(...) "Não Acho Que Deus Saiba Quem Nós Somos. Acho Que Ele Gostaria De Nós Se Nos Conhecesse, Mas

(...) "Não acho que Deus saiba quem nós somos. Acho que Ele gostaria de nós se nos conhecesse, mas não acho que Ele conheça a gente.

Mas Ele fez a gente, Dona. Não?

Fez. Mas fez o rabo do pavão também. Isso deve ter sido mais difícil.

Ah, mas, Dona, a gente canta e fala. Pavão não.

A gente precisa. Pavão não. O que mais a gente tem?

Ideias. Mãos para fazer as coisas.

Tudo muito bem. Mas essa é a coisa nossa. Não de Deus. Ele está fazendo alguma outra coisa no mundo. Nós não estamos na cabeça Dele.

O que Ele está fazendo então, se não está cuidando da gente?

Deus sabe.

E explodiram em risada, como meninas pequenas escondidas atrás do estábulo adorando o perigo dessa conversa". (...)

MORRISON, Toni. Compaixão. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. pp. 77-78.

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Lá onde o fim da tarde é lilás

Deixei meu coração descansando

Um dia volto para buscá-lo

Se ele já não tiver ido com o oceano.

Aline Rafaela 

Somos assim, mesmo cortadas e aparentemente sem vida, nossas raízes estão trabalhando para que possamos renascer. O renascimento pede paciência, o broto só vingou depois de muito trabalho das raízes. Lento, no seu tempo. O tempo de espera é bom, a gente vê que a corrida pela qual estávamos empenhados não faz sentido. A busca é sempre por si mesma. Ser o seu potencial criativo. Sentir a existência de maneira leve. Ignorar o que não é essencial. Nascemos muitas vezes. A cada nascimento permita-se ser fiel à sua verdade. Sinta o seu coração pulsar. Sem pressa! A vida não é nada do que te disseram e nada do que você aprendeu todos esses anos. A vida é mais, Deus é mais e você preso a desejos e medos que nem são seus. Ouça seu coração. Em você reside todas as respostas que procuras. 

Aline Rafaela Lelis 

Escrito em 13 de novembro de 2019.


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O céu da noite e da manhã É que me faz acreditar em Deus. O sol, a lua e as estrelas Estão tão longe, e ao mesmo tempo tão perto! Me perco no mistério, Me sinto amparada pelo infinito. De qualquer janela que olho O céu está bonito. Nas noites estreladas Nas nuvens acinzentadas Ou no céu todo preto Beleza não falta. O céu diz ao meu coração todos os dias "Confia mulher, seu destino é ser luz É iluminar, jamais se perca na vã materialidade" O céu está a me mostrar o que realmente importa: O ministério, a magia, o divino A paz no coração de quem se alinhou com o sagrado. O céu é uma mãe Que consola a humanidade inteira em desalento Só é preciso estar atento E de vez em quando olhar para o Alto E ver que sobre si recaem todas as bênçãos.

Aline Rafaela Lelis


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Somos sujeitos com tantos desejos. Dos mais sublimes aos mais vis. Meus desejos são nobres (a maioria das vezes). Desejo de viagem, de conhecer o mundo. Ásia, África, América do Norte. Também desejo ser doutora, atriz, modelo e cantora. De vez em quando minha intenção de bondade entra em colapso. Questiono Deus, me falta a fé, chuto o balde. Mas são momentos apenas, passam e em instantes eu me reformulo novamente e tomo o caminho estreito, a estrada direita. Com o passar dos anos vou compreendendo que a vida é sofrimento e, aprender a viver é aprender a sofrer. Só quando aprendemos a lidar com a dor é que alcançamos a felicidade.

 Tanto desejo às vezes causa desgaste. A avidez para vivê-los é a causa das nossas ansiedades. Queremos que tudo aconteça agora, casa, carro, filhos, casamento, família, sucesso e dinheiro. O reino da terra faz a gente criar muitas ilusões, faz a gente se perder de nós mesmos, distanciar dos nossos propósitos mais elevados, nos faz perder a trilha do bem para entrar na corrida dos vícios mais vulgares. Uma corrida maluca para o inferno. Inferno que fazemos em nós mesmos e à nossa volta. 

