Meus Sonhos Não Cabem No Coração! 

Meus sonhos não cabem no coração! 

Meus sonhos nunca ficam guardados

 Eles têm asas próprias

Voam por aí buscando pouso

Não param nunca.

E eu? 

Eu só acompanho o voo deles.

No fundo sei que tudo vale e não vale ao mesmo tempo

Então é preciso ter a destreza de não levar a vida tão a sério

O sonho está lá

A brilhar nos céus

Ele é que observa a gente lá do alto

Se ele vai pousar ou não

Se ele vai encontrar expressão,

Se vai tomar forma,

Não muda a nossa realidade mais intrínseca

De um dia nunca mais abrir os olhos e a boca

A gente perece

Mas o sonho não

"Sonhos não envelhecem".

Ficam soltos no ar

Eles nem são nossos

Os sonhos pertencem

A humanidade cósmica.

Aline Rafaela Lelis

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Os segredos dos teus olhos

Mãe, minha amada mulher,

Estarei sempre contigo.

Não sei se me entendes agora,

Quem sabe me entenderá um dia.

Mas eu te entendo desde que nasci, que pretensão não?

Eu habitei seu ventre e compartilhei suas dores de mulher.

Mãe, eu te entendo desde a primeira briga com pai.

Aquele dia jurei para mim mesma que eu sempre te daria razão,

Mas mãe querida, eu cresci e passei a compreender que é preciso entender as razões de pai também.

Não se entristeça mãezinha linda, de dedos rígidos e olhar divino.

O pai hoje faz parte de mim, no entanto você sempre fez.

Não se entristeça também meu pai,

O importante é que nós dois nos acertamos.

Mas esse poema é pra mãe.

É pra que ela saiba o quanto sua beleza é verdadeira,

Mãe, seu brilho vem de dentro,

Vem das entranhas da sua ancestralidade,

A senhora é uma deusa,

Linda, sábia, doce, terna, de amor e dedicação tão sinceros que,

Posso sentir vida saindo de seus poros,

E vida mãe, é sensorial.

Posso te sentir de tão antes do ventre,

A sua alma é tão antiga quanto a admiração que sinto por ti,

Amada mãezinha, te amo tanto que seria tolice dizer esse amor em palavras.

Eu posso sentir esse amor e isso é tudo que posso fazer a respeito de nossas almas,

Esse amor minha mãe é de além-mar,

Suas mãos, o que dizer das suas mãos?

Essas mãos que penteou os meus cabelos,

Aqueceu meu peito cheio e frágil por causa da gripe.

Essas mãos que me alimentou e ainda alimenta,

Essa mão que ainda cuida de todos nós,

Quando vejo suas mãos inchadas,

Sinto que é pelo cansaço,

De tanto se doar,

De tanto acreditar e de tanto esperar.

A senhora pode não ter esperanças,

Pode também não acreditar em nada,

Pode até alimentar revoltas,

Mas, minha mãe amada,

Compreendo todos seus desapontamentos com a vida,

Sei que ela não foi fácil pra ti,

Por isso mesmo minha mãe  é que quero fazer diferente,

Por isso mesmo é que ando pelos quatro cantos de minha alma gritando por liberdade,

Por isso mesmo mãe querida é que me fiz inquieta,

Alguém para me entender terá que me adivinhar.

E eu te adivinho mãe,

Imagino suas dores de mulher,

Seus desalentos e desencantos com o mundo.

E tomo tudo isso para mim com rebeldia.

Seu sorriso, seus gestos, e seu olhar me levam a lugares tão profundos quanto o oceano.

No seu olhar encontro forças,

No seu olhar me faço gente.

No seu espírito viajo longe

E mergulho nas minhas origens,

Vou de encontro ao mundo,

Confrontando-o e te contando o que vi de novo.

 Com muito amor e carinho,

Aline Rafaela Lelis

Escrito em 06 de janeiro de 2014.

