NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXIV

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXIV

Oii, como vai? Mais um capítulo fresquinho. Completamente sem revisão, então relevem os erros.

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII

— Você tem estado muito suscetível a... sugestões. Sou eu ou é algo geral?

— Só você. Acho que... eu confio em você.

— Me sinto honrado. — Percy disse sem nenhuma ironia, o tom de voz baixo e aveludado dando lugar a algo mais normal. — Eu tinha medo que isso acontecesse. Nunca vou abusar da confiança que você me dá.

— Eu sei disso. Nunca duvidei disso.

— É por isso que tenho que falar algo com você.

Essa não. Será que ele estava encrencado?

Nico observou Percy se levantar e pegar uma caixa que estava no pé da cama, um pouco maior que uma caixa de sapatos.

— O que é isso?

— É a surpresa que eu queria te mostrar.

Nico tinha até medo de olhar. O que poderia ser tão importante que Percy sentiu a necessidade de esconder do resto da família? Hesitando, Nico se manteve quieto, encostado contra a cabeceira da cama e esperou Percy se aproximar mais uma vez, se sentando a seu lado. 

— Estive pensando sobre o que você me disse, que eu não levo a sério o que você diz.

— Eu sei que você--

— Eu não terminei. — Percy nem mesmo faltou mais alto, porém seu tom de voz demandava obediência. E Nico já estava cansado de lutar contra seus instintos, então, Nico apenas se calou e prestou atenção em Percy.

O problema nisso era que Percy parecia culpado por alguma coisa, seu rosto se contorcendo numa careta. Nico continuou esperando, vendo Percy quase se remexendo de ansiedade. É claro, até Percy suspirar e olhar mais uma vez para ele, parecendo tão conformado quanto Nico.

— Eu não queria falar assim com você. — Percy enfim disse, tentando soar despreocupado.

— Eu não me importo. Se você me disser para fazer, eu vou. É algo natural pra mim, sabe?

— Nico. — Percy suspirou mais uma vez, parecendo cansado.

— Você poderia... apenas... fazer o que parece natural para você também? — Quando Percy levantou as sobrancelhas, parecendo descrente, Nico completou: — É só uma sugestão.

— Vou pensar sobre isso.

— Quer dizer, você sempre teve essa aura de... 

— Autoritário?

— É mais, tipo, você espera ser obedecido. E está tudo bem?

— Isso é uma pergunta ou afirmação?

— Depende de você. — Nico acabou dando de ombros, tentando fingir a calmaria que ele não sentia no momento.

— Você quer me dizer que eu posso ser autoritário o quando eu quiser que você vai me obedecer? Sem questionar?

— Hm... provavelmente? — A resposta certa era “com toda a certa”, mas isso seria humilhação demais para uma pessoa só.

— Mesmo? Até quando você não concorda?

— Eu acho que sim. — Nico deu de ombros novamente e desviou a olhar para longe de Percy. Na maioria das vezes era o que acontecia de qualquer jeito; ele não queria e no fim, Percy estava certo. Se ele tivesse escutado Percy no passado, poderia ter evitado muitas coisas.

— Bebê. — Então, ele ouviu o tom de voz de Percy mudar, se tornando mais suave e aveludada. 

Não era que ele tivesse uma vontade incontrolável de obedecer, era o conhecimento que ele seria muito bem recompensado se decidisse ser um bom garoto. E ele foi, imediatamente ao escutar aquela palavra. Percy o segurou pelo pescoço, o fazendo levantar a cabeça e o beijou, juntando suas línguas em um suspiro.

— Eu não quero que você se sinta preso ou que não tem alternativa. — Percy disse algum tempo depois, roçando os lábios junto aos seus.

— Eu não me sinto assim. Me sinto livre sabendo que você vai cuidar de mim.

— Você tem certeza?

— Eu confio em você.

— Tudo bem, então.

Percy se afastou de Nico o suficiente para olhar em seu rosto e sorriu, parecendo dessa vez estar contente, porém ainda o segurando pelo pescoço, possessivo e firme, ainda que sua voz permanecesse suave.

— É por isso que preciso te mostrar o que tem dentro dessa caixa.

Percy, então, o soltou e pegou a caixa mais uma vez, a colocando entre eles, no próprio colo. Percy a abriu, tirando o laço e a tampa, dando tempo de Nico examinar o conteúdo dentro dela.

— O... que é isso? — Sua voz saiu fraca e suas mãos tremeram, apoiadas no próprio colo.

Nico sabia perfeitamente o que aqueles objetos eram. Sabia exatamente o que eles significam, o problema é que seu cérebro se recusava a acreditar no que via. Por que logo agora? Depois de tanto tempo? Por isso permaneceu parado feito uma estátua, mal conseguindo respirar.

— Eu não te tratei como devia. Ignorei o que estava claro. — Percy disse, voltando a segurar em seu pescoço, o forçando a encará-lo. — Entendo por que você hesitou por tanto tempo, por que as vezes ainda hesita.

— Eu--

— Eu hesito pelo mesmo motivo. — Percy pareceu respirar fundo e tirou uma gargantilha de couro com pedras preciosas a enfeitando. — Quero que você saiba, estou comprometido e nunca mais vou fugir das minhas responsabilidades.

Nico achava que iria desmaiar. Percy estava o pedindo em casamento? Mais uma vez? Agora da forma que ele nunca esperava que fosse acontecer? Nico nem mesmo sabia o que dizer! Era obvio, não? Esperou esse por esse momento desde que colocou os olhos no garoto alto que parecia ter saído de um pornô clichê onde o cara mal iria fazer a mocinha se arrepender de andar sozinha pelas ruas desertas. Nada o preparou quando o momento enfim chegou, Percy segurou a gargantilha delicada entre os dedos, a levou a seu pescoço e a prendeu cuidadosamente, tento certeza que não estaria apertado demais.

Ele... ele não sabia... seria impressão sua ou... ah, não, Nico não estava enganado. Assim que a gargantilha se acomodou a sua pele, Percy envolveu o couro, colocando a mão ao redor de seu pescoço e tocou ao redor da gargantilha, massageando sua pele e admirando a joia. Entretanto, foi o olhar no rosto de Percy que roubou seu ar; Percy o olhava como se ele fosse... como se ele fosse--

— Meu. — Percy disse. — Agora você é meu.