Aline Rafaela Lelis

Não há razão para fugir dos aprendizados. Tem épocas na vida que precisamos saber esperar. São os chamados momentos propícios para contemplação e não para a ação. A hora certa de agir vai chegar, quando o copo tiver cheio, quando as asas já estiverem curadas, quando as pernas pedirem movimento. Tudo em seu tempo. Se hoje você se encontra em algum lugar distante de você, do que você é, aprenda com ele. Talvez você precise aprender mais com as pessoas desse lugar do que elas com você. Paciência e Fé. As coisas não estão um turbilhão só dentro de você. A natureza humana é feita de turbilhões. Se ficarmos quietinhos e em silêncio, pode ser que conseguimos arrumar a bagunça dentro de nós. Mas basta uma brisa para desarrumar. E isso é constante. A maturidade é aprender a lidar com as coisas humanas. Nossos sentimentos em desarranjos, nossas memórias cheias de energia, nosso passado, presente e futuro, nosso desejo de ser completo sempre, como se isso fosse possível. É tudo muito desarranjado e desafinado mesmo. Para equilibrar essa dispersão de coisas acontecendo dentro da gente, temos o outro, temos a música, temos a arte, temos a natureza, temos deuses e deusas. Tem aquelas pessoas por quem os sinos dobram, tem o trabalho, tem a dança, tem a voz, o trem, a montanha, a esperança, a estrada, os irmãos de alma, a criança. Então, quando tiver passando por momentos em que a vida parece estar indo na direção contrária ao que você é, aceite, aprenda com as adversidades e acalma o coração. Tudo é crescimento. Dê uma pausa, respira fundo, contempla as estrelas no céu e saiba que mais importante que a velocidade, é a direção. Construa o seu futuro com calma. A vida está mesmo, é te ensinando a fazer escolhas. 

Aline Rafaela Lelis

Buscando forças das entranhas

Sigo dando o melhor de mim

Tem dias que sou aconchego

Calmaria 

Chá de alecrim

Noutros dias

Bate tristeza

Sufoca as dúvidas

Tenho pena de mim

Porém não esqueço

Das palavras de um 

Sábio aprendiz

Dizendo-me com seus olhos verdes

Arregalados

Para eu não desistir

A estrada é estreita

O caminhar é árduo

Mas lembra-te menina

Que você é trampolim

Pense nas meninas 

E nos meninos

Que virão depois de ti

Eles saberão

A partir do seu legado

De tudo que é possível

Construir

Aline Rafaela Lelis


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O clamor por alguém traz sempre qualquer pessoa errada, pela qual jamais nos apaixonaríamos se estivéssemos sãos, tranquilos e felizes conosco, não pedindo pela aventura ou pelo veneno. Quando se tem equilíbrio não nos apaixonamos. O veneno anti-tédio, anti-marasmo, anti-morte, anti-infelicidade é falso. A paixão é vista como o antídoto para a morte em vida.

MATA, Vanessa da. A filha das flores. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 84

Setembro

Setembro

O tempo muda

muda a estação

A vida nos empurra para a transição

Da inércia do inverno

Para o calor do verão

Que nos coloca em movimento

E o verbo desabrocha

Ensina-nos a ser mais como rosas

Lançamos luz no passado frio

E escolhemos florir na coragem

Na passagem

De um tempo cinza para outro

Aceitamos o novo

Aprofundamos a visão

Mergulhamos no mar imenso

Da nossa própria solidão

E nos sentimos fortes inteiras,

À nossa maneira

Sorrimos à toa,

Debochamos do que passou

Nos reconhecemos transitórias

Nos descobrimos notórias

Em cada verso, cada pensamento, cada momento

Setembro tem disso

É ritualístico, tem cor amarela

Recebe a primavera

Faz florir onde antes não havia possibilidade

Setembro tem essa personalidade

Por trazer a primavera traz a esperança

Por ser esperança nos embala na dança

Nos prepara para o renascimento

Tempo de fins e recomeços

Novos começos de luz e amor

Onde fatalmente buscamos ser mais

Como flor.

Aline Rafaela Lelis


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