Desconforto pavoroso de coisas que não me cabem

Absorto, indecoroso em novas possibilidades

Tantas formas de me esconder em quem não sou

Não sei me rendo ou me esquivo do amor

 Aline Rafaela Lelis


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No começo minhas demonstrações eram constantes queria conquistá-la, e queria que você conquistasse-me. Buscávamos paixão! Fui feliz nos pequenos toques, nos passeios, no primeiro beijo, ainda que naquele tempo a dúvida dos problemas jogasse contra, e mais forte, questões maternas... Estivemos juntos em turbulência. Aprendi logo cedo sua pior característica, a menina é volúvel, e sob muitas mentiras, escondeu muitas verdades, algo que me machucou até o fim, mas o que diminuiu para ela, passou para mim. Ao lado dos bons momentos haviam os ruins, embora os últimos me deixassem confuso, não me fizeram deixar de gostar de ti, apenas diminuir as demonstrações de afeto, pois sempre fui de remoer, enquanto você de esquecer! Nos momentos que me pedia beijos apaixonados, respondia com beijos anestesiados, porque a dúvida havia agora passado por dentro de mim. Gostaria que você tivesse sido minha primeira namorada, a primeira a que pudesse nomear com tal palavras, gostaria que tivesse sido a primeira mulher da minha vida. Ainda assim feliz! Por ser a primeira por quem me apaixonei, a primeira a quem amei, a única a quem entreguei tais palavras, e a única à quem no meu coração aconcheguei. Se algum dia me apaixonar novamente, claro, só poderá ser diferente. Embora por comparação infantil, espere igualá-la atipicamente, ou talvez não mais apaixone-me, e as que passarem, deixarão poucas marcas, rasamente. Machucou escutar: Tudo têm um fim, não há como permanecer eternamente... Dito ao léu... Eu teria ficado para sempre contigo, se me pedisse sorrindo...

Autor desconhecido.

Você diz que seu amor é genuíno

Quando na verdade não passa de um menino

Apaixonado,

(re) vivendo memórias juvenis.

Você diz que seu amor é genuíno

Mas o idealizou e construiu seus castelos de areia

E quando seu castelo se desfez,

Você fragilizado, assustado

Louco e sem lucidez,

Maltratou sua amada com tamanha estupidez.

Você diz que seu amor é genuíno.

Talvez não passa de aspiração,

Amores genuínos amam pelo sim e pelo não.

Você chama de genuíno o que não passa de apego.

Apego aos momentos que você congelou no tempo. 

Se agarrar ao momento passado

É dar razão ao ego em cumprir o desejo.

Os amores genuínos não forçam a continuidade de um sentimento

Eles simplesmente  se deixam fluir com o momento

 Em sua fluidez, os amores genuínos

Liberam as sementes que só fazem crescer a liberdade

De permitir que tudo aconteça com sinceridade.

Na plenitude da vida

A consciência que tudo finda

Por isso é preciso soltar

Tudo que não está em nossas mãos.

E deixar que a própria vida

Faça o trabalho de reconstrução.

 Aline Rafaela Lelis

(Escrito em Fev/2019)


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"El amor es histórico y siempre es simbólico. Existe como imaginario, como literatura, como ideología, como normas, como política. Como cada quien realiza el amor dependerá del momento de la historia que vive y de sus condiciones de vida. Aprendemos ideologías amorosas, aprendemos los contenidos específicos del amor a través de los mandatos, de normas, de creencias. Al vivir, cada persona trata de realizar el amor ideológicamente aprendido. En la realidad, la mayoría vive frustraciones amorosas, porque casi nunca podemos realizar el imaginario amoroso al que estamos vinculadas."

Lagarde, Marcela. Claves Feministas Para la Negociación en el Amor; 

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Seu toque cura feridas de vidas.

Suas mãos conduzem meu corpo

ao prazer mais sublime do toque,

Que ecoa em gemidos e sussurros,

Compondo um batuque rítmico.

Dos pêlos em festa, dos órgãos em dança, da cabeça em transe.

Da transa, do ajuste, do acordo implícito.

Acordo como se tivesse viajado

Para uma galáxia distante,

Para um mundo de instantes.