Por que era tão difícil respirar? Por que Nico estava tremendo tanto?

— Eu...

— Eu sei. — Percy disse no tom mais condescendente que Nico já tinha ouvido, quase maldoso, quase zombador, mas ainda... suave, como se Percy falasse com alguém que fosse lento mentalmente. — Sem pressa. Eu mesmo nunca imaginei que iria fazer algo assim.

— Tão malvado. — Nico conseguiu balbuciar, Percy obviamente lhe dando tempo para absorver os fatos, ainda o segurando pelo pescoço, como se Nico fosse sua possessão e não um ser humano.

— Você não viu nada. Mas acho que ainda não estamos prontos para isso.

— Hmm... — Nico gemeu apenas em imaginar no que poderia acontecer. Será que ele já podia desmaiar? Seria muita humilhação?

Ele ouviu uma risadinha zombadora e então mãos estavam ao redor dele, massageando sua coluna e cabelos do jeito que ele mais gostava. No fim, Percy estava certo mais uma vez. Ele não estava pronto para nada disso. Se só uma coleira ao redor de seu pescoço o fez reagir assim, o que aconteceria quando... quando as coisas realmente acontecessem?

***

— Shhh... tudo bem. Eu não vou ser mal com você, hm?

— Mentiroso. — Sua voz falhou e Percy riu novamente, bem no pé de seu ouvido.

— Talvez um pouquinho. Eu sei que você gosta.

— Para! 

Percy estava certo, como sempre. Por algum motivo, Nico se viu rindo, batendo no braço de Percy que apenas riu mais, se divertindo com sua dor.

— Tá bom. Parei. Agora, vamos o que é importante. 

— Como o quê?

— Tem alguma coisa que eu devo saber? Limites fortes ou fracos? Algo que você não gosta de jeito nenhum?

— Oh. — Era uma boa pergunta.

Ele não tinha feito tantas coisas assim. Deixou alguns caras baterem em suas nádegas e algum bondage, mas tirando isso? Nada que fosse interessante. Quer dizer, teve aquela vez em que ele deixou que dois garotos usassem sua boca...

— Nico?

— Eu não sei. Nunca fiz nada muito diferente.

— Queria seria?

Agora Percy olhava pare ele parecendo que iria arrancar a verdade de Nico, ele querendo ou não.

— Hm... você sabe...

— Não. Eu não sei.

— Teve uma vez que uns garotos... que eu chupei uns garotos e... um cara usou o cinto em mim...

— E?

— Fui amarado também.

— Isso é tudo?

— Eu prometo. 

Na época tinha sido bem aventuresco, entretanto, se ele analisasse a noite passada, ninguém o tinha feito gozar daquela forma e o fazer flutuar por tanto tempo. Talvez fosse algo mais psicológico do que físico.

— Bebê. — E de novo, aquele tom de voz condescendente que o deixava puto da vida e fazia seu estomago se encher de borboletas voltava. — O que aqueles garotos no banheiro iam fazer com você é muito interessante do que isso. Tem certeza?

— Quem você pensa que eu sou? Uma puta para deixar qualquer um me usar?

Não! O que ele tinha acabado de falar? Nico até tinha medo de encarar Percy, mas ele fez mesmo assim. Devagar, virou a cabeça em direção a Percy e viu um brilho estranho em seus olhos, um sorriso de canto um tanto cruel.

— Esse é o jeito de falar com seu dono?

Nico não entendeu o que acontecia até escutar o som estalado e agudo, então, veio a ardência que o fez gemer, um lado de sua bunda queimando com o impacto.

— Me-- me desculpa. — Nico murmurou, baixinho, parecendo perder as forças, ainda sentado no colo de Percy.

— Eu entendo. Mas um bom garoto não fala assim com as pessoas, hm?

Nico acenou e Percy beijou seu rosto, massageando a pele levemente avermelhada.

— Agora, sobre o que estávamos falando?

— Limites?

— Sim. Tem algum que eu deva saber?

— Nada nojento? Ou... líquido.

— Eu nunca faria isso. Você é o meu bebê e eu só quero o que for o melhor.

— E você?

— Hm. Acho que bondage, nada que impeça eu de me mover. E garoto desobedientes e malcriados

— E sobre... garotos arteiros? — Nico tinha que ter certeza.

— Com tanto que você saiba das consequências.

— Oh.

Será que ele iria querer desapontar Percy a esse ponto? E que tal só um pouquinho?

— Eu sei o que você está pensando. Pode parar agora. Você só tem que pedir, não importa o que seja.

— Eu sei. É mais divertido assim.

— É melhor você não me testar, sim?

— Tão malvado. — Nico sabia que ele tão pouco era alguém fácil de se lidar. Ele podia ser mimado e distante, perdido no próprio mundo, e também podia ser imprevisível, fugindo de qualquer coisa que ele não gostasse sem deixar qualquer rastro. — Eu vou me comportar.

— Bom garoto.

— E as outras coisas dentro da caixa?

— É um assunto para outra hora. Agora, nós vamos deitar e ter uma longa soneca. As provas estão chegando e precisamos estar descansados, hm?

Percy beijou seu rosto e o colocou contra os travesseiros, se deitando a seu lado em seguida. Percy estava certo, com tudo o que aconteceu Nico não tinha estudado tudo o que precisava, então, infelizmente algumas horas seriam gastas em frente a uma pilha de livros.

***

Nico bocejou e se encostou contra as almofadas, sentindo o sol de fim de tarde atingir seu rosto. Quando ele menos percebeu faltava uma semana para o início das provas do meio do ano. Agora, eles estavam no jardim perto da piscina, mesas e almofadas para todos os lados, embora Percy e os amigos não estivessem tão interessado no cronograma de estudos que ele tinha criado. Percy, Tyson, Luke e Grover estavam na piscina enquanto ele, Silena e Clarisse, ocupavam uma mesa, com Chris plantado ao lado de Clarisse feito um bobo apaixonado mesmo depois de tantos anos. 

