Eu esperei muito de ti. Esperei uma ligação, uma mensagem na madrugada, um pouco de consideração, esperei pra te ver e contei os dias pra isso. Esperei demais de você, esperei tanto que deixei você partir meu coração. Hoje, não espero mais, catei os cacos e colei cada pedacinho. Te amei, amei muito, me fiz vulnerável e você me machucou. Não espero mais tua volta, tua ligação no sábado, tua mensagem no domingo, não te espero mais. Cansei de sentir tua falta. Cansei de esperar por alguém que não existe. Eu não sei, apenas cansei.
“Por mais pessoas que tenham coragem de chegar e falar na cara tudo o que pensa. Que não se esconde em diretas, em anonimato, em fofocas, em grupinhos. Seja uma pessoa madura, com personalidade e caráter, é mais bonito. Vai por mim, é mais digno de atenção aquele que vem de cara limpa do que aquele que só borbulha mas não move nada.”
— Escriturias
Éramos milhares e fomos reduzidos a menos da metade, éramos livres, mas fomos vítimas da leviandade, tínhamos dignidade, hombridade, e respeito, mas fomos tratados como mercadoria, dentro de um navio negreiro, assim como o povo escravo no Egito, nos fizeram um animal a ser perseguido. E essa é a maldição da metrópole, que exalta o malfeitor maldito, mata o guerreiro de alma nobre. Dos quilombos, nos restaram as favelas e da escravidão, uma falsa liberdade, um racismo disfarçado, cruel e covarde, um passado de opressão, a ingratidão da nação, à disparidade.
Estamos às margens da sociedade, tratados como escória, onde está a tão discutida igualdade? Por que somos obrigados a viver de esmolas?
Isso que fizeram com a nossa liberdade, ainda somos escravos nessa selva de pedra, padecemos de fome, de sede e de frio, destruíram nossa religião, nossa cultura, se apropriaram de nossa identidade, e de nossos corpos, e nos vendem seu deus, seus credos, os mesmos que legitimaram nosso massacre. A voz da África ecoa dentro do navio.
Às vezes sinto essa vontade louca de fazer todas as merdas que eu puder.
Às vezes sinto essa vontade de me permitir errar tudo o que nunca errei.
Eu quero dar motivo para as pessoas falarem de mim todas as coisas que elas já falam sem motivo algum.
E, quem sabe, no meio disso tudo, eu talvez possa me encontrar.
Estou cansada de me sentir perdida no meio da opinião dos outros.
No turbilhão da modernidade, o ser humano se desfaz,
Fragmentos de alma espalhados, sem tempo para lamentos.
A sociedade exige sorrisos, produtividade a qualquer custo,
Enquanto a saúde mental se esvai, silenciosa e invisível.
O coração, uma máquina desgastada, bate sem compasso,
E a mente, um labirinto de pensamentos não resolvidos.
Não há espaço para lágrimas, nem para a dor que consome,
Apenas a máscara de bem-estar, imposta pelo mundo.
Cada dia é uma batalha, uma corrida contra o tempo,
Onde o descanso é um luxo, e a paz, uma miragem distante.
O ser humano moderno, quebrado e desfacelado,
Segue em frente, sem entender o porquê de sua destruição.
E assim, na busca incessante por aceitação e sucesso,
Perde-se a essência, a conexão com o próprio ser.
A sociedade aplaude a produtividade, ignora o sofrimento,
E o ser humano, solitário, se perde em meio ao caos.
Que um dia, a humanidade possa despertar,
E valorizar a saúde mental, a paz interior.
Que o ser humano possa encontrar tempo para chorar,
E reconstruir-se, peça por peça, em um mundo mais compassivo.
Não sou o que você procura, sou apenas uma menina assustada com medo do escuro, perdida no próprio caos. Não sei me apaixonar pela metade, não sei me controlar, acho que é melhor você não me ter por perto. Essa sensação de pertencer é o que me mata por dentro e eu já morri milhares de vezes, não posso morrer de novo, não vou aguentar mais uma vez.
@iluminei /a.c
Sou melhor escrevendo sobre minhas decepções do que meus amores. Sou craque em dar errado, eu sei.
C.