Viagem que transcende as dores,

Os horrores, as memórias de outrora.

Volto com outra energia

Com calma nos olhos

Vontade de desaprender

Coração aberto para receber (Seu amor)

Cabeça aberta para dialogar com clareza,

Desaprendo conceitos

E aprendo a receber sua energia

Que cura cada pedacinho antes em dor,

Que me diz que a vida precisa de calor,

Que aponta o meu lado criativo

E meus ovários fazem festa

Me encontro no encanto,

Na beleza de uma mandala

Na poesia dos meus contos

Na beleza dos meus gestos

Onde me (re) descubro mulher

Feminina

Leão sendo domado pela mulher e pela menina.

Corrente eletrizante me corta a espinha

Despertando meu corpo inteiro em volúpia

Espinha se contorcendo na cama,

Como cobra procurando abrigo no vão das rochas.

Você me endeusa e reconhece minhas fraquezas,

Me concede humanidade no corpo que vc diz deusa.

Sobre os meus pés você bate cabeça,

Respeita meu corpo como um templo,

E meus sentimentos como um mantra sagrado

No meio disso tudo eu relaxo

E me calo.

Desperto.

Me abro.

Desabrocho em flor.

Me espalho em rosas.

Enfeito o mundo.

Abraço o todo.

Respiro fundo.

Recebo.

Agradeço.

E transmuto toda memória

Em puro amor.

Aline Rafaela Lelis

18 de outubro de 2018

Setembro

Setembro

O tempo muda

muda a estação

A vida nos empurra para a transição

Da inércia do inverno

Para o calor do verão

Que nos coloca em movimento

E o verbo desabrocha

Ensina-nos a ser mais como rosas

Lançamos luz no passado frio

E escolhemos florir na coragem

Na passagem

De um tempo cinza para outro

Aceitamos o novo

Aprofundamos a visão

Mergulhamos no mar imenso

Da nossa própria solidão

E nos sentimos fortes inteiras,

À nossa maneira

Sorrimos à toa,

Debochamos do que passou

Nos reconhecemos transitórias

Nos descobrimos notórias

Em cada verso, cada pensamento, cada momento

Setembro tem disso

É ritualístico, tem cor amarela

Recebe a primavera

Faz florir onde antes não havia possibilidade

Setembro tem essa personalidade

Por trazer a primavera traz a esperança

Por ser esperança nos embala na dança

Nos prepara para o renascimento

Tempo de fins e recomeços

Novos começos de luz e amor

Onde fatalmente buscamos ser mais

Como flor.

Aline Rafaela Lelis


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Algo mudou fundamentalmente em mim, e isso de uma madrugada para outra. De repente tudo pareceu fazer sentido, e esse quebra-cabeça gigante chamado vida, parece estar com as peças mais ordenadas. E quando isso acontece, mergulho fundo na minha alma para ouvir o silêncio das horas. E o tempo se dissolve na noite silenciosa. Sinto que algo novo está para acontecer. Uma guinada transformadora na forma de ser e existir. 

Aline Rafaela

Travessias

Encontrar dentro de si mesma o acalanto que precisas. Encontrar - se dentro de si. Cessar o pranto e acreditar. No espaço escuro, vazio e agonizante, a FÉ a redirecionar seus pensamentos. Não te percas, o inferno tem muitas portas e nenhuma delas te leva à redenção. Confia em ti, encontra-te primeiro. Ouça o que diz a voz que vem do coração. Se for ele, tu saberás. Se não for ele, tu também saberás! Cura-te primeiro e você verá florir o que antes era medo e solidão. 

Aline Rafaela Lelis

Ryane Leão, No Livro ‘Tudo Nela Brilha E Queima’. São Paulo: Planeta Do Brasil, 2017 Https://www.instagram.com/p/BqaaZWfFq2z/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=fxq6vcp7h56a

Ryane Leão, no livro ‘Tudo nela brilha e queima’. São Paulo: Planeta do Brasil, 2017 https://www.instagram.com/p/BqaaZWfFq2z/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=fxq6vcp7h56a

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