Se ele pudesse também estaria se divertindo, Nico podia pensar em várias coisas que gostaria de estar fazendo. Um exemplo disso, era a surpresa que ele tinha aguardado para Percy que ainda não tinha tido a oportunidade certa para fazer. Não que ele ainda precisasse surpreender Percy, porém, não seria legal se ele se esforçasse o tanto que Percy se esforçava?

Nico tinha que ser sincero. Não esperava que Percy fosse levar a sério essa coisa de dominador e submisso. A prova disso era a gargantilha em volta de seu pescoço e claro, o anel em seu dedo. Ele não podia deixar de tocar no pedaço de couro em sua pele, feito uma coleira, não o deixando esquecer dos últimos dias. Nada tinha realmente mudado, embora ele se sentisse diferente. Mais tranquilo de algum jeito. Seguro. Quer dizer, Percy agora não hesitava quando queria algo dele, o que era um ótimo desenvolvimento. A questão é que... as coisas eram quase como elas costumavam ser no passado, quando eles eram crianças e as coisas eram mais simples. Se ele ignorasse a ansiedade que costumava sentir e a falta de sexo, era como se tivessem evoluído o que eles já tinham. E ele gostava muito disso, lhe dava um conforto que gesto ou palavra alguma conseguiria.

— Nico, você está me ouvindo?

— Hm?

Era Clarisse, irritada com ele. Ela tinha os braços cruzados e revirava os olhos, impaciente.

— Se você vai fazer isso, é melhor você ir lá. Qual foi a última palavra que você leu?

Era uma boa pergunta.

— Desde quando você se tornou tão dependente dele? — Clarisse, insistiu, se levantando.

— Eu não sou dependente de ninguém. De onde você tirou isso?

— Você acha que engana alguém? Ele até te colocou numa coleira!

— Não sei do que você está falando. — Nico nem mesmo levantou a voz, e mesmo fosse verdade, ele estava feliz de finalmente ser encoleirado.

— Nico! Para de brincar com essa gargantilha e presta atenção!

Clarisse antou até ele, segurou em sua mão e o fez levantar junto com ela. E então, o empurou em direção a piscina.

— Vai lá. Não volte aqui até que você consiga se concentrar.

— Eu não s--

— O que está acontecendo aqui?

Bem que Nico tinha percebido o sol sumir. Era apenas Percy parado atras dele, fazendo sombra.

— Nico sente sua falta. Cuide disso.

Com isso, Clarisse se sentou nas almofadas mais uma vez e se encostou contra o peito de Cris que sorriu satisfeito, ambos voltando a seus livros.

Isso não era justo! Ele não tinha um peito firme para se encostar enquanto estudava. 

Nico se virou em direção a Percy, prestar a dizer exatamente isso a ele, parando antes que pudesse continuar. Nico se lembrava do que aconteceu nas outras vezes que tinha levantado a voz para Percy, e se ele fizesse isso agora Percy também não se reprimiria.

Nico sorriu, engolindo a indignação e olhou para Percy, esquecendo por um momento a raiva. Percy ainda pingava da água da piscina, tinha os cabelos jogados para trás e vestia uma sunga tão justa que não escondia nada. Não que Percy estivesse tentando. 

Ele abriu a boca, pensou melhor e disse:

— Você precisa usar algo tão pequeno?

Mas Percy já estava sorrindo, vindo o resto do caminho em sua direção. Ele abriu os braços e imediatamente Nico foi envolvido por ele, sendo puxado contra o peito de Percy e se molhando no processo. Isso também era injusto, nenhum garoto de dezessete anos deveria ser tão alto ou ter aqueles músculos.

— O que foi? Cansou de estudar? — Percy o levantou do chão, o fazendo enrolar as pernas em volta dele. E tudo o que Nico escutou foi “está na hora de ir para o quarto?”

— Percy! Você devia estar estudando comigo!

Oh, não! Nico pensou, mal tendo tempo de segurar nos ombros de Percy, sentindo o impacto que mesmo sobre o tecido dos shorts, o fez gemer.

— Eu sei, bebê. — Então, Percy o segurou pelo queixo e o fez encará-lo, o beijando suavemente, o fazendo esquecer que eles tinham uma plateia. — Nós estudamos bastante essa semana. Nunca estive mais preparado, hm? Que tal a gente descansar um pouco? Só nós dois?

Parecia uma pergunta, mas não era uma. No meio de assobios e gritos, Percy o levou para dentro da casa, subindo as escadas como se Nico não pesasse nada, o encarando bem de perto enquanto ia.

— Qual o problema?

Essa era a questão. Pela primeira vez em muito tempo Nico não tinha nenhuma preocupação que não fosse passar em suas provas. Então, ele não podia dizer que era um problema. Era a solução, de fato. Nico estava estranhando a facilidade que ele tinha em deixar tudo nas mãos de Percy e se manter em seu pequeno e perfeito mundo onde nada parecia ser capaz de afetá-lo se Percy quisesse assim. 

— Não é nada. — Ele enfim disse quando chegaram no quarto e Percy o colocou sentado na ponta da cama, se ajoelhando no chão entre suas pernas. — Está tudo bem? 

— É claro, bebê. Nunca estive melhor.

Isso era verdade. A cada dia que passava Percy tinha mais energia e vigor, e devagar, tomava conta de todas as decisões que se referia a ambos. Eles fariam uma viagem? Percy decidia para onde. O que eles comeriam de manhã? Geralmente seu prato estaria pronto antes dele ter que pedir. Quer dizer, era sempre o que Nico gostava e do jeito que ele mais gostava, cada decisão parecendo ser algo que Nico escolheria por si mesmo se tivesse a chance. Às vezes, era até melhor. Sinceramente? Era um fardo que ele com muita alegria estava feliz de se livrar. Entretanto, ele não queria que isso se tornasse um peso para Percy, algo que ele fazia por obrigação.

— Está tudo bem mesmo? Suas notas melhoraram?

Isso pareceu fazer Percy parar por um momento, o observando mais de perto. Percy não tentou sorrir, ele o segurou pela nuca e o abraçou apertado, fazendo algo em seu peito se aquietar.

— É sobre a nossa relação? Está sendo muito?

— Não, eu gosto. — Nico negou, o abraçando de volta tão forte quanto Percy havia o abraçado. — Eu me preocupo com você.

