são capazes de traze-lo novamente. Desisto dessa sua boca, que sempre gritou aos quatro cantos o quão nobre era o amor, e calou-se quando ofereci o meu. Desisto! Mas desisto de você, não de nós.”
— Relatos de Tess.
é assustador e desconcertante estranhar-se ao ponto de recusar a si próprio. é preocupante se olhar no espelho e não aceitar nada daquilo que é refletido ali.
dos traços da face ao peso e aspectos de um corpo único como o meu, por muitos anos não me agradaram e nem me permitiram ser quem sou sem que a vergonha e a repulsa me atingissem violentamente.
me culpei e judiei de mim das maneiras mais cruéis possíveis. me isolei e até me proibi de amar e ser amado por quem quer que fosse. demorou para que eu começasse a me olhar com mais empatia, carinho, e criasse uma afetividade genuína por mim e pelo meu próprio corpo.
por muito tempo mirei e foquei a minha atenção na direção errada. na sociedade há diversos padrões, e eu queria a todo custo me forçar a entrar em pelo menos um deles. contudo foi esse ‘forçar’ que me custou as forças para me erguer a cada tombo de decepção que eu levava.
ouvi coisas absurdas, permiti outras por autossabotagem e continuei nesse ciclo sem fim de sentir pena de mim e me colocar em locais e situações que poderiam ser evitadas. tudo isso por culpa minha e de uma sociedade inclusiva apenas na fachada, porque na realidade é outra coisa totalmente diferente.
eu quis ser aceito, mas não me aceitei primeiro. eu quis me inspirar, mas só seguia gente longe de minha realidade nas redes sociais.
demorou mas mudei o meu pensamento a respeito de quem sou, mudei meus círculos sociais e comecei a acompanhar conteúdos de gente como eu, que pensa como eu e que tem vivências/experiências edificantes para construir e consolidar o meu caráter.
finalmente aprendi com as pedradas, mesmo que hoje eu prefira não ter passado nem por 5% do que passei, no entanto, aconteceu e tudo favoreceu de alguma forma no final das contas.
consegui mirar a minha atenção na direção correta e com o apoio de gente que eu mal conhecia, me inspirei e reestruturei o meu caminho. e é claro, mérito meu.
— encorajador
eu sou muito cansativo, sabe? Quando me empolgo com um assunto começo a falar sobre ele e entedio a pessoa. A questão é que ninguém vai olhar pra mim com os olhos brilhantes, dizendo que me adora ouvir falar ou algo assim, e olha que eu nem falo tanto — só ás vezes — e olhe lá. E essa indiferença por parte das pessoas em me deixar falando sozinho faz com que eu me feche mais, é quase instintivo.
Eu sei que sou uma pessoa entediante, vejo isso nas expressões das pessoas todos os dias, não quero ser assim, mas não sei o que fazer pra mudar isso.
Talvez seja meu karma, sou um pecador e minha punição é passar a vida inteira querendo ser ouvido — mas sempre ser ignorado. Quem sabe em uma outra vida, talvez eu seja purificado — talvez não.
— rocco-o
van goth disse que
a visão das estrelas
o fazia sonhar, se ele
tivesse a oportunidade de
te enxergar pelos meus olhos,
entenderia que você é a galáxia
mais linda do universo.
- ls.
“Acaba ficando difícil acreditar em algo quando o seu coração é partido inúmeras vezes.”
— Roma, 1994.
Sim eu conheço bem a dor.