— Bem, não esquente essa sua cabecinha, mm? Está tudo sob controle. 

— Tem certeza?

Percy beijou seu pescoço e disse: 

— Contanto que você permita, vou cuidar de tudo.

— Você me trata tão bem. Ninguém fez tanto por mim quanto você faz.

— Acho bom. Espero que ninguém faça ou teremos um problema.

Nico queria rir. Ele também esperava que ninguém fizesse, porque se esse fosse o caso, signifaria que eles não estariam mais juntos. Ao invés de responder, Nico preferiu deixar que Percy decidisse os proximos passos; se seria sexo, um longo banho ou uma soneca no meio do dia, não importava para Nico. Se eles estivessem juntos, era o suficiente para ele.

***

No fim, eles tinham decidido por um banho na jacuzzi, um longo e relaxante banho onde Percy tinha massageado suas costas e feito a tensão que ele nem sabia que tinha, desaparecer como num passo de mágica. Percy estava sendo tão bom para ele que Nico finalmente havia achado a oportunidade perfeita para colocar seu plano em ação. 

Ele deixou que Percy o secasse dos pés à cabeça, como em qualquer dia, o carregasse até a cama e o beijasse antes de Percy se levantar e ir colocar as toalhas no cesto de roupas sujas. Nico aproveitou esse momento para pegar o pacote dentro do fundo de uma gaveta e entrou no closet, uma porta que ficava perto do guarda-roupa e que eles raramente usam. Felizmente, ele finalmente teria um uso. 

Rasgando a embalagem, Nico tirou as duas peças e as seguros entre os dedos, percebendo que talvez tenha comprado em um tamanho menor do que tinha planejado. O tecido era uma de seda deliciada e de cor rosa clarinha, parecendo ser tirada de um tule, porém bonita e feminina. Ele achava que Percy iria gostar, seria um contraste interessante contra sua pele. Bem, Nico não sabia até experimentar. Então, pegando a tanga, colocou os pés nos espaços certos e vestiu a parte de cima, sentindo a seda deslizar por sua pele.

Agora Nico sabia por que as mulheres gostam tanto desse tipo de lingerie, o tecido era tão macio e fino... era como se ele nem estivesse usando nada, mas, mesmo assim, estivesse sendo acariciado.

— Nico? Onde você está? — Ele escutou Percy o chamando. 

Era agora ou não, certo?

Nico nem mesmo pegou um roupão antes de abrir a porta do closet. Ele apenas arrumou a canga e caminhou para dentro do quarto, parando perto do batente da porta. Ele se sentiu um pouco ridículo com aquela roupa cheia de fru-fru? Sim. Porém, tudo valeu a pena no exato momento em que encontrou Percy no meio do cômodo, vendo a expressão no rosto de Percy ir de confuso para chocado e então, o puro prazer.

Ele andou o resto do caminho e parou em frente a Percy, decidido a ser o melhor dos submissos. Ele abaixou levemente a cabeça, mostrando respeito e colocou as mãos trás das costas, permitindo que Percy visse sua frente.

— Tão bonito. Tudo isso é pra mim? — Percy disse mais sério do que Nico esperava. Sua voz soando mais firme e grave, ainda sem tocar nele.

— Eu queria fazer uma surpresa. Você gostou?

Nico esperou pacientemente, segurando o folego. Isso era porque Percy não gostava de ser surpreendido. Eles nunca tinham conversado sobre essas coisas, mas no fundo Nico sabia que isso era verdade. Se Percy fosse surpreendido, quer dizer que ele não tinha o controle do que acontecia. Mas ainda assim, Nico queria ver a reação de Percy, talvez assim Percy não fosse tão cuidadoso com ele. Não o entendam mal, ele amava cada dia que passava ao lado de Percy, mas a... excitação não acontecia com tanta frequência como ele gostaria. Talvez isso fosse o que eles precisavam.

— Meu bebê está tentando me provocar, é isso?

— Está dando certo?

Nico espiou entre os cílios e viu um brilho estranhos nos olhos de Percy.

Nesses momentos as feições de Percy se transformavam completamente. De calmo ele se tornava sério e... e algo mais que era difícil definir. As vezes era brincalhão, e outras, maldoso, como se Percy se divertisse com sua angústia. Percy nunca perdia a calma, entretanto, era como se algo além disso viesse a superfície, algo que Percy escondia e que apenas se manifestava se provocado.

— Você quer descobrir?

Bem, Nico teria respondido se pudesse, se tivesse sido uma pergunta. Era mais um aviso, um comunicado do que estava prestes a acontecer. 

Ainda segurando o folego, Nico continuou a observar Percy, como ele parecia estar se preparando para fazer algo... tinha sido um erro? Quem ele devia ter avisado e-- Percy então se moveu. Apenas um passo para a frente e suas mãos quentes estavam sobre Nico, no pescoço, puxando sua cabeça para trás e em sua cintura, o mantendo no lugar. O que tinha sido uma boa ideia. Sem nenhuma roupa para cobri-lo, as sensações pareciam mais intensas, o fazendo estremecer dos pés à cabeça.

— Nós não conversamos sobre isso. Você sabe o que uma palavra de segurança é?

— Oh. — Ele sabia! Finalmente! Nico sabia e tinha esperado por esse momento. O problema era que ele se encontrava com dificuldade para falar. Então, acenou, se sentindo preso pelos olhos de Percy que o fitavam, intensos.

— Use suas palavras, bebê. — Nico sabia que o apelido devia suavizar o momento, mas ele só se sentia mais tenso, se preparando para o que estava prestes a acontecer.

— Eu-- eu tenho. Torta?

— Você tem certeza? — E agora tinha um certo tom de humor da voz de Percy, suas covinhas aparecendo.

— Na verdade, não. Sei como funciona, mas nunca usei uma antes. 

— Nunca? — Percy franziu a testa, parecendo nada contente. — Isso é muito irresponsável.

— Eu sei, mas… 

— Me diga.

— Eu não consigo falar muito, sabe? Durante.

Isso pareceu acender uma luz no rosto de Percy.

— Vamos manter isso em mente. Agora, deixa eu ver... quem comprou isso pra você? — Mas Percy estava sorrindo, deslizando as mãos por seu corpo. Ombros, costas, cintura, andando em volta dele e tocando em todos os lugares até chegar em sua bunda, acariciando suas nádegas e escorregando um dos dedos pelo fio da tanga em direção a sua entrada.

— Ah!

— Não era isso o que você queria? Eu devia usar o meu presente? Hmm?

E de novo, parecia uma pergunta, mas não era uma. Nico permaneceu como estava, com as mãos atrás das costas, e apenas se moveu quando Percy o segurou pelo braço, o guiando para a cama.

— Onde foi que você aprendeu essa posição, bebê? — Percy disse enquanto eles iam em direção a cama.

— Eu vi em um vídeo… 

— Você sabe o que isso significa?

Nico acenou, envergonhado demais para dizer.

— Eu quero ouvir.

— Servidão e obediência.

— É isso mesmo. — Percy disse, satisfeito. — Não precisa se apressar, tudo vai acontecer na hora certa. Quero que você relaxe, tudo bem?

Foi o que Nico fez. Deixou que Percy o colocasse sentado na ponta da cama e quando enfim Percy se aproximou, ele fechou os olhos e gemeu, sentindo seu corpo reagir livremente.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Obrigada por ler. Nos vemos na proxima!

More Posts from Auroraescritora and Others

2 years ago

thinking about why queerbait ships are so popular here and realised that they make really good love stories because they're naturally slow burns. the two people will only get together after a long time, if ever, because the writers don't often want to commit to writing a queer relationship - they'll just pull the classic 'it's up for interpretation'

so since the pairing are 'friends' we get to see their relationship genuinely develop over a longer period of time than the classic 'i've known you for 3 episodes and i want to start dating' because in my opinion at least, that usually feels really forced and fake, whereas friends to lovers or even enemies to lovers is a much better dynamic

and that gets people invested!! the relationship feels complex and real and people are convinced that they're going to get together so of course we keep watching. all the writers need to do is, you know, actually write these things as romances instead of queerbaits that are never intended to be canon

anyway yeah that's my input. yes this is about destiel but also every other vaguely gay queerbait ship that never gets resolved ¯\_(ツ)_/¯


Tags
5 months ago

nobody warns you that writing makes you obsessed with hands. what are they doing? are they trembling? are they clenched? are they—

7 months ago

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XXIII

Hi, how are you? Things are going well, aren't they? I've decided to set a day for posting this story, (at least for the next few weeks) starting on Tuesdays from next week. Sometimes I don't have much energy at the beginning of the week, so just to be sure, we'll meet on Tuesdays. Oh, and if you can, give me a helping hand on:

Tapas - (Original version) and on AO3 for a cleaner version.

Good reading!

CHAPTER I / CHAPTER II / CHAPTER III / CHAPTER IV / CHAPTER V / CHAPTER VI / CHAPTER VII / CHAPTER VIII / CHAPTER IX / CHAPTER X / CHAPTER XI / CHAPTER XII / CHAPTER XIII / CHAPTER XIV / CHAPTER XV / CHAPTER XVI / CHAPTER XVII / CHAPTER XVIII / CHAPTER XIX / CHAPTER XX / CHAPTER XXI / CHAPTER XXII

Percy felt like a criminal. He was fully aware that he shouldn't have gone to see Apollo and Vanessa without his parents' permission. After all, technically, he was still 17 and wouldn't be considered an adult for another two months. His only option was to sneak around the house. He hid in the servants' entrance and only moved when he saw no one around. He passed through the kitchen and then ran upstairs, hearing his mother's voice and Nico's in the living room. It was a shame. If Nico was still asleep, he could finally do what he had to do before his mother convinced him against it.

Honestly? Sally was right. They shouldn't mess around with certain things, especially since they were too young and because, according to the law, they wouldn't be responsible if something went wrong. But... if Nico had already practiced this kind of dynamic with other people and he too was up to his neck in it, what was wrong with rushing things? Just a little? It would be just enough to reassure Nico who was determined to drive him crazy.

Really, Percy had no choice. It was the worst kind of feeling to see Nico begging for attention as if Percy was ignoring him on purpose; and if that was what Nico wanted, at least Percy would do it the right way. Like, he had already given Nico a journal and they had the safe words too, even if Nico hadn't realized what they really were. So maybe it was the best alternative. That way, they could finally clear things up once and for all.

Giving up, Percy walked to his room, placed the box on the bed and left the room quickly. Percy didn't want Nico to think he had abandoned him just as they had reconciled. It was his own fault, of course. How could Percy give Nico what he wanted when Percy knew the responsibility of dominating someone? Most of the time it wouldn't just be obedience and fun. It was the expectation behind the word, of what it really meant to dominate someone's life. The care, the concern, making sure that Nico would be safe and happy even in the midst of pain and frustration. It was the real responsibility of having someone's complete surrender and the trust, to the point that Nico would take every word or order to the letter. And from what Percy had seen, some submissives expected the dominant to make all the decisions for them, and in that, Percy didn't know if he would be able to consent. That was the real reason he was so hesitant, if only it were just Nico's fantasies, the expectation would always be heavier than anything they could do.

"Percy? I thought I saw you come in. I think we need to have a talk."

The worst he feared happened, someone had really caught him off guard. It was his mother, furious and with her arms crossed. Percy didn't even have time to go downstairs, at least he had closed the bedroom door, preventing her from seeing the logo on the box's packaging.

"Look, it's not what you think."

"I know everything. Nico told me."

"Everything?" What would that all be?”

“Don't try to fool me.”

Percy paused for a moment, realizing that his mother was bluffing. If she knew anything, Sally would already be raging in a much more specific way. At most, she must have seen something on Nico's shoulders or neck. But... should he hide these things from his mother? It was always better to have a backup plan in case he messed up.

“Fine. We had sex, okay?” Percy raised his hand before Sally could continue, seeing her face deepen in fury, like a mother lioness defending her cub. “I know I promised, I tried to do it your way and look what happened! Nico thought I didn't want to be with him. I found out that he…”

“He what?”

“You know…”

“No, I don't.’

“Nico thinks I'm rejecting him if I don't... touch him.”

“Oh.” Sally sighed and leaned against the wall, looking defeated.

“I'm going to do things the right way this time.”

“Percy, what are you saying? Nico isn't like that. He's kind and calm and…”

“Super obedient? Likes to please everyone around him?”

“Percy, I forbid you to--”

“He's a submissive, Mom. What do you want me to do? Why do you think I've distanced myself from him? Is that what you want?”

“I decide what happens in this house and that's not going to happen.”

“It's too late, don't you see? I didn't start this.”

“What?”

“That's right. Nico has been having fun without me in Italy. And if I found a place and was welcomed, I'm sure he did too.”

That finally put an end to the argument. Sally looked devastated to a point Percy hadn't seen before, not even when she found out Percy was suicidal.

“What could have happened to make Nico want these things? He must have learned it from someone.”

It was a good question. For a little boy who avoided even the mention of sex to become a submissive, it was a big step.

“Maybe what he told us about Hades is worse than we thought?”

“Percy! I don’t want to think about that possibility.” Sally put her hand to her face, refusing to believe that Hades would be capable of sexually abusing such a defenseless little boy. When she looked back at Percy, Sally had a strange glint in her eyes. “It seems like we have more work to do.”

“Mom, no! Nico didn’t say anything about it. I don’t want him to feel pressured.”

“Honey, of course he didn’t say anything about it. Would you? That’s what abusers do. They manipulate people who are more fragile than they are and make them believe that no one will believe them. Nico needs a little push in the right direction.”

“I don’t know. We’ll talk to him, if that’s the case—”

“Leave it to me.” Hades Di Ângelo doesn't know who he's messed with!

***

Percy's life was a big ball of tiredness, because that's how he felt. A small thing that seemed unimportant, from one moment to the next, grew and grew, and before he knew it, the small signs of danger became a whirlwind of problems. He wasn't complaining, it was better to know what was going on than to be caught off guard later. The first of them was his mother always getting involved in things she shouldn't. They went down the stairs and he knew right away; as soon as they got downstairs, he saw Sally straighten her spine, as if she was getting ready to go to war.

Luckily, the three people present hadn't noticed their presence. Nico was sitting in front of the dining table, looking irritated by something Tyson was saying to him, while Grover just laughed, stretched out in the chair where he sat. Then, before anything could happen, Percy grabbed her shoulder, smiled and leaned down towards his mother, whispering:

“Mom, we talked about this.”

“I need to--”

“No, I'll talk to him when the time is right.”

“Per--”

“Promise me. I'm serious.”

“Perseus Jackson!”

That finally caught Nico's attention. Percy ignored his mother's glare at him and walked towards Nico. Sally could get all annoyed, today was not the right day to discuss these things; today, he would put Nico on a pretty leash and do things the right way.

That is, Percy would do that if Nico would let him. Because that was his second problem of the day. It was even funny if Percy was honest with himself. Nico glanced in his direction for a brief moment and, just like that, ignored him. Nico went back to looking at the plate in front of him, moving the food with his fork from side to side, not seeming interested in eating.

“Looks like someone didn't have a very good night.” Tyson continued, chewing as he spoke. It was kind of disgusting. What could Percy do? When his brother was in this kind of mood, nothing could stop him. Except when Nico was in an even worse mood.

In slow motion, Percy saw Nico pick up a still-warm bagel, stare at it for a moment and then Nico threw the bagel in Tyson's face, ending his brother's laughter, but making Grover laugh out loud, who almost fell backwards from laughing so hard.

“Now, who's not having a good day? Hm?” A victorious smile appeared on Nico's face and in the greatest display of childishness, Tyson stuck his tongue out at Nico, picking up the roll that had fallen on his plate and taking a big bite of it.

“Thrown food tastes even better. Let's see who wins?”

It was clear that immaturity had won this round. Percy saw no other alternative but to play the adult. Just as Nico was about to throw another piece of bread, Percy stopped beside Nico and touched the back of his neck. He didn't even hold him, just placed his hand on Nico's neck. The effect was immediate. Nico stopped with his hand raised and looked up, his face a mischievous boyish expression. 

"Behave yourself." Those words seemed to have an even more powerful effect. 

Slowly, Nico lowered his arm, put the bread on his own plate and looked down, all embarrassed. Percy hadn't even scolded him or told him to stop, but it was as if he had. It was... intoxicating. If Percy gave Nico any order, would he obey? 

"Eat," Percy said and waited to see what would happen. For a moment, no one moved. Nico remained huddled against the seat of the chair, fidgeting uncomfortably. Not even the sound of his mother's heels approaching seemed to wake Nico from his bubble of shame. Nico remained like that for a few more moments and finally picked up the fork again, this time cutting a piece of the pancake and bringing it to his lips, looking like he was going to burst into tears at any moment.

“Good boy.” Percy said once more, testing to see what Nico would do. 

He stroked the hair there and felt Nico immediately relax, chewing slowly under his attentive gaze and blushing discreetly. The real question was whether things had always been like this or if it was something new. 

Percy looked at his family who now seemed as well-behaved as Nico, although he saw how Tyson and Grover looked at him with a strange smile on their faces or how his mother disapproved of him, still with her arms crossed, now sitting in her chair. The important thing here was that no one had found the scene strange. It was true that sometimes he had to break up arguments like this, without importance. The question there was, had Nico always reacted to him this way? Percy hated what his brain did to him, erasing this type of information and then making him question if it was real or if it was just his fertile imagination inventing fantasy scenarios. 

“Where did you…” Nico began to say, still looking at his own plate. “You weren't in bed when I woke up... did something happen?”

“I had to leave really fast. It's a surprise.”

“Surprise? I’m gonna like this?”

What Percy heard was a "will it be fun?"

“I promise you will.”

“I just... don't like waking up alone.”

Hm. Percy understood, he really did. But since Nico wanted to go down that path, Percy had an obligation to be responsible.

“This won't happen again. I had a good reason.”

“And that is...?”

“You'll find out. Soon.”

Percy had spoken with a tone of finality that he usually didn't like to use. See, he was the dominant one here, right? So, he would act like one. And Nico seemed to be aware of that, even if they hadn't had a serious and definitive conversation. Percy knew this because Nico looked away from his own plate and looked at him curiously, and instead of arguing, Nico pouted, going back to eating, taking a forkful of scrambled eggs.

“Do you want some?” Nico took another bite and offered it to Percy, who accepted it only to see a smile appear on Nico's face.

Well, what could he do? Percy pulled a chair closer and let Nico feed him in intervals, where things returned to normal; his family resumed talking and Nico remained quiet, accepting whatever Percy put on his plate.

***

Nico picked up his bag from the floor and accepted it when Percy offered him his hand, hearing the bell ring. It was Friday and that was usually Nico's favorite day, a day with few classes and the whole weekend to rest. Or so it used to be. Since he had come back, every day had been full of ups and downs, little moments that Nico treasured, hoping they would last the rest of his life. He just... he just didn't expect that after so many misunderstandings, things would become so easy. Unpredictable? Yes. But never forced, even when something happened that made his head spin.

Fortunately, this was one of the good times. Since he had woken up that morning, his head had been... empty. Nico couldn't worry about his problems, like the upcoming exams or Annabeth who kept hovering over them. Not even when Percy scolded him at breakfast, taking control of the situation, like he hadn't seen anyone do in a long time, not when it came to him, the "innocent and delicate Nico". Things just seemed to be in the right place again, as if he had never left, however, they seemed to be even better, feeling like they had taken an important step towards the future he had always dreamed of.

“Baby? Are you okay?”

“Hm. Just tired.”

“We're almost there.”

“Okay.”

They really were. Nico had barely noticed the moment they had gotten into Percy's car, he didn't remember putting on his seatbelt or when they had arrived in the neighborhood where they lived. Nico stared out the window, not registering anything, letting his mind wander, empty, Nico feeling so calm and at peace like he had never felt before. Had it been the sex last night? Or was it just Percy's presence? And where did all this peace of mind come from? It didn't matter, he got out of the car when Percy opened the door for him, accepted the hand Percy offered him once again and went upstairs while Percy guided him. Hm... maybe that was it. Things had always been like that for him, hadn't they? The absence of duties and obligations? Not always and not everything, just a little bit. It was okay if Nico allowed himself to not make any decisions for a few hours, right?

"Beautiful. Lift your leg."

"Oh." He did, lifting one leg and then the other, allowing Percy to take off his sneakers, socks and pants.

When had they entered the house and gone to Percy's room?

"Arms."

Nico lifted them too, Percy exchanging his shirt for a comfortable t-shirt.

"Better? Some water?"

Nico didn't hesitate, took the glass of water from Percy's hand and drank it in one breath, feeling better immediately.

Could something have happened during the day to make him feel this way?

"Good boy." Percy said and kissed his face, holding him by the back of the neck, practically cradling him in his lap.

Something ignited in his brain, pleasure radiating through his body for no reason.

Oh, so that was it? That must be the reason he was feeling so light and content. It shouldn't be normal to feel like that for so long, right? He had woken up in a bad mood, but soon that feeling of doing the right thing and being in the right place filled him, making him forget that he should be mad at Percy.

“I... don't talk to me like that.”

“Like what?”

“Like that... with that voice... touching me like that…”

“I've always done that. What’s changed now?”

“I…” Nico was starting to not care if Percy did that on purpose. Was it normal to hear someone's voice and immediately feel all those things?

Nico heard Percy laugh and a shiver ran down his spine. It was a low, deep sound near his ear, making him realize that Percy was, in fact, doing that on purpose. Maybe he had groaned and clung to Percy's neck, Percy nibbling on his shoulder, moving up until he found his earlobe once more.

"Okay, I admit it," Percy murmured. "You've been very susceptible to... suggestions. Is it me or is it something general?"

"Just you," Nico found himself saying, realizing it was the truth. "I think... I trust you."

"I feel honored," Percy said without any irony, his low, velvety tone giving way to something more normal. "I was afraid this would happen. I will never abuse the trust you put on me."

"I know that. I’ve never doubted that."

"That's why I have to talk to you about something."

Oh, no. Was he in trouble?

Thank you for joining me on this journey. See you next time.


Tags
2 months ago
"You Say Too Late To Start, Got Your Heart In A Headlock, I Don't Believe Any Of It." Design From Young

"You say too late to start, got your heart in a headlock, I don't believe any of it." Design from Young Gods AU by @/velinxi

6 months ago

The Hunger Games has the FUNNIEST arranged marriage of all time btw. Katniss realizes she'll have to marry Peeta and she's obviously upset so Haymitch tries to comfort her by saying "you could do a lot worse" and Katniss is like "well DUH of course I could do worse than Peeta he's the best & handsomest person on the face of the planet but that's not the POINT I want to be able to choose for MYSELF". Then she goes and chooses Peeta anyway lol. Comedy gold I tell you

1 year ago

“How come he don’t want me, man?”   Season 4, Episode 24: Papa’s Got A Brand New Excuse


Tags
3 months ago
Who Else Gets This Kind Of Surprises? 😅

Who else gets this kind of surprises? 😅

6 months ago

Aurora Ajuda para Escritores, o inicio

Oii, como vai? Como prometido, hoje começamos a "Ajuda para escritores". Eu entendo se você não estiver interessado nesse tipo de conteúdo. Assim, vamos usar a tag Aurora Ajuda para Escritores, e se você costumava acompanhar o blog @desafiodeescritadiario, vai reconhecer vários dos posts que surgirão por aqui.

Com isso em mente, tentei lembrar dos primeiros artigos que li sobre o assunto ou o que de fato me ajudou nesse fase inicial. Ai me lembrei que minhas primeiras histórias nem chegaram a ser colocadas no papel e elas sequer se pareciam com histórias.

É verdade que para mim escrever sempre esteve ligado a fanfiction, pois nunca tinha passado pela minha cabeça que escrever era algo possível fora da alta literatura, isso é, uma arte que permite nos expressar livremente ao invés de nos colocar em caixinhas pré-definidas. Hoje eu entendo que quando entrei em contato com as fanfics, no começo dos anos 2000, o acesso á escrita era bem limitado, e divulgação sobre o assunto era ainda mais, mesmo que tenha sido incrível presenciar o começo e o desenvolvimento das fanfics no Brasil, lembro que o fandom do Harry Potter já era bem formado e de Supernatural estava começando a se expandir.

O que eu realmente quero dizer é que as fanfics foram um incentivador melhor do que qualquer livro ou professor poderia fazer, e foi lendo centenas de Fanfics que eu iniciei na arte de escrever. Entretanto, depois de um tempo mergulhada nesse mundo, senti a falta de algo a mais, algo que fosse mais concreto e que me permitisse ampliar meu conhecimento sobre narrativas. Foi aí que minha vontade de aprender se tornou a cede de conhecimento, me forçando a aprender técnicas de escrita e me aprofundar melhor na criação de personagens, que eu tenho que admitir, lutei muito contra. Só que eu gostei tanto de desenvolver personalidades que esse acabou se tornando meu foco de escrita e que fez, devagar, ir me afastando de textos mais canon, num ponto de vista de escritora, porque no leitora, eu devoro tudo o que aparecer, desde que seja bem escrito.

Assim, ao invés de me focar no enredo, decidi me focar nos personagens, seu psicológico, vontades, falhas e história de vida, e como o enredo poderia afetar diretamente meus personagens. A partir de hoje, é como levaremos esse projeto, tentaremos desenvolver todos os aspectos que envolvem uma boa narrativa, porém, de forma bem estrutura e levemente técnica, também tentando trazer discussões sobre o tema. Sempre vou tentar usar a linguagem mais simples possível para uma assimilação mais facilitada, e se possível vou usar exemplos práticos.

Para começarmos, gostaria de compartilhar a forma simples que eu conheço para estruturar uma história:

Elementos da Narrativa

Esse é um jeito de montar uma cena ou capítulo da forma mais descomplicada que eu já vi. Ela também pode ser usada para organizar a historia como um todo, porque esse sistema te faz pensar sobre o enredo em sua completude.

Ela é composta de:

• Cena – o que se vai narrar (O quê?)

• Tempo – quando o fato ocorreu (Quando?)

• Lugar – onde o fato se deu (Onde?)

• Personagens – quem participou ou observou o ocorrido (Com quem?)

• Causa – motivo que determinou a ocorrência (Por quê?)

• Modo – como se deu o fato (Como?)

• Consequências – Geralmente provoca determinado desfecho.

Sim, esse é um jeito simplificado de ver os elementos da narrativa. Logo teremos posts que nos ajudaram a mergulharmos mais afundo no estudo da narrativa

Se você quiser se adiantar e ler os próximos posts, temos um Patreon para as dias, contando com mais de 40 posts sobre dicas de escrita e Prompts Criativos. Por lá temos posts toda segunda e quinta.

Get more from Escritor em Aprendizado on Patreon
Patreon
está criando Ajuda e Dicas de Escrita

Antes de encerrarmos esse post gostaria de saber qual seu nível de escrita. Assim, posso trazer assuntos que agradem a todos. E claro, se você quiser saber algo de especifico, vou ficar feliz de receber sua ask.

Espero que esse post tenha sido útil e até a próxima.


Tags
8 months ago

It’s Just a Movie. It’s Just a Show.

Back to the Future helped me get through the hardest month of my life ten years ago.

image

Love, Simon made me feel more comfortable with aspects of my identity…

image

Which I now embrace through a love for chick flicks.

image

“Veronica Mars” helped me get through high school…

image

And “Doctor Who” helped get me through my first year of college.

image

I was able to bond with my dad over our mutual appreciation of Coen Brothers movies…

image

Deadpool gave us a way to properly express how much we hated his cancer…

image

And “Brooklyn Nine Nine” is helping me deal with his passing.

image

Zombieland taught me how to laugh again…

image

And The Imitation Game taught me how to cry.

image

“Avatar: The Last Airbender” provided storytelling which challenged me as a child…

image

While shows like “Static Shock” opened my eyes to cultures & experiences other than my own.

image

Bandslam was a movie so close to my life as a 13 year old it felt like I’d written it…

image

While How to Train Your Dragon showed me that just because I was a weirdo didn’t mean I was alone.

image

The Book of Life helps me feel more comfortable about death…

image

And “The Good Place” encourages me to life a full life.

image

“Crazy Ex-Girlfriend” makes me feel more comfortable about talking about my mental health issues.

image

Chicago got me through pneumonia.

image

Planes, Trains & Automobiles is a Thanksgiving tradition in our home.

image

I feel closer to my mom because of Harry Potter…

image

To my brother because of Lord of the Rings…

image

And to the rest of my family because of Disney films.

image

People say, “It’s just a movie,” or, “It’s just a show,” like that’s minimizes it, but it doesn’t.

image

“Just a movie,” means it is a storytelling device that resonates with people.

image

“Just a show,” means it is something people can come back to when they need it.

image

Entertainment, storytelling, and art have the power to inspire people…

image

To change them, to help them deal with their life…

image

To connect with others…

image

And to see themselves represented in ways they never thought they would.

image

So if something is just that, then I think that’s pretty great.

image
8 months ago
You Know, This Is Why Content Creators End Up Abandoning Their Works, Right?

You know, this is why content creators end up abandoning their works, right?

80 likes compared to 10 reblogs means that only 12% of people decided that what you did is worth showing other people.

If you like the thing, reblog it. You don’t even have to add tags, just spread it so that a) other people can see it, and b) the creator gets recognition for what they did.

Obviously, those numbers are never going to match, but the divide should not be that huge.

It’s even more important right now, because tumblr is garbage and they’ve stopped allowing anything with an outside link from appearing in tags. Writers/artists cannot tag things to their twitter/store/writing website. That can cause a significant drop in views, especially for newer creators.

Like… we aren’t asking for much. A few reblogs. Reviews/comments. No creator should have to beg for that much.

Loading...
End of content
No more pages to load
  • neoneomix
    neoneomix liked this · 1 year ago
  • language-of-blueberries
    language-of-blueberries liked this · 1 year ago
  • haiseiscute333
    haiseiscute333 reblogged this · 1 year ago
  • yonemurishiroku
    yonemurishiroku liked this · 1 year ago
  • perryjackpott
    perryjackpott liked this · 1 year ago
  • haiseiscute333
    haiseiscute333 liked this · 1 year ago
  • auroraescritora
    auroraescritora reblogged this · 1 year ago
auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

464 posts

Explore Tumblr Blog
Search Through Tumblr Tags